Universidade Federal do Ceará Programa de Pós-graduação Integrado de Zootecnia Fisiologia da Reprodução e Lactação Erika Bezerra de Menezes Prof. Arlindo de A. A. Moura 1 INTRODUÇÃO Testículo (Morfofuncional) Dois compartimentos Tubular e o intertubular Tubular Túbulos seminíferos Células somáticas – Células de Sertoli Células germinativas Intertubular Células de leydig (Russell et al., 1990) (França & Russell, 1998) Produz andrógenos Caracteres sexuais secundários e pela manutenção da espermatogênese 2 CÉLULAS DE SERTOLI Enrico Sertoli (Milão – Itália) Epitélio Seminífero (Ratos, camundongos e humanos) 37% ocupados por um grupo de células Camundongos – 20% Célula semelhante a um três Célula ramificada Longas extensões Célula Mãe – funções 1863 (Hess e França, 2005) Primeiros desenhos com auxílio de microscópio 3 CÉLULAS DE SERTOLI 1865 Importância das Células de Sertoli Suporte as células germinativas 1878 Células de Sertoli não se divide no testículo do animal adulto (Attal e Courout, 1963) Hipótese foi aceita 1963 1960 Barreira hematotesticular (Hess e França, 2005) 4 CÉLULAS DE SERTOLI von Ebner 1888 “As células de Sertoli” (Hess e França, 2005) 5 CÉLULAS DE SERTOLI Estrutura (Hess e França, 2005) 6 CÉLULAS DE SERTOLI Estrutura (Kretser, 2007) 7 DETERMINAÇÃO DO SEXO XY Gônada indiferenciada SRY, SOX9 e NR5A1 (Sekido e Lovell Badge, 2008) Testículo Céls. de Sertoli (Epitélio celômico) Células Germinativas primordiais (Saco embrionário) Cordões sexuais Hormônio Antimülleriano (AMH) Regressão Ductos Müller (Orth & Jester, 1995) Trato reprodutivo masculino 8 PROLIFERAÇÃO DAS CÉLULAS DE SERTOLI Células de Sertoli imaturas Fetal / Neonatal inicial Pré-puberdade (VergouWen et al., 1993) (Baker e O’Sharghnessey, 2001) Parto 5 vezes Puberdade (Hochereau-de- Reviers et al. 1976,1984,1987) Macaco Rhesus (Macaco mullata) (Plant e Marshall, 2001) 9 PROLIFERAÇÃO DAS CÉLULAS DE SERTOLI No adulto - Não sofre mitose Raças sazonais Variação no nº de células de Sertoli/testículo Capacidade de proliferar (Tarulli et al., 2006) Precursora de células de Sertoli (Ahmed et al., 2009) ♂ Corriedale Março Agosto Nº de Céls. de Sertoli/ testículo (x108) 11,7 +/- 0,8a 9,0 +/- 1,7b Espermatides alongadas/testículo 5,9 +/- 0,4a 3,9 +/- 1,2b (Bielli et al., 1999) 10 PROLIFERAÇÃO DAS CÉLULAS DE SERTOLI Ratos Orth, 1982 11 PROLIFERAÇÃO DAS CÉLULAS DE SERTOLI Bovinos e caprinos Polonga-se até 6-10 semanas de idade; (Sharpe, 1994) Suínos Duas fases após o nascimento 1ª intensa - primeiro mês de vida; 2ª antes da puberdade – 3 - 4 meses de vida [ ] elevadas de FSH (França et al., 2000) 12 PROLIFERAÇÃO DAS CÉLULAS DE SERTOLI Cordeiros Nascimento 250 x 106 de CS indiferenciadas Puberdade (Kilgour et al., 1998) 500% 13 PROLIFERAÇÃO DAS CÉLULAS DE SERTOLI Genéticos (Humanos) Gene FMR-1 Hormônios (Slegtenhorst-Eegdeman et al., 1998) (Sharpe et al., 1999) FSH taxa de proliferação T3 Altera o período regulando a proliferação e o tamanho das CS Jannini et al., 1990) GH Fatores parácrinos (Sharpe et al., 1994, 1999) 14 PROLIFERAÇÃO DAS CÉLULAS DE SERTOLI Tratamento Neonatal N° C. de Sertoli Massa Testicular [ ] de inibina sanguínea Antagonista GnRH 45-52% 46% 63-79% Trat. FSHr 149% 124% NM Meachem et al., 1996 Hemicastração 118% 133% NM Simorangkir et al., 1995 Hipotiroidismo 182-257% 127-162% 215% Hess et al., 1993 Hemicastração + Hipotiroidismo 123% 162% NM Simorangkir et al., 1995 Hipertiroidismo 50% 52% NM van Haaster et al., 1993 Dietilestiboestrol ( FSH) 64% 49% 31% Atanassova et al., 1999 Referências Atanassova et al., 1999 Sharpe et al., 1999 Adaptado de Sharpe et al., 2003 15 PROLIFERAÇÃO DAS CÉLULAS DE SERTOLI Tratamento Neonatal N° C. de Sertoli Massa Testicular [ ] de inibina sanguínea Antagonista GnRH 45-52% 46% 63-79% Trat. FSHr 149% 124% NM Meachem et al., 1996 Hemicastração 118% 133% NM Simorangkir et al., 1995 Hipotiroidismo 182-257% 127-162% 215% Hess et al., 1993 Hemicastração + Hipotiroidismo 123% 162% NM Simorangkir et al., 1995 Hipertiroidismo 50% 52% NM van Haaster et al., 1993 Dietilestiboestrol ( FSH) 64% 49% 31% Atanassova et al., 1999 Referências Atanassova et al., 1999 Sharpe et al., 1999 Adaptado de Sharpe et al., 2003 16 PROLIFERAÇÃO DAS CÉLULAS DE SERTOLI Tratamento Neonatal N° C. de Sertoli Massa Testicular [ ] de inibina sanguínea Antagonista GnRH 45-52% 46% 63-79% Trat. FSHr 149% 124% NM Meachem et al., 1996 Hemicastração 118% 133% NM Simorangkir et al., 1995 Hipotiroidismo 182-257% 127-162% 215% Hess et al., 1993 Hemicastração + Hipotiroidismo 123% 162% NM Simorangkir et al., 1995 Hipertiroidismo 50% 52% NM van Haaster et al., 1993 Dietilestiboestrol ( FSH) 64% 49% 31% Atanassova et al., 1999 Referências Atanassova et al., 1999 Sharpe et al., 1999 Adaptado de Sharpe et al., 2003 17 PROLIFERAÇÃO DAS CÉLULAS DE SERTOLI Tratamento Neonatal N° C. de Sertoli Massa Testicular [ ] de inibina sanguínea Antagonista GnRH 45-52% 46% 63-79% Trat. FSHr 149% 124% NM Meachem et al., 1996 Hemicastração 118% 133% NM Simorangkir et al., 1995 Hipotiroidismo 182-257% 127-162% 215% Hess et al., 1993 Hemicastração + Hipotiroidismo 123% 162% NM Simorangkir et al., 1995 Hipertiroidismo 50% 52% NM van Haaster et al., 1993 Dietilestiboestrol ( FSH) 64% 49% 31% Atanassova et al., 1999 Referências Atanassova et al., 1999 Sharpe et al., 1999 Adaptado de Sharpe et al., 2003 18 PROLIFERAÇÃO DAS CÉLULAS DE SERTOLI FSH Cels. de Sertoli Diferenciação; Síntese de estradiol; Proteína ligadora de andrógenos (ABP); Secreção do fluido tubular (Chemes, 1979; Steinberger 1981; Amann & Schanbacher 1983; Miyamoto et al. 1989; Bardin et al. 1994) 19 PROLIFERAÇÃO DAS CÉLULAS DE SERTOLI Goitrogen (6-propyl-2-thiouracil) (PTU) Bociogênico (Holsberger e Cooke, 2005) 20 PROLIFERAÇÃO DAS CÉLULAS DE SERTOLI Regulação parácrina Bovinos – regulação do desenvolvimento testicular Fatores de crescimento TGF-α, TGF-β e suas isoformas 1, 2 e 3 Interleucinas IL-1 α, IL-1 β e IL-6 (Russell et al., 1989) 21 PROLIFERAÇÃO DAS CÉLULAS DE SERTOLI Ratos, suínos e homem Desenvolvimento e desenvolvimento das células de Sertoli FC - TGF-α TGF-β e suas isoformas 1, 2 e 3 Interleucinas - IL-1 α, IL-1 β TGF-α promove a síntese de DNA (Hoeben et al. 199) (Soder et al. 1991) TGF-β promove a absorção de glicose e produção de lactato (Petersen et al. 2001) 22 PROLIFERAÇÃO DAS CÉLULAS DE SERTOLI Término da fase mitótica das CS Formação das junções de oclusão – Barreira hemato- testicular; Início de maturação das células de Sertoli; Secreção de fluido; Formação do lume tubular; Habilidade de sustentar a espermatogenese Início de proliferação dos espermatócitos primários; (Russell et al., 1989) (Buzzard et al., 2003) 23 MATURAÇÃO DAS CÉLULAS DE SERTOLI Próximo a puberdade Morfologia e função Células de Sertoli madura e não proliferativa Núcleo aumenta (Sharpe et al., 2003) Nucléolo mais evidente 24 MATURAÇÃO DAS CÉLULAS DE SERTOLI 22 semanas de idade 34 semanas de idade Túbulos seminíferos touros Angus 26 semanas de idade (Aguiar et al., 2006) 25 MATURAÇÃO DAS CÉLULAS DE SERTOLI Inicio da puberdade Morfologia e função Células de Sertoli madura e não proliferativa Núcleo aumenta (Sharpe et al., 2003) Nucléolo mais evidente CS se unem a outras formando um compartimento adluminal Ações são moduladas (McLaren et al., 1993) (Sharpe et al., 1994) Testosterona - Células de Leydig Hormônios da tireóide (T3) - algumas espécies 26 COMPOSIÇÃO TESTICULAR Fig. 2 – Percentual de túbulos seminífero no parênquima testicular e número de células de Sertoli/g de testículo Espécie Túbulos seminíferos (%) Nº de céls. de Sertoli/g de testículo (x106) Coelhos 87 26 Suíno 83 20 Ovino 80-87 8-12 Equino 73 28 Felino 88 32 Bovino 81 29 ( Leal et al., 2004 adaptado de França e Russell, 1998; and França e Godinho, 2003) 27 COMPOSIÇÃO TESTICULAR Fig. 2 – Percentual de túbulos seminífero no parênquima testicular e número de células de Sertoli/g de testículo Espécie Túbulos seminíferos (%) Nº de céls. de Sertoli/g de testículo (x106) Coelhos 87 26 Suíno 83 20 Ovino 80-87 8-12 Equino 73 28 Felino 88 32 Bovino 81 29 ( Leal et al., 2004 adaptado de França e Russell, 1998; and França e Godinho, 2003) 28 ESPERMATOGÊNESE As células germinativas não possui receptores para FSH e T4; Células de Sertoli, sob a influencia desses hormônio propiciam a espermatogênese. 29 REAÇÕES DE TRANSCRIÇÃO NA CÉLULA DE SERTOLI (Walker e Cheng, 2005) 30 REAÇÕES DE TRANSCRIÇÃO NA CÉLULA DE SERTOLI Limitado ao período de proliferação da CS ERK 2 promotores ciclina D1 e E2F Atividade mitogênica (Walker e Cheng, 2005) 31 REAÇÕES DE TRANSCRIÇÃO NA CÉLULA DE SERTOLI Efeito citoesqueleto das céls. de Sertoli Junção Cél.-cél. ? (Walker e Cheng, 2005) 32 REAÇÕES DE TRANSCRIÇÃO NA CÉLULA DE SERTOLI ativação Lactato desidrogenase Lactato gama glutamil peptidase aa. Absorção de glicose lactato ? (Walker e Cheng, 2005) 33 REAÇÕES DE TRANSCRIÇÃO NA CÉLULA DE SERTOLI ? (Walker e Cheng, 2005) 34 REAÇÕES DE TRANSCRIÇÃO NA CÉLULA DE SERTOLI (Walker e Cheng, 2005) 35 CÉLULAS DE SERTOLI E CÉLULAS ESPERMATOGÊNICAS Johnson et al., (2008) modificado de Johnson (2007) 36 CÉLULAS DE SERTOLI E CÉLULAS ESPERMATOGÊNICAS Barreira hemato-testicular (Junções firmes ou do tipo Tight) Comunicação entre várias células de Sertoli; Proteção para as células contra o sistema imune; traçador eletrondenso (nitrato de lantâneo) não atravessa compartimento basal 37 ESPERMATOGÊNESE Produção diária de espermatozóide (Russel et al., 1999) O n° total de células de Sertoli Capacidade de suporte (Russel e Peterson, 1984) Células germinativas Rendimento e a eficiência do processo espermatogênico (Queiroz e Cardoso, 1989) 38 FUNÇÕES DAS CÉLULAS DE SERTOLI Suporte físico - Barreira hemato-testicular; Fornecer nutrientes durante a espermatogênese; Manutenção da integridade do epitélio seminífero, Secretar fluido luminal que direcionar os espermatozóides para o epidídimo; Secreção da proteína ligadora de androgenos (ABP); Secretar por estímulos do FSH e da testosterona, os agentes parácrinos que intervém na formação e maturação dos espermatozóides; 39 FUNÇÕES DAS CÉLULAS DE SERTOLI Secretar inibina e ativina; Converter T4 diidrotestosterona Fagocitar restos citoplasmáticos dos SPTZ e células com defeito; Secretar durante a vida embrionária, o hormônio anti-Mülleriano que garante a regrassão dos ductos de Müller no feto masculino. 40 ESPERMATOGÊNESE 9 Avaliação das SPTGênese em Touro Angus 8 7 6 5 4 3 Testosterona 2 1 0 2 3 4 5 6 7 8 Idade (meses) 9 10 11 12 41 CÉLULAS DE LEYDIG 42 HISTÓRICO 1ª Descrição (Leydig, 1850) Células poliédricas grandes (Microvilos) Ricas em Retículo Endoplasmático Liso; Gotas lipídicas Mitocôndrias; Complexo de Golgi. Agrupamentos dispersos no interstício testicular 43 CÉLULAS DE LEYDIG 44 MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE DUAS CÉLS. DE LEYDIG Gotas lipídicas Mitocôndria 45 FUNÇÕES DAS CÉLULAS DE LEYDIG SÍNTESE DE ANDRÓGENOS (T4) Diferenciação sexual; Desenvolvimento do D. de Wolf; Virilização da genitália externa (DHT); Comportamento sexual; Características sexuais secundárias; Maturação sexual; Regulação das gonadotrofinas hipofisárias; Espermatogênese; Desenvolvimento muscular. 46 DIFERENCIAÇÃO DAS CÉLULAS DE LEYDIG FETAIS Mesênquima Céls. de Sertoli Pdgf-A Sf1 Dhh Céls. Leydig primitivas Céls. Endoteliais, Mioblastos e fibroblastos intersticiais Arx Fetais Céls. de Leydig fetal ≠ Céls. de Leydig adulta Pouco dependente do LH Dependente do LH Sensível a ação do ACTH 47 PRODUÇÃO DE T4 TESTICULAR NA FASE FETAL Knockout para GnRH 5 4,5 4 3,5 pmol T4 / 3 2,5 testículo 2 1,5 1 0,5 0 normal -GnRH 14pc 16pc 18pc 1 5 Idade (dias) 20 adulto 48 FUNÇÕES DAS CÉLULAS DE LEYDIG FETAIS Mesênquima Populações Céls. Leydig T4 Diferenciação do Sist. Urogenital (D. Wolf) Céls. de Leydig Fetais Insl 3 Descida testicular 49 ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO APÓS O NASCIMENTO ATÉ A FORMAÇÃO DAS CÉLULAS DE LEYDIG ADULTAS Células Tronco de Leydig (indiferenciadas) Proliferação Diferenciação LH T 3 e T4 Células precursoras Céls. de Leydig Proliferação Diferenciação IGF-1 Céls. de Leydig Imaturas Proliferação Diferenciação Céls. de Leydig Imaturas Diferenciação (Harman et al., 2001) Céls. De Leydig Adultas 50 Benton et al. (1995). Recept Recept LH Androg 0 0 ? ++ + + +++ ++ +++ ++ ++ +++ +++ + +++ +++ + Tipo Mitose R.E.L Metabolismo T4 Síntese T4 C. tronco de Leydig + + 0 C. Precursora de C. Leydig +++ + C. de Leydig imatura 1 C. de Leydig adulta 0 51 PRODUÇÃO DE T4 E SPTZ EM DIFERENTES ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO Testosterona plasmática Produção Espermática 52 PROLIFERAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO DAS C. LEYDIG Diferenciação inicial Céls. Mesenquimais Céls. Leydig (Abdel-hoof, 1960; Rouker 1944) 3-5 meses de idade Puberdade Células de Leydig imaturas 5 α redutase Parâmetro morfológico da Célula Leydig Volume REL [ ] T4 sérica 53 VOLUME TESTICULAR OCUPADO PELAS C. LEYDIG Garanhão (28%) Varrão (37%) Touro (7%) 54 REGULAÇÃO DA SÍNTESE DE TESTOSTERONA Hipotálamo GnRH AMPc Hipófise Ptn G PKA... LH Pulsátil Receptor LH Células de Leydig T4 55 REGULAÇÃO DA SÍNTESE DE TESTOSTERONA LH T4 Ptn G Fosfolipídeos e araquidonoil CoA AMPc PLA 2 Ácido araquidônio PKA HDL Gota lipídica sérico SR-B1 Ptn Start Colesterol livre PBR P450scc LDL sérico Síntese colesterol de novo acetato mitocôndria pregnenolona P450c17 REL testosterona Célula de Leydig 56 20,22-desmolase 17-hidroxylase VIAS DE SÍNTESE DE ESTERÓIDES NAS CÉLULAS DE LEYDIG 17,20-desmolase aromatase 17β-OH-esteróide desidrogenase 3β-OHSD VIAS DE SÍNTESE DE ESTERÓIDES NAS CÉLULAS-ALVO aromatase 5α-reductase 3α-reductase 57 Berne et al., 2004 Interações celulares no testículo envolvidas na regulação da espermatogênese Berne et al., 2004 58 CONSIDERAÇÕES FINAIS A compreensão dos fenômenos funcionais, regulatórios, proliferativos e de diferenciação das Células de Sertoli e Leydig são pré-requisitos para elaboração de biotécnicas reprodutivas e de métodos de diagnóstico e tratamento de doenças. 59 OBRIGADA PELA ATENÇÃO... 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