1.
2.
3.
SERÁ ATRIBUÍDA NOTA ZERO À PROVA QUANDO O ALUNO:
a) utilizar ou portar, durante a realização da prova,
MÁQUINAS e(ou) RELÓGIOS DE CALCULAR, bem
como RÁDIOS, GRAVADORES, HEADPHONES, TELEFONES CELULARES ou FONTES DE CONSULTA DE
QUALQUER ESPÉCIE;
b) ausentar-se da sala em que se realiza a prova levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e(ou) o
CARTÃO-RESPOSTA antes do prazo estabelecido;
c) agir com incorreção ou descortesia para com qualquer
participante do processo de aplicação das provas;
d) comunicar-se com outro participante, verbalmente,
por escrito ou por qualquer outra forma;
e) apresentar dado(s) falso(s) na sua identificação pessoal;
f) for ao banheiro portando CELULAR, mesmo que desligado,
APARELHO DE ESCUTA, MÁQUINA DE CALCULAR ou qualquer outro MATERIAL DE CONSULTA relativo à prova. Na
ida ao banheiro, durante a realização da prova, o aluno será
submetido à revista por meio de DETECTOR DE METAL.
Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões, numeradas de 1 a 90 e dispostas da seguinte maneira:
a) as questões de número 1 a 45 são relativas à área
de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) as questões de número 1 a 5 são relativas à área de
Língua Estrangeira;
c) as questões de número 46 a 90 são relativas à área
de Matemática e suas Tecnologias.
Verifique no CARTÃO-RESPOSTA se os seus dados estão
registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, comunique-a imediatamente ao aplicador.
4.
Decorrido o tempo determinado, será distribuído o
CARTÃO-RESPOSTA, o qual será o único documento válido para a correção da prova.
5.
Não dobre, não amasse, nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído.
6.
Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções, identificadas com as letras A, B, C, D
e E. Apenas uma responde corretamente à questão.
Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em
cada questão. A marcação de mais de uma opção anula
a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.
7.
No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a
letra correspondente à opção escolhida para a resposta, preenchendo todo o espaço compreendido no círculo, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta.
8.
Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas
no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na
avaliação.
9.
O aluno, ao sair da sala, deverá entregar, definitivamente, seu cartão-resposta devidamente assinado, devendo
ainda assinar a folha de presença e o cartão de identificação de sala.
10.
O tempo disponível para estas provas é de cinco horas
e trinta minutos.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Texto I
O início do século XXI nos mostra que o conhecimento é a base do desenvolvimento. Hoje, o mundo reconhece que,
além de capital e trabalho, o insumo fundamental para a criação de riqueza é o conhecimento.
A importância do conhecimento para o desenvolvimento não é uma novidade na história da humanidade. No final do
século XV, Portugal, uma pequena nação com menos de 10 milhões de habitantes, tornou-se a mais poderosa do mundo
aplicando estudo sistemático, pesquisa e conhecimento acumulado ao problema da navegação oceânica, com o objetivo de
chegar à Índia e dominar o comércio das especiarias.
David Landes, historiador do desenvolvimento econômico, destaca em seu A Riqueza e a Pobreza das Nações que
a invenção da invenção, isto é, a sistematização do método científico e da atividade de pesquisa a partir do século XVIII, foi
um dos grandes ingredientes necessários para a existência de uma revolução industrial na Europa e para o desenvolvimento
que se seguiu.
Tornaram-se mais ricos os países que souberam criar um ambiente propício à criação e disseminação do conhecimento e a sua aplicação na produção. Ou, no dizer de Landes: “Instituições e cultura primeiro; a seguir, o dinheiro, mas, desde o
princípio e cada vez mais, o fator essencial e recompensador cabia ao conhecimento.”
Em nosso país, não é diferente e temos obtido alguns importantes resultados a confirmar o valor do conhecimento.
Nos últimos quatro anos, pela primeira vez na história brasileira, o principal item da pauta de exportações nacional – representando hoje mais de US$ 2 bilhões por ano – é um produto com alto valor agregado: aviões a jato. Produzidos pela Embraer,
eles são o resultado de concepção e projeto de engenheiros brasileiros formados pelo ITA. É um caso exemplar de ciência e
tecnologia criando desenvolvimento.
Fonte: http://www.ifi.unicamp.br/~brito/artigos/oesp_13112002.htm. Acesso em 23 de fevereiro de 2013.
Texto II
Um conjunto de dados somente se tornará informação no momento em que for atribuído algum significado por um sujeito cognoscente; de outro lado, para que as informações gerem conhecimento, é necessário, primeiramente, que um sujeito
cognoscente se aproprie delas; em um segundo momento, é necessário que haja um determinado contexto e, portanto, um
direcionamento para a construção de um novo conhecimento; portanto, o sujeito cognoscente passa a ser o elemento fundamental desse processo, qual seja, de transformar dados em informação e informação em conhecimento. Essa quantidade de
conhecimento formado será o material adequado para a formação das inteligências, processos que transformam a vida social
de forma mais ampla. O esquema abaixo simplifica esse processo:
Fonte: http://www.ub.edu/geocrit/-xcol/91.htm. Acessado em 22 de fevereiro de 2013.
LC - 2º dia | Página 2
Texto III
O Brasil aumentou seu desempenho em ciência e tecnologia. Conforme anunciado pelo Ministério de Educação nesta
semana, o país é o décimo terceiro colocado na classificação mundial de produção científica, integrando um seleto grupo de
megaprodutores de ciência, como Estados Unidos, Inglaterra, França, Canadá, Austrália, China e Índia. O Brasil ficou à frente
da Rússia, outrora poderosa nação de perfil científico-tecnológico, especialmente na área militar, quando disputava como
URSS a hegemonia política mundial com os EUA.
Esse impressionante salto olímpico brasileiro na produção científica é marcado por um aumento de 56% no total de
artigos publicados, conforme identifica a bibliometria do Web of Science: saltamos de 19.436 artigos científicos publicados
em 2007 para 30.415 em 2008.
Contudo, enquanto o perfil de produção científica ascendente se consolida, por outro lado, não demonstramos a mesma competência em levar o conhecimento científico ao mercado. Publicamos sempre muito, mas patenteamos muitíssimo
menos. Este, hoje, constitui um grande desafio para os gestores de políticas públicas em ciência, tecnologia e inovação no
Brasil. E requer remédios cavalares que nos garantam não só a fama de país pesquisador, mas de país inovador pelo impacto
que o segundo perfil possui para positivar nossa balança comercial em alguns produtos estratégicos, como os da área da
saúde.
Fonte:http://voodegal.blogspot.com.br/2009/05/normal-0-21-false-false-false-pt-br-x.html. Acesso em 25 de fevereiro de 2013.
Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto
DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em norma culta da Língua Portuguesa sobre o tema:
O Brasil está preparado para a “era do conhecimento”?
Apresente experiências ou propostas de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de
forma coerente e coesa, argumentos e fatos que defendam seu ponto de vista.
LC - 2º dia | Página 3
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS
TECNOLOGIAS
QUESTÃO 2
The computer that never crashes
Questões de 1 a 45
Questões de 1 a 5 (opção inglês)
QUESTÃO 1
Disponível em: http://jeffreyhill.typepad.com. Acesso em: 26 fev. 2013.
O secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, anunciou
oficialmente, no dia 24 de janeiro, o fim da proibição para
que mulheres sirvam em combate nas Forças Armadas dos
EUA, iniciativa que pode abrir milhares de postos de trabalho
na linha de frente de combate para elas. De acordo com a
imagem acima, o vocábulo “whichever” remete
A ao tratamento desigual recebido pelas mulheres em todas as esferas da sociedade americana, inclusive quando prestam o serviço militar.
B ao forte preconceito enfrentado pelas mulheres quando
elas decidem ingressar no exército americano para compor as fileiras militares.
C à incapacidade do soldado de dizer se a decisão do Pentágono representa, para as mulheres, uma conquista real
ou uma exposição ao perigo.
D às inúmeras dificuldades encontradas pelas mulheres
quando elas optam por seguir a carreira militar nas forças
armadas dos Estados Unidos.
E às exigências absurdas impostas para as mulheres americanas no que diz respeito à participação delas em situações de combate.
LC - 2º dia | Página 4
A revolutionary new computer based on the apparent
chaos of nature can reprogram itself if it finds a fault.
OUT of chaos, comes order. A computer that mimics
the apparent randomness found in nature can instantly recover from crashes by repairing corrupted data.
Dubbed a “systemic” computer, the self-repairing machine now operating at University College London (UCL)
could keep mission-critical systems working. For instance,
it could allow drones to reprogram themselves to cope with
combat damage, or help create more realistic models of the
human brain.
Disponível em: http://www.newscientist.com. Acesso em: 26 fev. 2013.
Um computador que trava é no mínimo irritante e na pior das
hipóteses uma catástrofe. Mas agora uma equipe de cientistas desenvolveu um novo tipo de computador que nunca
falha. De acordo com o texto acima, que reproduz parcialmente uma matéria publicada na revista New Scientist, o
computador em questão
A imita os padrões de regularidade amplamente encontrados no funcionamento do cérebro humano.
B reprograma-se imediatamente quando detecta a possibilidade iminente de vir a sofrer uma falha.
C recupera-se instantaneamente duplicando o conteúdo armazenado através de um sistema emergencial.
D garante o funcionamento pleno do processamento central, embora não recupere dados corrompidos.
E pode vir a auxiliar equipamentos militares que sofreram
algum tipo de avaria em situações de combate.
A tragédia em Santa Maria – que culminou com a morte de
240 jovens – colocou em xeque um problema comum em todo
o país: a falta de segurança em boates e casas de shows. A
peça publicitária anterior que integra uma campanha desenvolvida pelo “Texas State Fire Marshal’s Office” se destina a
A condenar a precariedade dos sistemas de prevenção de
incêndio que não estabelecem um plano de evacuação
para estabelecimentos superlotados.
B incentivar o frequentador de casas de shows a desenvolver o hábito de planejar uma estratégia de saída para
situações críticas de emergência.
C exigir das autoridades responsáveis um maior rigor na
fiscalização de estabelecimentos comerciais que se destinam ao entretenimento.
D destacar a necessidade de reestruturar as casas de shows
para evitar que novas tragédias causadas pela superlotação voltem a se repetir.
E criticar as casas noturnas que não se preocupam em garantir minimamente a segurança dos frequentadores em
situações de emergência.
QUESTÃO 3
QUESTÃO 5
The slave auction
Disponível em: http://www.chicagotribune.com. Acesso em: 26 fev. 2013.
Uma equipe de investigadores britânicos confirmou ter encontrado o esqueleto do último rei da Inglaterra morto em
batalha – o rei Ricardo III, que governou o país no século XV.
Os restos mortais foram descobertos numa zona medieval,
onde atualmente existe um estacionamento. Com base na
imagem acima, o Rei Ricardo III
A morreu nas mãos do próprio filho que se aliou a Henrique
VII, na tentativa de usurpar o trono de seu pai.
B foi um dos reis que permaneceu por mais tempo no trono
da Inglaterra em toda a história da monarquia.
C padeceu a vida inteira por causa de uma deformidade física que impedia o pleno exercício de suas funções.
D sofreu vários ferimentos de guerra, incluindo lesões no
crânio e perfurações em seu rosto.
E recebeu um sepultamento repleto de pompa como era
esperado para um monarca morto em combate.
QUESTÃO 4
Disponível em: http://www.haveanexitstrategy.com. Acesso em: 26 fev. 2013.
(By Frances Ellen Watkins Harper)
The sale began—young girls were there,
Defenseless in their wretchedness,
Whose stifled sobs of deep despair
Revealed their anguish and distress.
And mothers stood, with streaming eyes,
And saw their dearest children sold;
Unheeded rose their bitter cries,
While tyrants bartered them for gold.
And woman, with her love and truth—
For these in sable forms may dwell—
Gazed on the husband of her youth,
With anguish none may paint or tell.
And men, whose sole crime was their hue,
The impress of their Maker’s hand,
And frail and shrinking children too,
Were gathered in that mournful band.
Disponível em: http://www.poetryfoundation.org. Acesso em: 26 fev. 2013.
Frances Ellen Watkins Harper (1825-1911) foi uma das mais
ativas oradoras e poetisas envolvidas em causas de cunho
social, tais como: o abolicionismo, o direito do voto das mulheres e os movimentos contra o alcoolismo e o linchamento
de negros. Com base no texto acima de sua autoria, a poetisa
A descreve os sentimentos que tomavam conta de adultos,
jovens e crianças quando eram submetidos à prática do
leilão de escravos.
B enaltece a coragem de abolicionistas que lutavam contra
o horror da escravidão para pôr um fim ao leilão de homens e mulheres escravos.
C ressalta a revolta que se apoderava de seres humanos
vendidos como objetos na abominável prática de comercialização de escravos.
D denuncia a indiferença da sociedade americana que ignorava o sofrimento vivido por homens e mulheres vendidos em leilões de escravos.
E critica a omissão do poder público que permitia, mesmo
após a abolição da escravatura, a realização de frequentes leilões de escravos.
LC - 2º dia | Página 5
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS
TECNOLOGIAS
Questões de 1 a 45
Questões de 1 a 5 (opção espanhol)
QUESTÃO 1
El litio y la necesidad de una visión prospectiva
Una vez más nos encontramos ante el caso de una
decisión de dimensiones estratégicas que podría afectar el
futuro del país de manera importante y, nuevamente, se tratará de una imposición administrativa, carente de una visión
de Estado y sin base en un estudio prospectivo concienzudo
de inteligencia estratégica. Se ha despertado así un incómodo en las personas, el Gobierno ha anunciado su intención
de someter la enorme riqueza del litio que Chile posee a una
licitación pública para que capitales privados, nacionales y/o
extranjeros, inicien su explotación en el corto plazo.
Fiel a su ideología, el Gobierno parece no tener la intención de hacer participar al Estado, es decir, a todos los
chilenos, en el negocio. Sin embargo, existe la factibilidad
financiera y técnica por parte del Fisco y sus empresas para
llevar a cabo la explotación del recurso y su desarrollo industrial. La extracción e industrialización de esta riqueza bien
podría quedar en manos de una empresa de rango mundial
como es Codelco. Después de todo, la tecnología del cobre
es más complicada que la del litio, según el presidente del
sindicato de trabajadores del cobre.
Fonte: http://www.redseca.cl/?p=3226 acceso 28.01.13 (adaptado)
O processo de exploração do lítio tomou um inesperado
rumo no Chile, causando um desconforto para seus patriotas. Tal inquietação é sentida, pois
A o governo chileno decidiu direcionar a exploração do metal de suas terras nas mãos da privatização.
B o presidente não quis comentar os motivos da sua decisão em deixar o lítio sob a responsabilidade dos capitais
estrangeiros.
C a renúncia dos ministros de Estado que conduziram o
processo de licitação de liberação do lítio.
D a denúncia formal da empresa coreana Codelco, que encabeçava um consórcio com outras empresas mineradoras asiáticas para participarem do processo.
E o fortalecimento dos movimentos sociais com desfecho
negativo do primeiro contato.
LC - 2º dia | Página 6
QUESTÃO 2
Al menos 232 muertos deja incendio en discoteca
de Brasil
Un incendio en una discoteca de Brasil dejó al menos
232 muertos el domingo, cuando cientos de personas en pánico se abalanzaron hacia una puerta que estaba bloqueada
– dijeron autoridades. La mayoría de las víctimas eran estudiantes universitarios y murieron asfixiados por una densa
humareda tóxica después de que una bengala, que pertenecía al conjunto musical, incendió el techo de la discoteca Kiss
en Santa María, a 300 kilómetros al oeste de Porto Alegre, 27
de enero de 2013.
Pero la puerta principal estaba bloqueada, al parecer,
por los guardias de seguridad que temían que la gente se
marchara sin pagar su consumo. Según la prensa local, los
guardias abrieron las puertas cuando finalmente vieron las
llamaradas en el techo. Las autoridades habían reportado
245 muertos, pero a media tarde redujeron la cifra a 232.
Los sobrevivientes relataron que la discoteca se llenó
rápidamente de un denso humo negro, sumiendo en el pánico a las entre 500 y 1.000 personas que estaban en el local
durante una fiesta de estudiantes universitarios.
La tragedia hizo llorar en público a la presidenta Dilma
Rousseff, que interrumpió su participación en una cumbre en
Santiago de Chile para volar a Santa María. “En este momento de tristeza estamos todos juntos”, dijo Rousseff a periodistas. La Boate Kiss era una discoteca popular en Santa
María, una ciudad universitaria de unos 275.000 habitantes
en el estado de Rio Grande do Sul. Según comentarios en
internet, el local atrae a veces a unas 2.000 personas.
Fonte: http://www.cubadebate.cu/noticias/2013/01/27/incendio-en-discoteca-de-brasil-deja-al-menos232-muertos/ acceso 04.02.13 (adaptado)
O incêndio na boate Kiss foi um acidente não intencional que
vitimou pelo menos 237 pessoas e feriu 124 em uma casa
noturna de Santa Maria, no estado brasileiro do Rio Grande
do Sul. De acordo com as informações do texto, é correto
inferir que
A uma discussão entre a banda e os seguranças da festa ocasionou as chamas na espuma acústica no teto da
casa de show Kiss.
B durante uma apresentação, um efeito pirotécnico com faíscas, que pertencia a banda desse dia, iniciou o fogo na
boate Kiss.
C os seguranças bloquearam a única porta de saída do local para impedir uma briga entre pessoas que tentavam
sair sem pagar.
D o fogo foi controlado rapidamente graças ao uso ininterrupto de celulares, significando que os pais tentavam
comunicar-se com seus filhos.
E o pedido de prisão foi concedido pelo juiz aos culpados
ainda na madrugada, sob a justificativa de más condições
de segurança da casa.
QUESTÃO 3
QUESTÃO 4
Malala Yousafzai
El sentido del humor
Nacida en Swat, Jaiber Pastunjuá, Paquistán. Es conocida por su activismo a favor de los derechos civiles, especialmente de los derechos de las mujeres en el Valle del río
Swat, donde el régimen talibán ha prohibido la asistencia a la
escuela de las niñas. A la edad de 13 años, Yousafzai alcanzó notoriedad al escribir un blog para la BBC bajo el pseudónimo Gul Makai, explicando su vida bajo el régimen del
Tehrik e Taliban Pakistan (TTP) y sus intentos de recuperar
el control del valle tras que la ocupación militar les obligara a
salir a las zonas rurales. Los talibanes obligaron el cierre de
las escuelas privadas y se prohibió la educación de las niñas
entre 2003 y 2009.
En el 2009 el documental Pérdida de Clases, La muerte de la educación de la mujer (dirigido por Adam Ellick e Irfan
Asharaf, del New York Times), muestra a Malala, su padre
Ziauddin Yousafzai y como la educación de las mujeres es
difícil o imposible en esas áreas. El 9 de octubre de 2012 en
Mingora, cuando iba a su casa, fue víctima de un atentado por
un miliciano del TTP, el cual le disparó en repetidas ocasiones
con un fusil impactándole en el cráneo y el cuello, por lo cual
debió ser intervenida quirúrgicamente. El portavoz del TTP,
Ehsanullah Ehsan, afirmó que intentarán matarla de nuevo.
El atentado suscitó inmediatamente la condena internacional y Malala Yousafzai recibió el apoyo de Asif Ali Zardari, Raja Pervaiz Ashraf, Susan Rice, Desmond Tutu y Ban
Ki-moon, Barack Obama, Hillary Rodham Clinton, Laura Welch Bush, Madonna, entre otros. El 15 de octubre de 2012 fue
trasladada al Hospital Reina Isabel de Birmingham, en Reino
Unido, para seguir con su recuperación. Aunque deberá continuar con rehabilitación y será sometida a una cirugía reconstructiva, es dada de alta del hospital el día 4 de enero de 2013.
El humor “sirve como una válvula interna de seguridad
que nos permite liberar tensiones, disipar las preocupaciones, relajarnos y olvidarnos de todo”, afirma el Dr. Lee Berk,
profesor de patología en la Universidad de Loma Linda, en
California y uno de los principales investigadores en el mundo sobre la salud y el buen humor. En una serie de estudios, entre ellos, uno publicado en el número de diciembre
de 1989 de la revista American Journal of Medical Science,
examinó las muestras de sangre de sujetos antes y después
de que vieron vídeos cómicos, y las comparó con las de un
grupo que no vio los vídeos. Berk descubrió importantes reducciones en las concentraciones de hormonas de la tensión
y un incremento en la respuesta inmune de quienes vieron
los vídeos.
La risoterapia no se basa en sonrisitas, ni siquiera en
carcajadas normales. Hay que aprender a reír con todo el
cuerpo. Las sesiones parten de un cuerpo completamente
relajado. Se necesita liberar las tensiones musculares y las
preocupaciones para sumergirse plenamente en la medicina de la risa. Uno de los métodos más efectivos para desbloquear el cuerpo y la mente es la danza. Otra forma de
motivar la risa es haciendo muecas delante de un espejo.
Reflejarse haciendo el payaso seguro que motivará las carcajadas. Tratar de ver programas y películas cómicas. Si aún
no ha brotado la risa, se fuerza. Je, je, je... Ji, ji, ji... Ja, ja,
ja... Quizá se sienta como algo absurdo, pero... el absurdo
siempre provoca la risa y ¿no es este el fin de la sesión de
risoterapia?
Fonte: http://translate.google.com.br/translate. Acceso 04.02.13 (adaptado)
Malala Yousafzai é uma paquistanesa estudante e ativista de
educação do Paquistão Khyber Pakhtunkhwa província. Ela
é conhecida por sua educação e ativismo dos direitos das
mulheres no Vale do Swat. De acordo com o texto, é correto
dizer que
A Yousafzai começou a subir em destaque, dando entrevistas na imprensa e na televisão, logo após candidatar-se
nas últimas eleições do Talibã.
B Malala criou um blog para a BBC criticando o regime Talibã, do qual o governo é contra a promoção da educação
para meninas.
C em 9 de outubro de 2012, Yousafzai foi baleada na cabeça e no pescoço em uma tentativa de assassinato por
pistoleiros do Talibã quando voltava para casa.
D do seu caminho da escola para casa um homem atirou
nos amigos que estavam perto da militante. Uma das balas saiu do alvo e atingiu Malala.
E após infração, os talibãs começaram a destruir as escolas
perto da casa de Yousafzai, pois buscavam os rascunhos
de seu blog, deixados por ela antes de morrer.
Fonte: http://www.psicologia-positiva.com/humor.html
acceso 06.02.13 (adaptado)
O humor é um estado de ânimo cuja intensidade representa
o grau de disposição e de bem-estar psicológico e emocional
de um indivíduo. De acordo com a leitura do texto, é correto
depreender que
A o efeito provocado pelo riso é algo semelhante ao que
acontece com os remédios para a depressão, pois causa
êxtase, traz vitalidade e energia.
B os músculos do nosso corpo ficam sem reação quando o
organismo recebe a mensagem do riso.
C o riso, principal produtor de hormônios no corpo humano,
é um estímulo eficaz para tristeza, depressão e, obviamente, o estresse.
D a terapia do riso não é somente baseada em sorrisos.
Para obtê-lo, é necessário aprender a rir com todo o seu
corpo.
E assistir a shows de piadas e, em seguida, participar de
dança na frente do espelho é o método mais eficaz para
provocar o riso.
LC - 2º dia | Página 7
QUESTÃO 5
QUESTÃO 6
O artista renascentista italiano Michelangelo Buonarroti produziu sua obra inspirado no modelo do século XVI. Nesse
mesmo período, fruto das mesmas ideias, Portugal fez grandes descobertas marítimas, como as cantadas em Os Lusíadas,
de Luís de Camões. Acerca do Brasil nesse período, podemos afirmar que
A produzia arte clássica nos mesmos moldes da pintura
apresentada.
B reproduzia os modelos europeus principalmente na épica
camoniana.
C dava os primeiros passos para a construção de sua história
com manifestações literárias documentais e catequéticas.
D caminhava para a construção crítica de uma ideia de nacionalismo com a criação do “mito do paraíso terreno”,
expresso já na carta de Pero Vaz.
E copiava os modelos espanhóis, sobretudo na arte sacra,
sem imprimir traços de brasilidade por ser uma colônia
europeia.
QUESTÃO 7
Estudando os primeiros anos do regime republicano
brasileiro, durante os quais se destacou o problema da Guerra
de Canudos no sertão baiano, você encontra o seguinte texto:
Fonte: https://www.google.com.br/search
acceso 06.02.13
Não é segredo para ninguém o quanto a internet toma tempo
de jovens e adultos. Sobre essa particularidade do mundo
moderno, afirma-se nessa charge que
A existe um limite para que as pessoas possam ficar na
frente dos computadores sem que isso afete sua vida social.
B há condições de manter relações reais e virtuais de trabalho sem atingir a qualidade delas.
C existem estudos afirmando que a internet deixa as pessoas mais inteligentes, pois as relações via internet forçam
os usuários a entenderem melhor os sentimentos alheios.
D é comum encontrar pessoas que preferem usar computadores por acharem mais confortável permanecer escondidos em relações sociais.
E há pessoas que buscam novos relacionamentos na internet
(com os recursos dela e do computador), ao invés de conhecer indivíduos pessoalmente.
LC - 2º dia | Página 8
“... Como construir uma democracia, se a nação é escravocrata e imperial? Ao nível das ideias, vamos por isso
encontrar uma curiosa identificação, não autorizada pelo
tempo nem pelos feitos, entre o advento da República brasileira e a Revolução Francesa. Tudo se passa como se o Império brasileiro fosse igual ao Ancien Régime francês, sendo
a proclamação da República... igual à Revolução Francesa.
(...)
Nesse pano de fundo, não nos deve espantar que... o
levante de Canudos tenha sido apresentado como uma frente de restauração monarquista.
(...)
Assim, não nos deve surpreender quando... [no cerco
de Canudos] uma ‘data nacional’ é saudada por uma salva
oficial de 21 tiros... o dia vem a ser o da tomada da Bastilha,
o 14 de julho. O Exército brasileiro, que se postulava como
o baluarte das classes oprimidas pelo Ancien Régime, inocentemente salvava a data-marco da Revolução Francesa,
enquanto massacrava a plebe entrincheirada em Canudos.
O equívoco não poderia ser mais trágico. Afinal, o povo estava do lado de lá, e não do lado de cá; do lado de cá, estava
o aparelho de Estado.”
(NOGUEIRA GALVÃO, Walnice. “Introdução”. Em CUNHA, Euclides da. Os Sertões. 35. ed. Rio de
Janeiro, Francisco Alves, 1991.)
Da leitura do texto, pode-se concluir que
A a autora concorda com a ideia de que a Revolução Francesa e a proclamação da República brasileira fazem parte do mesmo contexto histórico.
B os militares, em Canudos, julgavam defender uma causa,
quando, na realidade, defendiam outra.
C o movimento de Canudos foi uma tentativa dos monarquistas para retornarem ao poder.
D os militares brasileiros tinham uma posição antipopular,
por isso massacraram o povo cercado em Canudos.
E a Guerra de Canudos ocorreu devido a um trágico engano
dos grupos sociais que controlavam o Estado brasileiro.
QUESTÃO 8
Fonte: http://www.not1.xpg.com.br/sujeito-indeterminado-explicacao-clara-e-dicas-de-linguaportuguesa/ em 22/2/13
A respeito da leitura da charge acima, podemos depreender que
A há concordância de pensamentos ideológicos entre os
dois personagens da ação.
B o aluno demonstra ter um senso crítico mais aguçado que
o da professora.
C a oração escrita na lousa está desvencilhada semanticamente da fala da professora.
D a fala do aluno demonstra seu pleno desconhecimento
sobre as regras gramaticais.
E o humor desse texto misto relaciona-se ao fenômeno da
ambiguidade linguística.
No texto, as orações “(...) que já estava com os nervos à
flor da pele em virtude de dois atentados da Shindô-Renmei
na cidade (...)” e “(...) que encontrasse pela frente (...)” são
exemplos, respectivamente, de oração com valores explicativoe restritivo, respectivamente, porque
A a primeira limita o sentido do termo antecedente (a população de Osvaldo Cruz), enquanto a segunda explica o
sentido do termo antecedente (qualquer japonês).
B a pausa, antes e depois da primeira oração, revela seu
caráter de restrição e precisão do sentido do termo antecedente, tal como se dá com a segunda oração.
C na primeira, a oração é indispensável para precisar o sentido da anterior, enquanto, na segunda, a oração pode ser
eliminada.
D a primeira explica o sentido do termo antecedente (a população de Osvaldo Cruz), enquanto a segunda limita o
sentido do termo antecedente (qualquer japonês).
E o sentido do termo “qualquer japonês”, explicado na segunda oração, é determinante para a compreensão da
primeira.
QUESTÃO 10
Imagem 1
Dança contemporânea
Imagem 2
Balé Clássico
QUESTÃO 9
Por causa do assassinato do caminhoneiro Pascoal
de Oliveira, o Nego, pelo – também caminhoneiro – japonês
Kababe Massame, após uma discussão, em 31 de julho de
1946, a população de Osvaldo Cruz (SP), que já estava com
os nervos à flor da pele em virtude de dois atentados da
Shindô-Renmei* na cidade, saiu às ruas e invadiu casas, disposta a maltratar “impiedosamente”, na palavra do historiador local José Alvarenga, qualquer japonês que encontrasse
pela frente. O linchamento dos japoneses só foi totalmente
controlado com a intervenção de um destacamento do Exército, vindo de Tupã, chamado pelo médico Oswaldo Nunes,
um herói daquele dia totalmente atípico na história de Osvaldo Cruz e das cidades brasileiras.
Com o final da Segunda Guerra Mundial, o eclipse do
Estado Novo e o desmantelamento da Shindô-Renmei, inicia-se um ciclo de emudecimento, de ambos os lados, sobre
as quatro décadas de intolerância vividas pelos japoneses.
Do lado local, foi sedimentando-se no mundo das letras a
ideia do país como um “paraíso racial”. Do lado dos imigrantes, as segundas e terceiras gerações de filhos de japoneses
se concentraram, a partir da década de 1950, na construção
da sua ascensão social. A história foi sendo esquecida, junto
com o idioma e os hábitos culturais de seus pais e avós.
Matinas Suzuki Jr. Folha de S.Paulo, 20.04.2008. Adaptado.
* Shindô-Renmei foi uma organização nacionalista, que surgiu no Brasil após o
término da Segunda Guerra Mundial, formada por japoneses que não acreditavam na derrota do Japão na guerra. Possuía alguns membros mais fanáticos que
cometiam atentados, tendo matado e ferido diversos cidadãos nipo-brasileiros.
Fonte: http://tinyurl.com/blq37bo. em 24/2/13.
Fonte: http://tinyurl.com/bodugct. em 23/2/13.
Comparando a dança contemporânea ao balé clássico, podemos inferir que
A enquanto o balé clássico prezava, e preza ainda, pelos
movimentos perfeitos, a dança contemporânea queria libertar o seu bailarino dos movimentos.
B na apresentação de um bom bailarino, os joelhos esticados são desnecessários para a execução de movimentos.
C na dança contemporânea não se usa sapatilha de ponta.
Além de que o chão passa a ser utilizado como parte da
dança como objeto cênico.
D dentro de um espetáculo de dança contemporânea, o
improviso é trocado pela técnica, pois o artista descarta
a importância da transmissão de sentimentos, ideias e
conceitos.
E o balé modificou também o espaço da dança, o palco não
é a única referência para uma apresentação. Sua técnica
é tão abrangente que os adereços de cena podem ser
diversos.
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QUESTÃO 11
Texto para as questões 13 e 14.
O juízo final (1536-41), por Michelangelo.
Acerca da obra “O juízo final” (1536-1541), é correto afirmar que
A utiliza modelos inspirados nos padrões da Igreja Católica
Medieval, sobretudo pela valorização do divino em detrimento do humano.
B as formas retas e simétricas são as mesmas utilizadas na
pintura greco-romana.
C valoriza as formas humanas em uma clara manifestação
antropocêntrica, mas sem deixar de representar a onipotência do elemento divino.
D ao buscar temas bíblicos, o autor adere às visões teocêntricas do medievo.
E o excesso de detalhes e a valorização do sagrado fazem de
seu autor um legítimo representante da corrente barroca.
QUESTÃO 12
A incapacidade de ser verdadeiro
Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em
casa dizendo que vira no campo dois dragões da independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.
A mãe botou-o de castigo, mas, na semana seguinte,
ele veio contando que caíra no pátio um pedaço de lua, todo
cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto
de queijo. Desta vez, Paulo não só ficou sem a sobremesa
como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.
Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo
céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr.
Epaminondas abanou a cabeça:
– Não há o que fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.
ANDRADE, Carlos Drummond de. O sorvete e outras histórias. São Paulo: Ática, 1993.
O período “Desta vez, Paulo não só ficou sem a sobremesa
como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias” foi
corretamente parafraseado em
A “Desta vez, Paulo ficou sem a sobremesa porque foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.”
B “Desta vez, Paulo não ficou sem a sobremesa, contudo
foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.”
C “Desta vez, Paulo não ficou sem a sobremesa, portanto
foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.”
D “Desta vez, Paulo ficou sem a sobremesa e foi proibido
de jogar futebol durante quinze dias.”
E “Desta vez, Paulo ficou sem a sobremesa, quando foi
proibido de jogar futebol durante quinze dias.”
LC - 2º dia | Página 10
Com pequenas alterações, o texto a seguir tem circulado
pela Internet. Leia-o para responder ao que se pede:
Assaltante Baiano
Ô, meu rei... (pausa)
Isso é um assalto... (longa pausa)
Levanta os braços, mas não se avexe não... (outra pausa)
Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado...
Vai passando a grana, bem devagarinho... (pausa para pausa)
Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não ficar
muito pesado.
Não esquenta, meu irmãozinho. (pausa)
Vou deixar teus documentos na encruzilhada.
Assaltante Mineiro
Ô, sô, prestenção:
Issé um assarto, uai.
Levantus braço e fica ketim quié mió procê.
Esse trem na minha mão tá cheim de bala...
Mió passá logo os trocados que eu num tô bão hoje.
Vai andando, uai! Tá esperando o quê, sô?!
Assaltante Carioca
Aí, perdeu, mermão.
Seguiiiinnte, bicho: tu te fu. Isso é um assalto.
Passa a grana e levanta os braços, rapá.
Não fica de caô que eu te passo o cerol....
Vai andando e, se olhar pra trás, vira presunto.
Assaltante Paulista
Pô, meu...
Isso é um assalto, meu.
Alevanta os braços, meu.
Passa a grana logo, meu.
Mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria
aberta pra comprar o ingresso no Pacaembu, meu.
Pô, se manda, meu.
Assaltante Gaúcho
Ô, guri, fica atento.
Bah, isso é um assalto.
Levanta os braços e te aquieta, tchê!
Não tentes nada e cuidado que esse facão corta uma barbaridade, tchê.
Passa as pilas prá cá! E te manda a la cria, senão o quarenta
e quatro fala.
Assaltante de Brasília
Querido povo brasileiro, estou aqui no horário nobre da TV
para dizer que, no final do mês, aumentaremos as seguintes
tarifas: Energia, Água, Gás, Passagem de ônibus, Imposto
de renda, Licenciamento de veículos, Seguro obrigatório,
Gasolina, Álcool, IPTU, IPVA, IPI, ICMS, PIS, Cofins…
QUESTÃO 13
A linguagem que cada um dos cinco primeiros assaltantes
empregou revela
A que as diferenças entre os registros linguísticos típicos de
cada região do país se resumem à questão do sotaque.
B que a seleção lexical é uma pista relevante para reconhecer as características de cada variante regional que
há no Brasil.
C que somente o assaltante paulista não se vale de um vocativo para referir-se à sua vítima.
D que, na Bahia, respeita-se mais o padrão culto da língua, uma
vez que o assaltante baiano não comete erros de ortografia.
E que Minas Gerais é o estado brasileiro em que há menos preocupação das pessoas em valorizar a norma culta do idioma.
QUESTÃO 14
A fala do assaltante de Brasília
A comprova que todo político só se preocupa, depois de
eleito, com aumento de impostos.
B sugere, ao fazer referência ao “Licenciamento de veículos”, que o preço dos automóveis cresce cada vez mais.
C não procura imitar, como o restante do texto, a linguagem
típica daqueles que moram na capital federal.
D coloca o “povo brasileiro” na posição de vítima do assalto
praticado pelas instituições financeiras privadas.
E quebra a progressão do texto, o que produz um efeito de
estranhamento, pois não se sabe que tipo de crime esse
assaltante está cometendo.
QUESTÃO 15
Triste Bahia! Oh quão dessemelhante
Estás, e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado.
Rica te vejo eu já, tu mi abundante.
A ti tocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado
Tanto negócio, e tanto negociante.
Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote.
Oh se quisera Deus, que de repente
Um dia amanheceras tão sisuda
Que fora de algodão o teu capote!
O meia Diego Souza foi substituído no segundo tempo
debaixo de vaias dos torcedores palmeirenses e chegou a fazer gestos obscenos respondendo à torcida. Ao final do jogo,
o meia chegou a dizer que estava feliz por jogar no Verdão.
— Eu não estou pensando em sair do Palmeiras. Estou muito feliz aqui — disse.
Perguntado sobre as vaias da torcida enquanto era
substituído, Diego Souza ironizou a torcida do Palmeiras.
—Vaias? Que vaias? — ironiza o camisa 7 do Verdão,
antes de descer para os vestiários.
Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 29 abr. 2010.
A progressão textual realiza-se por meio de relações semânticas que se estabelecem entre as partes do texto. Tais relações podem ser claramente apresentadas pelo emprego
de elementos coesivos ou não ser explicitadas, no caso da
justaposição. Considerando-se o texto lido,
A no primeiro parágrafo, o conectivo já que marca uma relação de consequência entre os segmentos do texto.
B no primeiro parágrafo, o conectivo mas explicita uma relação de adição entre os segmentos do texto.
C entre o primeiro e o segundo parágrafos, está implícita
uma relação de causalidade.
D no quarto parágrafo, o conectivo enquanto estabelece
uma relação de explicação entre os segmentos do texto.
E entre o quarto e o quinto parágrafos, está implícita uma
relação de oposição.
QUESTÃO 17
MATOS, Gregório de. In: DIMAS, Antônio, sel., notas. Literatura comentada: Gregório de Matos. São
Paulo, Abril Educação, 1980. p. 17.
O texto e o autor inserem-se no contexto da literatura barroca
brasileira. Acerca deles, é correto afirmar que
A tematiza a questão religiosa, a partir da constatação da
decadência da cidade da Bahia.
B o eu-poético usa um tom satírico para criticar o comportamento das classes sociais menos favorecidas da Bahia
seiscentista.
C o sujeito lírico problematiza a exploração das riquezas da
Bahia, comparando a decadência da cidade com a sua
própria decadência.
D exemplifica a produção poética do Barroco brasileiro,
principalmente no que diz respeito ao caráter iluminista
desse movimento.
E a expressão máquina mercante refere-se à influência dos
produtores de café na economia baiana.
QUESTÃO 16
Diego Souza ironiza torcida do Palmeiras
O Palmeiras venceu o Atlético-GO pelo placar de 1 a 0,
com um gol no final da partida. O cenário era para ser de alegria, já que a equipe do Verdão venceu e deu um importante
passo para conquistar a vaga para as semifinais, mas não foi
bem isso que aconteceu.
Fonte: http://www.jb.com.br/anna-ramalho/noticias/2012/10/30/mostra-de-cecilia-ribas-e-prorrogadaem-ipanema/ em 23/2/13
A obra acima é da brasileira Cecilia Ribas, uma artista que
nas artes nos anos 80, como ceramista e escultora. A linguagem de suas telas imprime liberdade e alegria, com o uso de
cores e curvas. Cecilia Ribas já teve suas obras expostas
em locais, como Academia Brasileira de Letras, BNDES e
Alerj, e recebeu diversas premiações por suas esculturas.
No caso da obra acima, podemos perceber o predomínio de
características do
A abstrato geométrico.
B futurismo geométrico.
C construtivismo modular.
D cubismo figurativista.
E surrealismo figurativista.
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QUESTÃO 18
QUESTÃO 20
Ando sem me mover, falo calado,
O que mais perto vejo, se me ausenta,
E o que estou sem ver, mais me atormenta,
Alegro-me de ver-me atormentado
Fonte: http://tinyurl.com/bo89gy2. em 22/2/13
Com base na leitura da charge acima, podemos depreender
que
A o aspecto hiperbólico das falas e ações das personagens
é responsável pela polissemia do texto.
B além do aspecto verbal, o icônico também é responsável
pelo estabelecimento da atmosfera de humor.
C a ausência de elementos demarcadores do tempo no texto o transformam num registro atemporal.
D o espaço contribui para o estabelecimento de uma
atmosfera sisuda e desprovida de diálogo com o riso.
E a mensagem principal está centrada na conscientização
higiênica das pessoas e na educação sanitária.
QUESTÃO 19
“Duas relíquias históricas produzidas no Brasil foram
trazidas para exibição na Mostra do Redescobrimento, em
São Paulo: o manto tupinambá e a carta de Pero Vaz de Caminha.”
(Folha de São Paulo, 11 de maio de 2000.)
A carta de Pero Vaz de Caminha, sobre o achamento do Brasil, enviada a El-Rei Dom Manuel é a principal manifestação
literária do Quinhentismo, movimento literário brasileiro do
século XVI. Tendo em vista o seu teor, podemos afirmar que
os visitantes da Mostra do Redescobrimento, ao se depararem com tal texto, conseguiriam através dele
A resgatar valores e conceitos sociais brasileiros.
B descobrir a história brasileira pela arte.
C ter mais informações sobre a arte brasileira.
D ver a cultura indígena brasileira.
E perceber o interesse português em explorar a nova terra.
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Esses versos do poeta português Antônio Barbosa Bacelar
(1610-1663) revelam uma característica essencial da arte do
período. Assinale o item abaixo contendo essa característica.
A A presença de metáforas, para expor sentidos ocultos
das coisas.
B O uso da prosopopeia, para evidenciar a desordem do
mundo.
C A exploração de antíteses, para expressar conflito e tensão.
D A recorrência à metonímia, para enfocar detalhes do universo.
E A prática da hipérbole, para realçar o exagero sentimental.
QUESTÃO 21
O lugar onde melhor se fala português no
Brasil é o Maranhão
Essa ideia de que o Maranhão é o lugar onde se fala
melhor português nasce do mito de que o português só é
falado corretamente em Portugal, pois verificamos lá no Maranhão o uso do pronome tu, seguido das formais verbais
clássicas, muito utilizadas pelos portugueses. Não existe
nenhuma variedade nacional e regional ou local que seja
intrinsecamente “melhor”, “mais pura”, “mais bonita”, “mais
correta” que outra. Toda variedade linguística atende às necessidades da comunidade de seres humanos que a empregam. Quando deixar de atender, ela inevitavelmente sofrerá
transformações para se adequar às novas necessidades.
“Toda a variedade linguística é também o resultado de um
processo histórico próprio, com suas vicissitudes e peripécias particulares”.
Autor: Eliane Doege Finardi
Fonte: http://www.pedagogiaaopedaletra.com.br/posts/variacao-linguistica-preconceito-linguistico/
em 23/2/13
Estudos contemporâneos mostram que cada língua possui
sua própria complexidade e dinâmica de funcionamento. O
texto ressalta essa dinâmica, na medida em que
A destaca o léxico maranhense como semelhante ao oriundo da metrópole portuguesa.
B enfatiza a existência de limitações na língua utilizada por
falantes maranhenses.
C apresenta a língua como uma metonímia das transformações históricas de uma nação.
D expõe a deficiência do portguês brasileiro, sempre apresentado como devedor do europeu.
E aponta a língua como um mecanismo estático, homogêneo, ou seja, averso à diversidade.
QUESTÃO 22
QUESTÃO 24
Testes
Dia desses, resolvi fazer um teste proposto por um
site da internet. O nome do teste era tentador: “O que Freud
diria de você”. Uau. Respondi a todas as perguntas, e o resultado foi o seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a
marcaram até os doze anos, depois disso você buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento”. Perfeito!
Foi exatamente o que aconteceu comigo.Fiquei radiante: eu
havia realizado uma consulta paranormal com o pai da psicanálise, e ele acertou na mosca.
Estava com tempo sobrando, e curiosidade é algo
que não me falta, então resolvi voltar ao teste e responder
tudo diferente do que havia respondido antes. Marquei umas
alternativas esdrúxulas, que nada tinham a ver com minha
personalidade. E fui conferir o resultado, que dizia o seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os
12 anos, depois disso você buscou conhecimento intelectual
para seu amadurecimento”.
MEDEIROS, M. Doidas e santas. Porto Alegre, 2008 (adaptado).
Quanto às influências que a internet pode exercer sobre os
usuários, a autora expressa uma reação irônica no trecho
A “Marquei umas alternativas esdrúxulas, que nada tinham
a ver”.
B “Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os
doze anos”.
C “Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site
da internet”.
D “Respondi a todas as perguntas, e o resultado foi o seguinte”.
E “Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal
com o pai da psicanálise”.
Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e
sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era
forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas
o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o
calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as sementes
que tinha na mão, não outras, mas essas apenas.
LISPECTOR, C. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
A autora emprega por duas vezes o conectivo mas no fragmento apresentado. Observando aspectos da organização,
estruturação e funcionalidade dos elementos que articulam o
texto, o conectivo mas não expressa o mesmo conteúdo nas
duas situações em que aparece no texto, pois
A expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em que
aparece no texto.
B quebra a fluidez do texto e prejudica a compreensão, se
usado no início da frase.
C ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso na abertura da frase.
D contém uma ideia de sequência temporal que direciona a
conclusão do leitor.
E assume funções discursivas distintas nos dois contextos de uso.
QUESTÃO 25
Cientistas criam gel que pode recuperar função
cardíaca após enfarte
O material é feito com o próprio tecido do coração.
Pesquisadores realizaram testes em suínos enfartados,
comprovando a eficácia do gel.
A visualização de um coração humano em 3D (Foto: Nasa/Getty Images)
QUESTÃO 23
“… evidente que é segundo a classe à qual se pertence, segundo as possibilidades de riqueza, segundo as posições sociais que se obtém a justiça. A justiça não é atribuída
do mesmo modo.”
(FOUCAULT, Michel. Ditos e Escritos, V. 4, p. 35, apud SALLA, F.)
O texto acima faz referência ao funcionamento da justiça. De
acordo com ele, é correto afirmar que
A a aplicação da justiça é igual para toda a sociedade.
B aqueles que detêm mais recursos desfrutam da justiça.
C a justiça, no estado de direito, é sempre praticada do
mesmo modo.
D numa sociedade de classes hierarquizada pela fortuna,
inexiste a lei.
E numa sociedade de classes, a justiça é igual, mas a lei
privilegia os ricos.
Um gel que tem como matéria-prima o próprio tecido do
coração pode recuperar parcialmente a função cardíaca perdida após o enfarte. A técnica, aplicada com sucesso em porcos,
deve ser testada em humanos ainda neste ano, segundo pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
Até o momento, não existem terapias que promovam a reconstituição do músculo cardíaco afetado pelo enfarte.
Fonte: http://t.co/30djRLLxnk em 22/2/13.
Predomina no texto a função da linguagem
A metalinguística, porque o autor procura explicar detalhes
importantes sobre a matéria-prima que compõe o produto.
B fática, porque o autor destaca a importância do gel para a
manutenção da saúde dos cardíacos.
C apelativa, porque o texto utiliza uma grande quantidade
de verbos no imperativo e no presente do indicativo.
D poética, porque o autor dá ênfase aos elementos estéticos
que influenciam à construção da mensagem principal.
E referencial, porque o texto se propõe a abordar o assunto
sem expor uma interpretação pessoal do fato.
LC - 2º dia | Página 13
QUESTÃO 26
QUESTÃO 27
Ouvir estrelas
“Ora, (direis) ouvir estrelas! Certo
perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
que, para ouvi-las, muita vez desperto
e abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda noite, enquanto
a Via-Láctea, como um pálio aberto,
cintila. E, ao vir o Sol, saudoso e em pranto,
inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas?” Que sentido
tem o que dizem, quando estão contigo?”
E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas”.
BILAC, Olavo. Ouvir estrelas. In: Tarde, 1919.
Ouvir estrelas
Ora, direis, ouvir estrelas! Vejo
que estás beirando a maluquice extrema.
No entanto o certo é que não perco o ensejo
De ouvi-las nos programas de cinema.
Não perco fita; e dir-vos-ei sem pejo
que mais eu gozo se escabroso é o tema.
Uma boca de estrela dando beijo
é, meu amigo, assunto p’ra um poema.
Direis agora: Mas, enfim, meu caro,
As estrelas que dizem? Que sentido
têm suas frases de sabor tão raro?
Amigo, aprende inglês para entendê-las,
Pois só sabendo inglês se tem ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.
TIGRE, Bastos. Ouvir estrelas. In: Becker, I. Humor e humorismo: Antologia.
São Paulo: Brasiliense, 1961.
A partir da comparação entre os poemas, verifica-se que,
A no texto de Bilac, a construção do eixo temático se deu
em linguagem denotativa, enquanto no de Tigre, em linguagem conotativa.
B no texto de Bilac, as estrelas são inacessíveis, distantes,
e no texto de Tigre, são próximas, acessíveis aos que as
ouvem e as entendem.
C no texto de Tigre, a linguagem é mais formal, mais trabalhada, como se observa no uso de estruturas como “dir-vos-ei sem pejo” e “entendê-las”.
D no texto de Tigre, percebe-se o uso da linguagem metalinguística no trecho “Uma boca de estrela dando beijo/ é,
meu amigo, assunto p’ra um poema.”
E no texto de Tigre, a visão romântica apresentada para alcançar as estrelas é enfatizada na última estrofe de seu
poema com a recomendação de compreensão de outras
línguas.
LC - 2º dia | Página 14
Esta terra é muito formosa
Esta terra, Senhor, me parece que da ponta que mais
contra o sul vimos até outra ponta que contra o norte vem,
de que nós deste porto houvemos vista1, será tamanha que
haverá nela bem vinte ou vinte cinco léguas por costa. Tem,
ao longo do mar, nalgumas partes, grandes barreiras, delas
vermelhas, delas2 brancas; e a terra por cima toda chã3 e
muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta, é tudo
praia-palma4, muito chã e muito formosa.
Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande,
porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com
arvoredos, que nos parecia muito longa.
Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro,
nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém, a terra em si é de muito bons ares, assim frios e
temperados, como os de Entre-Douro e Minho5, porque neste tempo de agora os achávamos como os de lá.
Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem
das águas que tem.
Porém, o melhor fruto, que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal
semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.
E que não houvesse mais que ter aqui esta pousada para esta navegação de Calecute6, isso bastaria. Quanto
mais disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa
Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento7, da nossa
santa fé.
(In: Jaime Cortesão, org. A Carta de Pero Vaz de Caminha, p.239)
houvemos vista: pudemos ver
delas... delas: umas... outras
3
chã: plana
4
praia-palma: segundo J. Cortesão, pode significar “toda
praia, como a palma, muito chã e muito formosa”
5
Minho: nome de uma região de Portugal
6
Calecute: cidade da Índia para onde se dirigiam os portugueses
7
acrescentamento: difusão, expansão
1
2
Embora tenha caráter informativo e descritivo, a Carta possui
características quase sempre fantasiosas. Indique a causa de o
Novo Mundo ter sido posto à altura da lenda do paraíso perdido.
A O escrivão criou uma discussão histórica em torno da intencionalidade ou não da conquista de Cabral.
B No esforço de catalogar a vegetação, o clima, o autor passeia pela geografia, botânica, zoologia, de maneira vaga.
C Caminha se revela um mestre na fixação de pormenores;
é inegável sua fluência literária.
D A produção informativa constitui a primeira visão da terra
virgem, intocada pela civilização estranha. A terra, para
ele, era fértil e abençoada por Deus.
E O autor limitou-se a escrever um registro impessoal, marcado pela intenção de informar, apesar do tom ufanista
do texto.
QUESTÃO 28
1º Médico — Pulso?
2º Médico — Incontável… Não reage mais!
1º Médico — Colapso.
3º Médico — Pronto!
(Um dos médicos está cobrindo o rosto de uma mulher. Saem os médicos lentamente, um deles tirando a máscara. Marcha Fúnebre. Trevas. Luz no plano da alucinação.
Alaíde e Clessi de costas para a plateia. Alaíde com um
bouquet, no qual está dissimulado o microfone. Luz no plano
da realidade: botequim e redação.)
Pimenta (berrando) — Morreu a fulana.
Repórter (berrando e tomando nota) — Qual?
Pimenta — A atropelada da Glória.
Repórter — Que mais?
Pimenta — Chegou aqui em estado de choque. Morreu sem recobrar os sentidos; não sofreu nada.
Repórter — Isso é o que você não sabe!
Pimenta — A irmã chora tanto!
Repórter — Irmã é natural!
Pimenta — Um chuchu!
Repórter — Quem?
Pimenta — A irmã.
(RODRIGUES, Nelson. Vestido de noiva. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.)
O diálogo anterior apresenta um procedimento muito utilizado por Nelson Rodrigues em suas peças: a construção de
personagens pelo seu modo de falar. Esse tipo de diálogo é
considerado inovador na história do teatro brasileiro porque
A trabalha com temas complexos, como o exercício da medicina.
B é construído por frases curtas e em linguagem coloquial.
C apresenta uma construção com métrica regular.
D caracteriza o personagem por seu jargão profissional.
E a cena se inicia com uma pergunta.
QUESTÃO 29
Para que serve a tortura?
A tortura tem, no mínimo, três fins não excludentes: 1)
tortura-se pelo prazer enjoativo de quem tortura ou de quem
assiste à tortura; 2) tortura-se para que um acusado confesse seu crime; 3) tortura-se para que um acusado revele a
existência de um complô, os nomes de seus cúmplices etc.
Será que a tortura consegue tudo isso?
1) Para satisfazer o desejo doentio do torturador, a
tortura funciona, sempre. 2) A Igreja Católica, por séculos,
torturou pecadores para que admitissem seus pecados e, sobretudo, torturou heréticos para que confessassem suas teologias desviantes. Essa tortura era tão violenta quanto a que
fora praticada contra cristãos na época das perseguições,
mas o desfecho era diferente. Os mártires cristãos eram
torturados para eles renunciarem à religião; e, às vezes, se
abjurassem, o suplício era suspenso. Os heréticos eram torturados pela Inquisição para confessarem sua heresia, mas,
em geral, a “confissão” não evitava uma morte excruciante.
Será, então, que a tortura funciona para arrancar confissões?
3) Quanto ao uso da tortura para obter informações
sobre cúmplices, paradeiros escondidos, complôs etc., vamos ter que encontrar razões puramente morais para bani-la, pois, constatação desagradável, ela funciona.
Uma criança foi sequestrada e está encarcerada em um
lugar onde ela tem ar para respirar por um tempo limitado. Você
prendeu o sequestrador, o qual não diz onde está a criança
sequestrada. Infelizmente, não existe (ainda) soro da verdade
que funcione. A tortura poderia levá-lo a falar. Você faz o que?
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/1233770-para-que-serve-a-tortura.
shtml. em 22/2/13
Na produção de um texto, são feitas escolhas referentes à
sua estrutura, que possibilitam inferir a cosmovisão de seu
autor. Nesse sentido, podemos inferir que, em “Para que serve a tortura?”, os elementos constitutivos do texto revelam
que seu autor
A demonstra admiração pelo grupo de pessoas que pratica
a tortura.
B defende a tortura como elemento crucial para o estabelecimento da ordem.
C apresenta a tortura como algo ligado ao universo dos
comportamentos patológicos.
D afirma que o fim dos sequestros só ocorrerão mediante a
oficialização da tortura.
E critica a religiosidade das pessoas e suas escolhas teológicas na contemporaneidade.
QUESTÃO 30
CAMPOS, Augusto de. In: Poesia concreta. São Paulo: Abril Educação, 1982.
O bicho
Manuel Bandeira
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira: 1993. p. 201-202.
Quanto aos aspectos semânticos, a leitura de ambos os poemas leva à
A reflexão.
B idealização.
C comicidade.
D objetividade.
E organização.
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QUESTÃO 31
QUESTÃO 33
[José Dias] Teve um pequeno legado no testamento,
uma apólice e quatro palavras de louvor. Copiou as palavras,
encaixilhou-as e pendurou-as no quarto, por cima da cama.
“Esta é a melhor apólice”, dizia ele muita vez. Com o tempo, adquiriu certa autoridade na família, certa audiência, ao
menos; não abusava, e sabia opinar obedecendo. Ao cabo,
era amigo, não direi ótimo, mas nem tudo é ótimo neste
mundo. E não lhe suponhas alma subalterna; as cortesias
que fizesse vinham antes do cálculo que da índole. A roupa
durava-lhe muito; ao contrário das pessoas que enxovalham
depressa o vestido novo, ele trazia o velho escovado e liso,
cerzido, abotoado, de uma elegância pobre e modesta. Era
lido, posto que de atropelo, o bastante para divertir ao serão
e à sobremesa, ou explicar algum fenômeno, falar dos efeitos do calor e do frio, dos polos e de Robespierre. Contava
muita vez uma viagem que fizera à Europa, e confessava
que a não sermos nós, já teria voltado para lá; tinha amigos
em Lisboa, mas a nossa família, dizia ele, abaixo de Deus,
era tudo.
Machado de Assis, Dom Casmurro.
— Seu Chopin, não vá ficar
zangado e ressentido
pela divertida união
que fiz de sua inspiração
a três tempos de um chorinho meu.
— Seu Chopin, não vá pensar
que estou me aproveitando
de seu nome e sua projeção,
mas sua cooperação
valoriza esse chorinho meu!
(...)
— Por isso eu quero uma vez mais
dizer que não é plágio
essa divertida união
que fiz de sua inspiração
ao compasso dois por quatro,
leve e sincopado,
deste chorinho canção.
(Do encarte do CD Chico Buarque — Duetos. RCA/BMG, s/d)
Considerando o contexto, a expressão que assume um valor
metafórico é
A “Teve um pequeno legado”.
B “Esta é a melhor apólice”.
C “certa audiência, ao menos”.
D “ao cabo, era amigo”.
E “o bastante para divertir”.
QUESTÃO 32
“Basta, senhor, que eu, porque roubo em uma barca,
sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador? Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é
grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar
com muito, os Alexandres… O ladrão que furta para comer,
não vai nem leva ao inferno: os que não só vão, mas que
levam, de que eu trato, são os outros – ladrões de maior calibre e de mais alta esfera… Os outros ladrões roubam um
homem, estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo de seu risco, estes, sem temor nem perigo: os outros
se furtam, são enforcados, estes furtam e enforcam.”
Sermão do Bom Ladrão, de Padre Antônio Vieira.
Em relação ao estilo empregado por Vieira nesse trecho, podemos afirmar que
A o autor recorre ao cultismo da linguagem com o intuito de
convencer o ouvinte e, por isso, cria um jogo de imagens.
B Vieira recorre ao preciosismo da linguagem, isto é, através
de fatos corriqueiros, cotidianos, procura converter o ouvinte.
C Padre Vieira emprega, principalmente, o conceptismo, ou
seja, o predomínio das ideias, da lógica, do raciocínio.
D o pregador procura ensinar preceitos religiosos ao ouvinte,
o que era prática comum entre os escritores gongóricos.
E NDA.
LC - 2º dia | Página 16
O texto acima é um fragmento da canção “Seu Chopin, desculpe”, de autoria de Johnny Alf. Lendo e recorrendo a informações de seu conhecimento de mundo, pode-se concluir
que
A a letra da canção não remete ao fato de o enunciador ter
composto um chorinho sob a influência de Chopin.
B palavras como “inspiração”, “nome” e “projeção” reforçam
a importância de Chopin no cenário da música erudita.
C o enunciador diz que “não é plágio / Essa divertida união”
porque seu chorinho fica aquém das composições de
Chopin.
D os adjetivos “zangado” e “ressentido” do segundo verso
retomam, de modo incoerente, o título da canção.
E a mistura do chorinho com composições eruditas para
piano não corresponde à “divertida união” de que trata o
enunciador.
QUESTÃO 34
Assinale o fragmento que representa uma retomada modernista da Carta de Pero Vaz de Caminha.
A “O Novo Mundo nos músculos / Sente a seiva do porvir.”
Castro Alves
B “Minha terra tem palmeiras / Onde canta o sabiá.”
Gonçalves DIas
C “A terra é mui graciosa / Tão fértil eu nunca vi.”
Murilo Mendes
D “Irás a divertir-te na floresta, / sustentada, Marília, no meu
braço.”
Tomás Antônio Gonzaga
E “Todos cantam sua terra / Também vou cantar a minha.”
Casimiro de Abreu
QUESTÃO 35
QUESTÃO 36
A situação da violência urbana vem se tornando cada vez
mais preocupante para a sociedade brasileira. Entre as várias questões que o tema suscita, está a da redução na idade
mínima para o julgamento de crimes, ou seja, a maioridade
penal. Sobre o assunto, leia os textos a seguir.
Texto I
Serão menores todos os menores?
Complicado, entre nós, é que essas diferenças de idade, na legislação, resultam enormes. Maior, criminoso, vai às
penitenciárias. Menor, autor de “ato infracional” (art. 103 do
ECA), cumpre 12 diferentes “medidas socioeducativas” (arts.
101 e 112), inclusive “internação em estabelecimento educacional” (art. 112, VI) — eufemismo que corresponde à privação
de liberdade. O problema é que, no máximo, quando fizerem
21 anos (art. 121, par. 5º), estarão todos livres, com folhas corridas limpas (arts. 143 e 144). São regras muito distintas para
realidades não tão distintas assim. Quem mata alguém com 18
anos e 1 mês pode receber pena de 30 anos. Mas, se estuprar
ou for executor de grupos de extermínio e tiver 17 anos e 11
meses, estará livre três anos depois (art. 121, par. 3º). Simplesmente não parece justo. Sem contar que esse cenário vai se
banalizando, resultando, a cada dia, mais numerosos os casos
de menores envolvidos em crimes bárbaros.
Fonte: José Paulo Cavalcanti Filho. Folha de São Paulo, 06 de abril de 2007.
Texto II
OAB afirma que pena de morte não
“desestimula o bandido”
A Ordem dos Advogados do Brasil se posicionou contra a pena de morte ontem, dia em que pesquisa Datafolha
revelou que o apoio a essa punição atingiu nível recorde no
país. “Não é a dureza da pena que desestimula o bandido, é a
sensação de impunidade que o estimula”, afirmou o presidente da entidade, Cezar Britto, por meio de nota. O Datafolha
mostrou que 55% dos brasileiros são a favor da pena de morte, o maior número desde que esse tipo de pesquisa começou a ser feita em 1991. A única vez em que a punição atingiu
esse patamar de apoio foi em 1993, há 14 anos. Britto afirmou
que a instituição da pena de morte não ajudaria no combate à
criminalidade. “A saída para o problema da violência no Brasil
não está relacionada à redução da maioridade penal e nem
diretamente ao endurecimento das penas, como a aplicação
da pena de morte.” O presidente da OAB nacional criticou
eventuais mudanças na legislação como meio de diminuir a
insegurança e afirmou que essa é uma posição “cômoda”.
Fonte: Sucursal de Brasília. Folha de São Paulo, 09 de abril de 2007.
Sobre os textos, é correto afirmar que
A ambos se posicionam claramente contra a adoção da
maioridade penal.
B somente o texto I se posiciona claramente contra a adoção da maioridade penal.
C somente o texto II se posiciona claramente contra a adoção da maioridade penal.
D ambos se posicionam claramente a favor da adoção da
maioridade penal.
E somente o texto II se posiciona claramente a favor da
adoção da maioridade penal.
Petição ao prefeito
Governador desta cidade,
Excelentíssimo Prefeito
General Mendes de Morais,
Ouça o que digo, e tenho que há de
Mover-se-lhe o sensível peito
Dado às coisas municipais!
Há no interior do quarteirão
Formado pelas avenidas
Antônio Carlos, Beira-Mar,
Wilson e Calógeras, tão
Bem traçadas e construídas,
Um pântano que é de amargar!
Não suponha que eu exagero,
Excelência: é a verdade pura,
Sem nenhum véu de fantasia,
Já o pintei uma vez: não quero
Fabricar mais literatura
Sobre tamanha porcaria!
Repórteres, a quem nada escapa,
Escreveram sueltos diversos
Sobre esse foco de infecção.
Fotógrafos bateram chapa...
Coisas melhores que os meus versos
De velho poeta solteirão!
Fiz, por sanear-se esta marema*,
Uma carta desesperada
Ao seu ilustre antecessor.
Uma carta em forma de poema:
O homem saiu sem fazer nada...
Pelo martírio do Senhor,
Ponha o pátio, insigne Prefeito,
Limpo como o olhar da inocência,
Limpo como — feita a ressalva
Da muita atenção e respeito
Devidos a Vossa Excelência —
Sua excelentíssima calva!
(Manuel Bandeira, “Mafuá do Malungo”. Poesia completa e prosa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996, p. 407-8)
* Marema: designação comum aos pântanos do litoral da Itália.
Assinale o comentário que encontra sustentação no texto de
Bandeira.
A O título sugere uma forma de linguagem que é perfeitamente compatível com textos poéticos.
B Ao redigir uma petição numa forma de linguagem própria
de poema, o enunciador está ridicularizando a poesia.
C Por meio de vários tipos de irreverência na linguagem, o
poeta denuncia o estado de degradação da cidade e o
descaso dos governantes.
D Ao utilizar formas de tratamento típicas do gênero das
relações oficiais, o poeta quer enfatizar a gravidade do
assunto e o respeito para com a autoridade.
E Todas as prescrições típicas da linguagem protocolar foram cumpridas pelo poeta, desde o tratamento cerimonioso (Excelentíssimo) até combinações sintáticas refinadas (Mover-se-lhe o sensível peito).
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QUESTÃO 37
Carta de Pero Vaz
A terra é mui graciosa,
Tão fértil eu nunca vi.
A gente vai passear,
No chão espeta um caniço,
No dia seguinte nasce
Bengala de castão de oiro.
Tem goiabas, melancias.
Banana que nem chuchu.
Quanto aos bichos, tem-nos muitos.
De plumagens mui vistosas.
Tem macaco até demais.
Diamantes tem à vontade,
Esmeralda é para os trouxas.
Reforçai, Senhor, a arca.
Cruzados não faltarão,
Vossa perna encanareis,
Salvo a devido respeito
Ficarei muito saudoso
Se for embora d’aqui.
Murilo Mendes.
castão: remate superior de uma bengala;
cruzado: antiga moeda portuguesa;
vossa perna encanareis: a expressão quer dizer que o rei “estava
mal das pernas”, isto é, sem dinheiro, “quebrado”. As riquezas do
Brasil poderão tirá-lo dessa situação.
Há nesse texto uma sátira à expressão “dar-se-á nela tudo”,
contida na Carta de Caminha. Marque a alternativa que confirma essa tendência.
A “Tem goiabas, melancias
Banana que nem chuchu.”
B (...)
“No chão espeta um caniço,
No dia seguinte nasce
Bengala de castão de oiro.”
C “A terra é mui graciosa
Tão fértil eu nunca vi.”
D “Quanto aos bichos, tem-nos muitos
De plumagens mui vistosas.
Tem macaco até demais.”
E “Diamantes tem à vontade,
Esmeralda é para os trouxas.
Reforçai, Senhor, a arca.”
“Michael Jackson é um dos artistas fenomenais de
todos os tempos, ao mesmo tempo atemporal e contemporâneo”, disse o presidente e executivo-chefe do Cirque du
Soleil, Daniel Lamarre, em nota na quinta-feira. “Como desafio criativo, esse projeto é o máximo.”
Apresentada como uma “evocação teatral” da música de Jackson, a produção acompanha quatro personagens
deslocados que embarcam em uma jornada transformadora,
na qual encarnam a personalidade de Jackson e a sua visão
de mundo de igualdade e unidade.
Fonte: http://t.co/0pjEUx4KY1 em 22/2/13.
Reconhecendo o valor da diversidade artística e das inter-relações de elementos que se apresentam nas manifestações
de vários grupos sociais, podemos perceber que o espetáculo acima propõe
A um diálogo entre uma arte reconhecida pela sua ancestralidade, a circense, e uma outra, a pop, caracterizada como menor.
B uma homenagem ao rei do pop, destacando aspectos da
sua biografia familiar e de sua conturbada vida amorosa.
C a criação de um intercâmbio original entre as linguagens de
Dionísio, da dança, da música, da acrobacia e da pirotecnia.
D o surgimento de um espetáculo que substitua na memória afetiva dos fãs o último show de Michael Jackson que não ocorreu.
E uma nova abordagem da obra de Michael Jackson, valorizando o aspecto circense do trabalho artístico do rei do Jazz.
QUESTÃO 39
O projeto Fala Manauara Culta é uma linha de pesquisa vinculada ao Núcleo de Estudo e Pesquisa Linguística Aplicada à Educação (NEPLAE), grupo certificado pela
Universidade do Estado do Amazonas e pelo CNPq. Tem-se
por objetivo constituir um banco de dados da língua falada
pelos manauaras com formação universitária, fornecendo
subsídios para futuras análises desse corpus. Esse trabalho
inspira-se nas pesquisas do NURC realizadas desde 1970
em cinco capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Porto Alegre. A inclusão de Manaus nesse
campo de estudo contribui para a caracterização da língua
portuguesa brasileira no contexto da pluralidade de normas
objetivamente comprovadas no uso oral. Faz-se menção
às palavras de Faraco (2004), ao ecoar o apelo de Cazuza:
“Brasil, mostre a sua cara” é, pois, mais um ângulo da “cara
linguística do Brasil” que se faz conhecer.
Fonte: http://www.famac-uea.com.br/ em 22/2/13.
QUESTÃO 38
Cirque du Soleil lança segundo espetáculo
alusivo a Michael Jackson
Os fãs de Michael Jackson podem aguardar por mais
passos acrobáticos de dança, “moonwalks” e pirotecnias num
novo espetáculo do Cirque du Soleil baseado no “Rei do Pop”.
A trupe canadense disse que o espetáculo, chamado
“One”, tem estreia marcada para 29 de junho no hotel-cassino Mandalay Bay, em Las Vegas.
Em 2011, em colaboração com o espólio de Jackson,
a companhia circense já havia criado “The Immortal World
Tour”, que atualmente está em turnê pela Europa.
LC - 2º dia | Página 18
De acordo com o texto, ao concluir com a citação de Cazuza,
a autora propõe que
A língua e cultura são elementos díspares e destoantes de
qualquer pacto relacional.
B a utilização da norma culta feita pelo artista confirma sua
visão homogênea de língua portuguesa.
C a produção linguística de Cazuza metaforiza a luta da universidade para manter a norma culta.
D a metáfora criada pelo artista ratifica seu olhar acadêmico
sobre a diversidade linguística brasileira.
E a cosmovisão do artista, apesar de tergiversar o tema da
diversidade, é bastante monodiscursiva.
QUESTÃO 40
ANTIGAMENTE, as moças chamavam-se mademoiselles e
eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos:
completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.
E se levavam tábua, o remédio era tirar o cavalo da chuva e
ir pregar em outra freguesia. As pessoas, quando corriam,
antigamente, era para tirar o pai da forca e não caíam de
cavalo magro. Algumas jogavam verde para colher maduro,
e sabiam com quantos paus se faz uma canoa. O que não
impedia que, nesses entrementes, esse ou aquele embarcasse em canoa furada. Encontravam alguém que lhes passasse a manta e azulava, dando às de vila-diogo. Os mais
idosos, depois da janta, faziam o quilo, saindo para tomar
fresca; e também tomavam cautela de não apanhar sereno.
Os mais jovens, esses iam ao animatógrafo, e mais tarde ao
cinematógrafo, chupando balas de altéia. Ou sonhavam em
andar de aeroplano; os quais, de pouco siso, se metiam em
camisa de onze varas, e até em calças pardas; não admira
que dessem com os burros n’água.
Fonte: http://www.algumapoesia.com.br/drummond/drummond07.htm
A partir da leitura do texto acima, infere-se que a variação
linguística mais nítida é
A social.
B temporal.
C etária.
D geográfica.
E cultural.
QUESTÃO 41
Utilize o texto abaixo para responder ao teste.
O “gilete” dos tablets
Num mundo capitalista como este em que vivemos,
onde as empresas concorrem para posicionar suas marcas e
fixar logotipos e slogans na cabeça dos consumidores, a síndrome do “Gillette” pode ser decisiva para a perpetuação de
um produto. É isso que preocupa a concorrência do iPad, tablet
da Apple. Assim como a marca de lâminas de barbear tornou-se sinônimo de toda a categoria de barbeadores, eclipsando o
nome das marcas que ofereciam produtos similares, o mesmo
pode estar acontecendo com o tablet lançado por Steve Jobs.
O maior temor do mercado é que as pessoas passem a se
referir aos tablets como “iPad” em geral, dizendo “iPad da
Samsung” ou “iPad da Motorola”, e assim por diante.
(http://revistalingua.uol.com.br/textos/ blog-edgard/o-gilete-dos-tablets-260395-1.asp)
No campo da estilística, a figura de linguagem abordada na
matéria acima recebe o nome de
A metáfora, por haver uma comparação subentendida entre
a marca e o produto.
B hipérbole, por haver exagero dos consumidores na associação do produto com a marca.
C catacrese, por haver um empréstimo linguístico na referência à marca do produto famoso.
D metonímia, por haver substituição do produto pela marca,
numa relação de semelhança.
E perífrase, por haver a designação de um objeto através
de seus atributos ou de um fato que o celebrizou.
QUESTÃO 42
O Capoeira
— Qué apanhá sordado?
— O quê?
— Qué apanhá?
Pernas e cabeças na calçada.
Oswald de Andrade.
Sobre o poema acima, houve a utilização de uma linguagem
que
A aproximou a variedade escrita da variedade falada, promovendo um entrelaçamento de vertentes distintas da
linguagem.
B promoveu uma nítida distinção entre linguagem oral e escrita, procurando expor a superioriade de uma vertente
quanto à outra.
C deu preferência à variedade informal da linguagem, como
forma exclusiva da transmissão de ideias formais.
D tenta provar a inferioridade cultural da linguagem oral na
composição de textos poéticos.
E exibe na prática o quão prejudicado fica o entendimento
de um texto ao optar pela linguagem rebuscada.
QUESTÃO 43
Oi... Mãe, tudo bem...tô ti escreveno
essa carta que quarta-feira não tem aula e na
quarta-feira também tem amigo-credo... Mãe... amigo
credo é invez de amigo culto... que dá colquer coisa ...
e dá só brinquedo.
Fonte: http://www.projetoaspa.org/elabore/metodologia/ex_redacao1.html em 23/2/13.
Um aspecto da composição estrutural que caracteriza o relato acima como modalidade falada da língua é
A predomínio de linguagem informal entrecortada por pausas.
B vocabulário regional desconhecido em outras variedades
do português.
C realização do gerúndio conforme as regras da tradição
gramatical.
D ausência de elementos promotores de coesão e coerência entre os eventos narrados.
E presença de frases incompreensíveis a um leitor iniciante.
LC - 2º dia | Página 19
QUESTÃO 44
“Asa branca”, composição de Luiz Gonzaga e Humberto
Teixeira, é umas das canções mais conhecidas da história
da música brasileira. Transcrevemos dela a quarta estrofe,
procurando “imitar” a pronúncia das palavras na gravação do
próprio Luiz Gonzaga:
Hoje longe muitas légua,
Numa triste solidão,
Espero a chuva caí de novo,
Pra mim vortá pro meu sertão.
Em algumas gravações mais recentes, porém, os intérpretes
de “Asa branca” preferiram alterar a variante linguística empregada por Luiz Gonzaga, cantando:
Hoje longe muitas léguas,
Numa triste solidão,
Espero a chuva cair de novo,
Para eu voltar para o meu sertão.
Comparando os dois textos e considerando que o narrador
de “Asa branca” é um típico retirante nordestino, assinale a
alternativa correta.
A A gravação de Luiz Gonzaga se vale de registros linguísticos incompatíveis com a situação de comunicação apresentada na canção.
B A versão mais “formal” da letra da canção é mais persuasiva, já que respeita o padrão culto da língua e, por isso,
atinge mais falantes.
C Ambas as versões de “Asa branca” produzem os mesmos efeitos, já que essas sutilezas gramaticais não interferem na produção do sentido.
D A gravação de Luiz Gonzaga emprega uma variante linguística mais coerente com o tema da canção.
E A segunda versão da letra se vale de uma variante linguística típica de alguém que está diante do problema da
seca no Nordeste.
QUESTÃO 45
Brasileiro não sabe português/
Só em Portugal se fala bem português.
Para o autor, a afirmação acima demonstra complexo de inferioridade, sentimentos de dependência de um país
mais antigo e civilizado.
Para Bagno, como crítica aos que cultuam línguas e
costumes estrangeiros como sendo superiores aos nossos,
a língua falada e escrita vai bem, produzindo uma literatura
reconhecida mundialmente pelo grande prestígio que tem,
especialmente por causa da música popular brasileira.
LC - 2º dia | Página 20
O brasileiro sabe português sim. O que acontece é
que o nosso português é diferente do português falado em
Portugal. A língua falada no Brasil, do ponto de vista linguístico, já tem regras de funcionamento, que cada vez mais se
diferencia da gramática da língua falada em Portugal. Na língua falada, as diferenças entre o português de Portugal e o
português falado no Brasil são tão grandes que, muitas vezes, surgem dificuldades de compreensão. O único nível que
ainda é possível numa compreensão quase total entre brasileiros e portugueses é o da língua escrita formal, porque a
ortografia é praticamente a mesma, com poucas diferenças.
Autor: Eliane Doege Finardi
Fonte: http://www.pedagogiaaopedaletra.com.br/posts/variacao-linguistica-preconceito-linguistico/
em 23/2/13.
Ao lermos o texto acima, podemos inferir que
A a língua portuguesa de Portugal é superior à nossa por
ser mais antiga.
B o português brasileiro apresenta o mesmo léxico do português de Portugal.
C a heterogeneidade do português brasileiro favorece a estabilidade do seu léxico.
D o português brasileiro é considerado mais clássico que o
oriundo de Portugal.
E o léxico do português brasileiro representa uma realidade
linguística variável e diversificada.
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÃO 50
Questões de 46 a 90
Curva de aprendizagem é um conceito criado por psicólogos
que constataram a relação existente entre a eficiência de um
indivíduo e a quantidade de treinamento ou experiência possuída por esse indivíduo. Um exemplo de curva de aprendizagem é dado pela expressão Q = 700 – 400e– 0,5t, em que:
• Q = quantidade de peças produzidas, mensalmente, por
um funcionário;
• t = meses de experiência;
• e = 2,7183.
Quantas peças deverá produzir, mensalmente, um funcionário sem qualquer experiência?
A 700
B 600
C 500
D 400
E 300
QUESTÃO 46
Uma escola tem 4 classes do 9º ano, todas com o mesmo
número de alunos. Em um determinado dia, por causa de
greve nos transportes coletivos, constatou-se que:
• na classe A, 2/5 dos alunos faltaram;
• na classe B, 40% dos alunos faltaram;
• na classe C, de cada 5 alunos, 2 estavam presentes;
• na classe D, 6/10 dos alunos estavam presentes.
Desse modo, é correto afirmar que as classes do 9º ano que
tiveram números iguais de faltas, nesse dia, foram, apenas,
A A e B.
B A e D.
C A, B e D.
D B, C e D.
E A e C.
QUESTÃO 47
Um lojista comprou certa quantidade de um determinado
produto. Na primeira semana, ele vendeu 2/5 do total comprado. Na segunda semana, ele vendeu 300 unidades,
restando ainda, no estoque, 1/3 da quantidade comprada.
Desse modo, é correto afirmar que o número de unidades
vendidas na primeira semana foi de
A 650.
B 500.
C 450.
D 400.
E 350.
QUESTÃO 48
Um show de rock foi realizado em um terreno retangular de
lados 120 m e 60 m. Sabendo-se que havia, em média, um
banheiro por cada 100 metros quadrados, havia, no show,
A 20 banheiros.
B 36 banheiros.
C 60 banheiros.
D 72 banheiros.
E 120 banheiros.
QUESTÃO 49
Uma das formas de produção de energia limpa, preservando-se os recursos naturais, é a utilização de moinhos de vento ou turbinas eólicas. Estudos experimentais mostram que a
potência P, gerada por certo tipo de turbina eólica doméstica,
é função do módulo da velocidade V do vento, de acordo
com a expressão: P = 3,6 . V3, onde V é medida em km/h e P,
em watts. Com base nessas informações, calcule a potência
gerada por um vento estável de 5 km/h.
A 112,5 W
B 225 W
C 337,5 W
D 450 W
E 600 W
QUESTÃO 51
Uma estação de tratamento de água (ETA) localiza-se a 600 m
de uma estrada reta. Uma estação de rádio localiza-se, nessa mesma estrada, a 1000 m da ETA. Pretende-se construir
um restaurante, na estrada, que fique à mesma distância das
duas estações. A distância do restaurante a cada uma das
estações deverá ser de
A 575 m.
B 600 m.
C 625 m.
D 700 m.
E 750 m.
QUESTÃO 52
O preço de alguns bens, com o passar do tempo, sofre uma
desvalorização. É assim com os veículos, as máquinas etc.
Pensando nisso, o dono da indústria metalúrgica Medida
Certa usa a função v(t) = 100000.0,9t, com valores em reais,
para estimar o valor de uma máquina de sua linha de produção, t anos após a sua aquisição. A partir dos dados, qual é
a desvalorização, em reais, que essa máquina sofre, após 4
anos de uso? Caso seja necessário, use: 0,94 = 0,6561.
A 65610
B 58905
C 50190
D 46905
E 34390
MT - 2º dia | Página 21
QUESTÃO 53
QUESTÃO 57
Um fabricante de cosméticos decide produzir três diferentes
catálogos de seus produtos, visando a públicos distintos.
Como alguns produtos estarão presentes em mais de um
catálogo e ocuparão uma página inteira, ele resolve fazer
uma contagem para diminuir os gastos com originais de impressão. Os catálogos C1, C2 e C3 terão, respectivamente,
50, 45 e 40 páginas.
Comparando os projetos de cada catálogo, ele verifica que
C1 e C2 terão 10 páginas em comum; C1 e C3 terão 6 páginas em comum; C2 e C3 terão 5 páginas em comum, das
quais 4 também estarão em C1.
Efetuando os cálculos correspondentes, o fabricante conclui
que, para a montagem dos três catálogos, necessita de um
total de originais de impressão igual a
A 135.
B 126.
C 118.
D 114.
E 110.
O gráfico informa o percentual de variação do PIB brasileiro, em três setores produtivos, quando comparado com o
mesmo trimestre do ano anterior, em um período de sete
trimestres.
QUESTÃO 54
Um terreno com formato triangular possui lados com medidas 200 m, 300 m e 400 m. Quanto aos ângulos formados
pelos lados desse terreno,
A um deles é reto.
B um deles é obtuso.
C todos são iguais.
D dois são obtusos.
E os três são agudos.
Comparando-se os dados do gráfico, verifica-se que, no 3º
trimestre de 2011 (2011/III), quando comparado ao 3º trimestre de 2010 (2010/III), o PIB dos setores de agropecuária,
indústria e serviços, respectivamente,
A caiu 3,4%, 5,8% e 1,1%.
B avançou 7,0%, 8,3% e 4,9%.
C avançou 6,9% e caiu 0,7% e 1,4%.
D caiu 0,1%, 7,3% e 2,9%.
E avançou 6,9%, 1,0% e 2,0%.
QUESTÃO 55
QUESTÃO 58
Uma praça tem a forma de um polígono regular. Pedro percorreu todos os lados dessa praça, partindo de um dos vértices e girando 45° para a esquerda, ao chegar a cada um dos
demais vértices, até retornar ao ponto de partida. Essa praça
tem a forma de um
A pentágono.
B hexágono.
C heptágono.
D octógono.
E eneágono.
Em uma gráfica, há uma pilha de papel no formato A4 com 1 m
de altura. O papel A4 tem a forma retangular com 21 cm de
largura por 30 cm de comprimento. Assim sendo, o volume
ocupado pela pilha de papel é de
A 630 cm3.
B 51 cm3.
C 151 cm3.
D 51 000 cm3.
E 63 000 cm3.
QUESTÃO 56
QUESTÃO 59
Diego é um artista que desenha algarismos para numerar
páginas de livros. Certa vez, ele recebeu uma encomenda
para numerar todas as páginas de dois livros, um com 50 páginas e outro com 100 páginas. Quantos algarismos a mais
ele precisou escrever no livro de 100 páginas?
A 50
B 51
C 90
D 100
E 101
Uma professora de Matemática, trabalhando o assunto sistemas de numeração, pediu que os alunos de sua classe
escrevessem o numeral formado por quarenta e cinco centenas, oitenta e sete dezenas e seis unidades. Desse modo,
esse numeral, corretamente escrito, é
A 45 008 706.
B 4 508 706.
C 5 376.
D 5 370.
E 4 576.
MT - 2º dia | Página 22
QUESTÃO 60
O histograma abaixo mostra os resultados de uma pesquisa.
QUESTÃO 63
Safra é recorde e Brasil deverá liderar produção
mundial de soja em 2012/13
O avanço da área de soja fará com que o país obtenha um volume de grãos jamais atingido: 185 milhões de toneladas. Os bons preços dos últimos anos trouxeram renda
aos produtores que, capitalizados, investiram mais.
Calcule a + b + c + x, se a distribuição é feita em intervalos
de mesmo tamanho de classe e x é a média de pessoas por
família.
A 55,6
B 51,71
C 44,13
D 53,83
E 54,72
QUESTÃO 61
Considere a operação ∅(n) que consiste em tomar um número n que está no visor de uma calculadora, somá-lo com
12 e dividir o resultado dessa soma por 5, aparecendo um
novo número no visor. Após certo número de vezes que essa
operação é repetida, nota-se que o número que aparece no
visor não mais se altera, isto é, ∅(n) = n. Esse número é
A 3.
B 2.
C 5.
D 7.
E 1.
Folha de São Paulo, 8 de fevereiro de 2013.
Considerando-se que o crescimento da safra de soja, a partir
de 2011/12, seja linear, em 2017/18, a safra de soja é de
A 276.
B 272.
C 278.
D 279.
E 280.
QUESTÃO 64
QUESTÃO 62
As cidades de Quito e Cingapura encontram-se próximas à
linha do equador e em pontos diametralmente opostos no
globo terrestre. Considerando-se o raio da Terra igual a 6 370
km, pode-se afirmar que um avião, saindo de Quito, voando,
em média, 800 km/h, descontando-se as paradas de escala,
chega a Cingapura em, aproximadamente,
A 16 horas.
B 20 horas.
C 25 horas.
D 32 horas.
E 36 horas.
Uma pessoa cujos olhos estão a 1,80 m de altura em relação
ao chão avista o topo de um edifício, segundo um ângulo de
30° com a horizontal. Percorrendo 80 m, no sentido de aproximação do edifício, esse ângulo passa a medir 60°. Usando
o valor 1,73 para a raiz quadrada de 3, podemos concluir que
a altura desse edifício é de, aproximadamente,
A 59 m.
B 62 m.
C 65 m.
D 69 m.
E 71 m.
MT - 2º dia | Página 23
QUESTÃO 65
QUESTÃO 66
A tabela abaixo mostra como é distribuída a população brasileira por regiões da Federação, com base em dados do
censo de 2010. Qual dos gráficos de setores a seguir melhor
representa os dados dessa tabela?
A figura a seguir representa um barril totalmente fechado,
que foi construído unindo-se 12 tábuas encurvadas e iguais,
encaixadas e presas a outras 2 tábuas circulares e iguais, de
raio 10 cm.
Região
População (em milhões)
Norte
15,8
Nordeste
53,0
Sudeste
80,3
Sul
27,3
Centro-Oeste
14,0
Fonte: IBGE.
A
B
Com base nessas informações, pode-se concluir que a medida, em cm, do segmento de reta AB é igual a
A 5.
B 5 2.
C 10.
D 10 2 .
E 12.
QUESTÃO 67
Uma pesquisa foi realizada para tentar se descobrir, do ponto
de vista das mulheres, qual é o perfil da parceira ideal procurada pelo homem do século XXI. Alguns resultados estão
apresentados no quadro a seguir.
C
O que as mulheres pensam que os homens preferem
65% pensam que os ho72% das mulheres têm
mens preferem mulheres
certeza de que os homens
que façam todas as tarefas
odeiam ir ao shopping.
da casa.
D
No entanto, 84% deles disNo entanto, apenas 39%
seram acreditar que as tados homens disseram achar
refas devem ser divididas
a atividade insuportável.
entre o casal.
Correio Braziliense, 29 de junho de 2008 (adaptado).
E
MT - 2º dia | Página 24
Se a pesquisa foi realizada com 300 mulheres, então, a
quantidade delas que acredita que os homens odeiam ir ao
shopping e pensa que eles preferem que elas façam todas
as tarefas da casa é
A inferior a 80.
B superior a 80 e inferior a 100.
C superior a 100 e inferior a 120.
D superior a 120 e inferior a 140.
E superior a 140.
QUESTÃO 68
A tabela abaixo apresenta as faltas ao trabalho dos trabalhadores de uma empresa, durante 90 dias.
Trabalhadores ausentes por dia
0
5
10
15
20
4
9
14
19
24
Número de dias
9
15
21
30
15
Logo, a porcentagem de faltosos, de 8 a 18 trabalhadores,
por dia, é igual a
A 47,3%.
B 52,5%.
C 55,7%.
D 56,7%.
E 58,5%.
Assim sendo, no período de tempo do estudo, o número de
veículos que transitou pelo trecho Z da rua Cravo foi
A 175.
B 180.
C 185.
D 190.
E 195.
QUESTÃO 70
O projeto de um avião de brinquedo, representado na figura
abaixo, necessita de alguns ajustes, em relação à proporção
entre os eixos AB e CD. Para isso, deve-se calcular o ângulo
BÂC do triângulo A, B e C.
QUESTÃO 69
Um fluxo bem organizado de veículos e a diminuição de congestionamentos têm sido objetivos de várias cidades.
Por esse motivo, a companhia de trânsito de uma determinada cidade está planejando a implantação de rotatórias, no
cruzamento de algumas ruas, com o intuito de aumentar a
segurança. Para isso, estudou, durante um certo período de
tempo, o fluxo de veículos na região em torno do cruzamento
das ruas Cravo e Rosa, que são de mão única.
Na figura, os trechos designados por X, Y, Z e T representam
a região de estudo em torno desse cruzamento, sendo que
as setas indicam o sentido de tráfego.
Considerando que o avião é simétrico, em relação ao eixo
CD, e que o ângulo 3 = 1,73, o valor de BÂC vale
A 30°.
B 45°.
C 60°.
D 75°.
E 90°.
QUESTÃO 71
A tabela a seguir apresenta a distribuição de frequências
do atributo salário mensal, medido em quantidade de salários mínimos, para uma amostra de 400 funcionários da Cia
Gama. Note que a coluna “Classes” refere-se a classes salariais, em quantidades de salários mínimos, e que a coluna
“F” refere-se ao percentual de frequência acumulada relativo
ao total da amostra. Não existem observações coincidentes
com os extremos das classes.
Considere que, no período de tempo do estudo:
• pelo trecho X da rua Rosa transitaram 250 veículos;
• pelo trecho Y da rua Rosa transitaram 220 veículos;
• pelo trecho Z da rua Cravo transitaram N veículos, sendo
N um número natural;
• pelo trecho T da rua Cravo transitaram 210 veículos.
No período de tempo do estudo, na região descrita, os técnicos observaram que os únicos veículos que transitaram são
os citados no texto e que, desses, só 15 ficaram estacionados no local.
Classes
4-8
8-12
12-16
16-20
20-24
F
20
60
80
98
100
Assinale a opção que corresponde à aproximação de frequência
absoluta de observações de indivíduos com salários menores
ou iguais a 15 salários mínimos.
A 200
B 210
C 220
D 240
E 300
MT - 2º dia | Página 25
QUESTÃO 72
QUESTÃO 75
A estrada que liga duas cidades tem 4 396 m de extensão.
Quantas voltas completas dará uma das rodas da bicicleta
que vai percorrer essa estrada, se o raio da roda é 0,35 cm?
Considere π = 3,14.
A 50 000 voltas.
B 200 000 voltas.
C 100 000 voltas.
D 150 000 voltas.
E 20 000 voltas.
Após chuva, país volta a elevar
exportação de café
QUESTÃO 73
Em uma urna, há bolas verdes e bolas amarelas. Se retirarmos uma bola verde da urna, então, um quinto das bolas
restantes será de bolas verdes. Se retirarmos nove bolas
amarelas, em vez de retirar uma bola verde, então, um quarto das bolas restantes será de bolas verdes.
O número total de bolas que há, inicialmente, na urna, é
A 21.
B 36.
C 41.
D 56.
E 61.
QUESTÃO 74
O setor financeiro de uma empresa emitiu um relatório referente aos salários dos seus funcionários. No relatório, encontra-se a seguinte tabela:
Folha de pagamento – Julho de 2010
Salário bruto
Aprendiz
R$ 540,00
10
Operador (nível 1)
R$ 750,00
80
Operador (nível 2)
R$ 1 080,00
25
Encarregado
R$ 1 450,00
15
Técnico
R$ 1 800,00
10
Gerente de produção
R$ 2 100,00
6
Supervisor
R$ 3 500,00
4
De acordo com as informações da tabela, sabe-se que o salário médio pago na empresa é de, aproximadamente,
A R$ 1 058,33.
B R$ 1 244,58.
C R$ 1 680,40.
D R$ 1 705,78.
E R$ 1 890,90.
MT - 2º dia | Página 26
Apesar da aceleração no volume exportado, as receitas recuaram, em janeiro. Os dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) indicam ganhos de US$ 505,1
milhões, em janeiro de 2013, ou seja, a redução percentual,
em relação a janeiro de 2012, foi de, aproximadamente,
A 13,3%.
B 13,9%.
C 14,2%.
D 14,7%.
E 14,9%.
QUESTÃO 76
Número de
funcionários
Função
Folha de São Paulo, 8 de fevereiro de 2013.
O gráfico a seguir mostra a atividade de café, em milhões de
toneladas, em certo município do estado do Paraná.
De acordo com o gráfico, é correto afirmar que, em 1994, a
produção de café, nesse município, foi, em milhões de toneladas,
A 9,5.
B 9.
C 10,5.
D 11.
E 12,5.
QUESTÃO 77
No bilhar, a bola ricocheteia nas partes laterais da mesa (bordas), como se estas fossem um espelho plano (sem nenhum
outro efeito).
A
B
C
D
E
2,0 m.
2,5 m.
2,7 m.
3,0 m.
3,6 m.
QUESTÃO 79
Na trajetória que deve seguir a bola amarela (L) para chocar-se com a bola verde (V), ela toca a borda C, no ponto P.
Considere todas as medidas indicadas em centímetros.
Os 120 funcionários da empresa Glota S/A falam inglês ou
francês ou português. Sabe-se, ainda, que:
• todo funcionário que fala inglês também fala francês;
• nenhum funcionário que fala português fala inglês ou francês;
• o número de funcionários que falam francês é o quíntuplo
do número de funcionários que falam inglês;
• a quantidade de funcionários que não fala português é
menor que um terço e maior que um quarto do número
total de funcionários dessa empresa;
• nenhum funcionário é mudo.
Assim, podemos afirmar que o número de funcionários da
empresa Glota S/A que falam português é
A 80.
B 85.
C 90.
D 95.
E 100.
QUESTÃO 80
A distância d do ponto P à borda B, em centímetros, é igual a
A 40.
B 41.
C 42.
D 43.
E 44.
QUESTÃO 78
A planta de um cômodo que tem 2,7 m de altura é mostrada
abaixo.
Um eletricista deseja instalar um fio para conectar uma lâmpada localizada no centro do teto do cômodo ao interruptor
(S), situado a 1,0 m do chão e a 1,0 m do canto do cômodo, como está indicado na figura. Supondo que o fio subirá,
verticalmente, pela parede, e desprezando a espessura da
parede e do teto, o comprimento mínimo de fio necessário
para conectar o interruptor à lâmpada é
Abaixo, segue um pequeno trecho da “Poesia matemática”,
escrita por Millôr Fernandes.
Às folhas tantas
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a do ápice à base
uma figura ímpar;
olhos romboides, boca trapezoide,
corpo retangular, seios esferoides.
Fez de sua uma vida
paralela à dela
até que se encontraram
no infinito.
“Quem és tu?”, indagou ele
em ânsia radical.
“Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa.”
Houve um pequeno erro teórico, no que se refere às frases
em negrito. Esse erro está relacionado ao
A Teorema de Tales.
B Teorema de Ptolomeu.
C Teorema do Bico.
D Teorema de Pitágoras.
E Teorema de Ceva.
MT - 2º dia | Página 27
QUESTÃO 81
QUESTÃO 84
Em parques infantis, é comum encontrar um brinquedo chamado escorrego, constituído de uma superfície plana inclinada e lisa (rampa), por onde as crianças deslizam, e de uma
escada que dá acesso à rampa. No parque de certa praça,
há um escorrego, apoiado em um piso plano e horizontal,
cuja escada tem 2 m de comprimento e forma um ângulo de
45° com o piso; e a rampa forma um ângulo de 30° com o
piso, conforme ilustrado na figura a seguir.
Paulo, estudante de Engenharia Mecânica, ao projetar uma
ferramenta, prevê que ela se encaixe perfeitamente em um
parafuso de cabeça hexagonal regular, como indica a figura.
De acordo com essas informações, é correto afirmar que o
comprimento (L) da rampa é de
A 2 m.
B 2 2 m.
C 3 2 m.
D 4 2 m.
E 5 2 m.
QUESTÃO 82
Uma professora do Ensino Fundamental I propôs aos seus
alunos que efetuassem a subtração entre o maior numeral
de quatro algarismos distintos e o menor numeral de quatro
algarismos distintos. O resultado é composto por
A 9 milhares, 8 centenas, 3 dezenas e 3 unidades.
B 8 milhares, 6 centenas, 4 dezenas e 2 unidades.
C 8 milhares, 6 centenas, 2 dezenas e 3 unidades.
D 8 milhares, 8 centenas, 3 dezenas e 3 unidades.
E 8 milhares, 8 centenas, 5 dezenas e 3 unidades.
QUESTÃO 83
Atualmente, estão na moda os passatempos chamados Sudoku. Provavelmente, esse tipo de jogo tenha se originado
nos quadrados mágicos, que são matrizes quadradas, em
quais nenhum número se repete e a soma dos números das
linhas, das colunas e das diagonais é a mesma. O exemplo
a seguir é um quadrado mágico de soma 15.
Admitindo-se que a medida do lado do hexágono que forma
a cabeça do parafuso é igual a 4 cm, Paulo calculou as medidas de x e y. Logo a medida de x + y é igual a (Use 3 = 1,7.)
A 4,8 cm.
B 6,8 cm.
C 8,4 cm.
D 10,4 cm.
E 12,8 cm.
QUESTÃO 85
O código de uma inscrição tem 14 algarismos; dois deles e
suas respectivas posições estão indicados abaixo.
5
8
x
Considere que, nesse código, a soma de três algarismos
consecutivos seja sempre igual a 20.
O algarismo representado por x será divisor do seguinte número:
A 49
B 64
C 81
D 125
E 126
2
7
6
9
5
1
QUESTÃO 86
4
3
8
Em um congresso de Medicina foram inscritos M médicos,
dos quais 85 usam óculos e 22 são homens. Se 12 homens
não usam óculos e 25% das mulheres não usam óculos, então, o número M de médicos inscritos nesse congresso é
A 86.
B 98.
C 112.
D 122.
E 125.
Agora, imagine algo diferente: uma matriz 3x3, em que os
números utilizados são os divisores positivos de 36, o produto dos números em cada linha e em cada coluna é 216 e
o número 36 ocupa a casa central do quadrado. A soma dos
números que estão nas diagonais vale
A 41.
B 50.
C 79.
D 91.
E 100.
MT - 2º dia | Página 28
QUESTÃO 87
O novo código de trânsito de um país adota o sistema de pontuação em carteira para os motoristas, a cada falta cometida.
Em caso de infração às leis do trânsito, são atribuídos ao motorista: 4 pontos, por infração leve; 5 pontos, por infração grave; e 7 pontos, por infração gravíssima. As multas por essas
infrações custam, respectivamente, R$ 72,00, R$ 127,00 e
R$ 490,00. O motorista que ultrapassar 21 pontos terá a carteira apreendida e, para recuperá-la, deverá pagar a quantia
de R$ 50,00. Um motorista já cometeu os três tipos de infrações, pelo menos, uma vez cada, e está com 23 pontos na
carteira. Supondo que ele ainda não tenha pagado as multas,
para reaver sua carteira, deverá pagar
A R$ 1 229,00.
B R$ 1 179,00.
C R$ 828,00.
D R$ 729,00.
E R$ 525,00.
QUESTÃO 88
As residências do bairro do Alamedão, no estado de Silonópolis, que estão conectadas à Calonópolis, rede de abastecimento de água do referido estado, pagam uma taxa fixa,
mensal, acrescida de outra taxa variável, por m3 de água
consumida.
A residência do senhor Moltron, que gasta 3,5 m3, paga
R$ 137,00, enquanto a residência do senhor Koltron, que
gasta 5 m3, paga R$ 155,00.
A residência do senhor Doltron pagou R$ 185,00, então, podemos afirmar que o consumo d’água dessa residência foi de
A 7,0 m3.
B 7,5 m3.
C 8,0 m3.
D 8,5 m3.
E 9,0 m3.
QUESTÃO 89
Um modelo de macaco, ferramenta utilizada para levantar
carros, consiste em uma estrutura composta por dois triângulos isósceles congruentes, AMN e BMN, e por um parafuso
acionado por uma manivela, de modo que o comprimento da
base MN possa ser alterado pelo acionamento desse parafuso. Observe a figura.
Considere as seguintes medidas: AM = AN = BM = BN = 4 dm;
MN = x dm; AB = y dm. O valor, em decímetros, de y em
função de x corresponde a
A
16 – 4x 2 .
B
64 – x 2 .
C
16 – 4x 2
2
D
64 – x 2
4
E
.
64 – 2x 2
2
.
.
QUESTÃO 90
A figura a seguir é um corte vertical de uma peça usada em
certo tipo de máquina. No corte, aparecem dois círculos, com
raios de 3 cm e 4 cm, um suporte vertical e um apoio horizontal.
A partir das medidas indicadas na figura, conclui-se que a
altura do suporte é
A 7 cm.
B 11 cm.
C 12 cm.
D 14 cm.
E 16 cm.
MT - 2º dia | Página 29
Anotações
MT - 2º dia | Página 30
Anotações
MT - 2º dia | Página 31
OSG: 1112-13 - Cynara/Rev.: Kaio e Camila
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