AULAS PRÁTICAS COMO ESTRATÉGIA NO ENSINO DE CIÊNCIAS
REALIZADAS POR ACADÊMICOS DO PIBID
Suélen Steinheuser Hellmann (acadêmica Ciências Biológicas- UNICENTRO,
bolsista PIBID/CAPES)
Carlos Eduardo Buss (SEED, PR) & Ana Lúcia Crisostimo (OrientadoraDepartamento de Ciências Biológicas- UNICENTRO). E-mail:
[email protected]
Resumo:
As aulas práticas podem contribuir amplamente no processo de interação e no desenvolvimento
de conceitos científicos, permitindo que os estudantes aprendam a vincular objetivamente a
teoria ensinada na escola com a vida cotidiana Sendo assim, esta modalidade de ensino é uma
ferramenta essencial em áreas como a botânica, a qual possui uma linguagem científica
necessária no processo ensino aprendizagem. Este trabalho foi realizado no Colégio Estadual
Bibiana Bitencourt - EFM, Guarapuava – PR e teve como objetivo avaliar a utilização de aulas
práticas sobre botânica para auxiliar o processo de aprendizagem dos alunos de ciências na área
de ciências, sendo desenvolvido pelo professor regente da disciplina e pelos alunos participantes
do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). Os resultados observados
neste trabalho foram de que a utilização de aulas práticas desenvolve maiores interesses nos
alunos quanto ao conteúdo, fazendo com que os mesmos assumam o papel central no processo
de ensino aprendizagem, tornando-os
pesquisadores ativos promotores do próprio
conhecimento.
Palavras-chave:aulas práticas; ciências; ensino-aprendizado
Introdução
O ensino de ciências nos dias de hoje ainda é na sua grande maioria baseado no
metódo tradicional. E de acordo com Carraher (1985), este modelo de ensino é
caracterizado pelo fato do professor transmitir simplesmente a informação que é
identificada como conhecimento para o aluno, porém esta pedagogia nem sempre
apresenta eficácia e acaba em uma aprendizagem efetiva.
Portanto, a utilização de aulas práticas como metodologia didática tem sido
explorada pelos educadores, devido ao fato de apresentarem retornos positivos dos
alunos em relação ao ensino-aprendizagem e através disso, o PIBID tem contribuido as
escolas participantes que recebem o auxilio dos alunos bolsistas.
As aulas de botânica muitas vezes passam pelo problema de se depararem com a
falta de interesse por conta dos alunos, desta forma as práticas devem ser consideradas
como uma estratégia que auxilia o professor na obtenção dos resultados esperados.
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Assim, as aulas de laboratório apresentam funções únicas na ciência, desempenhando
funções como: permitir que os alunos tenham contato direto com os fenômenos que
serão estudados, sendo possível a manipulação dos materiais e observação dos
organismos (KRASILCHIK, 2005).
Diante do que foi exposto, este trabalho teve como objetivo avaliar a
contribuição da utilização de aulas práticas no ensino de ciências, especificamente
dentro dos conteúdos da botânica realizadas por alunos do PIBID no Colégio Estadual
Bibiana Bitencourt – EFM, Guarapuava – PR.
Metodologia
O trabalho foi desenvolvido no Colégio Estadual Bibiana Bitencourt – EFM, no
município de Guarapuana, PR nas turmas do 7º ano do ensino fundamental dentro da
discplina de ciência e foi realizada com o auxilio do professor regente e supervisor do
PIBID no colégio e dos alunos bolsistas participantes do projeto de iniciação a docência
do curso de Ciências Biológicas da UNICENTRO.
Devido ao fato da escola estar localizada afastada da zona urbana e apresentar
um espaço rodeado por vegetação, as coletas das amostras utilizadas nas aulas práticas
foram realizadas nos arredores do colégio, em alguns momentos com o auxilio dos
alunos.
As aulas práticas consistiram de uma explanação do conteúdo teórico necessário
para que os alunos tivessem conhecimento sobre as características evolutivas e
morfofisiológicas das plantas e após isso, os mesmos receberam um protocolo que
apresentava a forma como a aula iria decorrer. Os alunos observavam as estruturas
morfológicas das plantas de acordo com o grupo em que estavam estudando com auxílio
de lupas manuais e lupa estereoscópica e assim, através de desenhos esquemáticos
deveriam identificar as estruturas e as principais características que as diferenciavam.
O professor e o acadêmico do PIBID auxiliavam os alunos durante toda a aula,
sanando dúvidas e quando necessário explicando e demonstrando determinadas
estruturas e funções de acordo com o grupo vegetal estudado.
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Resultados
Foi possível ao decorrer das aulas avaliar que com a utilização das amostras dos
grupos vegetais e assim, sendo possível caracterizar e o observar as estruturas, a
aprendizagem por parte dos alunos foi mais eficiente e significante.
No momento da prática foi possível reconhecer características que as aulas
tradicionais em sala não são capazes de desespertar. Como foi observado que as
principais funções das aulas práticas são: despertar e manter constante o interesse dos
alunos no decorrer da aula; ser capaz de envolver os alunos em investigações e assim
colocar o lado ciêntifico em prática, além de desenvolver a capacidade dos alunos em
resolver problemas (Krasilchik., 2005).
Portanto, através da utilização das aulas práticas foi possível observar que os
alunos compreendem conceitos básicos de forma mais eficaz e também acabam
desenvolvendo habilidades no decorrer das aulas.
Conclusões
Com a realização do trabalho foi possível concluir que a utilização de aulas
práticas no ensino de ciências desenvolve nos alunos maior interesse e aptidões até
então não identificadas pelo professor, sendo possível o contato direto com o que é
lecionado na teoria, facilitando assim a aprendizagem. Portanto, a metodologia utilizada
propiciou uma inverção de papéis interessante onde o alunos se tornaram pesquisadores,
promotores do seu próprio conhecimento científico, e o professor e os acadêmicos do
PIBID atuaram como orientadores, auxiliando e corrigindo os mesmos quando
conveniente.
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Referências
CARRAHER, D.W. et al. Caminhos e descaminhos no ensino de Ciências. Ciência e
Cultura, v.37, n.6, p.889-896, 1985.
KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. São Paulo:Editora da Universidade
de SãoPaulo, 2005,197p.
Agradecimentos
Agradecemos à Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal do
Ensino Superior – CAPES pelo subsídio financeiro que possibilitou as
ações do projeto ora socializado e Instituições públicas citadas no
trabalho.
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