MESTRANDAS:
CAMILA SANTOS
CRISTIANE SOARES
KARINNE MAFORT
NATHALIE SILVA
OLGA CASTRO
TERMINOLOGIA
1. Professor  aquele que está envolvido no processo
de ensino, independente da metodologia
2. Tutor  repasse de informações
3. Facilitador  facilita o processo de ensinoaprendizagem
MANEIRAS DE “ENXERGAR” O PROFESSOR –
DARLING – HAMMOND ( 1983)
• Operário  atividades são planejadas por administradores
( supervisores). Aderência a essas práticas é suficiente
para produzir resultados desejados.
• Artesão  professor desenvolve atividades de ensino de
acordo com o conhecimento de regras gerais e de técnicas
especializadas sem a necessidade de instruções
detalhadas ou estreita supervisão.
MANEIRAS DE “ENXERGAR” O PROFESSOR –
DARLING – HAMMOND ( 1983)
• Profissional  professor responsável pelas estratégias,
táticas e por resolver problemas/ avaliar soluções.
Administrador deve assegurar que os professores tenham
os recursos necessários para desempenhar suas funções.
• Artista  técnicas de ensino e sua aplicação são
personalizadas e não, padronizadas. Administrador
estimula e encoraja o trabalho do professor.
FUNÇÕES DO FACILITADOR
• Estimular o aprendiz a desenvolver habilidades de
metaconhecimento e não simplesmente preocupar-se
em transmitir uma quantidade enorme de
informações.
• Metaconhecimento ou metacognição:
- Conhecimento sobre seu próprio processo de pensar
- 2 dimensões: conhecimento da cognição e regulação
da cognição
FUNÇÕES DO FACILITADOR
• Conhecimento da cognição:
- Conhecimento declarativo (como aprender e quais
fatores influenciam nossa performance)
- Conhecimento processual (estratégias)
- Conhecimento condicional (quando e porque usar
determinada estratégia)
FUNÇÕES DO FACILITADOR
• Regulação do conhecimento:
- Planejamento (objetivos de aprendizagem, ativação
de conhecimentos prévios, alocação do tempo)
- Regulação (monitoramento e auto – teste)
- Avaliação (análise dos resultados da aprendizagem)
FUNÇÕES DO FACILITADOR DENTRO DO GRUPO
TUTORIAL
•
Aplicação dos sete passos:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Manter o fluxo das discussões
Estimular
Fazer perguntas
Prover informações
Observar e analisar
Dar feedback
Manter uma boa dinâmica de grupo
A FUNÇÃO DO COORDENADOR, DO RELATOR E DOS
OUTROS MEMBROS DO GRUPO TUTORIAL E SUA RELAÇÃO
COM O FACILITADOR
Devem ser escolhidos no grupo um coordenador e um relator.
 Papel do coordenador:
• Participar da organização e preparação do grupo tutorial;
• Conduzir o grupo na sequência dos sete passos durante a
análise e resolução do problema;
• Guiar o processo de confrontação de idéias;
• Sumarizar as discussões;
 Papel do coordenador:
• Tentar assegurar o alcance do consenso;
• Fazer perguntas e sistematizar conclusões;
• Estimular a participação de todos;
• Participar das discussões;
• Concluir os encontros de análise e resolução do problema.
 Papel do relator no grupo tutorial
• Fazer anotações dos pontos relevantes das discussões;
• Participar das discussões;
• Prover os membros do grupo de relatório da análise e
resolução do problema.
 Papel dos membros do grupo no grupo tutorial
• Participar das discussões, observando cada passo do PBL;
• Tomar notas, fazer esquemas e diagramas;
• Prover informações e esclarecimentos;
• Sumarizar;
• Ouvir ativamente;
• Dar, solicitar e receber feedback.
Facilitador da
apredizagem
Mentor
Facilitador
Avaliador do
estudante
Avaliador
do curso
Avaliador
Planejador
Planejador
do currículo
Organizador
do curso
No serviço
Modelo
Provedor de
informações
“Elaborador” de recursos
Produtor de
material didático
No ensino
Dar aula
Ensino clínico e
prático
Produtor de guias
de estudo
A NATUREZA DO TRABALHO DO FACILITADOR
• PBL:
- Ensino = Técnicas Especializadas + Julgamento
- Facilitador = Profissão + Arte
* Currículo (desenho, execução e avaliação )
- Administrador = Assegurar Recursos, Estimular e Encorajar
O QUE FAZ UM FACILITADOR SER EFETIVO?
• Grau de expertise
 Barrows (1992)
- Condições Ideais : * Facilitador = expert
- Condições Habituais: * 100 alunos : 8 a 20 facilitadores
* Insegurança e constrangimentos de não expert
•
•
•
•
Currículos com objetivos claros para alunos e facilitadores;
Recursos de Aprendizagem (textos, artigos, livros);
Guia do Facilitador;
Acesso a especialistas das áreas de estudo;
O QUE FAZ UM FACILITADOR SER EFETIVO?
• Problemas:
- Facilitadores não expert temem não detectar o retorno do
aprendizado dos estudantes
• Soluções:
- Manter e estimular os estudantes envolvidos no processo
de ensino – aprendizagem
- Elaboração e fundamentação das idéias expostas pelos
estudantes
O QUE FAZ UM FACILITADOR SER EFETIVO?
• Grau de expertise
 Schidt & Moust (1995)
- Facilitador = 3 qualidades
* Razoável conhecimento sobre o tema
* Disponibilidade para envolvimento autêntico (congruência social)
* Habilidade de expressão inteligível (congruência cognitiva)
As qualidades interagem entre si e com os elementos do PBL
•
•
•
•
Pequenos grupos
Tempo de estudo individual
Desempenho do estudante (academic achievement)
Alto nível de estruturação da unidade do currículo
Congruência
Social
Uso da
expertise
Congruência
Cognitiva
Funcionamento do
grupo tutorial
Tempo de estudo
individual
Desempenho acadêmico
do estudante
Interesse intrínseco
na matéria em
estudo
O QUE FAZ UM FACILITADOR SER EFETIVO?
• Grau de expertise
 ESP/CE
- Facilitadores não expert no tema estudado
- Ex: Curso de Especialização em Saúde da Família = médicos e
enfermeiros
80 alunos : 8 facilitadores
(4 enfermeiras, 3 médicos – 1 pediatra, 1 médico da família,
1 ginecologista-obstetra, 1 assistente social )
- Ausência de avaliação sistemática e criteriosa sobre a influência do
grau de expertise dos facilitadores e a performance dos alunos
- Seminários, oficinas, planejamento, desenho e avaliação do currículo
CONCLUSÃO
• Facilitador no PBL
-
Servir de suporte para que o estudante construa seu próprio conhecimento;
-
Estimular o pensamento crítico e o auto-aprendizado entre os estudantes
pela orientação em nível de metaconhecimento ou metacognição;
-
Intuição, criatividade, improviso e expressividade;
-
Não necessariamente ser expert no tema estudado, mas ter três qualidades:
razoável conhecimento, congruência social, congruência cognitiva;
-
Processo de capacitação que desenvolva estas habilidades, criando
ambiente de aprendizagem informal, para que os estudantes fiquem livres
para troca de experiências com seus colegas e com o próprio facilitador.
Lee Shulman: "O Aprendizagem Baseada em Problemas
(ABP) requer que os estudantes assumam os riscos de
expor suas opiniões e ideias"
Daniela Ingui. Labjor ComCiência. Lee Shulman, professor emérito da
Stanford University e da Carnegie Fundation for Advancement of Teaching é
especialista em formação de professores, avaliação do ensino e da
educação nas áreas da medicina, ciência e matemática. Mas o intelectual é
principalmente conhecido pela teoria do conhecimento pedagógico do
conteúdo. Nesta entrevista, Shulman explica como o ABP e a evolução do
conhecimento pedagógico dos professores pode contribuir para a formação
de profissionais mais bem preparados para os atuais desafios do mercado de
trabalho.
Outro domínio importante de sua pesquisa é o conhecimento pedagógico do conteúdo (do
inglês, Pedagogical Content Knowledge – PBK). O que seria exatamente isso?
Shulman - Quando era professor de psicologia educacional e educação médica na Universidade de
Michigan, eu estudei por quase dez anos o pensamento e conhecimento de médicos. Ficou claro
para mim que os médicos ganhavam uma boa quantidade de conhecimento a partir de suas
práticas e me pareceu óbvio pensar que isso também deveria ser verdade para os professores.
Quando nós somos requisitados para explicar o que sabemos aos outros, certamente
aprendemos a entender melhor nossas disciplinas. Muitas das boas ideias vêm de nossas
experiências de ensino. É a “sabedoria da prática”, como sugere o título de um dos meus livros
(The wisdom of practice: essays on teaching, learning, and learning to teach). Mas, além disso, há
também uma evolução no entendimento quanto aos modos de ensino capazes de transmitir o
conteúdo da forma mais compreensível possível para os outros. Era preciso pesquisar sobre
como os professores pensam e compreendem, tal como a razão de suas principais ideias,
conceitos e princípios acerca dos diferentes assuntos que ensinam. E é essa ênfase dada ao
conhecimento que sustenta o estudo sobre o conhecimento pedagógico do conteúdo, que se tornou
aspecto central de minhas teorias.
Se o PCK é adquirido com a experiência de ensino, como se pode explicar a existência de
professores de longa data cuja didática deixa a desejar?
Shulman - É claro que professores excelentes podem desenvolver o PCK apenas através de suas
práticas de ensino, mas a experiência não é garantia para o desenvolvimento profundo do PCK . Os
professores devem ser propositadamente ensinados a enxergar como ideias complexas de sua
área do conhecimento podem ser representadas de forma que os estudantes compreendam
melhor. E para termos um conhecimento pedagógico do conteúdo, temos que entender o que faz
algumas ideias serem de difícil compreensão e que tipos de exemplos, analogias e problemas
podem torná-las mais claras para os alunos. Uma preparação efetiva do professor, que o permita
desenvolver o PCK , certamente proporcionará um valioso começo em sua trajetória de ensino. É como
dizemos, alguns professores têm 20 anos de experiência, outros têm apenas um ano de experiência
que eles repetem vinte vezes. Essa é a razão de vermos tanto professores jovens e ótimos, como
professores antigos e péssimos. No ensino superior, por exemplo, os professores são mais
treinados a fazer pesquisa do que a ensinar, quando a primeira e mais importante responsabilidade
de um professor universitário é justamente ensinar os estudantes que fazem parte da universidade. Isso
frequentemente acarreta em péssimos professores e em alunos desinteressados por suas matérias.
É possível traçar uma conexão entre o conhecimento pedagógico do conteúdo e a
aprendizagem baseada em problemas?
Shulman - O PCK é o que distingue um professor excelente ou um profissional de determinada
área de alguém que apenas sabe a própria disciplina. É o que distingue um excelente biólogo de
um ótimo professor de biologia, uma vez que mais do que simplesmente conhecer sua disciplina ele
também entende como transformar seu conhecimento em experiências que irão dar suporte ao
aprendizado dos alunos. Nesse sentido, o ensino baseado no ABP requer uma forma de
conhecimento pedagógico do conteúdo porque o ensino baseado em problemas transforma a
compreensão da disciplina em formas destinadas a estimular, engajar e aprofundar a aprendizagem e
compreensão do aluno. Engajar e motivar estudantes, guiando-os para enxergar as conexões
entre as categorias das disciplinas e os reais problemas no mundo são aspectos do
conhecimento pedagógico do conteúdo em professores.
SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE DESENVOLVIMENTO DE DOCENTES – São Paulo, 2010
Autor: Fernanda Fava, jornalista
Fonte: Estadão.Edu (11/02/2010)
Lee Shulman falou sobre assuntos que deveriam ser essenciais para educadores: como
relacionar a teoria e a prática, como motivar o pensamento crítico e questionador na escola,
como preparar o aluno para reagir frente ao inesperado, à incerteza. De acordo com o especialista,
doses controladas de rotina e improvisação fazem toda a diferença. Enquanto a maioria das
carreiras universitárias afirma certezas e comportamentos esperados aos estudantes, uma forma de
controlar o mundo, lá fora, na vivência do mercado, o mundo nos engana o tempo inteiro, mostrando as
incertezas e as surpresas do dia-a-dia.
"A experiência original de Alexander Fleming não deu certo, mas ele estava preparado para
a surpresa", lembra Shulman. "E foi assim que ele descobriu a penicilina. A oportunidade favorece as
mentes preparadas." Por isso, segundo o pesquisador, a função do docente é fazer seus alunos
enxergarem as situações como oportunidades e não como desastres.
A criação de uma rotina, afirma o professor, é um passo muito importante. Antes de
ensinar para a incerteza, é preciso criar um dia-a-dia regular para os alunos. A ideia é que eles
criem "hábitos de mente e do coração", diz, se referindo à forma de pensar, aos julgamentos e aos
valores éticos.
"E isso só se faz pela repetição. Por isso, o primeiro ano da faculdade é o mais difícil de todos, porque
é preciso introduzir os modelos mentais que guiarão os alunos para o resto do curso", explica
Shulman. Por causa disso, o especialista acha fundamental que os melhores professores deem aulas
no primeiro ano e não sejam deixados para o final, como acontece na maior parte das universidades.
O DESAFIO DA FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DOS
PROFESSORES NA APRENDIZAGEM BASEADA EM
PROBLEMAS DO CURSO DE MEDICINA DA PUCPR
Mestrado em Educação – PUCPR – Curitiba – 2005
Victor Horácio de Souza Costa Jr.
Aprendizagem da docência: os professores colocam
seus anseios e suas experiências na vivência docente
• Foram convidados 155 professores ( médicos)  15 docentes incluídos
• Idade: 30 -58 anos
• 8 ♀ 12 ♂
• Todos especialistas ( pediatra, cirurgião geral, hematologista,
epidemiologista, ginecologista, dermatologista)
•Carga horária: 8- 24 horas /semana
Quais as facilidades/dificuldades que encontrou como professor dentro da
metodologia ABP?
Dificuldades: falta de formação pedagógica (“ Aprendi a ser docente na
prática, experimentando...”); dúvidas sobre o método; “choque cultural”;
falta de tempo para aprender o método ( “o que conta para a instituição são
as publicações científicas”); necessidade de conhecimento de várias
disciplinas.
Facilidades: já tinham formação em Metodologia do ensino Superior ou
mestrado em educação especial.
Vantagens: melhor avaliação dos alunos; melhor integração com a prática
médica; desenvolve o “ raciocínio médico”; maior motivação dos alunos;
maior interação entra as disciplinas; contextualiza a teoria; estimula o hábito
da educação continuada; “formação do médico como um todo”; estimula o
professor a se atualizar.
O Papel Do Professor No Processo
Ensino - Aprendizagem Face Das
Continuas E Rápidas Mudanças Advindas
No Decorrer Do Séc. Xxi
http://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/o-papel-do-professorno-processo-ensino-aprendizagem-face-das-continuas-e-rapidasmudancas-advindas-no-decorrer-do-sec-xxi-385590.html
Publicado em: 12/04/2008
O papel do professor no processo ensino - aprendizagem face das continuas e
rápidas mudanças advindas no decorrer do séc. XXI.
As informações nos chegam, hoje, rapidamente e o que antes demorava uma
década para mudar, nos dias atuais ocorre da noite para o dia.
Dessa forma e diante da quantidade de informações e da facilidade de acesso
a estas, deve o professor conduzir o aluno de forma que possa o aprendizado ser
mútuo e repleto de paixão: A paixão faz parte da vida... a vida é uma paixão
eterna. Aprender é uma constante e ensinar uma dádiva.
O professor deve “traduzir” os ensinamentos de forma que o aluno se sinta
dentro de uma inesquecível “viagem” e dessa forma possa assegurar a
produtividade do ensinamento.
A secura e distanciamento entre professor e aluno devem dar lugar a uma relação de carinho e
proximidade. Uma proximidade tal que aluno seja levado a querer aprender. A desejar sempre
mais e que o educador sinta-se como um elemento de importância fundamental na vida daquele
aluno que levará para sempre os ensinamentos adquiridos.
Os docentes devem ser preparados para a arte do ensinar. Não basta ser um bom pesquisador,
necessário se faz que seja, também, um bom transmissor de conhecimentos.
Ocorre que ao ensino médio é exigida formação especifica para ministrar aulas, enquanto para
o ensino superior não há tal exigência, fato este que deve ser mudado, uma vez que para
transmitir conhecimentos não basta apenas tê-los... mais que isso o educador deve ter a
formação necessária para tal.
Existem profissionais extremamente habilitados para militar em suas respectivas áreas e ainda
munidos de profundo conhecimento, entretanto limitados quando o assunto é transmitir seus
conhecimentos.
Enfim, o professor deve ser um aliado na construção do indivíduo - aluno- e não, simplesmente,
um transmissor de disciplinas. O professor deve ainda estar apto as contínuas mudanças de
nosso dia–a-dia.
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o papel e as características do professor