1 INDICADORES DE DESEMPENHO EMPRESARIAL: ANÁLISE COMPARATIVA E REFLEXIVA DOS PRINCIPAIS MODELOS EXISTENTES PARA A TOMADA DE DECISÃO 1 Aluna: Vívian Magalhães Rodrigues¹ Orientador: Phd Uálison Rébula de Oliveira² ¹ UFF, Volta Redonda, [email protected] ²UFF, Volta Redonda, [email protected] Resumo: No decorrer da evolução tecnológica dos meios de produção e serviços, indicadores sempre foram utilizados - da forma mais intuitiva a forma mais elaborada - no sentido de transmitir informações e respaldar decisões. Neste contexto, esse artigo objetivou realizar uma revisão bibliográfica sobre os principais tipos de indicadores de desempenho empresariais para reunir em única pesquisa comparação, reflexão, análise e discussão de diferentes modelos. Metodologicamente foi suportado por uma pesquisa exploratória quanto aos seus objetivos e bibliográfica quanto aos seus procedimentos, sendo esta opção realizada por sua vantagem de permitir ao investigador a cobertura ampla de fenômenos. E a natureza da pesquisa é aplicada por analisar, comparar e expor sobre os principais tipos de indicadores de desempenho visando consultas futuras para a solução prática de problemas da gestão empresarial. Dentre os principais resultados observou-se diferenças e semelhanças entre os modelos apresentados, como a presença dos indicadores financeiros em todos os modelos estudados, a diferença de objetivos para cada modelo de indicador ou exemplos visando excelência ou melhores práticas administrativas. Conclui-se que os objetivos foram alcançados e que este estudo pode contribuir tanto para a comunidade acadêmica quanto para a sociedade empresarial. Palavras-Chave: Indicadores Financeiros; Balanced Scorecard; Prêmio Nacional da Qualidade; Indicadores Sociais 1 FINANPEG: Grupo de Pesquisa em Finanças nas Micro, Pequenas e Grandes Empresas. 1 2 1. Introdução No mundo empresarial, o gerenciamento de uma organização exige a elaboração de informações para respaldar as decisões. Assim, se faz necessário estabelecer parâmetros para a produção de informação e facilitar seu fluxo para o público interessado. Se existirem estes parâmetros formalizados na organização, a tomada de decisão é bem embasada e permite a identificação eficaz do problema – um dos fatores determinantes para o sucesso da empresa. Para Rocha & Oliveira (2006), as empresas com maior chance de sucesso serão aquelas com maior capacidade de reação – lançar novos bens e serviços mais rapidamente, atender demandas e conquistar confiabilidade. Ao perceber estes desafios, esses autores defendem que métodos de monitoramento e indicadores de desempenho eficientes devem estar alinhados com os objetivos estratégicos, visão e missão da organização, de forma que orientem a tomada de decisão. Na administração de negócios, a abordagem matemática trouxe vários instrumentos e ferramentas de mensuração. O balanço contábil e as demonstrações financeiras são as medidas mais utilizadas nas organizações, porém apresentam restrições evidentes como voltarem-se apenas para os ativos tangíveis ou como basear-se na extrapolação de dados históricos passados (ROCHA & OLIVEIRA, 2006). Assim, na busca de um sistema de indicadores de desempenho que permitisse às empresas uma orientação correta, Kaplan & Norton apresentaram o Balanced Scorecard (BSC), onde medidas financeiras são complementadas com medidas não financeiras e são estabelecidas relações de causa e efeito entre elas. Outra forma de avaliar o desempenho organizacional muito difundido no Brasil é o Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), "um reconhecimento da excelência na gestão das organizações" (OLIVEIRA e MARTINS, 2008, p.250) criado pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) em 1991 que "busca promover o entendimento dos requisitos para alcançar a excelência do desempenho e troca de informações sobre métodos e sistemas de gestão" (ARAUJO, 2005, p. 33). Buscando atingir a excelência empresarial e social, algumas organizações têm mostrado preocupação em relação ao comportamento socialmente responsável, estando cientes da vantagem de assegurar a sustentabilidade a longo prazo dos negócios pois estão constantemente sincronizadas com as novas dinâmicas que afetam sociedade e o setor empresarial. Neste sentido não se pode ignorar três importantes tipos de modelos de 2 3 indicadores sociais populares no Brasil: (1) Global Reporting Initiative (GRI), (2) Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas - IBASE - e (3) Instituto Ethos. Devido a relevância do assunto “indicadores de desempenho para a tomada de decisão”, conforme abordado nos parágrafos anteriores, vislumbrou-se a elaboração do presente trabalho, que tem por objetivo uma revisão bibliográfica sobre os principais tipos de indicadores de desempenho usados na gestão empresarial, com a finalidade de reunir em uma única pesquisa uma comparação, reflexão, análise e discussão desses diferentes modelos. 2. Classificação Tipológica E Procedimentos Metodológicos Gil (2002) define pesquisa científica como uma realização concreta de uma investigação planejada, desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia consagradas pela ciência, sendo um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. Segundo Santos (2003, p. 171): A pesquisa pode ser classificada ou dividida de duas maneiras: a primeira, com base nos procedimentos técnicos utilizados pelo pesquisador, e a segunda se baseia nos objetivos pretendidos. Quanto aos objetivos, a pesquisa pode ser exploratória, descritiva e explicativa. Já quanto aos procedimentos, ela pode ser: bibliográfica, documental, experimental, ex post facto, levantamento, estudo de caso, pesquisaação e pesquisa-participante. As pesquisas exploratórias são aquelas que têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou construir conjecturas. As descritivas têm como objetivo a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. As explicativas têm como preocupação central identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos, aprofundando mais o conhecimento da realidade porque explica a razão e o porquê das coisas (MARCONI & LAKATOS, 2004). Referente à natureza da pesquisa, Gil (2002) classifica a pesquisa em básica, quando objetiva gerar conhecimentos novos e úteis para o avanço da ciência, sem aplicação prática prevista; e, aplicada, quando tem o objetivo de gerar conhecimentos para aplicação prática na solução de problemas específicos. Diante da elucidação dos termos metodológicos nos parágrafos anteriores dessa seção, julgase que a presente pesquisa é exploratória quanto aos seus objetivos, uma vez que a mesma tem por objetivo difundir o tema sobre indicadores de desempenho de forma a proporcionar 3 4 maior familiaridade sobre seu uso e aplicação. Já quanto aos seus procedimentos, a pesquisa será bibliográfica, uma vez que se levantou vários trabalhos sobre o assunto em anais de eventos, periódicos, teses, dissertações e livros. Optou-se pela adoção desse procedimento por sua vantagem em relação a outros tipos de pesquisa, que reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que se poderia pesquisar diretamente, em um estudo de campo, por exemplo. Quanto a sua natureza, classifica-se essa pesquisa como aplicada, uma vez que se pretende analisar, comparar e expor os principais tipos de indicadores de desempenho, compilando esse assunto em um único trabalho que possa ser utilizado para consultas futuras para a aplicação prática na solução de problemas de tomada de decisão na gestão empresarial. 3. Indicadores De acordo com Resnik (1991 ,p.3), a boa administração é determinante para a sobrevivência e sucesso. A boa administração é entendida como a capacidade de entender, dirigir e controlar a empresa baseada na atenção crítica do responsável pela administração aos fatores decisivos responsáveis pelo sucesso e sobrevivência da empresa. Esta "atenção crítica" para tomadas de decisões advém dos indicadores de desempenho que, conforme PNQ (2007), “são dados ou informações numéricas que quantificam as entradas (recursos ou insumos), saídas (produtos) e o desempenho de processos, produtos e da organização como um todo. Os indicadores são utilizados para acompanhar e melhorar os resultados ao longo do tempo.” Assim, o indicador permite a obtenção de informação sobre dada realidade, podendo sintetizá-las e reter apenas o essencial do aspecto analisado para que fenômenos complexos quantitativos se tornem compreensíveis (CAMPOS E MELO, 2008). Ferreira et al. (2008, p. 333) destacam que os indicadores de desempenho apontam à organização quais são seus vetores de sucesso atuais e futuros, para que os administradores possam canalizar energias, conhecimentos e habilidades dos colaboradores para alcançar as metas de longo prazo. Pace et al. (2003) afirmam que um bom administrador controla o desempenho dos sistemas sob sua responsabilidade com o auxílio de indicadores, ocorrendo combinação de fatores que levam a tomada de decisão e o destino da organização. O que apenas confirma a afirmação de Globerson & Frampton:“você não pode administrar o que não pode medir” (apud Fernandes, 2004, p. 4). 4 5 A seguir, serão abordados os principais tipos e modelos de indicadores de desempenho: Indicadores de demonstrações financeiras, Prêmio Nacional da Qualidade, Balanced Scorecard e indicadores sociais - Global Reporting Initiative, IBASE e Instituto Ethos. Primeiramente, se explanará sobre os indicadores de demonstrações financeiras. Para fundamentar este tópico, foram estudados diversos trabalhos científicos e publicações da área e percebeu-se que um dos autores mais difundidos e estudados é Dante Matarazzo (2010), sendo assim também adotado neste estudo. 3.1. Indicadores de Demonstrações Financeiras Nunes (2008) afirma que indicadores das demonstrações financeiras englobam as operações traduzidas em moeda e organizadas de acordo com normas e técnicas contábeis. Para tanto, a contabilidade fornece informações econômicas - através da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) - e informações financeiras - através do Balanço Patrimonial (BP) - que facilitam o processo de tomada de decisão (Nunes, 2008). Ao união dos conhecimentos das funções da contabilidade e da administração financeira ocorre através dos dados levantados e preparados pela contabilidade com análises financeiras para identificar desempenho. Nunes (2008) corrobora com Oliveira et al. (2000) e os complementa afirmando que pode-se extrair da contabilidade quocientes, ou seja, índices baseados nas demonstrações financeiras. Estes apresentam a relação entre contas para evidenciar aspectos da situação econômica, patrimonial ou financeira da organização. Além de quocientes, é possível desenvolver índices para avaliar o desempenho passado, presente e projetado da entidade, assim como comparar estes com os índices de outras organizações do ramo ou com resultados próprios no decorrer do tempo. Assaf Neto e Lima (2011, p. 216) afirmam que analisar as demonstrações financeiras tem objetivo de estudar o desempenho financeiro-econômico de determinada empresa em determinado período, é a avaliação de reflexos de decisões já tomadas. E "ainda que existam critérios sofisticados, o uso de índices constitui-se na técnica mais comumente empregada". Baseando-se em Matarazzo (2010), apresenta-se índices financeiros divididos em (1) índices de estrutura de capital, (2) índices de liquidez e (3) índices de rentabilidade, além de uma breve explanação acerca da forma de avaliação destes índices. Os índices de estrutura de capitais (Tabela 1) representam o nível de endividamento da organização, ou seja, se esta utiliza recursos próprios ou de terceiros (NUNES, 2008, p.50), ou seja, a proporção desta utilização. Neste grupo de índices, pode-se avaliar a segurança oferecida pela empresa ao capital alheio. 5 6 Tabela 1: Índices de estrutura de capital. SÍMBOLO ÍNDICE FÓRUMLA INDICA INTERPRETAÇÃO Estrutura de Capital CT/PL Participação de Capitais de Terceiros PC/CT Composição do Endividamento AP/PL Imobilização do Patrimônio Líquido AP/PL +ELP Imobilização dos Recursos não Correntes Quanto a empresa tomou de capitais Quanto menor, de terceiros para melhor cada $100 de capital próprio Qual o percentual de obrigações a Quanto menor, curto prazo em melhor relação às obrigações legais Quantos $ a empresa aplicou no Ativo Não Quanto menor, Circulantes para melhor cada $100 de Patrimônio Líquido Que percentual dos Recursos não Quanto menor, correntes foi melhor destinado ao Ativo Não Circulante Fonte: MATARAZZO (2010, p. 86). No grupo dos índices de Liquidez (ou Solvência), pode-se extrair a base da situação financeira da empresa para saber sobre a capacidade de pagamento da organização, "evidenciando o grau de solvência da empresa em decorrência da existência ou não de solidez financeira" (NUNES, 2008. p. 50). Mas o autor alerta que é um índice relativo e não se deve deixar de analisar outras variáveis (como prazos de pagamento e recebimentos ou renovação de dívidas). A Tabela 3 apresenta um breve resumo de grupo de índices. Tabela 2: Índices de Liquidez. SÍMBOLO ÍNDICE FÓRUMLA INDICA INTERPRETAÇÃO Liquidez LG Liquidez Geral LC Liquidez Corrente LS Liquidez Seca Quanto a empresa possui de ativo circulante + realizável a longo prazo para cada $1 de dívida total Quanto a empresa possui de ativo circulante para cada $1 de passivo circulante Quanto a empresa possui de ativo líquido para cada $1 de passivo circulante Quanto maior, melhor Quanto maior, melhor Quanto maior, melhor 6 7 Fonte: MATARAZZO, 2010, p. 86. Os índices de Rentabilidade (ou resultados) são utilizados para conhecer a capacidade econômica da organização ao mostrar seu êxito econômico obtido com o capital investido. "São extraídos da DRE e do BP avaliando o desempenho global da empresa, em termos de capacidade de gerar lucros" (NUNES, 2008, p.50). A Tabela 3, elaborada por Matarazzo (2010) resume os índices de rentabilidade. Tabela 3: Índices de Rentabilidade. SÍMBOLO ÍNDICE FÓRUMLA INDICA INTERPRETAÇÃO Rentabilidade (ou Resultados) V/AT Giro do Ativo Quanto a empresa vendeu para cada $1 de investimento total LL/V Margem Líquida Quanto a empresa obtém de lucro para cada $100 vendidos LL/AT Rentabilidade do Ativo LL/PL Rentabilidade do Patrimônio Líquido Quanto a empresa obtém de lucro para cada $100 de investimento total Quanto a empresa obtém de lucro para cada $100 de capital próprio investido, em média, no exercício Quanto maior, melhor Quanto maior, melhor Quanto maior, melhor Quanto maior, melhor Fonte: MATARAZO (2010, p.86). Matarazzo (2010) explica como avaliar os índices propondo três tipos básicos de avaliação: (1) pelo significado intrínseco, (2) pela comparação ao longo de vários exercícios ou (3) pela comparação com índices de outras empresas - índices-padrão. O autor afirma que é possível avaliar índices pelo seu significado intrínseco, mesmo que de forma grosseira. Ele explica que muitas vezes a experiência do analista no mercado em que a empresa opera é muito considerado nesta opção de avaliação, que, deve-se destacar, é limitada e só deve ser utilizada na falta de índices-padrão. Já a comparação dos índices no tempo é muito útil por mostrar tendências seguidas pela organização. As informações no decorrer do tempo "permitem ao analista formar uma opinião a respeito de diversas políticas seguidas pela empresa, bem como das tendências que estão sendo registradas." (MATARAZZO, 2010, p.118). O autor ainda destaca que é essencial a avaliação conjunta de todos os índices. Matarazzo (2010, p. 199) afirma que só se pode avaliar um índice como bom ou ruim se comparado com um padrão. Ou seja, realiza-se o cálculo do índice da empresa que se deseja analisar para comparar com o índice-padrão e definir se a organização analisada tem um bom índice em relação as outras ou não. Matarazzo (2010) destaca que não há boa análise sem essa comparação, que o uso dos índices-padrão é essencial para a análise de balanços. 7 8 A nível comparativo, prêmios de excelência tem destacado diversas empresas pelo mundo por seu desempenho não só financeiro, mas também de produtividade, qualidade, processos, satisfação de clientes (internos e externos), competitividade, entre outros. Neste sentido, o tópico a seguir realiza um estudo acerca do Prêmio Nacional da Qualidade, amplamente reconhecido no Brasil. 3.2. Prêmio Nacional da Qualidade O Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) "busca promover o entendimento dos requisitos para alcançar a excelência do desempenho e troca de informações sobre métodos e sistemas de gestão". A Excelência em uma organização depende fundamentalmente de sua capacidade de perseguir seus propósitos em completa harmonia com seu ecossistema. A Fundação Nacional da Qualidade entende as organizações como sistemas vivos, integrantes de ecossistemas complexos, com os quais interagem e dos quais dependem”. (PNQ, 2011 apud RAMOS, 2012, p.44) Nunes (2008) afirma que o PNQ, desde 2001, dissemina o Modelo de Excelência da Gestão (MEG), que objetiva aumentar a competitividade das empresas brasileiras. Para isso, esta possui oito critérios descritos na Figura 1. Araujo (2005) afirma que estes critérios devem "espelhar o estado da arte da gestão [...] ser claros e de fácil entendimento" (ARAUJO, 2005, p. 35) para serem utilizados em qualquer tipo de organização. De acordo com Alves (2012), a Figura 1 simboliza a organização como um sistema orgânico e adaptável, que interage com o ambiente externo. Pode-se perceber que esta sugere que existe um relacionamento harmônico e integrado entre os elementos do modelo para a geração de 8 9 resultados. Figura 1: Modelo de Excelência de Gestão e Itens de excelência do PNQ. Fonte: OLIVEIRA e MARTINS (2008, p. 251). O modelo de excelência em gestão do PNQ é constituído, além dos oito critérios, por vinte e quatro itens de excelência, também representada pela Figura 1 por Oliveira e Martins (2008). Alves (2012) explica que o sucesso de uma organização está na capacidade de atender às expectativas dos clientes - que devem ser identificadas, entendidas e utilizadas para desenvolver produtos e criar valor, conquistando e retendo os clientes - e da sociedade que está inserida - indo além do que obriga a lei. O PNQ é um prêmio de excelência e um modelo de indicadores para organizações empresariais. Mas alguns anos antes da criação deste prêmio, Kaplan & Norton inovavam o sistema de medição de desempenho ao lançar o Balanced Scorecard, o próximo tema deste estudo. 3.3. Balaced Scorecard O Balanced Scorecard foi criado para suprir a necessidade de organização da informação empresarial de modo dinâmico, holístico e coerente com suas necessidades e estratégias. De acordo com Soares (2001), esta ferramenta foi criada para desenvolver um novo grupo de medidas de desempenho pois medidas financeiras estavam se tornando obsoletas - o que prejudicava a capacidade da organização em criar valor econômico futuro. Assim, além das 9 10 medidas financeiras, outras também passaram a ser consideradas, como apontam os precursores desta ferramenta, Kaplan & Norton (1997, p.19): O Balanced Scorecard é um novo instrumento que integra as medidas derivadas da estratégia. Sem menosprezar as medidas financeiras do desempenho passado, ele incorpora os vetores do desempenho financeiro futuro. Esses vetores, que abrangem as perspectivas do cliente, dos processos internos, e do aprendizado e crescimento, nascem de um esforço consciente e rigoroso da tradução da estratégia organizacional em objetivos e medidas tangíveis. Ou seja, esta ferramenta é um conjunto de medidas coerentes com as estratégias da empresa, alinhando iniciativas individuais, interdepartamentais e organizacionais para alcançar o ótimo global. Nunes (2008, p. 66), resume o sistema afirmando que o BSC "traduz a visão estratégica de uma empresa em objetivos e medidas tangíveis", baseado em quatro perspectivas diferentes que se complementam, que representam o equilíbrio entre indicadores externos e internos, formando um conjunto único e interdependente, com objetivos e indicadores interrelacionados que forma um fluxo de causa e efeito, iniciando na perspectiva do aprendizado e terminando na perspectiva financeira. As perspectivas que Norton e Kaplan (1997) propõem são: (1) finanças, (2) processos internos, (3) aprendizado e crescimento e (4) clientes, como demonstra a Figura 5. Figura 2: Estrutura do Balanced Scorecard Fonte: KAPLAN & NORTON (1997, p.10). Com esta ferramenta, os executivos avaliam se suas unidades de negócios geram valor para clientes atuais e futuros, como melhorar suas capacidades e investimentos internos e em 10 11 pessoal, além de sistemas e procedimentos para alavancar seu desempenho no futuro (KAPLAN & NORTON, 1997, p.8). Kaplan & Norton (1997) admitem que os vetores de sucesso da perspectiva de aprendizado e crescimento são mais genéricos e menos desenvolvidos em relação as outras perspectivas e apontam a importância do desenvolvimento de indicadores customizados para esta. Já que seus vetores de sucesso não são tão desenvolvidos quanto as outras, apresenta-se a partir daqui outros modelos de indicadores - os indicadores sociais - que, entre outras perspectivas, vão também analisar o comprometimento da empresa em relação aos seus funcionários e seu crescimento. 3.4. Indicadores Sociais Rico (2004, p.75) aponta que as empresas socialmente responsáveis apresentam diferenciais competitivos com imagem valorizada, aumento da motivação de seus colaboradores e maior atração de parcerias para causas sociais - tendendo a consequente melhora da produtividade. Neste sentido Marques e Teixeira (2008) concordam que práticas de responsabilidade social previnem riscos e cria oportunidades, impactando positivamente nos indicadores de desempenho organizacionais. Assim, buscando a excelência em tanto para o interesse coletivo quanto para o interesse de investidores, modelos de indicadores sociais foram cunhados por algumas instituições como mecanismos padrão para avaliar e divulgar informações de atividades de responsabilidade social empresarial. Visando auxiliar as instituições do segundo setor no processo de levantamento de informações precisas e complexas, foram elaborados três modelos de indicadores de práticas de responsabilidade social. São eles: (1) Global Reporting Initiative (GRI), (2) Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas - IBASE - e (3) Instituto Ethos. A seguir, são apresentadas os modelos desenvolvidos por cada instituição. 3.4.1 Global Reporting Initiative O GRI é uma organização sem fins lucrativos que promove a sustentabilidade em seus três âmbitos: social, econômico e ambiental; provendo uma estrutura de relatório compreensível para todas as organizações - independente de tamanho, setor ou localização - utilizada mundialmente (GRI, 2013). 11 12 No sentido de auxiliar as organizações a desenvolverem a comunicação entre seus clientes internos e externos, estruturarem suas ações e resultados derivados de suas atitudes socialmente responsáveis, o GRI criou em 1999 um conjunto de diretrizes para a construção de relatórios de sustentabilidade, o Sustainability Reporting Guidelines com o objetivo deste guia é "ajudar gestores a preparar relatórios de sustentabilidade de modo prático e simples"(GRI, 2013, p. 3). O guia está estruturado em seis partes. A parte de "impactos econômicos diretos" está relacionado aos clientes das organizações em todos os âmbitos. A segunda e terceira partes, "ambiental" e "práticas de trabalho e trabalho decente" oferecem uma visão geral sobre os recursos naturais e de pessoal. A quarta, quinta e sexta partes apontam os aspectos de indicadores relacionados aos clientes da organização (consumidores, financiadores, stakeholders). Mueller (2003, p. 110) conclui que é uma "avaliação complexa que resulta num diagnóstico minucioso e preciso da atuação das empresas". Assim, o GRI é um modelo de formulação de indicadores sociais de prática metodologia de aplicação e ampla utilização em todo o mundo. Pensando localmente, o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE) também oferece um método prático e amplamente utilizado no país, como apresenta-se a seguir. 3.4.2 IBASE Desde 1997, o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE) é uma organização sem fins lucrativos com a missão de "atuar estrategicamente no desenvolvimento de uma sociedade plenamente democrática, sem miséria, pobreza, desigualdade, negação dos direitos humanos ou quaisquer outras formas de exclusão social” (IBASE, 2013c) e prega a necessidade da realização do balaço social nas empresas. Rico (2004) define balanço social como um documento anualmente publicado contendo informações sobre as atividades econômicas, ambientais e sociais desenvolvidas pela empresa, que também apresenta suas metas, problemas, compromissos públicos e as parecerias que pretende formar. Através deste documento, a empresa apresenta suas ações com funcionários, dependentes e pela população que influencia diretamente. Neste sentido, visando auxiliar as empresas a construírem o balanço social, o IBASE desenvolveu um modelo simples com a vantagem de estimular as empresas - independente do tamanho ou setor - a divulgar seu balanço social (IBASE, 2013c) de forma padronizada. 12 13 O modelo IBASE de Balanço Social está disponível no sítio da organização em formato excel e com detalhamentos acerca de sua aplicação. O sítio disponibiliza também uma base de dados que, até 2008, continha 1.288 balanços de 345 empresas. Entretanto, o Balanço social do IBASE não é a única forma de uma empresa estruturar, publicar e divulgar suas ações de responsabilidade social. O instituto Ethos é outra organização sem fins lucrativos que prega a responsabilidade social empresarial e a estruturação de suas práticas. O tópico a seguir aborda esta organização e suas atividades relacionadas a indicadores de desempenho. 3.4.2 Instituto Ethos O Instituto Ethos foi criado em 1998 ao lançar o manual de Responsabilidade Social Empresarial. De acordo com o instituto, o modelo de indicadores Ethos é uma ferramenta que oferece uma lista de aspectos que devem ser avaliados pela empresa para autodiagnosticar suas práticas sociais. O Instituto Ethos (2013b, p. 4) afirma que o modelo é apresentado em formato único para ser preenchido pelas próprias empresas, como autoavaliação. O instituto destaca que "a sistemática de autoavaliação visa também despertar as empresas para a abrangência e importância do tema da responsabilidade social, muitas vezes confundido e limitado à filantropia empresarial, e não percebido na sua real dimensão de um novo paradigma de gestão". Após o preenchimento dos indicadores, o instituto utilizará uma metodologia própria de avaliação que permitirá que as organizações verifiquem a importância e a profundidade de cada indicador, os setores em que certos indicadores não têm relevância e os setores onde alguns temas possuem menor peso relativo frente aos demais. Assim, as organizações que fazem uso deste modelo terão o prometido relatório de responsabilidade social estruturado. 4. Análise Reflexiva Neste tópico será apresentada uma análise reflexiva sobre todos os indicadores apresentados nesta revisão teórica, expondo os pontos comuns e divergentes dos indicadores e modelos de indicadores de desempenho com exemplos de aplicações estudados pela comunidade acadêmica. 13 14 O primeiro, e mais evidente, ponto comum encontrado nesta fundamentação é o fato dos indicadores financeiros serem usados em todos os modelos. Cada modelo os apresenta de uma forma e em um nível de profundidade, desde o PNQ até os indicadores sociais. É importante destacar as limitações do uso exclusivo dos indicadores financeiros, como aponta a aplicação de Ordocik et al. (2013) ao analisarem uma pequena empresa agropecuária. Eles apontam a importância do embasamento nas leituras de índices econômicos financeiros para a tomada de decisão, mas concluem que a análise não deve ser realizada de forma isolada, pois os indicadores financeiros apresentam apenas os sintomas e não as causas dos problemas. Assim como Ribeiro & Boligon (2009), que realizaram um estudo de caso econômico-financeiro em uma empresa de médio porte na região central do Rio Grande Sul e concluíram que os indicadores financeiros evidenciaram uma série de características da estratégia da organização - como características dos investimentos, financiamentos, dívidas - em relação a sua estrutura econômico-financeira, apenas. Outro ponto comum, que é consequente do primeiro ponto, é a importância da contabilidade como ferramenta de obtenção de informações para todos os modelos, já que os indicadores financeiros se baseiam nesta para obter seus dados e informações. Focando no BSC e no PNQ, percebe-se que ambos são modelos de indicadores com diversas perspectivas e princípios, porém, com objetivos diferentes. O objetivo do PNQ é alcançar a excelência (afinal, é um prêmio) e o objetivo do BSC é formular indicadores relacionados à estratégia da organização - até por ser um modelo precursor na abrangência "além indicadores financeiros". Ferreira et al. (2008) realizou um estudo interessante sobre a aplicação de indicadores do BSC em empresas incubadas. Os indicadores foram implementados junto às atividades de planejamento e ao sistema de avaliação da incubadora em empresas no estágio de desacoplamento do processo de incubação, capaz de dar continuidade ao seu plano de negócio de forma independente da estrutura de suporte da incubadora. Já a extinta companhia aérea brasileira Varig, quando definiu o "Plano de Direção da Qualidade" declarou como diretriz "alcançar um nível de excelência em qualidade total" utilizando o PNQ como referência. Dagnino e Souza (1995, p. 93) apontam que a empresa utilizou os critérios do PNQ, onde o "objetivo geral número 5 significará o escore de 600 pontos de acordo com os critérios e a avaliação será efetuada por todos os comitês de direção e pelas equipes multifuncionais". Soares (2001) apresentou um estudo sobre a aplicação do BSC em uma pequena empresa de fonoaudiologia, que incorporou etapas desde a elaboração do BSC até a definição do sistema 14 15 de feedback (faltando, porém, o acompanhamento da implementação). Mas, mesmo com este ponto fraco, Soares (2001, p. 118) afirma que "o estudo de caso revelou que a aplicação do Balanced Scorecard na empresa foi bem aceita e compreendida por seus executivos, gerando entusiasmo e novas perspectivas". A Shell Brasil implantou em sua unidade automotiva os critérios do PNQ como um modelo de autoavaliação para a excelência. Dagnino e Souza (1995) apontam que aproximadamente 25% do pessoal foi envolvido em atividades regionais, incluindo o treinamento quanto aos critérios. A autoavaliação foi repetida para aprimorar os procedimentos utilizados e a principal alteração foi um check list de 84 pontos, que passou a ser utilizado. A partir deste projeto piloto, a ideia é estender para toda a rede de postos de gasolina. Dagnino e Souza (1995, p. 93) apontam que [...] cada proprietário de posto de gasolina é requisitado para julgar um outro, pontuando seu desempenho usando os "casos" como referências. Se o sistema se mostrar adequado, ele será progressivamente introduzido em todo o país. Ainda em comparação BSC versus PNQ, percebe-se que o PNQ é um modelo mais aprofundado com mais princípios e perspectivas de estratégias (cinco princípios e uma estratégia a mais que o BSC). Esta maior profundidade pode ser entendida tanto como uma vantagem como uma desvantagem, afinal, mais conhecimento sobre a empresa pode ser melhor, porém o investimento empregado no esforço extra para a geração deste conhecimento gera maiores custos. Enquanto o BSC e o PNQ têm objetivos mais abrangentes, os indicadores financeiros apresentam o objetivo de comparar resultados (seja com um padrão, seja com o histórico da própria empresa, seja com os resultados de outras empresas). E essa comparação de resultados pode ser visualizada nos indicadores sociais, que comparam investimento em responsabilidade social com rentabilidade, lucratividade, receitas, fornecedores, variando de modelo para modelo de Balanço Social. Soares et al. (2009) estudaram o caso de uma empresa de energia elétrica do estado de Santa Catarina e suas publicações de Balanço Social no modelo IBASE de 2004 a 2007. Os autores realizaram uma análise dos critérios internos, externos e ambientais propostos. Os autores expõem que nos anos de 2004 a 2006, houve aumentos de receita líquida e em 2007 houve queda de receita, sendo que os indicadores sociais externos e internos continuaram crescendo - o que remete ao fato de que a empresa continuou investindo mais nestas áreas mesmo com a queda de receita - e os indicadores ambientais seguiram o mesmo ritmo da receita líquida. 15 16 Os indicadores sociais apresentados têm muito em comum. Pode-se observar que todos são tipos de Balanço Social, ou seja, todos publicam algum tipo de relação de investimentos nas diversas áreas de responsabilidade social, principalmente pregando a sustentabilidade (tripé dos fatores econômicos, sociais e ambientais). É importante destacar que todos foram criados por instituições do terceiro setor, ou seja, organizações sem fins lucrativos e não governamentais no sentindo de estimular empresas adotarem a prática de responsabilidade social e sustentabilidade ao publicarem seus balanços sociais. E este estímulo, além de propiciar muitos benefícios a própria empresa, também é concretizado pelo fato de todas as organizações disponibilizarem os modelos em seus sítios de forma didática e simples. Infelizmente, o Balanço Social não é tão utilizado por micro e pequenas empresas, como aponta Silva (2010), que realizou um estudo sobre o Balanço Social do IBASE com nove empresas de pequeno porte na cidade de São Gonçalo do Amarante/RN no primeiro semestre de 2009 com o objetivo de identificar a aplicabilidade do balanço social nas empresas estudadas. Foram traçados perfis das pequenas organizações e perfis do conhecimento dos gestores acerca do tema do Balanço Social e sua importância, além dos motivos de praticarem ou não a responsabilidade social. Silva (2010) conclui que as empresas de pequeno porte não valorizam a divulgação de suas atividade sociais. Das nove empresas estudadas, apenas uma elabora um relatório sobre suas atividades sociais. O autor aponta que algumas realizam trabalho social, entendem o significado de balanço social, mas não se interessam na elaboração deste, mesmo cientes que este será benéfico para a gestão dos negócios. Após a apresentação desta breve análise, conclui-se que existem algumas diferenças e semelhanças entres os modelos estudados. Os exemplos de aplicações reais da comunidade científica apresentados relacionam esta vasta teoria à realidade para ilustrar e comprovar os fatos concluídos. 5. Conclusões Este estudo buscou apresentar uma revisão bibliográfica sobre indicadores de desempenho, focando os indicadores das demonstrações financeiras, o Prêmio Nacional da Qualidade, o Balanced Scorecard e indicadores sociais (GRI, IBASE e Ethos). Pode-se afirmar que o objetivo deste estudo foi alcançado pois fora apresentada a revisão teórica acerca dos 16 17 principais indicadores de desempenho, além da análise reflexiva e comparativa destes apresentando exemplos de aplicações destes indicadores por teóricos da área. A partir da análise reflexiva realizada, percebeu-se que todos os tipos e modelos de indicadores estudados tem objetivos diferentes. Os indicadores das demonstrações financeiras objetiva comparar resultados, o PNQ objetiva encaminhar a organização à excelência, o BSC objetiva alinhar objetivos à estratégia da organização e os indicadores sociais objetivam apresentar a sociedade os resultados de suas atividades em prol da comunidade. Dessa forma, conclui-se que as diferenças existentes entre os indicadores - como profundidade de análise em determinadas áreas, custos e tempo de elaboração - são advindas dessa diferença primária nos objetivos. Portanto, pode-se afirmar que os objetivos foram atingidos e que este estudo pode contribuir para a comunidade acadêmica como uma completa revisão bibliográfica e para a sociedade empresarial ao apresentar modelos e tipos de indicadores de desempenho para diversos e diferentes objetivos. 6. Referências ALVES, R. A. R.. O Planejamento de um Sistema de Gestão da Qualidade e Produtividade como Base para a Gestão Estratégica de Operações em uma Instituição Pública De Ensino Técnico Profissionalizante. 2012. 227p. Dissertação (Mestrado) Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC, Santa Cruz do Sul. ARAUJO, L. A. S.. O prêmio nacional de qualidade e as políticas e práticas de recursos humanos: um estudo em empresas do setor de transporte público por ônibus da região metropolitana de Natal/RN. 2005. 107p. Dissertação (Mestrado): Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN. Natal, RN. ASSAF NETO, A.; LIMA, F. G.. Curso de Adminitração Financeira. 2ªed. São Paulo: Atlas, 2011. 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