Infecções de Vias Aéreas
Superiores
Internos:
Juliana Gomes
Danilo Lima
Turma XVI
www.paulomargotto.com.br
Brasília, 26 de fevereiro de 2014


Benignas e autolimitadas
Extremamente
frequentes
(4-8
episódios/ano em menores de 5 anos
(especialmente entre 6-24 meses)

Englobam: faringe e seios paranasais

Manifestações mais frequentes: rinorréia
e obstrução nasal




Este termo engloba quadros como o do
resfriado comum e ainda outros englobados
sob a denominação de rinite viral aguda.
É a doença infecciosa de vias aéreas
superiores mais comum na infância;
Crianças menores de cinco anos podem ter
de cinco a oito episódios por ano;
De natureza benigna e autolimitada




Causada quase que exclusivamente por vírus;
Entre eles temos: rinovírus, coronavírus, vírus
sincicical respiratório (VSR), parainfluenza,
influenza, Coxsackie, adenovírus e outros
mais raros.
A etiologia viral leva à inflamação da mucosa
do nariz, faringe e seios paranasais.
A maioria dos casos ocorrem durante o
inverno e outono e primavera;




Rinovírus (+comum) – início do outono e final
da primavera; - 100 sorotipos;
Influenza e VSR – inverno
Parainfluenza – final do outono
Cocksackievírus – verão (resfriado do verão)

Através de gotículas produzidas pela tosse e
espirros (como um aerossol), ou pelo contato
de mãos contaminadas com a via aérea de
indivíduos sadios;


É significativo em comunidades fechadas e
semifechadas, como domicilio, creches
(importante na morbidade de lactentes),
escolas e outras coletividades;
O período de incubação é de dois a cinco
dias. E o período de contagio desde algumas
horas antes, até dias após o início dos
sintomas.


Inicialmente, dor de garganta, coriza,
obstrução nasal, espirros, tosse seca e febre
de intensidade variável, podendo se mais alta
em menores de cinco anos. Alguns pacientes
com essa infecção têm seu curso sem a
presença de febre;
Determinados tipos de vírus podem também
causar diarréia;

Durante a evolução, pode surgir:
◦ Em lactentes: inquietação, choro fácil, recusa
alimentar, vômitos, alteração do sono e dificuldade
respiratória por obstrução nasal em lactentes
jovens;
◦ Em crianças maiores: cefaleia, mialgias, calafrios;


Congestão da mucosa nasal e faríngea e
hiperemia das membranas timpânicas.
Este último achado, isoladamente, não é
elemento diagnóstico de otite média aguda,
principalmente se a criança está chorando
durante a otoscopia.

Algumas complicações bacterianas pode
ocorrer durante infecções respiratórias virais.
Sugerem a ocorrência de alguma delas:
◦ Persistência de febre além de 72 horas;
◦ Recorrência de hipertermia após este período, ou
prostração mais acentuada;
◦ Surgimento de dificuldade respiratória (taquipneia,
retrações ou gemência) indicam a possibilidade de
bronquiolite aguda, pneumonia ou laringite;


Pelo processo inflamatório da mucosa nasal,
pode ocorrer obstrução dos óstios dos seios
paranasais e tubário, permitindo, por vezes, a
instalação de infecção bacteriana secundária
(sinusite e otite média aguda);
Alguns agentes etiológicos, como VSR,
adenovírus podem estar associados à
evolução para infecção de vias aéreas
inferiores;


Episódios de infecções virais são um dos
fatores desencadeante mais importantes de
asma aguda na criança, principalmente pelo
vírus sincicial respiratório e rinovírus;
A faringite bacteriana, por sua vez não é uma
complicação do resfriado comum;



Essencialmente clínico;
Diagnósticos
diferenciais:
manifestações
iniciais com sarampo, coqueluche, infecção
meningocócica ou gonocócica, faringite
estreptocócica, hepatite A e mononucleose
infecciosa.
E o surgimento de IVAS de repetição, com
sintomas quase que permanente nos
períodos de inverno e primavera, deve se
pensar em rinite alérgica;


Desnecessário;
Somente em situações de importância
epidêmica, pode ser conveniente a pesquisa
de vírus respiratórios para melhor controle,
ou prevenção, por parte da autoridade
sanitária.




Repouso em período febril;
Hidratação e dieta conforme aceitação;
Higiene e desobstrução nasal (SF0,9% e
aspiração delicada das fossas nasais –
lactente menores de 6 meses);
Descongestionante nasal tópico (usados com
moderação em crianças maiores, num
período máximo de 5 dias (risco de rinite
medicamentosa). Não utilizar em crianças
menores - sem evidencia científica;

Dirigida para as queixas e os sintomas
apresentados.

Antitérmicos (TºC axilar maior que 38) – MS
◦ Paracetamol – dose 1gota/kg/dose 6/6horas
◦ Dipirona 1 gota/2kg/dose 6/6horas
◦ Não utilizar AAS – Sd Reye (infecções por influenza)

Instilação de soluções salinas isotônicas nas
narinas, uso de vapores e uma boa hidratação
são medidas úteis para fluidificar secreções.

Doença autolimitada (5-7 dias), apresenta
bom prognóstico em crianças previamente
hígidas. Lactentes, desnutridos ou estado de
imunodepressão são fatores de risco para
complicações;





Causado pelo vírus da influenza, costuma ser
classificada separadamente de resfriado comum,
caracterizando-se por um quadro de IVAS com
maior repercussão clínicas.
Pode apresentar-se, na criança maior, com febre
alta, prostração, mialgia e calafrios.
os sintomas de coriza, tosse e faringite podem
ficar em segundo plano frente as manifestações
sistêmicas mais intensas;
Febre, diarréia, vômitos e dor abdominal são
comuns em crianças mais jovens.
Tosse e fadiga podem durar várias semanas;


Além do tratamento sintomático;
Para a maioria dos vírus, não existe nenhum
tratamento específico. Entretanto, no caso da
gripe causada pelo vírus influenza, já existem
algumas medicações disponíveis;
◦ Amantadina e Rimantadina;
◦ Oseltamivir e Zanamivir;


Pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a
vacina é recomendada para todas as crianças
acima de 6 meses aos 5 anos de idade;
A partir dessa idade, a vacina será
disponibilizada em grupos de maior risco ou
com doenças de base;

Semiologicamente as faringoamigdalites são
divididas em:
◦
◦
◦
◦
Eritematosas
Eritematopultáceas
Pseudomembranosas
ulcerosas



Hiperemia e congestão em superfície tonsilar;
Principal etiologia: viral
Sarampo


Hiperemia e edema associados a um
exsudato amarelado não aderente nas criptas
e na superfície tonsilar.
Ex.: Faringite estreptocócica e faringite por
EBV;


Placas esbranquiçadas aderentes aos tecido
amigdaliano, que podem invadir a faringe,
palato e úvula.
Difteria (Corynebacterium diththeriae)



Tipo superficial (vesículas) – ex.: herpangina
(causada pelo vírus Cocksackie A)
Angina herpética (Herpesvirus hominis)
Ulcerações profundas:
◦
◦
◦
◦
Angina de Plaut-Vincent
Tuberculose
Sífilis
Imunodeficiência

Associada ao resfriado comum
◦ Não costuma estar associada à dor intensa e odinofagia.
◦ Dor de garganta moderada ou “arranhando e coçando”.
◦ Corrimento nasal, tosse, mal-estar, anorexia e febre
usualmente se encontram presentes.
◦ Faringe eritematosa e edemaciada ao exame físico
◦ Eventualmente, observa-se exsudato no palato e nos
folículos linfóides amigdalianos (doença estreptocócica)
◦ Linfonodos cervicais aumentados e dolorosos a
palpação com poliadenopatia
◦ Duração em 24 horas e não persiste por mais de cinco
dias;




Mais intensa, com sintomas de mialgia,
cefaleia, calafrios e febre de mais de 38,3ºC
Duração de 5-6dias.
A dor de garganta é importante e exsudatos
amigdalianos e eritema de toda orofaringe
são notados ao exame físico;
Achado de infecção pelo adenovírus:
conjuntivite do tipo folicular (metade dos
casos) – febre faringoconjuntival;







Forma incomum de faringite: herpagina
Exame físico da orofaringe: pequenas vesículas
(1 a 2 mm), localizada em palato mole, úvula e
pilares amigdalianos anteriores.
Ao romperem formam se ulceras esbranquiçadas;
Associado a febre alta, dor de garganta e
disfagia;
Quadro de dor abdominal e anorexia pode surgir
(descartar apendicite aguda);
A infecção pode evoluir para miocardite;
Sd. Mão-pé-boca





Dor de garganta por uma amigdalite exsudativa
ocorre em metade dos casos de mononucleose
infecciosa;
Febre, linfadenopatia cervical e esplenomegalia
são encontradas e sugerem a infecção.
Sem um diagnóstico correto com prescrição de
ampicilina para amigdalite bacterina dá origem a
um exantema típico (90% dos casos)
Pesquisa do anticorpo heretófilo (Paul-Bunnel ou
Monotest) – para casos duvidosos em crianças
idade escolar.
Duração: 15 dias



Acomete entre 5 e 15 anos de idade
Ausência de manifestações de infecção do
trato respiratório superior
Inicio:
◦ Queixas pouco especificas como cefaleia, dor
abdominal e mal-estar, a criança pode apresentar
náuseas, vômitos e febre de 40ºC. Algumas horas
depois, inicio de dor de garganta com intensidade
variável.



Exsudato pode assumir a forma de uma
membrana amarelado-acinzentada limitada
ao tecido linfoide.
Edema de úvula
Linfadenopatia
cervical
anterior
ou
submandibular
(única)
precoce,
e
os
linfonodosaumentados são dolorosos

Swab de orofaringe (cultura em ágar-sangue)
◦ Alta sensibilidade e especificidade na identificação
do Streptococcus pyogenes

Dosagem da antiestreptolisina O (ASLO)
◦ 2 amostras: Do soro colhido na fase aguda e na
convalescença (2 a 3 semanas após)
◦ Títulos maiores que 330 confirmam infecção
estreptocócica recente;





Abscessos peritonsilares e na parede lateral
da faringe;
A glomerulonefrite aguda e a febre reumática
são as sequelas conhecidas da infecção
estreptocócica
Crianças debilitadas presença de ulceras
grandes e crônicas na faringe.
Infecção
por
Streptococcus
pyogenes
produtor de toxina eritrogência ocasiona a
escarlatina;
Choque tóxico estreptocócico;

Penicilina G Benzatina
◦ Dose única, intramuscular
◦ 600.000UI (crianças com peso menor de 20 Kg);
◦ 1.200.000UI (crianças com peso maior 20 kg);
◦ 1ª escolha de tratamento



Amoxicilina: 40-50 mg/kg/dia, VO, 8/8
horas ou 12/12 horas, por 10 dias.
Eritromicina (alérgicos a penicilina): 2040mg/kg/dia, em 2-3 tomadas por dia, por
10 dias.
Cefalexina: dose: 30mg/kg/dia, 8/8h, por 10
dias
Otite Média Aguda




Maior prevalência durante os dois primeiros
anos de vida
63-85% das crianças com menos de 12
meses já tiveram algum episódio
66-99% dos menores de 24 meses já tiveram
Até 50% das crianças até 24 meses terão
algum episódio








<2 anos
Leve prevalência em meninos
Raça branca
Pobreza
Aleitamento artificial
Tabagismo passivo
Exposição a outras crianças
Anomalias congênitas, Sínd. de Down,
fenda palatina

S. pneumoniae (30-50%)

H. influenzae não tipável (25-30%)

M. catarrhalis (10-15%)

VSR

Complicações
de
infecções
respiratório superior:
Disfunção da trompa de Eustáquio
Infecção viral da tuba
do
trato


Doença leve: otalgia leve e febre < 39°C nas
últimas 24h
Doença grave: otalgia grave-moderada e
febre > 39°C


Moderado
a
severo
abaulamento
de
membrana timpânica ou que iniciaram
otorréia sem otite externa.
Leve abaulamento de membrana timpânica e
início recente de dor (Menos de 48 horas)
caracterizados também por puxar, apertar ou
segurar a orelha em crianças que não
verbalizam ou intensa hiperemia de MT.


Amoxicilina: desde que a criança não a tenha
recebido nos últimos 30 dias, não tenha
conjuntivite purulenta recorrente ou não seja
alérgica a penicilina.
Cobertura para produtores de β-lactamases
quando a criança recebeu amoxicilina nos
últimos 30 dias, tenha conjuntivite purulenta
recorrente ou história de OMA recorrente não
responsiva a amoxicilina.


Reavaliar os pacientes que pioraram ou não
responderam ao tratamento inicial após 48 a
72 horas de tratamento antibiótico e avaliar a
necessidade de troca do mesmo.
A
vacinação
universal
com
PCV13
potencialmente pode reduzir as doenças
causadas por pneumococos multirresistentes
e diminuir a necessidade da altas doses de
amoxacilina ou associação com clavulanato.




Tempo de tratamento:
Menores de 2 anos e pacientes com sintomas
severos – 10 dias.
2 a 5 anos com OMA leve/moderada – 7 dias.
Maiores de 5 anos com OMA leve/moderada –
5 a 7 dias.

Timpanostomia
para crianças com
OMA recorrente: 3
episódios
em
6
meses ou 4 em um
ano
com
um
episódio
nos
últimos 6 meses.





Perfuração timpânica
Otite média secretora
Otite média crônica (secretora, supurativa e
colesteatomatosa)
Mastoidite
Infecção do SNC


Recomendar a vacinação anual contra
influenza e pneumocócica conjugada para
todas as crianças.
Incentivar o aleitamento materno exclusivo
por 6 meses e a não exposição ao tabaco.
Sinusite

É a inflamação da mucosa de um ou mais dos seios
paranasais. Os termos "sinusite" e "rinossinusite" são
frequentemente utilizados alternadamente pois a
inflamação dos seios paranasais é quase sempre
acompanhada por inflamação da mucosa nasal.
1) SEIO MAXILAR
Aos 12 anos, com a erupção da segunda dentição,
atinge o desenvolvimento completo.
2) SEIO FRONTAL
Pouco desenvolvido até os sete anos, adquirindo
maturação completa após os 10 ou 12 anos de idade.
3) SEIO ETMOIDAL
Inicia o desenvolvimento a partir do segundo ano de
vida, com maturação ao redor dos 12-13 anos.
4) SEIO ESFENOIDAL
A formação se inicia aos nove meses de idade e
prossegue até a idade adulta, tendo relações
importantes com a cavidade craniana.
Aguda - sintomas desaparecerem completamente em
<30 dias
Subaguda - os sintomas desaparecerem completamente
em ≥ 30 e <90 dias
Recorrente - pelo menos três episódios de <30 dias de
duração separados por intervalos de ≥ 10 dias sem
sintomas em um período de seis meses, ou pelo menos
quatro desses episódios em um período de 12 meses.
Crônica é definida por episódios de inflamação dos seios
paranasais que duram> 90 dias, durante os quais os
pacientes têm sintomas persistentes (tosse, coriza,
obstrução nasal). A rinossinusite crônica pode estar
relacionada com as condições não infecciosas, tais
como alergia, fibrose cística, refluxo gastroesofágico,
ou a exposição a poluentes ambientais
Bacteriana:
 Mais comuns: Streptococcos pneumoniae,
Haemophilus
influenzae
catarrhalis, estreptococos
Grupo A e S. aureus.

,
Moraxella
beta-hemolítico
Nos imunocomprometidos, hospitalizados,
fibrose cistica: Aeróbicos gram-negativos,
incluindo P. aeruginosa.

A obstrução anatômica (por exemplo,
deformidades do septo nasal, anomalias
craniofaciais, hipertrofia de adenóide, corpos
estranhos nasais, massas ou pólipos).

Irritantes da mucosa (ar seco, fumaça de
cigarro, água clorada)

Mudanças bruscas de pressão atmosférica
(por exemplo, a descida em um avião)

São exames inespecificos que não conseguem
diferenciar causas virais e bacterianas.

> 50% crianças com IVAS de causa viral
apresentam raio X de seios maxilares anormais.

TC: são frequentemente alterados em crianças
saudáveis


RNM: 68% das crianças com IVAS apresentam
anormalidades.
42% das crianças saudáveis apresentam
anormalidades.
Eficazes em detectar localização e extensão do
quadro nas complicações e sinusites recorrentes.

Objetivos: Eliminar a infecção, diminuir a morbidade
, prevenir complicações

Orientação: iniciar antibioticoterapia ao Diagnóstico
Recomendação:
Amoxicilina+Clavulanato
Dose padrão 45mg/kg/dia, VO, 3 vezes
ao dia ou 500 mg, 3 vezes/dia
Usar
dose alta: 90 mg/kg/dia, 2 vezes/dia
ou 2g, VO, 2 vezes/dia, por 10-14 dias:
Locais com S. pneumoniae não sensiveis a
Amoxicilina+Clavulanato:
-Hospitalização recente
-Uso recente de antibiótico (<1 mes)
-Comoridades e imunocomprometidos


Cefalosporinas de 3°geração, de uso
parenteral, são uma segunda opção ao
invés
de
doses
altas
de
amoxicilina+clavulanato – Cefotaxime e
Ceftriaxone
Cefpodoxime,
cefixima,
cefuroxima,
cefaclor, cefprazil: não são indicados em
monoterapia associar clindamicina


Espera–se uma melhora clínica após 3 a 5 dias do
inicio do antibiotico. Caso não haja melhora dos
sintomas em 48h de antibiótico, pensar em
falência do tratamento, devido a patógenos
resistentes.
Pensar em:
-MRSA em pacientes graves, ambiente nosocomial,
complicacões intracranianas e orbitais. Para estes
casos, utilizar vancomicina
-Etiologia não bacteriana
-Anormalidades estrututurais

Em casos de alergia a PENICILINA:
-Levofloxacino, Cefixima ou
cefpodoxima +
clindamicina


Anti-histamínicos: sonolência, xerostomia,
efeitos adversos. Pode deixar a secreção mais
espessa.
Corticóides: melhora sintomática leve e
menores efeitos colaterais em uso de curto
prazo.

Celulite periorbital, abcesso subperiosteal, celulite
orbitária e abscesso.

Trombose de seio cavernoso, meningite e abcesso
cerebral (pensar em anaeróbios e S. aureus).

Sinais que levantam suspeitas sobre extensão
intracraniana incluem :
A combinação de edema periorbital /
orbital com dor de cabeça persistente e
vômitos
Vômitos e dor de cabeça que requerem
internação hospitalar, particularmente em
crianças mais velhas
Alteração do nível de consciência
Déficits neurológicos focais
Sinais de irritação meníngea

As doenças infecciosas e inflamatórias
agudas da laringe podem resultar em
quadros obstrutivos, principalmente em
crianças;
◦ Estruturas supraglóticas exuberantes
◦ Luz bastante reduzida (região subglótica)
◦ Dessa
forma,
esses
processos
requerem
diagnóstico rápido e preciso, para que seja
instituido um tratamento adequado, pois podem
ser fatais;



Síndrome mais comum de obstrução de vias
aéreas superiores; (espaço subglótico)
Conhecida como Laringotranqueobronquite
infecciosa aguda.
Etiologia predominantemente viral (vírus
parainfluenza tipos 1 e 2 - +comum)
adenovírus,
vírus
influenza
ou
parainfluenzae.



Acomete Lactentes, podendo ocorrer até 3
anos de idade. (3meses a 5 anos);
Pico de incidência aos dois anos de vida,
afetando
predominantemente
o
sexo
masculino;
O diagnóstico é feito quando temos uma
criança pequena com história recente de um
resfriado, evoluindo dias depois com a tríade
rouquidão+tosse metálica+estridor (Sd. Do
crupe)
◦ Diagnóstico apenas em base clínicas;

Inicialmente:
◦ Quadro de infecção de vias aéreas superiores e
febre (menor que 38,3ºC), acometendo a laringe
após um a três dias com rouquidão.

Evolução:
◦ Tosse metálica (ladrar de foca) com estridor
inspiratório leve;
◦ Estridor contínuo;
◦ Piora da tosse;
◦ Dificuldade
respiratória
surgem
lenta
ou
agudamente;
◦ Respiração trabalhosa e retrações supra-esternais,
intercostais e subcostais acentuadas; (Presentes ao
exame físico)
◦ Pode haver em vias aéreas inferiores, acompanhada
de sibilância e tosse produtiva.



As radiografias revelam o sinal “do
campanário” ou da “Torre” de um espaço
subglótico estreitado.
Estreitamento da subglote e da traquéia
proximal.
Contagem de leucócitos normais;





Conhecida também como crupe espasmódico;
Acomete crianças mais novas (entre 1 e 3
anos) com os achados de infecção ausentes;
Etiologia desconhecida (fatores alérgicos e
psicológicos?)
É de localização subglótica;
Quadro súbito, geralmente à noite, precedido
por coriza leve a moderada e rouquidão.





Quadro súbito, geralmente à noite, precedido
por coriza leve a moderada e rouquidão.
Criança acorda ansiosa, com uma tosse
metálica característica, inspiração ruidosa e
dificuldade respiratória;
Não há febre;
Dispnéia agravada pela agitação;
História pregressa de episódios prévios;

Em geral, a intensidade dos sintomas diminui
dentro de várias horas, com melhora dos
sintomas dentro de várias horas, com
melhora importante no outro dia, restando
apenas rouquidão leve e tosse.







Semelhante entre o Crupe e o Crupe
espasmódico
Tranquilizar a criança;
Introdução de via aérea artificial, se necessário
(cerca de 1% a 7%) – intubação com cânula mais
fina o possível
Administração de epinefrina racêmica (ou Lepinefrina) em aerossol;
Esteróides sistêmicos
Esteroides em aerossol
Vapor úmido.


Representa a forma mais grave de obstrução
inflamatória aguda das vias aéreas
superiores;
Instalação aguda;
◦
◦
◦
◦
◦
◦

Febre
Dor de garganta
Sialorréia
Dispnéia
Obstrução respiratória rapidamente progressiva
prostração
Acomete crianças entre 2 e 5 anos.




Streptococcus pyogenes
Streptococcus pneumoniae
Sthaphylococcus aureus
Haaemophilus influenzae tipo b (em queda
devido ao advento da vacina);

Criança acorda no meio da noite com:
Febre alta;
Afonia
Sialorréia
Dificuldade respiratória moderada ou intensa com
estridor;
◦ Costuma sentar para frente com o pescoço
hiperestendido (posição de tripé)
◦ Boca aberta com língua protrusa.
◦ Choque com palidez cianose e rebaixamento do
nível de consciência.
◦
◦
◦
◦



Confirmação do diagnóstico clínico
fundamenta-se na visualização da
supraglote inflamada, edemaciada.
Laringoscopia direta e indireta; (Diagnóstico
padrão-ouro)
Leucocitose (maior que 20.000/mm³) com
desvio a esquerda

Radiografia de perfil mostra na região
supraglótica – epiglote aumentada de volume.
◦ Não deitar o paciente, evitando provocar
movimentos
e
estímulos
inadequados
–
agravamento do processo obstrutivo.
◦ Em caso de muita dificuldade respiratória, é
injusticada a perda de tempo com exame
radiológico;
◦ Observa-se o sinal do polegar;

Em questão de horas, pode evoluir para
obstrução completa da via aérea e morte, a
menos que o tratamento seja realizado



Confirmada epiglotite – paciente deve ser
internada em UTI pediátrica;
Deve ser tratada com estabelecimento de via
aérea
artificial
(intubação
orotraqueal,
preferência,
ou
por
traqueostomia)
independente do grau de desconforto
respiratório;
Iniciar ATB (Ceftriaxona e cefuroxima) – 7 a
10 dias;
◦ Antes colher hemocultura ecultura de secreções
faríngeas




Principal diagnóstico diferencial
Acomete qualquer idade (+ comum entre 3 e
10 anos)
Localizado na traquéia.
Etiologia: crupe prévio ou vírus influenza com
infecção bacteriana secundária por
Staphylococcus aureus, Moraxella catarrhalis,
H. influenzae;


Início prodrômico: doença bifásica com
deterioração súbita;
Há a presença de:
◦
◦
◦
◦
◦
Estridor
Retrações
Voz pode ser rouca ou normal
Tosse ladrante;
Febre maior que 38,9ºC


Contagem de leucócitos: leucocitose com
desvio à esquerda
Tratamento: Ceftriaxone; intubação se
necessário; Cuidados intensivos


Infecção grave, muito rara atualmente;
(vacinação obrigatória)
Manifestações clínicas:
◦
◦
◦
◦
◦
Dor de garganta
Disfagia
Estridor inspiratório
Tosse improdutiva
Membranas diftéricas de coloração levemente
acinzentada, de difícil remoção que recobrem as
amigdalas, o palato mole, faringe e laringe,
podendo causar obstrução respiratória;

Presença do Corynebacterium diphtheriae em
esfregaço de material


Administração de antibióticos (penicilina ou
eritromicina) também é recomendada;
Injeção de antitoxina diftérica
◦ Dose 30.000 unidades, metade aplicada por via
endovenosa neutralizando rapidamente as toxinas
e, a outra metade, pela via intramuscular, atingindo
o nível máximo no sangue somente em 24 horas;

Manutenção de via aérea permeável
(intubação ou traqueostomia);
◦ Obs.: Realizar prova de sensibilidade intradérmica:
se positiva, evitar adminstração intravenosa;





Principal diagnóstico diferencial das laringites
agudas;
Mais comum entre 6 meses- 5 anos de idade
Localização: supra ou subglótica;
Localizado na laringe, traquéia ou brônquio;
A sintomatologia respiratória é semelhante,
mas estão ausentes a febre e os sintomas de
toxemia, decorrentes do processo infeccioso


É considerada uma situação de emergência,
necessitando imediata intervenção;
Se o paciente não estiver com dificuldade
respiratória aguda, não se deve tentar retirar
o corpos estanho sem condições adequadas
para qualquer intervenção de urgência;


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Posicionamento do paciente com cabeça para
baixo, comprimento tórax para que o ar seja
expelido rapidamente, o que força a
eliminação dor corpo estranho.
Com
dificuldade respiratória aguda:
Introdução de uma agulha grossa na região
da membrana cricotireóide ou realizar
cricotireoideostomia;
Remoção
endoscópica
(se
estável
hemodinamicamente)



Brook I. Acute Sinusitis in Children. Pediatr Clin N Am
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Seminário Universidade Católica de Brasília:Infecções das vias