Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT Higienebucalecorporal:apráxispedagógicano
ensinodeCiênciasnassériesiniciais
Daryane Lucas Rostirolla
Resumo Este artigo tem como objetivo investigar as concepções sobre práxis pedagógica no ensino e na aprendizagem de Ciências nas séries iniciais, com ênfase em higiene bucal e corporal. Assim, tal análise trata da necessidade de conscientização não somente das crianças, mas também dos pais quanto à importância do assunto. Para o presente estudo utilizamos análises bibliográficas, práticas em sala de aula e questionários aplicados aos pais e alunos de uma Escola Municipal de Ensino Fundamental I da cidade de Guarapuava – Paraná. Os resultados da pesquisa mostram que a práxis pedagógica evidencia‐se como essencial para o desenvolvimento de atividades em sala, gerando maior compreensão e aceitação por parte dos alunos. Além disso, percebemos a satisfação dos pais nos que diz respeito aos hábitos de higiene de seus filhos. Por fim, essa pesquisa sugere a criação de oportunidades para o diálogo sobre o tema, aprofundando ainda mais a questão da práxis pedagógica. Palavras‐chave: higiene bucal e corporal, práxis pedagógica, séries iniciais. Abstract Oral hygiene and body: the pedagogical practice in science teaching in early grades This article aims to investigate the conceptions of pedagogical practice in II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178‐6135 Artigo número: 150 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT teaching and learning of science in the early grades, with emphasis on oral hygiene and body. Thus, this analysis addresses the need for awareness not only of children but also parents about the importance of the subject. For the present study used analysis literature, practices in the classroom and questionnaires to parents and students in a School Hall Elementary School City Guarapuava ‐ Paraná. The survey results show that the pedagogical praxis is evident as essential to the development of classroom activities, generating greater understanding and acceptance among students. Moreover, we realize the satisfaction of parents in regard to hygiene habits of their children. Finally, this research suggests the creation of opportunities for dialogue on the issue and further develop the issue of pedagogical praxis. Keywords: Oral hygiene and Body, pedagogical praxis, initial series II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178‐6135 Artigo número: 150 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT Introdução
As escolas enfrentam atualmente grandes desafios, ou seja, oferecer um ensino científico de qualidade aos seus alunos e uma educação que ultrapasse as barreiras da mídia, despertando interesse e atenção dos discentes. O tema, ensino de Ciências, nas séries iniciais do Ensino Fundamental, ainda que algumas vezes pouco explorado está presente no Brasil por meio de estudos realizados na área. Nas escolas tal assunto é evidenciado como base para a formação de cidadãos críticos. Percebemos então a necessidade de professores comprometidos com essa formação, os quais possam proporcionar a seus educandos conhecimentos que os ajudem a pensar de maneira lógica. Dentro do ensino de Ciências nas séries iniciais, é indispensável a conscientização dos alunos e pais sobre os cuidados com o corpo especialmente com a boca; Sendo assim, cabe ao docente enriquecer suas aulas de forma que focalize conteúdos de higiene bucal e corporal, os quais são alicerces para uma vida saudável. Esse trabalho pretende explanar como ocorre o desenvolvimento da práxis pedagógica dentro da sala de aula, a finalidade e a importância da mesma na vida dos alunos, além de analisar a aplicação do tópico higiene bucal e corporal em uma turma de 1° ano do Ensino Fundamental I, de uma Escola Municipal da cidade de Guarapuava – Paraná. Diante disso, e para eficácia dessa pesquisa utilizamos entrevistas com as crianças; e aos pais aplicamos questionários, sendo que esses também serviram como uma orientação quanto ao papel que eles exercem na formação de seus filhos, bem como, a valorização e o desvelo com o corpo. O assunto foi escolhido devido a sua relevância educacional, pois nos propicia um estudo mais aprofundado sobre a proficuidade do educador em relação à higiene bucal e corporal e aos hábitos necessários para manter o bem‐estar, os quais são essenciais e imprescindíveis tanto no ambiente escolar quanto no familiar. Portanto, o objetivo geral desse artigo é investigar, através de um estudo exploratório em uma turma da Educação Básica, as percepções sobre a pragmática educacional no ensino e na aprendizagem de Ciências nas séries iniciais, principalmente no que diz respeito a prevenções e dicas para manter o corpo em perfeito equilíbrio. A Pesquisa também está pautada nos seguintes objetivos específicos: (a) descrever a abordagem do tema na turma em questão; (b) verificar a aceitação e conscientização das crianças e dos pais quanto aos bons hábitos de higiene; (c) analisar o envolvimento dos alunos quanto ao tema, levando em conta o desenvolvimento da práxis pedagógica. II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178‐6135 Artigo número: 150 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT Assim, tal trabalho divide‐se em etapas: primeiramente discutimos sobre o ensino de Ciências nas séries iniciais, a formação do profissional da educação, a interdisciplinaridade na sala de aula e a influência do tema na vida social dos alunos. Em seguida apresentamos concepções sobre práxis pedagógica, sua valoração e como incide o desenvolvimento da mesma na classe. Ressaltamos que para melhor compreensão e apreciação do objeto em estudo servirmo‐nos de atividades praticadas em sala de aula, além de questionários e entrevistas. E a partir dessas abordagens, ponderamos o papel do professor na aplicação do conteúdo, e a conscientização dos pais e dos alunos quanto à higiene. Por fim, analisamos o empenho e a aceitabilidade de mudanças e inovações no ato de ensinar e aprender de todos os envolvidos nesse processo. Higiene bucal e corporal: aperfeiçoando a práxis
pedagógicaemsaladeaula
A forma de atuação do docente é um fator determinante para a satisfação de seus alunos, visto que nas séries iniciais o educador é a figura polivalente, pois atua em diversas áreas do conhecimento. Essa peculiaridade das séries iniciais em comparação com as séries subsequentes torna o professor responsável pela administração de outras disciplinas e não somente uma matéria específica. Geralmente esses profissionais da educação terminam seu curso de magistério ou licenciatura em Pedagogia sem a formação adequada para ensinar Ciências (Ducatti‐Silva, 2005). Segundo (Bizzo, 2002, p. 65): “No entanto, não seria descabido afirmar que a formação de professores no Brasil dificilmente figura entre as prioridades do sistema universitário, especialmente quando nos referimos ao sistema público. Os professores polivalentes que atuam nas quatro primeiras séries do ensino fundamental têm poucas oportunidades de se aprofundar no conhecimento científico e na metodologia de ensino específica da área, tanto quando sua formação ocorre em cursos de magistério como em cursos de Pedagogia.” A formação do profissional da educação deve ser levada a sério, e não pura e simplesmente uma ocupação, ou algo do gênero. O professor das séries iniciais, como todos os demais docentes, deve ter comprometimento, determinação e propósitos claros e definidos com aquilo que se propôs fazer. II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178‐6135 Artigo número: 150 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT Trabalhar com todas as disciplinas propicia ao professor do Ensino Fundamental I maior autonomia e conhecimento, além de um aspecto privilegiado para a aplicação dos conteúdos, visto que, o mesmo educador ministra as aulas de Língua Portuguesa, Ciências, Matemáticas e etc; e isso concede a ele subsídio da interdisciplinaridade, conforme afirma (Etges, 2000, p. 18): “A interdisciplinaridade, enquanto princípio mediador entre as diferentes disciplinas, não poderá jamais ser elemento de redução a um denominador comum, mas elemento teórico metodológico da diferença e da criatividade. A interdisciplinaridade é o princípio da máxima exploração das potencialidades de cada ciência, da compreensão dos seus limites, mas, acima de tudo, é o princípio da diversidade e da criatividade.” Portanto, para o professor trabalhar interdisciplinarmente é necessário que ele não priorize algumas disciplinas, mas sim, dê a cada uma a devida importância. Nas séries iniciais, o docente muitas vezes primazia a alfabetização e deixa de lado as outras matérias, julgando‐as desnecessárias naquele momento, ignorando que o aluno também necessita aprender a viver saudavelmente e relacionar‐se com o meio do qual faz parte de maneira responsável. A interdisciplinaridade, quando bem planejada constitui‐se numa oportunidade privilegiada para o ensino de todas as áreas, a leitura, por exemplo, deve estar presente no cotidiano escolar; pois através dessa o professor pode explorar diferentes temas, aproveitando também o conhecimento trazido pelos alunos para a sala de aula. Cagliari (1988, p.09) comenta como a leitura diária deve acontecer: “Não ler só histórias, mas também coisas sérias, como uma notícia, um texto científico ou tecnológico, por exemplo, a história de quem inventou a lâmpada, a máquina de escrever, etc. Ler não apenas uma história onde os personagens são animais, mas também texto de zoologia a respeito dos animais.” O conhecimento que os educandos possuem possibilita ao professor desenvolver suas práticas pedagógicas de forma sustentável e dessa maneira torna a aula interessante, produtiva e prazerosa. Para ensinar Ciências devemos partir do dia‐a‐dia da criança, pois quanto mais ela compreender a utilização do conteúdo, e aplicá‐lo de forma significativa mais perceberá que a escola fornece meios para sua vida familiar, escolar e social. Quando procedemos da realidade do aluno, do seu conhecimento prévio, ele se sente motivado a aprender o conhecimento científico. II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178‐6135 Artigo número: 150 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT A ciência está presente diariamente e independente da classe social, portanto podemos dizer que está em tudo, desde a cultura à tecnologia, e, até mesmo no modo de pensar de cada um. Por isso é tão importante principiar daquilo que já se domina para um conhecimento a ser explorado. Pensar, para poder transformar a realidade ou o mundo que nos cerca, tem como pressuposto o conhecimento científico e tecnológico, bem como a realidade social e política onde se está inserido. Ensinar ciências nas séries iniciais proporciona ao aluno aportes para a construção e ampliação do seu universo de informações. Assim sendo, cabe ao professor captar a realidade cotidiana do aluno e ocupar‐se da mesma, integrando‐a aos conhecimentos já adquiridos durante a vida para então chegar ao conhecimento formalizado e significativo (Hambúrguer & Lima, 1989). Para atingir o conhecimento formalizado, não basta somente a teoria, essa deve vir aliada à prática e propiciar ao aluno subsídios para a vida em sociedade, fomentando a autonomia do sujeito; para (Carvalho, et al, 2006, p. 09): “A didática das ciências expressa intrinsecamente uma relação entre teoria e prática. Se essa relação é importante na construção do conhecimento específico, essa mesma relação torna‐se imprescindível ao domínio dos saberes da didática das ciências.” Desse modo é preciso que o professor avalie seu “desempenho” docente, para que sua didática associe ensinamento e aprendizado, levando em conta elementos constitutivos tais como a reflexão e a ação; e ainda para eficácia de tal procedimento o planejamento e a avaliação devem estar reciprocamente relacionados. A práxis então se apresenta como princípio fundamental na formação de indivíduos críticos, reflexivos e independentes. Para tanto, é necessário partir do pressuposto de que a busca da autonomia é própria do ser humano como sujeito que se incomoda com seu por não ser completo e estar em constante aprimoramento, conforme (Charlot, 2000). A práxis também é defendida e explicada por (Freire, 1983, p. 149): “É preciso que fique claro que, por isto mesmo que estamos defendendo a práxis, a teoria do fazer, não estamos propondo nenhuma dicotomia de que resultasse que este fazer se dividisse em uma etapa de reflexão, e outra, de ação. A ação e reflexão e ação se dão simultaneamente.” Percebemos assim, que a unificação de teoria e prática acontece numa relação de unidade. Quando o aluno aprende a refletir sobre sua prática, passa a ter outra ação sobre seus II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178‐6135 Artigo número: 150 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT hábitos e atitudes. O professor dispõe de diversos aparatos para a concretização de sua aula, e para que essa se torne mais atrativa utiliza‐se da práxis pedagógica, atingindo assim os objetivos propostos durante a idealização da aplicação dos conteúdos. A arte de ensinar Ciências nas séries iniciais tem grande relevância na educação, o tema de higiene bucal e corporal, escolhido para esse estudo, mostra a acuidade da aplicação de uma práxis pedagógica. Hábitos de higiene são utilizados em todos os âmbitos, sejam nos escolares ou nos familiares, portanto, imprescindíveis para a vida em sociedade. Os hábitos de higiene bucal e corporal fazem parte da rotina das crianças. Tomar banho, pentear os cabelos, escovar os dentes, lavar as mãos antes das refeições e depois de usar o banheiro, são atividades que elas podem desenvolver sem o auxílio de um adulto. Esse assunto quando abordado na escola proporciona ao aluno maior aproveitamento sobre o mesmo e também serve como um parâmetro para avaliar suas atitudes, bem como transforma seus conhecimentos prévios em conhecimentos científicos. Metodologia
Para o desenvolvimento e realização desse trabalho utilizamos alguns métodos de pesquisa, sendo esses exploratórios, descritivos e qualitativos, os quais se preocupam não somente com o fenômeno dos dados, mas também com a profundidade da pesquisa. Segundo Richardson (1999) citado por Silva, Almeida e Herculano (2003) existem vários instrumentos de coletas de dados. Sendo assim, usamos questionários e entrevistas, como instrumentos de coleta de dados, além das práticas de sala de aula que facilitaram e concretizaram a experiência, tudo funcionando como subsídio para enriquecimento da pesquisa. Selecionamos uma turma de 1º ano do Ensino Fundamental I, a qual dispõe de 26 alunos frequentando; e a escola, situada no centro da cidade já mencionada, conta com uma clientela de classe média. Consideramos no desenvolvimento da pesquisa 26 questionários aplicados aos pais e entrevista semiestruturada com os alunos, bem como atividades executadas em sala de aula e dentro do ambiente escolar. Tais atividades foram realizadas com êxito e merecem destaque, as quais são: “O Dia da Escovação”; “Palestra com profissionais da área da Saúde”; “Gincana Corporal”; “Debate sobre Higiene Bucal e Corporal”, “Mural dos Rótulos”, entre outras. As análises dos questionários tiveram como base a bibliografia consultada, com ênfase nos hábitos de higiene bucal e corporal. Vale salientar que os questionários foram aplicados II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178‐6135 Artigo número: 150 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT durante o mês de maio do ano de 2010 e as práticas de sala de aula desenvolvidas ao longo do segundo bimestre. No que tange à questão de dificuldade da pesquisa, a mesma apresentou‐se sem barreiras ou empecilhos, as crianças colaboraram comprometidamente e os pais foram solícitos e atenciosos, mostrando‐se preocupados e dispostos a contribuírem para com o trabalho. Análise de dados e resultados Na primeira etapa da pesquisa realizamos entrevistas em diferentes momentos e envolvendo os 26 alunos da turma de 1º ano do Ensino Fundamental I. Os alunos estavam bastante interessados pelo tema, foram prestimosos e demonstraram ter um bom conhecimento prévio sobre o assunto. Dos 26 alunos, 20 afirmam que os pais são comprometidos e estão em constante cobrança quanto à higiene. Percebemos que todos os alunos têm bons hábitos de higiene e alta preocupação com os cuidados com o corpo. Os 26 alunos conhecem os produtos utilizados para a higiene bucal, porém apenas 10 usam diariamente o fio dental. Constatamos também que 18 alunos fazem a higiene bucal após cada refeição, mas apenas cinco sabiam que devem escovar os dentes sempre após comer algo, mesmo que seja entre as refeições. Os 26 alunos fazem a higiene corporal todos os dias e conhecem os produtos próprios para a realização da mesma. Quanto às atividades desenvolvidas, as mesmas aconteceram de forma agradável e participativa, verificamos que através da práxis pedagógica o professor pode realizar suas atividades de forma mais atrativa, atingindo seus objetivos no que se refere à aquisição de conhecimento científico. A palestra realizada foi muito interessante, sendo que as crianças participaram atentamente e colaboraram articulando suas ideias e opiniões. O auge da pesquisa foi o debate em sala de aula, onde os alunos mostraram realmente ter aprendido o tema e como usá‐lo de maneira correta em sua vida. O mural de rótulos foi bem produtivo, pois as crianças trouxeram de casa rótulos de produtos de higiene e após a exploração dos mesmos em sala de aula, bem como, a classificação em produtos de higiene bucal e higiene corporal, foi desenvolvido um painel e exposto na escola. A segunda etapa da pesquisa foi desenvolvida com os pais dos alunos. E por meio de questionários aplicados percebermos que a maioria deles têm idade entre 25 e 35 anos, todos trabalham e as crianças ficam com avós ou empregadas. Constatamos através dos 26 questionários respondidos, que sete famílias são constituídas somente por pais e filhos. E 20 pais II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178‐6135 Artigo número: 150 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT declaram ter responsabilidade direta sobre os cuidados de higiene de seus filhos e seis em razão do trabalho destinam essa tarefa a terceiros. Todos demonstram preocupação com os cuidados com o corpo e com os hábitos de higiene. Os pais ainda afirmam dar exemplos para seus filhos, levando‐os a adquirirem bons hábitos de higiene. Relataram também que após as aulas sobre o tema proposto não somente os seus filhos, mas eles mesmos passaram a ter mais comprometimento com a higiene, reforçando no dia‐ a ‐dia os cuidados com o corpo. Além disso, mencionaram que ficou evidente que seus filhos estavam mais motivados a realizar a higiene bucal e corporal após as aulas ministradas. Consideraçõesfinais
Diante dos conceitos e reflexões propostas, observamos que o tema de higiene bucal e corporal, congregado à práxis pedagógica assume uma dimensão bastante significativa. A busca por compreensão e empenho por parte de pais e alunos foi atingida com sucesso, partindo dessa prática. No que se refere à práxis pedagógica, procuramos investigar os possíveis reflexos sobre a prática docente e percebemos a importância da mesma durante a aplicação do tema, tornando as aulas atraentes e expressivas. O assunto teve alto índice de aprovação entre pais e alunos. Os objetivos propostos no início do trabalho foram alcançados de forma surpreendente e satisfatória, ou seja, conscientizamos os pais e alertamos às crianças em relação aos seus hábitos de higiene. Também tivemos êxito no envolvimento dos alunos com a questão proposta, pois os mesmos demonstraram participativos, colaboradores e interessados, visto que reflexão da teoria aliada à prática levou‐os a uma maior compreensão e aceitação do tema escolhido. E com isso permitiu a nós educadores avaliarmos sobre a prática e a mudança de ações que fazem a diferença no contexto escolar e social. Assim, ressaltamos a importância do desenvolvimento da práxis em sala de aula, estendo‐
a também as demais disciplinas. E com a perspectiva de incrementar as discussões e ações no âmbito do ensino de Ciências nas séries iniciais, sugerimos a realização de estudos futuros sobre o tema, com a ampliação das séries envolvidas, não se limitando a apenas uma, mas atingindo a escola como um todo. II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178‐6135 Artigo número: 150 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT Referências
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