Projeto
Pedagógico
Lei 9394/94),
Art. 12, inciso I
 "os estabelecimentos de ensino,
respeitadas as normas comuns e as do
seu sistema de ensino, terão a
incumbência de elaborar e executar sua
proposta pedagógica"
Antes - a escola se questionava apenas
pelos seus métodos, hoje também
pelos seus fins (Gadotti)
Papel da escola na sociedade –
globalização da economia, diversidade
cultural.
Uniformização e singularidade
Níveis de planejamento na
IES
Global- Proj. Institucional –
Curso – Projeto pedagógico
O projeto tem uma dimensão utópicaum futuro a fazer , um tornar possível,
uma possibilidade de existência
(Passos, 2000)
É sempre um projeto políticopedagógico
Projeto pedagógico
Qualidade formal
Qualidade política
Pressupostos do projeto
pedagógico
Autonomia
Participação
Tem como princípio a autonomia .
É um documento e um movimento.
É uma filosofia comum de trabalho.
É artesanal.
Não pode ser encomendado
Deve ser refletido coletivamente
Não deve apenas cumprir
determinações legais.

Marco referencial- o que queremos
alcançar ? Busca de posicionamento
Político – visão ideal de homem e de
sociedade e de educação
Pedagógico- definição clara sobre a
ação educativa e características da IES
Marco doutrinal
É a proposta de sociedade, pessoa e
educação que o grupo assume (Vasconcellos,
2000)
Toda educação se baseia em uma visão de
homem e de sociedade. Tem que ser
explicitada e discutida.
Pressupostos teóricos ligados ao campo
profissional em pauta
- concepção de educação
- concepção de aprendizagem
- concepção de ensino
-
- concepção de conhecimento
- concepção de interdisciplinaridade
- concepção de currículo
- concepção de avaliação
- concepção de teoria-prática
Diagnóstico- o que falta para ser o que
desejamos?
Busca das necessidades a partir da
análise da realidade e/ou julgamento da
realidade da IES em comparação com o
que desejamos que seja
Programação- o que faremos para
suprir tal falta?
Proposta de ação – o que é necessário
e possível para diminuir a distância
entre o que a IES vem sendo e o que
deve ser
Construção do referencial
Marco
situacional
Marco
operacional
Marco
doutrinal
Alguns princípios
diretrizes
básicos
das
Estimular práticas de estudo
independente, visando a uma
progressiva autonomia profissional
e intelectual do aluno
•Encorajar o aproveitamento do
conhecimento,
habilidades
e
competências adquiridas fora do
ambiente escolar, inclusive as que
se
referirem
à
experiência
profissional julgada relevante para
a área de formação considerada;
Problem
Based
Learning
“ Alguns estudantes mostram uma falta de
comprometimento com os seus estudos.
Parecem estar felizes por cursarem Direito
mas querem seu diploma com o mínimo de
esforço. Tendem a adotar abordagens
superficiais para a aprendizagem e lançam
mão de vários expedientes para encurtar
caminho como comprar notas das aulas e
plagiar textos.
Outros estudantes parecem não ter
interesse em investigações e aprendizagem
independente. São aprendizes capazes
quando lhes é fornecida a informação e dito
o que têm que fazer. Entretanto, tendem a
adotar uma postura passiva e consumista
nos seus estudos.
Um terceiro tipo de estudante parece mais
preocupado com o “credencialismo”. Encara o
estudo como algo inevitável, algo para ser
suportado (em vez de algo para se engajar ou ter
prazer) a fim de conseguir um “bom emprego”.
Esses estudantes trabalham mas somente para
conseguir “distinções” ou notas altas. Tarefas e
materiais que não caiam nas provas não são de
interesse para eles. Sempre que possível adotar
atalhos e ainda assim conseguir bons
resultados, este tipo de estudante o fará”.
Abordagem de aprendizagem profunda e
superficial
Profunda- sentida como uma experiência
desafiadora e gratificante
Superficial - Reprodução da informação
Aluno quer se sair bem, medo de falhar.
Shalle and Trigwell, 2003
Abordagens de aprendizagem
Profunda
Intenção de
compreender
Interação crítica
com o conteúdo
do conhecimento
Superficial
Intenção de reproduzir
Idéias e informações
aceitas
passivamente
Abordagens de aprendizagem
Profunda
Relação das idéias
com conhecimento,
experiência anterior
e outros cursos
Relação entre as
idéias - princípios
organizativos
Superficial
Memorização de
informações e fatos
para a prova
Falta de reflexão
sobre propósitos
e estratégias
tarefa como
imposição
Abordagens de aprendizagem
Profunda
Ênfase é interna
Superficial
Ênfase é da avaliação
Postura do professor, concepção do
aluno sobre o que é aprendizagem,
características do ensino e tipo de
avaliação
Orientação sobre aprendizagem
superficial ou profunda
Ensino
Centrado no professor
Conhecimento é
transmitido do
professor para o
estudante.
Estudante passivo
 Centrado no
estudante
 estudantes controem
o conhecimento
através da busca,
otenção e sintetização
da informação,
resolução de
problemas
 Estudante ativo
Centrado no
professor
Centrado no
estudante
Ênfase na aquisição
de conhecimento
fora do contexto
em que este será
aplicado
Ênfase no uso e
comunicação do
conhecimento em
questões e
problemas do
contexto da vida
real.
Professor - fornece a
informação e é o
avaliador principal.
Ensino e avaliação são
separados.
Avaliação para
monitorar a
aprendizagem.
Professor é orientador e
facilitador. Avaliação
em parceria.
 Ensino e avaliação
são entrelaçados
 Avaliação para
promover e
diagnosticar a
aprendizagem
Ênfase nas respostas
corretas.
Ênfase na aprendizagem
a partir de erros.
A
A
aprendizagem
desejada é acessada
indiretamente através
de testes objetivos.
aprendizagem
desejada é acessada
diretamente
através
de artigos, projetos,
desempenhos,
portfolios e outros
semelhantes.
Foco em uma única
disciplina
Cultura competitiva e
individualista.
Somente estudantes são
vistos como
aprendizes.
Abordagem compatível
com
uma
investigação
interdisciplinar.
Cultura
cooperativa,
colaborativa
e
suportiva.
Professores e alunos
aprendem juntos
O que eu sei melhor eu ensinei…
…os que mais aprendem no ensino
centrado no professor são os professores.
Eles reservam para si as condições que
promovem a aprendizagem:
Buscar ativamente nova informação,
integrá-la com o que já é conhecido,
organizá-la de maneira compreensível,
ter a chance de explicá-la a outros..
Huba and Freed, Learner-Centered Assessment on College Campuses:
Shifting the Focus from Teaching to Learning, 2000, pág 35
Aprendizagem contextualizada
Aprender ligado à situação na qual a
aprendizagem ocorre.
Há ligação entre o aprender e o fazer
Compreensão mais profunda
Diga-me, e eu esquecerei.
Mostre-me, e eu poderei lembrar.
Envolva-me, e eu compreenderei
Afaste-se e eu agirei.
Proverbio chinês
O que é PBL
“o desenvolvimento de um currículo e sistema
instrucional
que
simultaneamente
desenvolve estratégias de soluções de
problemas, conteúdo básico e habilidades,
através da atribuição aos estudantes do
papel ativo de solucionar problemas a eles
colocados de maneira mal estruturada e que
representem o mundo real (Finkle e
Torp,1995)
Apresentar um problema para o alunoesse problema ou cenário deve estar
“mal colocado”. Os alunos não devem
ter
conhecimento
anterior
para
resolver o problema. Isto significa que
eles terão que obter as informações
necessárias ou aprender novos
conceitos, princípios ou habilidades à
medida em que se engajam no
processo.
Os alunos devem listar o que sabem
sobre o cenário ou problema. Podem
ser incluídas informações baseadas
em conhecimento anterior ou da
situação colocada.
Formular o problemaA partir da análise dos estudantes do que
eles já sabem sobre o problema.
Deverá ser redefinido à medida em que
novas informações são descobertas e
trazidas.
O que é necessário- de posse do
problema apresentado os estudantes
deverão encontrar as informações
que preencham as lacunas.
Uma lista deve ser preparada sobre o
que eles necessitam saber. Essa lista
norteará as buscas a serem feitas na
Internet, biblioteca ou outras buscas
fora da sala de aula.
Lista
de
possíveis
ações,
recomendações,
soluções
e
hipóteses- aqui os estudantes devem
listar ações que devem ser realizadas
(por
exemplo,
questionar
um
especialista) e formular e testar
hipóteses tentativas.
Apresentar os resultados O produto deve incluir uma adequada
formulação do problema,
dados
coletados, análise dos dados e
soluções
ou
recomendações
baseadas na análise dos dados.
Socializar
os
achados
e
recomendações oralmente e/ou por
escrito.
Estudantes usam um problema para definir
seus próprios objetivos de aprendizagem
Em seguida estudam de maneira independente
e auto-dirigida, voltando após ao grupo para
discutir e refinar o conhecimento adquirido
A aprendizagem em grupo facilita a aquisição de
conhecimentos e habilidades de comunicação,
trabalho em grupo, responsabilidade pela própria
aprendizagem, compartilhamento de informações e
respeito pelo outro.
Wood, Diana , 2003
O ciclo do PBL
socialização
Problema, Projeto,
ou tarefa
Discussão
em grupo
Discussão
com classe
Preparação do
resultado”
Pesquisa
Discussão em Grupo
Dependendo do currículo aulas discursivas têm
um papel minoritário. Às vezes são ministradas
para uma revisão da literatura ou para explicar
tópicos após os estudantes os terem estudado por si
mesmos. (Maastrich por exemplo)
Como método de ensino o PBL pode ser
pensado como o de pequenos grupos que
combina a aquisição de conhecimentos com
o desenvolvimento de habilidades e atitudes.
Ex. de Habilidades gerais e atitudes
Trabalho em grupo, respeito pelo grupo,
capacidade de ouvir, cooperação, respeito pela
visão do outro, avaliação crítica da literatura,
aprendizagem auto-dirigida e uso de recursos,
habilidades de comunicação.
Woods, McMaster, 1997
PBL é uma forma genérica que tem sido
usada na forma de pesquisa, estudos de
caso, projetos de engenharia e outros.
Pesquisa: achar uma cura para o câncer
Estudo de caso: Considere o balanço da
indústria de cigarros “Última Tragada”. A
companhia vai prosperar ou para a falência?
Projeto de Engenharia: Planeje uma instalação
industrial capaz de produzir 20 000 toneladas
de ácido acetilsalicílico por ano.
Problema: João, caminhoneiro de 24 anos,
desemnpregado, reclama de visão dupla e
dores na cabeça.
PBL é uma ambiente de aprendizagem
que inclui a maior parte dos princípios
que sabidamente podem melhorar a
aprendizagem:
aluno
ativo,
cooperação, feedback imediato e
constante, adaptado aos interesses do
aluno, poder e responsabilidade do
aluno pela sua própria aprendizagem
(Woods, 1997)
PBL força o estudante a aprender os
princípios e conceitos fundamentais
do
assunto
no
contexto
da
necessidade
de
solucionar
um
problema. O conteúdo é aprendido de
formas diferentes daquelas utilizadas
na forma tradicional o que pode influir
na recuperação do conhecimento e na
utilização posterior dele.
PBL oferece oportunidade de prática, uso ( e
mesmo desenvolvimento) das habilidades de
processo como resolução de problemas,
relacionamento interpessoal, de trabalho em
grupo,
lidar
com
a
mudança,
autoaprendizagem e auto-avaliação. Os estudantes
devem possuir essas habilidades para terem
sucesso com ambientes PBL. Em verdade, no
PBL trata-se de aprender o conteúdo usando e
desenvolvendo essas habilidades de processo.
Isso é diferente de se focalizar apenas o
conteúdo em aprendizagem (Woods, 1997)
Objetivos do PBL (Norman e Schmidt, 1992)
Aquisição de conhecimento – ativação de conhecimento
anterior facilita o processamento de novas informações.
Discussões em pequenos grupos ativam conhecimento
anterior.
Domínio de conceitos ou princípios que podem ser
transferidos para solucionar problemas similaresaprendizagem no contexto facilita a recuperação.
Aquisição de exemplos que podem ser usados em futuras
situações de natureza similar
Um pouco de História do PBL
PBL formal nasceu in Case Western Reserve
University Medical School (U.S.A).
Faculdade de Medicina da Universidade de
McMaster (Canada) - trouxe o PBL para a
vanguarda da educação nos anos 60.
Escola de medicina da Harvard,
Universidade de Limburg em Maastricht
(Holanda),a Universidade de Newcastle
(Australlia) e a Universidade de New Mexico
(US) desenvolveram programas também
importantes.
No começo dos anos 90, 50
universidades no mundo adotaram
alguma forma de PBL nos cursos de
Medicina
Ciências da Saúde, enfermagem,
odontologia, farmácia, administração,
direito, engenharia, serviço social,
educação e outros além do ensino
médio.
Solução de problemas vs PBL
- diferentes mas interelacionados
Soluçao de Problemas- chegar a
decisões baseado em
conhecimento anterior e
raciocínio
PBL – processo de aquisição de
novos conhecimentos baseado
no reconhecimento de uma
necessidade de aprendizagem
O que é PBL? (Delaware University)
PBL é um método instrucional que desafia
os estudantes a “aprender a aprender”,
trabalhando
cooperativamente
em
grupos,
buscando
soluções
para
problemas do mundo real”
PBL prepara os estudantes para pensar
criticamente e analiticamente e para
achar e usar recursos apropriados de
aprendizagem.
O foco do PBL é organizar o conteúdo
curricular ao redor de cenários de
problemas em vez de assuntos ou
disciplinas. Os alunos trabalham em
grupos mas não se espera deles adquirir
uma série de respostas corretas prédeterminadas. Ao contrário, espera-se
deles que se engajem na situação
complexa a eles apresentada e decidam
de quais informações precisam se
apropriar e quais habilidades precisam
desenvolver para resolver a situação
eficazmente.
O que é importante no PBL?
O problema – o professor tem que saber
formular bons problemas
O papel do tutor –
Não há sucesso no PBL sem o papel do tutor e
um bom formato do problema (Albanese e
Mitchell, 1993)
O problema
É o estímulo, a ligação com a realidade e a
prática profissional futura. Empurrão e foco
para a aprendizagem.
- Leva à identificação dos limites do
conhecimento que os alunos já têm e o que
precisam saber.
- Leva a hipóteses e à busca de
conhecimentos relevantes.
- Permite a integração de conhecimentos de
várias disciplinas.
Há poucas orientações baseadas em
teoria para a construção de bons
problemas.
O professor tem que desenvolver
seus próprios problemas.
UEL – Comissão de proposição de
problemas
Características de bons problemas
Terem significância para a vivência dos
alunos
Interdisciplinares
Complexos o suficiente para incorporar
conhecimentos anteriores
Refletirem situações do mundo real
que os estudantes irão encontrar
quando formados.
Complexos o suficiente para engajar
um grupo de estudantes por uma
semana no mínimo.
Abertos, não limitados a uma
resposta correta
Não devem ser bem definidos e nítidos
de maneira a irem na mesma direção
dos problemas que os estudantes
enfrentarão na carreira.
Problemas mal estruturados não tem
informações suficientes o que ajudará
os estudantes a compreenderem o que
está ocorrendo e permitirá diferentes
direções. O problema muda conforme
informações vão sendo achadas.
Programas que focalizam problemas
“reais” bem definidos parecem não ter
efeito na maneira com que os estudantes
abordam problemas reais na carreira que
escolhem
(Gallagher,
Stepien,
&
Rosenthal, 1992)
O aluno não deve sentir que o problema
bem como a solução dele está na cabeça do
professor e que dele é esperado encontrála.
Devem ser construídos a partir dos
resultados desejados do currículo e das
características dos estudantes.
Exemplo de problema em Medicina
Grupos de 5 a 6 estudantes recebem, via
computador em rede, uma descrição de uma
queixa de um paciente. Eles podem acessar
no computador a história, exames físicos e
dados para diagnóstico do caso
apresentado. Os estudantes decidem o que
precisam estudar para o caso e como fazêlo. Os resultados são colocados no
computador .
Alguns acham que é importante para
o sucesso no PBL os alunos terem
habilidades
de
solução
de
problemas como entrada
Papel do tutor (McMaster)
Facilitador – tentar fazer aflorar o
melhor do grupo
- fazer
questões orientadoras e abertas
para
ajudar
os
estudantes
a
explorarem a riqueza da situação e
desenvolverem pensamento crítico.
ajudar os estudantes a refletir sobre as
experiências que eles estão vivendo. A
reflexão:
-desenvolve
(Schön, 1987)
habilidades
profissionais
- melhora a resolução de problemas (Kimbell
et al., 1991)
- melhora a aprendizagem. As habilidades
reflexivas são parte das habilidades de
resolução de problemas e trabalho em grupo.
-monitorar o progresso ( indivíduos bons
na resolução de problemas monitoram seu
processo de pensamento para assegurar
que estão no caminho e que comreendem
porque
estão
naquele
processo)
Schoenfeld, 1984).
- desafiar o pensamento dos estudantes
para cultivar aprendizagem profunda e
busca de significado.
l - levantar questões que precisam ser
consideradas (grupos sem facilitadores
tendem a identificar 60% das metas
intencionadas pelos professores )
Dolmans et al, 1993
- estimular, encorajar, criar e manter
atmosfera na qual os estudantes estejam
dispostos a partilhar experiências e idéias
sem medo de serem ridicularizados,
(confiança é o ingrediente chave a ser
desenvolvido e cultivado).
O tutor não é aquele que vai
responder as perguntas nem deve
aproveitar para dar aulas discursivas
Responde perguntas diretas somente
quando os estudantes esgotaram sua
própria lógica e não há nenhuma outra
experiência de aprendizagem da qual
possam tirar benefício.
A intervenção do tutor não deve roubar o
desenvolvimento intelectual dos alunos.
Ex. terminar o exercício
Tutor
Deve ser especialista?
sim
Pode ser
professoral
Não
Pode não perceber
desvios dos alunos
(Aalborg)
Habilidades facilitadoras em ordem de um bom
tutor em pesquisa feita por Wilkerson
((McMaster,1994)
Encoraja a apreciação crítica da informação.
Questiona e põe à prova o raciocínio dos alunos.
Facilita e dá suporte a uma boa relação interpessoal
no grupo
Promove
a
multidisciplinares
síntese
Provê freqüentes feedbacks.
de
perspectivas
Características de um bom
tutor(Queens)
 Conhecimento do processo do PBL
 Comprometimento com a aprendizagem dirigida
para o estudante
 Habilidade de gerar um ambiente de
aprendizagem não ameaçador para o aluno e ao
mesmo tempo atuar provocando discussões e
pensamento crítico
 Disposição para fazer uma avaliação construtiva
do estudante e do desempenho do grupo.
UEL Características de um bom tutor:
interesse pelo trabalho do grupo
respeito pela opinião dos alunos
disponibilidade para a orientação
incentivo ao trabalho
UEL – defeitos do tutor
- dar aulas
- desinteresse pelo trabalho do grupo
- desconhecimento dos recursos
disponíveis para o aluno realizar seus
trabalhos
Como ser um tutor (Robert Woods,
McMaster)
Mude sua atitude, compreenda a
diferença entre dar aula e ser tutor . Após
compreender as dimensões de ser tutor,
reflita sobre elas.
Aceite que um bom tutor não precisa ser
uma estrela. Quantos treinadores de futebol
são estrelas? Alguns tutores dizem “Mas eu
não estou certo se sou bom na resolução de
problemas ou na condução de grupos e
solução de conflitos”. Você não é solicitado a
resolver problemas a dirigir o grupo ou a
resolver conflitos. O que se espera de você é
conduzir outros a fazer isso.
fazer aflorar o melhor do grupo.
habilidades: conduzir grupos, resolução de
conflitos, administração de mudanças,
resolução de problemas, dar e receber
feedback
Formação de tutores (Aalborg, McMaster)
Em grupos sem tutores os alunos podem ser
preparados para assumir esse papel
Sistema
tradicional
de tutor
Tutor
Estudantes
PBL com
tutor
Tutor
Estudantes
O papel do tutor é agilizar, guiar e
questionar, quando necessário,
para assegurar que questões de
aprendizagem pré-determinadas
sejam identificadas, pesquisadas e
discutidas (Queens)
Uma parte importante do PBL é a
aprendizagem entre as reuniões
Papel dos estudantes
Solucionadores de problemas
Devem explorar processos e soluções
alternativas
Características de um bom estudante
no ambiente PBL (Queens)
 Participar de todos os encontros
 Conhecimento do processo PBL
 Comprometimento com a aprendizagem
auto-dirigida.
 Participação ativa nas discussões e
reflexões críticas e contribuição para um
ambiente amigável e não intimidador.
 Disposição para fazer avaliações
construtivas de si mesmo do grupo e do
tutor.
Características dos estudantes que
facilitam o PBL
Auto-motivação
Capacidade para enfrentar a ambigüidade
Habilidade para comunicação interpessoal
Capacidade para avaliação própria e alheia
Habilidades do processo, operatórias,
transferíveis (McMaster)
Administrar a mudança – estudantes estão fazendo
algo diferente do que usualmente fazem
Resolver problemas, identificar questões, pensar
criticamente, gerar e testar porque estão ativamente
solucionando problemas
Trabalhar efetivamente no grupo porque não estão
somente no grupo mas efetivamente trabalhando no
grupo.
Ensinar e aprender cooperativamente e ativamente
Muito tem sido dito sobre PBL e
desenvolvimento
de
habilidades
de
resolução de problemas, de trabalho em
grupo, de auto-avaliação e de processo, em
geral. Por trás dessa retórica, todos
concordamos
que
somente
juntando
pessoas em um grupo pequeno, autodirigido, na forma do PBL, não se
desenvolve essas habilidades” (Norman and
Schmidt, 1992 and 1993; Woods, 1993)
É preciso decidir em um programa de PBL:
- quando e em que extensão serão tratadas as
habilidades do processo (na seleção
(Maastrich), antes do curso, durante o curso
(McMaster) ?)
-- que importância terão como um resultado
desejado para o curso/programa (peso dado:
50% (Eng Química); 20%?
Avaliação no PBL
Deve ser congruente com a filosofia do PBL:
Usar problemas autênticos
Avaliar a aplicação de conhecimentos a
situações (problemas) comuns e não triviais.
Como o conhecimento específico é um
determinante produtivo da solução de
problemas, essa base pode ser avaliada.
A avaliação deve envolver situações
(problemas) onde haja necessidade de
integração de conhecimentos
Trabalhar em grupo é crucial no PBL e
integração social é uma ferramenta para
aprendizagem cognitiva e metacognitiva.
Avaliar processos do grupo e contribuição
individual.
Usar instrumentos autênticos –portfolio,
diários.
Auto-avaliação – metacognição – critérios
claros
Avaliação pelos pares – avaliação do
grupo
Avaliação formativa
Avaliação (Queens)
 do grupo- após cada problema- como nos
desempenhamos?
 do estudante – formal ao final dos blocossatisfatória/insatisfatória com comentário
narrativo formativo.
Do tutor- auto e hetero-avaliação
 do conteúdo- auto-avaliação e exames ao
final dos módulos
Problemas com o PBL
Desconforto inicial de alunos adeptos do
ensino tradicional
Estudantes que não se apropriam do
problema e despedem tempo procurando
exatamente o que o professor quer.
Prof se apropria do problema e o aluno
acha que há uma solução correta que
pertence ao professor
Professores não familiarizados e resistentes.
Percepção como risco, incerteza ( estudantes
novos no PBL aprendem menos no começo)
Familiarização leva pelo menos um ano e
estressa o professor.
Maior tempo exigido do professor do que no
ensino tradicional (depende também do
tamanho da turma)– Aalborg
Albanese & Mitchell (1993) sugerem que
aproximadamente 20% a menos de
conteúdo é coberto quando se usa PBL
em
comparação
com
o
ensino
tradicional frontal. Esses 20% são o
tempo usado com as habilidades de
processo ou operacionais.
Problemas com PBL em currículos
híbridos (Queens)
 Tutores em nº insuficiente - 1 para 6 estudantes Profs. ocupados com o “currículo tradicional”
Enorme importância da biblioteca, recursos
computacionais e suporte.
 Avaliação objetiva é difícil
 Conflito com aulas magistrais
PBL funciona?
Sim e não. Depende do que queremos testar.
Os estudantes respondem positivamente à
experiência de aprendizagem? (opiniões sobre
o curso, abordagens se aprendizagem,
ambiente positivo em relação à aprendizagem?
Sim. PBL é preferido ao convencional.
Vernon & Blake (1993) e Albanese & Mitchell (1993).
Aalborg – escolha da escola por causa da
abordagem (41% under 52% pós e 55%
egressos)
PBL funciona?
Desempenho
clínico,
problemas práticos? Sim
resolução
de
Os estudantes aprendem o conteúdo?
Informações factuais – PBL é pior (para
alguns testar apenas no conhecimento
factual não é adequado porque o PBL quer
desenvolver também outras habilidades)
(Woods, 1997).
PBL funciona?
Estudantes em sistema PBL geram explicações
mais elaboradas e são melhores na integração
de novos conhecimentos. Entretanto, são
menos acurados que estudantes de sist.
tradicionais no reconhecimento de padrões.
Patel et al. Cognition and Instruction 10: 335378, 1993 (Comparou estud de McMaster e
McGill)
PBL funciona?
Estudantes no sist PBL geram explicações mais
acuradas, coerentes e compreensivas do que de
sist. Tradicionais. Transferem as estratégias de
raciocínio e tendem a usar conceitos científicos em
suas explicações. Esse efeito é mais forte em
estudantes de currículo todo (tempo integral) em
PBL.
Hmlo, C.E. Teaching and Learning in Medicine 10:
92-100, 1998 (Comparou est todo em PBL, eletivo e
não PBL)
PBL funciona?
Revisão da literatura de educ médica de 92 a 98
não revelou evidências convincentes de que PBL
aumenta conhecimento de base e desempenho
clínico, pelo menos não na magnitude esperada
dados os recursos exigidos. O autor acha que a
ligação entre a teoria educacional e a pesquisa
(básica e aplicada) são fracos na melhor das
hipóteses.
Colliver, J. A. (2000). Effectiveness of PBL curricula:
research and theory. Acad Med 75: 259-266
Implementação do PBL
Em currículos híbridos, PBL requer
comprometimento com:
 interação do PBL e currículo tradicional
 Treinamento dos tutores
 Seminários para os estudantes
 Um nível de entusiasmo constante dos profs.
 Gestão que valorize o trabalho do tutor
Implementação do PBL(Queens)
Recursos adequados são essenciais:
 salas especiais para orientação, acesso
a computadores, textos básicos e outros
materiais.
 computadores, software e suporte para
manter uma base de dados e de casos
 recursos para desenvolver casos de
PBL de maneira a que atendam os
objetivos do currículo
Espaço de trabalho colaborativo
(Delaware)
Móveis flexíveis em uma sala de PBL
PBL versus ensino por projetos
Em comum: trabalho ativo, com significado,
em pequenos grupos e abrangendo uma
questão/dificuldade/necessidade da vida real.
Ambos estimulam a reflexão do estudante
sobre a aquisição de conhecimento através
do processo.
Ambos levam à aquisição de conhecimento e
de habilidades (Machiels-Bongaerts, 2001 )
PBL VERSUS PROJETOS- DIFERENÇAS
PBL
Desde o 1º dia
problema e pequenos
grupos, antes da
teoria.
Alunos vão
“inocentes”.Incentivo
para aprender a teoria.
Teoria é aprendida
durante o próprio
processo
Projetos
Projeto e pequenos
grupos após
alguma
aprendizagem
teórica (reforçar,
melhorar o
significado)
PBL VERSUS PROJETOS- DIFERENÇAS
PBL
O tutor está presente para
esticar e guiar o
estudante. Fases mais
avançadas podem ser sem
tutor, parecido com
projetos
Problemas são menores,
mais curtos e em maior
número
Projetos
Estudantes trabalham
quase independentemente
durante grande parte do
tempo alocado
Projetos duram mais
tempo, tem maior
profundidade e
geralmente não se
iniciam no 1º ano
PBL VERSUS PROJETOS- DIFERENÇAS
PBL
PBL enfatiza mais o
processo de ensino do que
a documentação desse
processo (Kolmos)
Tutor é orientado para
o processo (Kolmos)
Projetos
Enfatiza o processo e o
produto (relatório de
projeto)Kolmos
Tutor é orientado para o
produto (Kolmos)
Requer mais recursos
humanos
PBL VERSUS PROJETOS- DIFERENÇAS
PBL
Enfatiza aquisição de
conhecimento
Projetos
Enfatiza aplicação do
conhecimento
Download

PBL - Univap