Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT Ousodaliteraturainfantilnoensinode
ciênciasnaeducaçãoinfantil
Márcia Maria King Rabe Siumara Apª de Lima Marcia Regina Carletto Resumo O presente artigo traz uma reflexão sobre o uso da literatura infantil no ensino de ciências na educação infantil. A proposta é apresentar algumas situações que envolvem o ensino de ciências na prática de sala de aula e apontar questões em que a literatura infantil pode estar presente e pode ser utilizada, não apenas como pretexto para se ensinar um conteúdo, mas como parte integrante da disciplina de ciências. Ainda, no presente artigo é possível observar algumas reflexões sobre a formação do leitor e sobre a importância da leitura em qualquer modalidade de ensino, dado ao fato que o uso de livros de histórias requer uma postura de leitor, de formação e de interesse do indivíduo. Palavras‐chave: literatura infantil, ensino de ciências, formação do leitor II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN:2178‐6135 Artigo número: 153 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT Abstract The use of children's literature in science education in kindergarten This article reflects on the use of children's literature in teaching science in elementary education. The proposal is to present some situations that involve the teaching of science in the practice of the classroom and point out issues that children's literature may be present and can be used not only as a pretext to teach content, but as part of the discipline science. Still, in this article you can see some reflections on the formation of the reader and the importance of reading in any mode of teaching, given the fact that the use of storybooks requires a posture of reader training and interest of the individual. Keywords: children’s literature, teaching of science, formation of the reader II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN:2178‐6135 Artigo número: 153 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT Introdução
O ensino de ciências na educação infantil vem ganhando destaque nos dias atuais. Entretanto, é observável que em algumas instituições, principalmente, as que trabalham com a etapa seguinte à educação infantil, o ensino fundamental, o ensino de ciências está direcionado a idas em laboratórios, a elaboração de questionários e a trabalhar com textos fornecidos pelo livro didático ou pelo próprio professor, tirados da “internet” no formato de texto informativo conforme o conteúdo a ser trabalhado. Tanto o trabalho em laboratório, quanto o trabalho com textos de livros didáticos ou pesquisados em internet tem o seu lado positivo, entretanto é preciso ir além dessas práticas de ensino, é preciso fazer com que o aluno se sinta parte integrante do processo ensino‐
aprendizagem. Campos (2008) considera que os professores planejam suas aulas munindo‐se de instrumentais didáticos que o ajudam a realizar a sua prática, tendo assim como grande desafio escolher materiais de apoio cuja qualidade seja menos questionada. Tendo a educação infantil como base da pesquisa, torna‐se imprescindível destacar alguns pontos desta etapa do ensino. A educação infantil é a base na carreira escolar do indivíduo. É nesta etapa que muitos conhecimentos são adquiridos com mais facilidade e conceitos são formados. Sendo assim, é preciso investir em práticas de ensino que ultrapassem a sala de aula, que passem a fazer parte da vida do ser humano. Diante desta afirmação, é positivo destacar que o ensino de ciências na educação infantil vem ganhando espaço e que a maneira como o trabalho nesta etapa de ensino acontece pode influenciar positivamente a atuação do aluno na etapa seguinte a da educação infantil. Desde os tempos mais remotos a literatura infantil faz parte do cotidiano infantil, esta confirmação surge da premissa de que os maiores escritores de clássicos infantis são de séculos anteriores a este, por exemplo, Irmãos Grimm (1811), La Fontaine (1684), Monteiro Lobato (1948) considerado um dos mais influentes escritores brasileiros. Sem falar no aumento das produções e autores nos dias atuais. Outra situação que é destaque na área educacional é sobre a importância da formação do leitor, esta formação está intimamente ligada à literatura infantil, ao fato de que a criança está em contato direto com livros e com narrativas de histórias. E é diante destas reflexões que este artigo pretende caminhar. Refletir sobre o ensino de ciências na educação infantil, apresentar alguns exemplos sobre como este trabalho acontece. II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN:2178‐6135 Artigo número: 153 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT Mostrar que livros de história podem ser utilizados no ensino de ciências, não apenas como incentivação para se trabalhar um conteúdo, mas sim, como parte integrante da disciplina. A proposta principal é destacar que os momentos de narrativas de livros de histórias vão além das aulas de literatura, que fazem parte da educação de uma maneira global. O artigo será dividido em tópicos, estabelecendo alguns eixos a serem apresentados. No primeiro eixo a discussão é sobre o ensino de ciências, como este vem acontecendo, como as atividades são organizadas e desenvolvidas. O segundo eixo traz uma reflexão sobre a importância da leitura e da literatura no cotidiano escolar. O terceiro eixo é a finalização do artigo dando pistas de como literatura infantil e ensino de ciências podem estar atrelados. Oensinodeciênciasnaeducaçãoinfantil O fato do ensino de ciências estar ganhando mais destaque na educação infantil faz‐se necessário refletir sobre o assunto, é necessário buscar novos conhecimentos, atualizar conceitos para que o aluno seja beneficiado com isso. Professores estão buscando este conhecimento, esta atualização. Tem‐se consciência de que a criança pequena é um ser em constante desenvolvimento. Na educação infantil, o ensino de ciências aparece nos Referenciais Curriculares Nacionais de Educação Infantil (RCNEIs), intitulado como natureza e sociedade. Entretanto, em algumas situações o trabalho é realizado sem a devida reflexão. Se o professor tiver consciência de tudo que pode trabalhar e tudo que desenvolve na criança diante dessa área de conhecimentos, o aproveitamento será maior e de muito mais riqueza. Para Santana (2008) o ensino de Ciências Naturais ajuda a criança desenvolver, de maneira lógica e racional, facilitando o desenvolvimento de sua razão para os fatos do cotidiano e a resolução dos problemas práticos. A Academia Brasileira de Ciências elaborou um documento em 2007 que fala claramente sobre o ensino de ciências na educação infantil, ele diz que antes de iniciar o ensino de ciências na educação fundamental, este deve estar voltado para a estimulação do desenvolvimento da curiosidade natural, da criatividade, que as crianças aprendam a formular hipóteses, II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN:2178‐6135 Artigo número: 153 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT experimentar e verificar suas conclusões. E essa situação é viável na educação infantil, desenvolver essas habilidades faz parte do cotidiano dessa etapa de ensino. Cabe assim, ao educador, ter consciência dessa condição e aproveitá‐la ao máximo. Garantindo um aprendizado de qualidade e com resultados futuros positivos. Para Linsingen (2009) é imprescindível, um ensino de ciências que prepare o cidadão para compreender os mais amplos significados e implicações da Ciência, sua natureza, suas limitações, seus potenciais dentro da sociedade. Faz‐se necessário falar sobre as práticas que são desenvolvidas sobre o como ensinar ciências na educação infantil buscando refletir sobre sua eficácia ou não. Uma prática comum observada no trabalho na educação infantil é a roda de conversa, que Scarpa (2000) apresenta em sua pesquisa, como sendo um recurso didático, uma ferramenta, que pode e deve ser trabalhado também no ensino de ciências e ganha o nome de roda de ciências. Na roda de ciências a professoras e os alunos sentam em círculo e discutem um tema previamente selecionado. É através da roda de ciências que a criança expõe os seus conhecimentos, levanta hipóteses e juntos chegam a um acordo de como o trabalho acontecerá, quais experimentos serão aplicados, enfim, a professora faz uma sondagem dos conhecimentos prévios da turma e direciona o seu trabalho. Neste momento o grupo está interagindo, trocando experiências, enriquecendo o grupo e a si mesmo. Ferreira (2009) levanta o fato de não só olhar para o individuo, mas para o grupo como um todo: “Ressalto a necessidade de olhar e analisar não só para o indivíduo, mas a questão de como o grupo pode ter uma identidade e o seu poder de cooperação, afetividade e respostas dentro das atividades de sensibilização, pois, a presença em todas as práticas educativas, da reflexão sobre as relações dos seres entre si, do ser humano com ele mesmo e do ser humano com seus semelhantes é condição imprescindível para que a Educação Ambiental ocorra. Esta importante análise durante o diagnóstico auxilia e será fundamental na montagem de práticas que atendam o grupo, o público participante e que obtenham resultados satisfatórios.” (FERREIRA, p.2, 2009) O autor ressalta ainda, que é preciso trabalhar com a formação de conceitos, que a recreação no ensino de ciências é positiva, entretanto o momento é propicio para fazer a inter‐
relação entre o mundo científico e o lúdico, pois sem sensibilização e sem o desenvolvimento da II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN:2178‐6135 Artigo número: 153 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT percepção é impossível abordar certos assuntos. Fica claro assim, que a roda de ciências é uma ferramenta didática e que pode gerar outras atividades como as citadas acima, a recreação, o lúdico e as inter‐relações com o científico. Outra sugestão de trabalho observada na análise de projetos, artigos, teses e dissertações que tratam do assunto é o trabalho com projetos. O trabalho com projetos traz um direcionamento de atividades e propostas aonde se quer chegar, qual objetivo pretende‐se atingir. É possível, através do trabalho por projetos propor um trabalho interdisciplinar. Ainda em Ferreira (2009) é possível perceber que o trabalho a partir de projeto traça uma linha de trabalho integrado agregando um objeto de conhecimento, um projeto de investigação, um plano de intervenção para se ter um melhor aproveitamento das atividades de sensibilização ambiental. Conclui‐se que, na visão do autor, esses são os passos para a elaboração de um projeto. Enfim, percebe‐se que o ensino de ciências vem tomando lugar de destaque entre alguns pesquisadores interessados em melhorar a prática pedagógica, tanto sua, quanto a de alguns professores que, contradizendo as práticas de que não trabalham adequadamente ciências, estão buscando refletir sobre o trabalho em sala de aula e procurando alternativas que contribuam para isso. É possível perceber, ainda que sempre que se quer trabalhar com o ensino de ciências é preciso partir da realidade dos interessados, as questões mais trabalhadas envolvem a água, os rios, a poluição, o desmatamento, a sustentabilidade, a biodiversidade. Cabe ao professor ter a habilidade de transportar essas questões para a realidade do aluno, só assim alguma reflexão acerca de um assunto surtirá efeito positivo. Quando o professor ensina ciências aos pequenos está ajudando‐os a entender o mundo a sua volta. E uma das práticas mais atrativas na educação infantil é a desenvolvida a partir da utilização de livros de histórias, da literatura infantil. Sendo assim o próximo item a ser apresentado neste artigo diz respeito à importância da leitura e do ato de ler em todas as modalidades de ensino e não só a de língua portuguesa. II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN:2178‐6135 Artigo número: 153 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT A importância da leitura em todas as modalidades de
ensino
O ato de ler faz parte da vida do ser humano desde o seu primeiro sopro de vida. A mãe, na tentativa de se aproximar ainda mais de seu filho, propicia momentos de leitura de livros de narrativas infantis. A leitura aproxima os dois de maneira íntima, Silva (2005) lembra que a oralidade é o universo de referencia da escrita, ou seja, é o início do processo de letramento. McGuinness (2006) enfatiza que para se tornar um bom leitor é preciso ter um bom desenvolvimento da capacidade linguística durante os primeiros anos de vida, esta capacidade se desenvolve a partir desta relação entre mãe e filho através da leitura, o adulto acaba por estabelecer um diálogo entre o livro e a criança, a mesma autora propõe ainda que uma criança com boa capacidade linguística está a meio caminho de se tornar um adulto altamente letrado, no sentido real do termo. A partir dos primeiros contatos com qualquer tipo de leitura o ser humano nunca mais deixa de fazer parte de um ambiente letrado. É muito relativo quando alguém diz que não gosta de ler, é preciso especificar qual tipo de leitura que não gosta, ou melhor, com o qual gênero literário não se identifica. A leitura apresenta‐se em todo o contexto do cotidiano, jornal, revista, gibi, e‐mail, revista eletrônica e em todos os ambientes, supermercados, farmácias, igrejas, padarias, enfim, não há como fugir. Para Silva (2005) o ato de ler inicia‐se quando um sujeito, através da sua percepção, toma consciência de escritos existentes no mundo. Daí a importância do papel da escola como alfabetizadora inclusive como formadora de indivíduos letrados. Muitos autores como Silva (2005) defendem a idéia de que hoje, a escola, através da alfabetização, deveria ensinar uma nova forma de ler. Diante destas colocações, a leitura se torna imprescindível, também, na disciplina de ciências, a leitura interpretativa, a leitura de conceitos, a leitura que leva à reflexão, a análise e à aquisição de novos conhecimentos. É possível desde a educação infantil trabalhar com este tipo de leitura. Cabe ao professor desenvolver estas habilidades, para tanto, este será o mediador entre a leitura do livro e o aluno que ainda não domina o código escrito. Sendo assim, é fundamental que o professor tenha domínio dos conteúdos expressos em um livro. II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN:2178‐6135 Artigo número: 153 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT Ao se trabalhar com propostas de incentivo à leitura, ao se propor que seja desenvolvido o ato de ler na criança, que fique bem claro que não é uma proposta de alfabetizar e sim, de letramento, pois a proposta de letramento é que se trabalhe com a criança a leitura de mundo e de situações, sem exatamente trabalhar com a decodificação do código escrito. Enfim, o ato de ler é uma necessidade concreta para a aquisição de significados e, consequentemente, de experiência nas sociedades onde a escrita se faz presente. (SILVA, 2005) Após estas colocações, tanto sobre o ensino de ciências quanto sobre a importância da leitura, ambos na educação infantil, o texto caminha buscando realizar o entrelaçamento destas duas práticas de ensino, a utilização de livros de literatura no ensino de ciências. Entrelaçandoliteraturainfantileoensinodeciências
O trabalho na educação infantil tem como proposta desenvolver as potencialidades do indivíduo contemplando o seu desenvolvimento global e a garantia da construção de conceitos e de aquisição de conhecimentos. Sem deixar de respeitar o que é principal na faixa etária de quatro a cinco anos, o lúdico, as brincadeiras, o mundo da fantasia, o imaginário. Isto está previsto nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Diante disso, quando se pensa no trabalho com ciências é preciso prever que não seja um trabalho como no ensino fundamental, trabalho este citado no início do artigo, visto que tudo tem seu tempo para acontecer. Para tornar as aulas de ciências ainda mais atrativas, a sugestão é que se trabalhe com livros de literatura infantil, livros estes que se observados com cuidado podem trazer conteúdos que se pretende trabalhar na disciplina. Por exemplo, Linsingen (2009) apresenta um trabalho com a coleção Lele da Cuca, de Jackie Robb Karen Ducan, a qual apresenta vários títulos, entre eles a história da aranha, a história da ameba, a história do plâncton, a história do morcego, demonstrando as classificações de certos animais que são atribuídas durante o desenrolar da história. Simplificando, muitos livros infantis contam histórias sobre animais, plantas, meio ambiente. Histórias de animais podem ser classificadas como animais humanizados e não‐
humanizados. Humanizados são aqueles que têm vida parecida com a dos seres humanos, tem casas, usam roupas, andam sobre duas patas e se comportam como humanos, citando como II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN:2178‐6135 Artigo número: 153 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT exemplo, Cachinhos Dourados e os Três Ursos de Robert Southey. Não‐humanizados são aqueles cujo enredo da história gira em torno do cotidiano da vida animal, comer, caçar, viver na floresta. A partir deste contexto é possível perceber que o livro e a história não servem apenas como incentivação para uma aula de ciências, o conteúdo está inserido no contexto do livro. Muitas outras atividades podem e devem ser trabalhadas a partir desta situação, bem como outros conteúdos a serem aplicados. Campos (2008) explica que é preciso entender que a ciência é viva, e esse é um dos pontos mais importantes para se conceber o estudo de ciência como um instrumento ativo na vida do aluno. Cabe ao professor buscar livros de histórias e localizar neles os conteúdos a serem desenvolvidos, ao contrário do que se pensa, este artigo não traz a receita pronta, ele aponta caminhos a serem seguidos e o lado positivo desta junção e lança o desafio ao professor, o de buscar, de conhecer, de pesquisar e implantar esta prática pedagógica em suas atividades. Consideraçõesfinais
Ao concluir este artigo é pertinente fazer uso das palavras de Franco (2002) o qual diz que, este não é um estudo que possa encerrar‐se em si mesmo, mas que pretende provocar os leitores a novas reflexões sobre o tema, de extrema importância para a educação infantil. Após a análise dos três eixos, o ensino de ciência, a importância da leitura a partir da literatura infantil e a junção da literatura infantil e o ensino de ciências, conclui‐se que a disciplina de ciências pode caminhar sozinha dentro de suas próprias práticas, algumas citadas no decorrer do artigo. A mesma situação acontece com a literatura infantil e propostas de incentivo à leitura, esta pode ser utilizada apenas em sua área. Entretanto, o presente artigo buscou mostrar que ao realizar um trabalho com a união da literatura infantil e o ensino de ciências todos tem a ganhar professores e alunos. Pois o que se pretende com um trabalho assim é levar o leitor e educador a refletir sobre o tema e sua prática em sala de aula, que recursos existem, o que precisa é que se esteja disposto a utilizá‐los tendo a certeza que inovações dão trabalho, mas que em um determinado momento do cotidiano escolar valem à pena. II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN:2178‐6135 Artigo número: 153 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT Referências
BRASIL. MEC. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais (1ª a 4ª série). Brasília: MEC/SEF, 1997, 10 volumes. CAMPOS, Angela Fernandes. Ciclo do Nitrogênio: abordagem em livros didáticos de ciências do ensino fundamental. Investigações em Ensino de Ciências. UFRP, v. 13(1), 2008
FERREIRA, Adhemar G. Educação Ambiental na Educação Infantil. VI Ibero Americano de Educação Ambiental, 2009. Disponível em www.6iberoea.ambiente.gov FRANCO, Márcia E. Wilke. Compreendendo a infância. Porto Alegre: Mediação, 2002 LINSINGEN, Luana Von. A literatura infanto‐juvenil e o ensino de ciências: uma relação possível. UFSC. Anais do 4º seminário de Literatura Infantil e Juvenil. Santa Catarina, 2009 McGUINNESS, Diane. Cultivando um leitor desde o berço: a trajetória de seu filho da linguagem à alfabetização. Tradução: Rafaela Ventura. Rio de Janeiro, Record, 2006. SANTANA, Antônio C.D. de. SANTOS, Patrício da N. ABÌLIO, Francisco J.P. O ensino de ciências na educação infantil e ensino fundamental: projeto de monitoria no curso de pedagogia da UFPB. X Encontro de Iniciação a docência. Universidade Federal de Pernambuco, Pernambuco, 2008. SILVA, Ezequiel Theodoro da. O ato de ler: fundamentos psicólogicos para uma nova pedagogia da leitura. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
Siumara Apª de Lima. Profª Drª Siumara Aparecida de Lima é professora de Língua Portuguesa e Literatura. Doutora em Letras. Professora do Programa de Pós‐Graduação em Educação, Ciência e Tecnológica da UTFPR – Campus Ponta Grossa. [email protected] Marcia Regina Carletto. Profª Drª Márcia Regina Carletto é docente do Programa de Pós‐
Graduação Em Ensino de Ciência e Tecnologia da UTFPR – Campus Ponta Grossa. [email protected] II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN:2178‐6135 Artigo número: 153 
Download

Título: O uso da literatura infantil no ensino de ciências na educação