Financiamento sim, mas eficaz!
Luís Moniz Pereira
Centro de Inteligência Artificial - UNL
Email: [email protected]
http://centria.di.fct.unl.pt/~lmp/
Financiamento de C&T
ISEG, 30 de Abril 1999
Índice
Pode bombardear-se com financiamento,
mas há soldados no terreno?
 Problema - os Centros
 Problema - os Labs Associados
 Medidas nas Universidades
 Medidas Ministeriais
 Conclusões
Problema - os Centros
A investigação está maioritariamente organizada
em Centros universitários
O MCT não comanda a estrutura de pessoal dos
centros, em número, tipo, ou qualidade
Para as universidades o ensino é o primogénito, os
centros são bastardos: em recursos, quadros, e voz
 Os centros serão sempre ineficazes com o tipo de
pessoal que têm, devotado sobretudo a outras
funções
Problema - os Labs Associados
Poderão eles apoiarem-se nos Centros
universitários?
Conseguirão pessoal dirigente a 100% ?
Conseguirão um mínimo de pessoal de quadro
como garantia de continuidade?
Conseguirão ter a 100% os investigadores mais
reconhecidos que são agora docentes ?
É possível desenvolver C&T sem condições de
continuidade e dedicação?
Medidas nas Universidades (1)
É preciso dar voz institucional à investigação
Nas Faculdades, formar “Conselhos de Centros de
Investigação”, constituídos pelos Directores dos
Centros
O presidente desse Conselho será por inerência
vice-presidente para a investigação do Conselho
Científico da Faculdade
Criar no Senado a “Comissão para a Investigação”,
com os presidentes e vice-presidentes do C.C. das
Faculdades
Medidas nas Universidades (2)
É preciso incrementar a produtividade
Diminuir carga discente semanal de ~25h para
~18h, mantendo o rácio docentes/aluno-ETI
Justiça e boa gestão: menos docência para os
professores com maior produtividade científica
Premiar o desempenho promovendo a eficácia: na
mesma categoria, diferença salarial com avaliação
Remunerar os Directores dos Centros: DL388/90
Medidas Ministeriais (1)
É preciso aumentar os vários recursos
MCT inclui nos programas de projectos nacionais
verbas para substituição parcial dos investigadores
docentes pela sua instituição
ME fixa % do orçamento das universidades para
investigação, que não poderá ter outro uso
Governo reformula com o CRUP os índices
orçamentais das universidades, para reflectir a sua
actividade de investigação
Medidas Ministeriais (2)
MCT sobe de 10% para 20% os overheads dos
projectos nacionais a custos marginais, tal como
praticado pela UE
Os Centros são avaliados em 6 e não 18 meses
Os projectos são avaliados digitalmente em 3 e
não em 9 meses, e submetíveis a todo o tempo
Medidas Ministeriais (3)
ME aumenta quadros de investigadores e técnicos
MCT cria “pool” central de investigadores e
técnicos a afectar aos Centros segundo a sua
política
MCT financia de redes temáticas de Centros, para
partilha de recursos, estímulo à cooperação, e
maior impacto de divulgação
Conclusões
O financiamento tem de ser acompanhado pelo
seu uso eficaz
Sem base humana organizada e apoiada não há
política de C&T sustentável
Requer-se uma articulação forte entre o ME e o
MCT, ou um Ministério das Universidades da
Ciência e da Tecnologia (MUCT)
É necessário um reposicionamento do CRUP e
orgãos universitários face à investigação, e à
avaliação individual e institucional
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