CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS CESCAGE FACULDADES INTEGRADAS DOS CAMPOS GERAIS CADERNO DE FORMAÇÃO CESCAGE PROFESSOR EM AÇÃO: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO ENSINO SUPERIOR ORGANIZAÇÃO COORDENAÇÃO GERAL DE GESTÃO ACADÊMICA Jaqueline de Morais Costa Bernadete Aparecida Silveira Jaime Alberti Gomes DEZEMBRO/2011 Catalogação na publicação elaborada pela Divisão da Biblioteca Central do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais P963 Professor em ação: práticas pedagógicas no Ensino Superior / Jaqueline de Morais Costa, Bernadete Aparecida Silveira, Jaime Alberti Gomes. (Organizadores)– [Ponta Grossa], 2012. (Caderno de Formação CESCAGE). v.1. 49 p. ISSN: 2316-2945 1. Políticas Pedagógicas no Ensino Superior 2. Professor 3. Cursos do Ensino Superior. I COSTA, Jaqueline de Morais. II SILVEIRA, Bernadete Aparecida. III GOMES, Jaime Alberti. CDD 371.3 APRESENTAÇÃO Este Caderno de Formação tem como objetivo divulgar entre alunos e professores do CESCAGE, bem como para a comunidade externa, experiências pedagógicas desenvolvidas em sala de aula nos diferentes cursos de Graduação. A justificativa desta publicação ocorreu devido a freqüência em que recebemos de professores e acadêmicos relatos de atividades em sala de aula que surtiram resultados maravilhosos entre os estudantes do CESCAGE. Assim, compreendemos que além de docentes, temos excelentes professorespesquisadores da própria prática, ou seja, que refletem, experienciam e avaliam formas de melhorar a qualidade do processo ensino-aprendizagem, tornando com isso o período de formação do acadêmico muito mais significativo. Com o intuito de divulgar práticas desenvolvidas pelos nossos professores, foi lançado em comemoração ao dia do professor, no ano de 2011, o projeto “Professor em Ação”. Todas as atividades inscritas pelos professores estão presentes nesta publicação. Agradecemos a todos os docentes do CESCAGE que contribuíram para o sucesso deste trabalho! Coordenação Geral de Gestão Acadêmica. SUMÁRIO ADMINISTRAÇÃO ............................................................................................. 5 Projeto “Jogos De Empresas” 2011 ................................................................... 5 AGRONOMIA..................................................................................................... 7 Painel Integrado ................................................................................................ 7 Visita Técnica ......................................................................................................8 Viagem Técnica a Iguaçú Celulose Em Piraí do Sul ........................................ 10 Aula Prática de Dentrometria ........................................................................... 11 Aula Prática de Seleção Natural....................................................................... 13 Perfil Fitopatológico .......................................................................................... 14 Trabalho com Dinâmica de Grupos em Sala de Aula....................................... 15 ARQUITETURA ............................................................................................... 17 O Exercício do Olhar ........................................................................................ 17 ENFERMAGEM ............................................................................................... 19 Eficácia Das Ações Comunitárias Em Empresas ............................................. 19 Promovendo Qualidade De Vida: Prevenção De Doenças Cardiovasculares Através do Uso de Alimentos Funcionais ......................................................... 20 ENGENHARI CIVIL.......................................................................................... 22 Uma Nova Roupagem para o Ensino e a Aprendizagem do “Cálculo Diferencial e Integral I” no Curso de Bacharelado em Engenharia Civil – Cescage........... 22 ENGENHARIA ELÉTRICA .............................................................................. 24 Às Alturas de um Imperador............................................................................. 24 Compreensão das Transmissões e Recepções de Sinais Analógicos e Digitais Via Satélite Através de Torres e Antenas (Fixas e Moveis) Visita Técnica Grupo Grpcom(Grupo Paranaense de Comunicação) TV Esplanada .............. 25 Medida da Eficiência de Equipamentos Elétricos ............................................. 26 FARMÁCIA ...................................................................................................... 27 Seminário Interativo ......................................................................................... 27 FISIOTERAPIA ................................................................................................ 29 Projeto Idoso Saudável, Idoso Feliz: Atividade Prática Supervisionada I......... 29 I Quiz Acadêmico! “Desafisio” Seus Conhecimentos... .................................... 30 Viagem de Estudo ao CT do Clube Atletico Paranaense/Curitiba ................... 32 Escola de Postura ............................................................................................ 33 GESTÃO AMBIENTAL .................................................................................... 34 Trilha Interpretativa Ecológica: Uma Contribuição à Educação Ambiental....... 34 Conhecendo a Composição do Solo e suas Texturas...................................... 36 MEDICINA VETERINÁRIA .............................................................................. 38 Aula em Campo: Utilizando a Percepção Ambiental como Ferramenta Didática na Disciplina de Ciências do Ambiente ............................................................ 38 Modelos Substitutivos no Ensino de Fisiologia Animal..................................... 40 Montagem de Esqueletos para as Aulas Práticas de Anatomia Veterinária..... 41 NUTRIÇÃO ...................................................................................................... 42 Projeto Práticas em Nutrição Esportiva ............................................................ 42 Festival Gastronômico – Dietas Especiais ....................................................... 43 ODONTOLOGIA .............................................................................................. 45 Parte da Docência é Despertar no Aluno o Desejo de Aprender ..................... 45 PRODUÇÃO PUBLICITÁRIA .......................................................................... 47 Hoje A Aula É De Vocês!.................................................................................. 47 Show De Stand Up Comedy............................................................................. 48 5 PROJETO “JOGOS DE EMPRESAS” 2011 Monalisa Rodrigues Zoldan Curso de Administração ADMINISTRAÇÃO Numa nova fase da Empresa Junior do CESCAGE, promovida a partir do 2º semestre de 2011, nós professores do Colegiado do Curso de Administração, juntamente com nossa Coordenadora, professora Hagata Smaha Farhat, elaboramos uma proposta inovadora para desenvolver com os acadêmicos de 6º período, na disciplina intitulada Jogos de Empresas. O objetivo do projeto foi proporcionar a experiência prática em gestão de negócios, desde o planejamento, economia, organização, até o controle das operações de uma empresa, despertando nos acadêmicos o espírito empreendedor, através de uma visão real do mundo dos negócios. Justificou-se a aplicação do projeto no Curso de Administração, pela oportunidade de participação de todos os acadêmicos do curso nos trabalhos da Empresa Junior, que até então não contava com a participação efetiva dos nossos alunos, mas apenas de um número restrito destes, devido ao fato de muitos trabalharem no período vespertino. Também, pela possibilidade de preparar os acadêmicos para o novo formato de Trabalho de Conclusão de Curso, chamado de Plano de Negócios, que será implantado a partir do 1º semestre de 2012. Para tanto, foram abertas duas “mini-empresas” que concorrem entre si, com aproximadamente 22 acadêmicos 6 em cada uma delas. Foi realizada uma eleição em ambas as “miniempresas” para organizar as devidas estruturas: Presidente e as diretorias de Finanças, Marketing, Gestão de Pessoas e Produção, áreas vistas como foco da gestão. Os demais acadêmicos foram alocados nos respectivos setores como estagiários, realizando semanalmente um rodízio nas funções. As atividades desenvolvidas foram planejadas para as 18 semanas letivas do semestre, com uma carga horária de 72 horas/aula, sendo 4 horas semanais, tendo iniciado em 19 de julho e com término previsto para 29 de novembro. As empresas, capitalizadas através da venda de 100 ações (com preço entre R$ 5,00 a R$ 7,00), foram incumbidas de realizar uma pesquisa de mercado para definição do produto a ser fabricado. Após esta definição, as “mini-empresas” iniciaram a produção de pulseiras femininas, tendo como matéria-prima garrafas pet recicladas. Todas as semanas a produção é distribuída entre os membros das “mini-empresas”, para serem vendidas e na semana seguinte é realizado as devidas contabilizações. Da mesma forma são avaliados os processos de produção, qualidade, gestão de recursos materiais, finanças, assim como a gestão de pessoas. Em assembléia final que será organizada pelas “mini-empresas”, no dia 22 de novembro, serão apresentados os respectivos resultados econômicos e financeiros, em forma de relatório aos acionistas e demais convidados. Os impostos que uma empresa real recolhe aos respectivos órgãos Federais, Estaduais e Municipais, serão doados pelas “mini-empresas” à duas instituições de caridade do município de Ponta Grossa. Já os pagamentos dos salários e impostos trabalhistas serão revertidos à comissão de formatura da turma. Ganhará o jogo, a empresa que apresentar os melhores resultados. Palavras-chave: Jogos de Empresas, Gestão, Empreendedorismo, Inovação, Mediação. 7 PAINEL INTEGRADO Patrícia Ribeiro Neves Tinti Agronomia4° Período Noturno AGRONOMIA O Painel integrado foi aplicado na disciplina de Fundamentos de Nutrição Animal com o 4º período do curso de Agronomia. Os alunos têm idade entre 30 e 50 anos, a maioria possui trabalho dentro da área, restando o período noturno para se dedicarem ao curso. Geralmente os alunos chegam na sala de aula cansados, e embora algumas disciplinas eles apresentem mais afinidade por trabalharem na área Agronômica, muitos apresentam dificuldades, pois voltam a estudar numa média de 10 anos após término do segundo grau (colegial). Muitos perdem os primeiros minutos de aula por se deslocarem de cidades próximas, o que dispersa o andamento do inicio da aula e atrapalha no entendimento dos conteúdos. Existem muitas dificuldades na disciplina de Nutrição Animal, pois a disciplina envolve conceitos que o curso de Medicina Veterinária aborda, como por exemplo, as partes do Sistema Digestório dos Animais. Este conteúdo geralmente é abordado no início da disciplina e assusta muito os alunos, pois eles possuem disciplinas muito voltadas para a área vegetal, tais como a fisiologia, bioquímica e anatomia vegetal. Poucas disciplinas abordam o estudo dos animais, como fisiologia, anatomia e bioquímica animal. Desta forma houve a necessidade de se aplicar um trabalho, conhecido como Painel Integrado, em que os próprios alunos buscam as informações as quais eles possuem maior afinidade. O objetivo desta atividade foi repassar um conteúdo dentro da disciplina de Nutrição Animal de importantíssimo valor ao longo do curso de Agronomia. O grupo era composto de 25 alunos do primeiro semestre de 2011, com o conteúdo Diferenças no Sistema Digestório 8 das Espécies de Interesse Zootécnico. Esta turma apresentava 4 aulas semanais, sendo 2 aulas na quinta-feira e 2 aulas na sexta-feira, o que dificultava em partes trabalhar um conteúdo na sua totalidade. Portanto decidi que para esse conteúdo seria aplicado o Painel Integrado. Nas duas primeiras aulas fiz um resumo no quadro de giz, onde abordei em tópicos todo o conteúdo que gostaria que os alunos aplicassem no Painel. Ao final da explicação, os alunos copiaram o conteúdo e expliquei como seria a atividade do Painel na próxima aula. Levei as cartolinas, pincel atômico com três cores e pedi para eles resumirem o assunto abordado no dia anterior, da forma como eles achassem mais fácil. Como o assunto envolvia 3 espécies animais, ruminantes, monogástricos e aves, eu separei a turma em 3grupos com sete alunos/grupo, onde cada grupo iria explicar através dos painéis o conteúdo abordado anteriormente. A exigência era de que eles usassem desenhos das espécies repassando as informações através do painel. Após confecção dos painéis um integrante do grupo seria escolhido para explicar o assunto utilizando o painel que o grupo confeccionou em sala de aula. Os resultados apresentados pela atividade foram satisfatórios, visto que houve grande interesse pelos alunos na atividade. Os painéis ficaram bem feitos, os alunos utilizaram toda a cartolina, fizeram desenhos e esquemas que tinha passado a eles e souberam abordar em tópicos os assuntos mais relevantes do conteúdo. Um integrante do grupo fez a explicação do assunto abordado no painel, e no final da explicação, outro integrante escolhido por eles complementou alguma informação necessária. Foi uma satisfação ver por parte dos alunos interesse em tal assunto, já que em outros anos a turma teve dificuldades no mesmo conteúdo. Palavras-chave: Agronomia, painel integrado, noturno, conteúdo minucioso. 9 VISITA TÉCNICA Adriane Alfaro Agronomia Nos dias 06 e 07 de maio de 2010, o 7° período do turno integral, participou da viagem técnica, planejada pelo Colegiado do Curso, para os Municípios de Pinhais, Morretes e Paranaguá acompanhados pela Coordenadora do curso e pela docente Daiane Garabeli. Conforme o roteiro planejado, a visita iniciou no Centro Paranaense de Referência em Agroecologia – CPRA (Pinhais – PR), onde fomos recebidos pelo Coordenador de Recursos Naturais e Produção Vegetal Integrada Júlio Veiga Silva, que desde 2005 divulga os princípios e os benefícios da agricultura ecológica e capacitando agricultores, técnicos e estudantes no planejamento, implantação e na condução de sistemas agrícolas com bases ecológicas. No CPRA tivemos apresentações da Engª. Agrônoma Ana Richter da área de Bem Estar Animal e Biodinâmica que apresentou os projetos em sua área de pesquisa e difusão de tecnologia; do Coordenador de Produção e Bem Estar Animal, Médico Veterinário Evandro Richter que conversou sobre os benefícios da integração da agricultura e pecuária. Na sexta-feira pela manhã, os alunos fizeram uma trilha de 5 km pela Unidade de Pesquisa do IAPAR/Morretes. Nosso guia foi o Administrador da Unidade, Luiz Ferreira, o qual nos aprofundou no cultivo de Frutíferas (banana, jabuticaba e goiaba), cacau, seringueira, Palmáceas (palmeira de Jussara, Açaí, Pupunha e Palmeira Real), coleção de especiarias (cravo da Índia, canela, guaraná), Bubalinocultura (raças Murrah e Mediterrâneo) e nos mostrou a Estação Agrometeorológica convencional e Automática além, é claro, de contemplarmos a belíssima vegetação natural de Mata Atlântica. No período da tarde, nossos acadêmicos foram recebidos na Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) pelo Diretor de Desenvolvimento Empresarial André de Oliveira, que nos recepcionou no prédio da administração e após a apresentação do vídeo institucional, visitamos a exposição de Painéis Fotográficos dos Portos do Paraná. Fizemos um tour pelo cais do porto, observamos vários navios atracados nos berços, carregando e descarregando grãos, farelo, fertilizantes, madeira, containers, veículos. Durante a visita recebemos instruções da fiscal da receita federal, Jaqueline Vasconcelos, que explanou sobre a seqüência das ações, medidas de conchas, tempos e movimento de navios e caminhões, análise do nível do carregamento pelo casco do navio, além de práticas de draffitng. Depois do porto, os acadêmicos foram conduzidos à unidade da CLASPAR, órgão responsável pela fiscalização e amostragem de cargas e ali receberam explicação de todo o processo, bem como observação do processo in loco. Como fechamento da viagem técnica, fizemos um passeio de barco pela baía de Paranaguá, onde os alunos puderam estar muito perto dos navios atracados. Este passeio aconteceu ao entardecer e além da beleza cênica promovida pela luz natural e pelo mar, contemplamos ainda a beleza dos navios e o do porto sendo 10 iluminado, comprovando o trabalho ininterrupto que ocorre por ali. As experiências aqui descritas tratam da aplicação em aulas práticas dos conhecimentos recebidos em sala de aula. Temos certeza que a viagem foi inesquecível para todos que participaram dela, pois percebemos o amadurecimento profissional e pessoal de nossos acadêmicos. Palavras-chave: porto, agroecologia, Mata Atântica. VIAGEM TÉCNICA A IGUAÇÚ CELULOSE EM PIRAÍ DO SUL Daiane Garabeli Trojan Agronomia Atualmente o Brasil possui por volta de 550 milhões de hectares de florestas. Trata-se da segunda maior área florestal do planeta, isso faz da indústria de papel e celulose um dos mais expressivos setores da economia do país. A atividade florestal, no entanto, exige um desenvolvimento de forma sustentável e em áreas apropriadas, a fim de preservar o meio ambiente. Atualmente, a produção nacional do setor é de aproximadamente 6 milhões de toneladas de polpa de Eucalyptus grandis, por ano, isso representa metade da produção mundial desse tipo de fibra. O processo, essencial para as atividades da indústria madeireira, gera resíduos da extração de celulose que contêm agentes poluentes extremamente danosos para rios e mata nativa. Neste sentido, uma visita à Iguaçu Celulose foi fundamental para complementar os conhecimentos em Silvicultura, já que nossos acadêmicos devem estar preparados para este mercado, tendo habilidade para acompanhar o processo, do campo, passando pela indústria (gestão de resíduos) até a comercialização (Porto de Paranaguá). Preocupado com esse processo, a Iguaçu Celulose não poupa recursos para desenvolver uma política de equilíbrio ambiental em todas as áreas em que atua, e está sempre aberta a receber nossos acadêmicos, já que possuem formação considerável e 11 se tornam formadores de opinião no mercado. Este ano de 2011 é o terceiro ano consecutivo que a empresa recebe nossos acadêmicos do 6º período de Agronomia. A visita é aprimorada a cada semestre, de acordo com as nossas necessidades e o planejamento da empresa. Nesta ultima etapa, fomos recebidos pelo diretor, engenheiros agrônomos, florestais e de segurança do trabalho, além de um egresso, Leonardo Lopes Pereira. Pudemos vislumbrar toda parte de viveiros, instalação e preparação de campos até a parte de maquinário, colheita e empilhamento da madeira para seus respectivos destinos. Além das áreas de reflorestamento, foi criada uma lagoa artificial, chamada de Lagoa Zero, que integra o sistema de tratamento de afluentes da fábrica e reserva para a "fito-remediação" qualquer elemento levado pelas águas da chuva. Toda essa preocupação ambiental resultou para a empresa a conquista da 9º edição do Prêmio Expressão de Ecologia. Também é valido ressaltar que toda a matéria prima usada pelas fábricas da Iguaçu Celulose tem origem nas áreas de reflorestamento. O investimento em pesquisa, para encontrar soluções não-poluentes para o processo de fabricação da celulose na fábrica resultou em um produto que traz benefícios à agricultura. Foi desenvolvida uma tecnologia na qual a lama de cal, antes resíduo inutilizado, se transforma em corretivo de solos. O projeto foi realizado em parceria com o IAP, em 1997, e já ajudou a recuperar boa parte da mata nativa da região. Os alunos ficaram encantados com a visita que propiciou a eles, convites de estágio, para pesquisa com a lama de cal, além de atualização de conhecimentos e networking com o ramo madeireiro e de florestas. Os alunos foram avaliados por meio de relatório técnico de campo. Palavras-chave: manejo florestal; silvicultura; aula prática. 12 AULA PRÁTICA DE DENTROMETRIA Daiane Garabeli Trojan Agronomia Com a escassez dos recursos florestais em áreas nativas e a consequente redução da biodiversidade, torna-se cada vez mais importante melhorar os procedimentos de quantificação e avaliação dos produtos florestais madeireiros e não madeireiros. Desde a utilização da madeira na construção de casas, lenha, artefatos, móveis e objetos que o uso de métodos de quantificação da madeira vem sendo adotados para auxiliar na comercialização deste material tão nobre. Quando havia florestas em abundância, compradores e vendedores não exigiam que as medidas da quantidade de madeiras comercializadas fossem rigorosas, porém com a com a crescente escassez de madeira proveniente de florestas nativas, os preços da madeira também se elevaram, de tal modo que a relação de mercado passou a exigir maior controle no dimensionamento dos produtos. Deste modo, os métodos existentes foram sendo cada vez mais aperfeiçoados e novos métodos forma sendo introduzidos visando à medição de produtos e subprodutos florestais no processo de comercialização. Esses fatos mostram que, originalmente, a dendrometria, teve objetivos comerciais. Dendrometria é um ramo dentro da disciplina de Silvicultura que surgiu quando as pessoas sentiram a necessidade de estimar ou determinar quantitativamente o volume florestal das propriedades, principalmente no tocante em volume de madeira de árvores em pé. Para tornar essa necessidade da comunidade uma oportunidade para nossos acadêmicos atuarem na área, foi delineada uma aula prática que se iniciou em sala de aula, com a construção de um instrumento de medição chamado prancheta dendrométrica e foi concluída em campo, na propriedade de um de nossos acadêmicos, com a demarcação de seis parcelas fixas de 20 x 30 m, distribuídas na propriedade. Em cada uma dessas parcelas todas as árvoreseram mensuradas de acordo com metodologia repassada aos acadêmicos em sala de aula. Essa prática foi desenvolvida da mesma forma, por 3 semestres consecutivos, e pelo fato das parcelas serem fixas foi possível acompanhar o crescimento das árvores, o que poderíamos traduzir em inventário florestal sobre seu incremento. Para cada pratica os alunos tinham acesso dos dados levantados pela turma anterior, o que permitiu a eles a constatação do incremento florestal proporcionado ano a ano. Para o proprietário da área foi de grande valia que nossas praticas acontecessem, pois o mesmo tinha acesso às informações. Na ocasião da ultima pratica realizada em 2010-2, as parcelas foram desfeitas, por motivo da colheita da área, onde nossos alunos puderam acompanhar a derrubada da floresta, o empilhamento da madeira e seu carregamento, bem como os cálculos para comercialização das mesas. Após cada prática, os alunos retornam para sala de aula a fim de realizar cálculos. Para os alunos essa aula prática, neste 13 formato, é uma das mais interessantes, pois além de eles irem a campo, realizar as práticas ainda confeccionam um laudo sobre os dados da área, como se fossem uma empresa de prestação de serviços agronômicos. Fica evidente o entusiasmo e o crescimento dos alunos a partir de práticas como essa. Palavras-chave: inventário florestal; silvicultura; prancheta dendrométrica. AULA PRÁTICA DE SELEÇÃO NATURAL1 Daiane Garabeli Trojan Agronomia Com a observação dos detalhes de anatomia, fisiologia e comportamento de uma espécie, é possível notar o ajustamento que esta possui em relação com seu ambiente. Cada espécie possui adequações específicas que a permitem interagir melhor com o meio em que habita e seu modo de vida. As populações naturais tendem a crescer rapidamente, pois o potencial reprodutivo dos seres vivos é muito grande (se houver condições ambientais favoráveis). Contudo, as populações se mantêm relativamente constantes numericamente. Isso indica que em cada geração, morre um grande número de indivíduos e muitos deles não deixam descendentes. É possível concluir, portanto, que os indivíduos que sobrevivem e se reproduzem são preferencialmente aqueles que apresentam características relacionadas à adaptação às condições ambientais. Essa conclusão resume o conceito Darwinista de seleção natural, que considera que grande parte das características apresentadas por uma geração é herdada dos pais, transmitindo assim às gerações futuras. Neste sentido, para os acadêmicos fica muito difícil vislumbrar essas características, já que muitas delas só podem ser comprovadas no decorrer dos anos 1 Projeto premiado no concurso “Professor em Ação” 14 ou suas características são inerentes a cadeia genética e jamais poderão ser vistas a olho nu. No intuito de tentar representar aos alunos a relação de patógeno x planta, pragas x planta, entre outras, esta prática foi pesquisada e adaptada, a qual se fez uso de diversas miçangas e lantejoulas, sendo que cada uma representava uma espécie em estudo. O procedimento da prática foi realizado por 2 semestres da seguinte forma: a turmade Melhoramento Vegetal foi divida em grupos, e esses grupos foram levados para um gramado dentro mesmo da IES, tendo previamente espalhado as 500 miçangas por ele. Os alunos tinham que coletar desse gramado as miçangas previamente espalhadas, por um tempo limitado (em torno de 2 minutos, conforme o tamanho do gramado e número de alunos). Para essa tarefa, os alunos tinham que utilizar apenas a visão. Ainda pedi aos alunos que usam óculos para que os retirem ou montei um grupo com a maioria desses alunos. Cada grupo deve colocar as miçangas achadas em uma bolsa do grupo para contagem posterior; e ao retornar à sala, foi realizada a contagem das miçangas de cada grupo, elaborando uma tabela com os números respectivos. A partir da contagem foi realizada uma discussão relacionando as miçangas com insetos, fungos ou plantas e os alunos com os predadores destes. Só neste momento foi revelada a quantidade de miçangas que foi distribuída na área. Foi questionado e discutido por que o número de miçangas apanhadas (de cada cor) variou nas cores formas, tamanho, brilho, etc. Genes e traços, portanto, aumentam ou decrescem em suas freqüências devido à sua correlação com o sucesso reprodutivo dos organismos que os carregam. Com essa discussão, o aluno percebe que o ambiente é que muda e os animais, ao longo das gerações, tendem à adaptação. Os organismos podem interagir com os ambientes determinando a seleção à qual estarão sujeitos. Palavras-chave: variabilidade; seleção. genética; 15 PERFIL FITOPATOLÓGICO Daiane Garabeli Trojan Agronomia Doença pode ser descrita como um processo dinâmico no qual hospedeiro e patógeno, em íntima relação como meio, se influenciam mutuamente, resultando em modificações morfológicas e fisiológicas. Para que uma doença possa completar com sucesso todas as fases do seu ciclo de vida e causar epidemias no campo, é necessário que existam três elementos para formar o triângulo das doenças: hospedeiro, inóculo de patógeno virulento e ambiente. As doenças de plantas são uma das 3 maiores preocupações do produtor, sendo as demais plantas daninhas e pragas agrícolas. Para os agrônomos que assessoram campos, é sabido que não basta comprovar que os problemas encontrados são causados por doenças, o importante é associar, os sintomas com os patógenos para assim poder tomar a melhor decisão de controle de doenças de plantas. Neste sentido, com o objetivo de trabalhar a caracterização e classificação de patógenos, adaptei o jogo Perfil, para o que chamei de Perfil Fitopatológico. Fiz a adaptação durante o recesso de julho e apliquei primeiramente para a turma da disciplina de Fitopatologia II, como projeto piloto. Neste jogo, usado como aula prática emalgumas situações, os alunos são divididos em equipes, cuja ficha sorteada por um deles possui 20 características do patógeno. Só o aluno que sorteou a ficha tem acesso às características e ao nome do mesmo e a cada rodada uma equipe escolhe um número, e a dica referente ao mesmo é lida para todos os participantes, mas os únicos que podem adivinhar o patógeno é a equipe da vez. Se o integrante acertar anda o maior numero de casas (20), caso erre, passa a equipe seguinte, até que uma equipe acerte ou que se acabam o número de dicas. O jogo é bem dinâmico e divertido, sendo apreciado pelos acadêmicos, que na ausência de aulas de campo, conseguem interagir entre eles e fixar conhecimento. Neste sentido, como nem sempre temos na região todas as culturas e por conseqüência as doenças que leciono, é de extrema relevância que possamos descobrir outras formas de ir aprimorando os conhecimentos dos alunos que não sejam por fotos ou apresentação de seminários. Este jogo já serviu de exemplo pra outras disciplinas como microbiologia e botânica dentro do curso de Agronomia. Palavras-chave: patógenos; diagnóstico; classificação. 16 TRABALHO COM DINÂMICA DE GRUPOS EM SALA DE AULA Luciane Curtes Porfirio da Silva Agronomia Um dos objetivos da disciplina de extensão rural é fazer com que os acadêmicos diferenciem e entendam o desenvolvimento rural. Para tanto, é necessário a realização de diagnóstico para posteriormente se discutir a ajustar a realidade da comunidade ou grupo que se trabalha. Para que possamos realizar este trabalho muitas vezes é necessário que nos dispamos de alguns “pré” conceitos, para que possamos enxergar. Nessa busca trabalhei com os acadêmicos do 4º período, Agronomia, noturno em 2010/1, com Dinâmica de Grupo (DG) “O Caminho do Bezerro”, a qual a idéia era fazer com que os acadêmicos entendessem a necessidade de não se levar pelas opiniões do grupo, e sim conseguir enxergar o todo. A dinâmica acontece da seguinte forma: se divide a sala em grupos de 5 – 8 acadêmicos e conta-se a estória de que em tempo distante, havia uma pastagem próxima a uma mata e um grupo de bovinos pastava por ali. Num determinado momento o grupo se retirou da pastagem, mas um bezerro ficou perdido e ao longe conseguia escutar o restante do grupo, porém não os via e movido pelo som que escutava, se embrenhou na mata e pisoteando árvores e arbustos, acabou por fazer uma trilha no meio da mata a fim de alcançar seu grupo. Com o passar do tempo, a população começou a cortar caminho por ali e logo se criou uma cidade ao longo dessa trilha e se desenvolveu a região. Com estes textos os acadêmicos tinham um determinado tempo para ler e se preparar para apresentação da estória, com o detalhe de que não poderiam falar. Era permitida qualquer forma de expressão, menos a fala. Assim os acadêmicos o fizeram, e para fechamento então se discutia não só a DG, mas também o sentimento de cada um em relação a ficar calado, a agir como bezerro, ao tentar se encontrar. Os acadêmicos acharam a DG bastante positiva, e também suas participações foram intensas. Como avaliação, a dinâmica, foi também positiva e gratificante, pois a mesma além dos objetivos iniciais pretendidos, auxiliam no processo de quebrar o gelo e melhor interação entre toda a classe. A idéia de utilizar dinâmicas em sala de aula é bastante produtiva e sempre estimula os acadêmicos a participar e refletir sobre sua participação e como o ato ou efeito tratado se reflete em sua vida. Palavras chave: trabalho em grupo, metodologia, desenvolvimento 17 O EXERCÍCIO DO OLHAR Ana Cristina S. de Lacerda Curso de Arquitetura e Urbanismo ARQUITETURA O exercício do olhar não é o mero procedimento de captação de imagens pelo globo ocular, é a experiência do universo dos sentidos. O que vemos não é produto apenas de um processo mecânico e sim o resultado da visão construída por nossa mente, a partir de registros de memória e de sensações experimentadas. Sabe-se que a visão é responsável por cerca de oitenta por cento da percepção sensorial humana e que seu mecanismo é um decodificador das informações transmitidas pela luz. A luz é necessária para que a matéria se manifeste e se torne visível. A possibilidade da percepção do espaço e do vazio, da visualização de um componente, de um conjunto de formas ou do todo, onde a arquitetura se apresenta e se revela, dá-se em função da existência do fenômeno luz. Partindo destas premissas, foi proposta aos alunos da disciplina de Conforto no Ambiente Construído I a atividade O Exercício do Olhar. Esta atividade trabalha com escalas de luz e sombra, da escuridão à plena luz e revela-se como um excelente recurso para exercitar o olhar para a percepção da luz e da iluminação. O exercício é válido tanto para a percepção da iluminação natural quanto da artificial. A atividade consiste em desenhos de observação de um ambiente externo ou interno, feitos com lápis branco sobre papel Colorplus preto, em diferentes horários ao longo do dia. Os desenhos não devem apresentar 18 contornos e sim trabalhados exclusivamente em função da graduação da luz e de sua ausência, sendo que a base em cartão preto corresponde à total ausência de luz. Inicialmente os alunos executaram o desenho de observação de um cubo branco, em um ambiente externo da Unidade Olarias, em três diferentes horários pela manhã. Como atividade extraclasse esse mesmo exercício foi realizado em uma cena externa e outra interna a escolha de cada aluno, em três horários diferentes do dia. Como ferramenta auxiliar no desenvolvimento da tarefa individual, foi solicitada uma fotografia de cada cena retratada. O resultado obtido foi surpreendente, pois os alunos, através da percepção da luz e das sombras geradas nas diferentes superfícies conseguiram identificar o movimento aparente do Sol ao longo do dia e retratar com bastante fidelidade os diferentes ambientes nos diferentes horários ao longo do dia. Esta atividade serve como um estímulo para a percepção espacial e das relações de intensidade de luz, contraste e texturas pelo aluno, auxiliando a futura compreensão de conceitos e processos apresentados pela disciplina. O aprendizado desta técnica de observação da luz e sombra ocorreu através do Prof. Dr. Paulo Sergio Scarazzato na FAUUSP e, por acreditar que os alunos do CESCAGE também poderiam ser beneficiados com isso, esta metodologia foi adotada na disciplina com resultados bastante satisfatórios e promissores. Palavras-chave: exercício, olhar, luz e sombra. 19 EFICÁCIA DAS AÇÕES COMUNITÁRIAS EM EMPRESAS Regina Célia Fernandes Bittencourt Curso de Enfermagem ENFERMAGEM A justificativa deste trabalho ocorre mediante a preocupação dos acadêmicos com a saúde ocupacional, que dentro de uma disciplina voltada para esta área, despertou em nossos acadêmicos durante as atividades de extensão a necessidade de uma investigação relacionada às ações comunitárias oferecidas pelas empresas, se são ou não eficazes na prevenção e tratamento precoce de doenças que acometem os trabalhadores, pois com o tratamento precoce promoverá uma melhor qualidade de vida aos trabalhadores. O presente trabalho teve como objetivo, conhecer o interesse preventivo dos participantes das ações comunitárias frente à alteração evidenciada para glicemia capilar, hipertensão e alteração do índice de massa corporal em uma empresa de viação em um município do interior do Paraná. As atividades de extensão são intensivas em nosso curso, portanto, em conjunto com os acadêmicos, realizamos esta pesquisa para evidenciar a eficácia das ações preventivas realizadas por eles. Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória, de abordagem quantitativa predominantemente qualitativa. Como instrumento de coleta de dados foi aplicado um questionário com perguntas abertas e fechadas no mês de julho do ano de 2011. No mês de junho, participaram de uma ação preventiva 230 funcionários, dos quais 32 tiveram algum tipo de alteração para glicemia capilar, 20 hipertensão arterial ou índice de massa corporal elevado. Dos 32 questionários aplicados, retornaram 17, sedo que, 95% aprovam a ação para promoção de sua saúde, porém 10 pesquisados não procuraram nenhum tipo de atendimento e 7 tiveram interesse em agendar consulta com especialista para acompanhamento da alteração citada, identificando que 70% dos pesquisados, desconhecem as consequências específicas das alterações para glicemia capilar, hipertensão arterial e índice de massa corporal aumentado para o organismo. Concluímos que, as ações comunitárias são eficazes, porém não atingem na sua totalidade o objetivo de promoção e prevenção da saúde dos trabalhadores, devido à falta de conhecimento das consequências que tais patologias podem acarretar. Para aumentar a eficácia das ações comunitárias em empresas, devemos rever o modo de abordagem dos participantes nas ações com o intuito de melhor divulgar e levar o conhecimento aos trabalhadores, o qual os mesmos poderão refletir o quanto podem ser prejudicados na falta de tratamento das doenças que são tratáveis se diagnosticadas no começo evitando, assim, acometimentos mais graves. Palavras-chave: eficácia, preventivas, empresas. ações PROMOVENDO QUALIDADE DE VIDA: PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES ATRAVÉS DO USO DE ALIMENTOS FUNCIONAIS Damaris Beraldi Godoy Leite Enfermagem Qualidade de vida é um tema amplamente discutido na atualidade, porém de difícil execução e até mensuração, aliado a isso temos um aumento significativo de doenças crônicos não degenerativas na população, entre elas, a cardiovascular, que atinge uma parcela significativa da população e interfere na morbidade e mortalidade da mesma. Entendese por alimentos funcionais aqueles que fazem parte da rotina alimentar do indivíduo que, além de nutrir, fornece elementos adicionais de proteção e prevenção de patologias, contribuindo com a melhoria na qualidade de vida. O presente trabalho tem por objetivo a promoção da qualidade de vida através do incentivo de uma alimentação saudável, visando à inserção de alimentos funcionais na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares. A metodologia para esse trabalho foi através da construção do conhecimento em sala de aula, posterior confecção do pré-projeto pelos acadêmicos e correção dos pontos necessários, já apontando as características de um projeto científico. Após a aprovação e correção do pré-projeto, o contato com o local de aplicação e apresentação do pré-projeto foi realizado pela equipe para agendamento da realização da atividade. A ação de extensão propunha-se a levar o uso de alimentos funcionais como medida 21 preventiva no tratamento de doença cardiovascular, podendo ser aplicada nos mais diversos públicos, tais como: asilos, Postos de Saúde, Centro de Atendimento a Saúde, Hospitais, Escolas, Escolas Especiais e afins. Frente à variedade de locais de atuação a metodologia de ação era direcionada para o público a ser atingido, bem como o uso de materiais didáticos e atividades avaliativas. Os resultados alcançados foram medidos através de Relatório de Projeto, que devia consistia em relatos fotográficos dos momentos da ação. A prática é gratificante e eficiente para todos os eixos envolvidos, comunidade que conhece uma nova abordagem sobre qualidade de vida e alimentos funcionais, acadêmicos que se envolvem com a comunidade e desvendam uma nuance de atuação do enfermeiro mais holística e atual e para o docente é um desafio multifacetado, particularmente, os desafios me fazem caminhar. Afinal, já faz oito semestres que colocamos em prática essa ação, é sempre novo e diferente, pois as turmas e a comunidade diferem. Palavras-chave: qualidade de vida, alimentos funcionais, doença cardiovascular. 22 ENGENHARIA CIVIL UMA NOVA ROUPAGEM PARA O ENSINO E A APRENDIZAGEM DO “CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I” NO CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL – CESCAGE Marcos Pereira dos Santos Curso de Engenharia Civil Este trabalho tem como principal objetivo apresentar uma breve visão panorâmica do desenvolvimento, bem sucedido, do processo ensino-aprendizagem da disciplina “Cálculo Diferencial e Integral I”, com 72 horas-aula de duração, junto aos 36 acadêmicos (as) do 1º período, noturno, segundo semestre do ano letivo de 2011, regularmente matriculados (as) nesta disciplina no Curso de Bacharelado em Engenharia Civil do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (CESCAGE), campus Olarias, localizado no município de Ponta Grossa – Estado do Paraná. A ementa da supracitada disciplina contempla a abordagem teórica de 04 grandes unidades curriculares diferenciadas, porém interdependentes. A saber: I) tópicos de matemática básica; II) funções de uma variável; III) limites de funções de uma variável; e IV) derivadas de funções de uma variável. O trabalho inicial da disciplina ocorreu através da aplicação, em sala de aula, de um questionário investigativo preliminar básico contendo um total de 08 questões abertas e fechadas, assim distribuídas: 03 de “núcleo geral”, sendo 01 questão de múltipla escolha e 02 dissertativas, e 05 de “núcleo específico”, contendo 04 questões abertas e apenas 01 fechada; cuja finalidade era traçar um perfil inicial dos (as) calouros (as) referente às suas expectativas 23 em relação à instituição de ensino superior e ao curso de graduação escolhido, bem como às possíveis dificuldades de aprendizagem em matemática por eles (as) apresentada. Diante da verificação de inúmeros „erros matemáticos‟ de ordem conceitual e operacional aritmética, algébrica e geométrica demonstrados pelos (as) 30 acadêmicos (as) investigados (as) no que diz respeito à resolução de exercícios envolvendo conjuntos numéricos, equações e sistemas de equações lineares do 1º e 2º graus, potenciação, produtos notáveis, radiciação, exponenciais, logaritmos, matrizes, determinantes e análise combinatória (conteúdos curriculares programáticos da unidade I); bem como de constantes questionamentos por parte dos (as) estudantes acerca das aplicabilidades desses conteúdos na vida cotidiana em geral e, especificamente, no campo da Engenharia Civil, optamos por adotar uma estratégia didáticometodológica de ensino diferenciada e integrada que pudesse, de alguma forma, contribuir de maneira significativa para a aprendizagem do Cálculo. A cada abordagem de uma nova unidade curricular procuramos proceder, hierarquicamente, do seguinte modo: 1º) fazer uma breve apresentação contextualizada, de forma oral e sem/com o auxílio de textos impressos e outros recursos didáticos necessários, sobre a gênese e evolução histórica da temática em pauta; 2º) registrar alguns apontamentos teóricos mais relevantes (resumo esquemático) em quadro-de-giz acerca do assunto abordado, seguido de explicações e indagações orais sobre o mesmo; 3º) mostrar diferentes exemplos e modos de resolução de exercícios de aplicação concernentes ao tema em questão; 4º) propor para resolução, dentro e fora da sala de aula, uma variada lista de exercícios de aplicação prática envolvendo conceitos e cálculos matemáticos de viés aritmético, algébrico e geométrico; e 5º) sugerir para leitura, de caráter opcional e complementar, algumas referências bibliográficas e/ou eletrônicas mais significativas versando sobre a temática em discussão. Essa prática pedagógica adotada tem se configurado, até o presente momento, como uma experiência de sucesso tanto em termos de ensino quanto de aprendizagem, uma vez que um expressivo percentual de acadêmicos (as) apresentaram maior assiduidade e frequência às aulas, interesse pela disciplina, desempenho nas atividades avaliativas e não avaliativas propostas, visão do raio de abrangência e aplicação do Cálculo nas diferentes áreas do conhecimento científico e entusiasmo pelo campo da Engenharia Civil e pela prática da pesquisa acadêmico-científica. Nesse contexto, a Matemática tem sido apresentada sob nova roupagem, isto é, como uma ciência histórica e sócio-cultural, de cunho prático, dinâmico e extremamente útil para a resolução de problemas matemáticos, independentemente do itinerário a ser percorrido para esse fim. Palavras-chave: Cálculo Diferencial e Integral. Engenharia Civil. Processo ensino-aprendizagem. Universidade. 24 ÀS ALTURAS DE UM IMPERADOR Marcella Scoczynski Ribeiro Martins Curso de Engenharia Elétrica ENGENHARIA ELÉTRICA Eis que, preparando uma aula de Controle me deparei com o assunto: Tipos de Sistemas de Controle e Conceitos Gerais. Pensei comigo: qual seria o melhor recurso a ser utilizado para que pudesse chamar a atenção dos alunos, visto que grande parte do assunto são fórmulas e ferramentas matemáticas? Foi então que adentrei a sala de aula com uma panela a fim de fazer com que os futuros engenheiros soubessem racionar sobre os processos do diaa-dia. Iniciei a aula contando sobre as diferenças entre sistemas de malha aberta e fechada. Contei a eles história de Alfred Nobel, que instituiu o prêmio Nobel. Inventor da dinamite, já vinha desgostoso com o uso militar dos explosivos que havia criado, ficou chocado ao ver uma reportagem que noticiara a morte de seu irmão como sendo a sua, denominando-o “mercador da morte”. Esta história pode ser interpretada como um sistema de malha aberta, onde Alfred não tinha como consertar ou recriar sua invenção. Então ele, em seu testamento, deixou toda sua herança à criação de uma instituição à qual caberia recompensar pessoas que prestassem grandes serviços à humanidade. Isto foi a realimentação para sistemas malha fechada, ou seja, ele encontrou um jeito de controlar o seu processo explosivo, mesmo que indiretamente. Dando continuidade, expliquei estes sistemas mencionados aplicados ao chão de 25 fábrica, em processos de controle de pressão, temperatura, nível e vazão. Como era meados de junho, cozi uma panelada de pinhão e levei para sala de aula. Expliquei que o tempo de cozimento depende das variáveis do processo: pressão da panela, temperatura do fogão, nível de água e vazão de ar da válvula. Claro que comemos o pinhão neste intervalo. Em seguida surgiu o próximo assunto: as derivadas, que representam a taxa de variação de uma função. Mas claro que sempre depois de uma explicação de derivadas vem a seguinte pergunta: “Professora, e onde que eu uso isto?” Já sabendo da possibilidade da pergunta retirei da mala uma bandeja de queijo e ofereci aos alunos. Perguntei: “O que é o queijo? Não é um derivado do leite? O que acontece se a temperatura ou o tempo do leite for alterado na fabricação do queijo?”. Expliquei que ele sofre uma variação e que isto era a derivada da função queijo, e que, cada queijo diferente depende de uma variação de temperatura e tempo distintos. Percebi uma expressão de entendimento em seus rostos e finalizei a aula perguntando se alguém tinha alguma dúvida. Foi então que todos os alunos levantaram e recebi uma salva de palmas, de uma turma de alunos maduros, em um 7º. Período, onde a maioria é pai de família, trabalha o dia todo e se esforça ao máximo para aprender em sala de aula. Me senti tão recompensada e orgulhosa, como D. Pedro cita em nosso diário de classe:”Às alturas de um imperador!” Palavras-chave: Controle, modelagem de sistemas, derivadas COMPREENSÃO DAS TRANSMISSÕES E RECEPÇÕES DE SINAIS ANALÓGICOS E DIGITAIS VIA SATÉLITE ATRAVÉS DE TORRES E ANTENAS (FIXAS E MOVEIS) VISITA TÉCNICA GRUPO GRPCOM(GRUPO PARANAENSE DE COMUNICAÇÃO) TV ESPLANADA Rafael Scoczynski Ribeiro Engenharia Elétrica Esta atividade foi desenvolvida junto ao 7º Período do curso de Engenharia Elétrica como parte do aprendizado para no 2º bimestre na disciplina de Princípios de Comunicação II. A visualização teórica do trafego de dados gerados nas telecomunicações são eficientes para o conhecimento, porém não trazem uma visão prática de seu funcionamento para o aluno, fator que me incentivou a agendar uma visita técnica juntamente com o grupo de Engenharia de Telecomunicação da RPCTV(TV Esplanada). Como uma das ramificações do curso é a denominada “TELECOM”, telecomunicação, e na cidade de Ponta Grossa temos uma sede da maior empresa do país nesta área, foi possível conhecer na prática todos os equipamentos de transmissão e recepção de sinais analógicos enviados da emissora para mais de 1 000 000 (um milhão) de telespectadores em nossa região. Esta atividade foi realizada no período noturno de aproximadamente 4 horas seguidas. Pode-se também relatar nesta experiência o acompanhamento técnico dos alunos na transmissão ao vivo do telejornal apresentado 26 pela emissora para nossa região, analisando o funcionamento dos equipamentos necessários para o tráfego de informações, além da velocidade e o perfeito sincronismo existente para que tudo ocorra dentro do planejado. Tivemos ainda, a oportunidade de conhecer e visualizar alguns testes dos equipamentos que serão usados para transmissão de sinais digitais para nossa localidade, um grande avanço tecnológico que está para ser implantado no próximo ano. Nossa visita foi acompanhada da diretora geral de grupo em Ponta Grossa além de Engenheiro responsável Carlos Alexandre Pacholok que acompanhou os alunos em todos os departamentos da emissora explicando o funcionamento de cada equipamento respondendo as inúmeras perguntas feitas pelos alunos. Como visão didática acredito ter sido uma troca de experiência muito importante para nossos alunos, todos conseguiram mesclar a teoria da sala de aula com a visão prática e funcional a qual é colocada pelo mercado. Deste modo a diretora do grupo, colocou a emissora a disposição para futuras visitas a qual irá ocorrer a cada 6 meses a partir deste ano, ressaltando a importância de nosso curso na formação de profissionais capacitados para atuação nesta área da Engenharia. Palavras-chave: Transmissão, Recepção, Equipamento, Satélite, Sinais. MEDIDA DA EFICIÊNCIA DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS Juliano S. Ciesileksi Bacharelado em Engenharia Elétrica Com o objetivo de fazer com que os alunos aprendam conceitos de calorimetria, utilizei como prática complementar um projeto que consistia em medir a eficiência de equipamentos eletrônicos através da energia que “perdem” por dissipação de calor. Para isso, foi medida a potência real de resistores usados comercialmente em chuveiros elétricos e, através dos cálculos, foi avaliado o quanto estes valores diferem dos valores nominais (determinados pela fábrica), sendo que através deste dado é possível determinar qual resistor apresenta melhor desempenho. Assim, os alunos puderam aplicar e aprimorar o conhecimento de interesse da disciplina em função de outro conhecimento, eficiência de equipamentos elétricos, também muito útil para a área da graduação. Além disso, este processo facilita e aprofunda a aprendizagem nas disciplinas de sequência da grade curricular. A continuidade do trabalho segue com a medida e análise de várias marcas de resistores. Os resultados iniciais foram publicados como resumo na semana de engenharia do Cescage. 27 FARMÁCIA SEMINÁRIO INTERATIVO Yvanna Carla de Souza Salgado Curso de Farmácia A preservação do meio ambiente é hoje uma preocupação global; os resíduos gerados pelos serviços de saúde são uma preocupação não somente pelo aspecto de transmissão de doenças infecciosas, mas também pela saúde do trabalhador e a preservação do meio ambiente. Em 2003 foi aprovada a RDC nº33 que normatiza e classifica os resíduos de serviços de saúde em cinco grupos e determina que o responsável pelo estabelecimento gerador implemente um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde a fim de minimizar a produção dos mesmos e proporcionar um descarte seguro, preservando a saúde pública, os recursos naturais e o meio ambiente. A Resolução CFF nº 492 de 26 de novembro de 2008 que regulamenta o exercício profissional nos serviços de atendimento préhospitalar, na farmácia hospitalar e em outros serviços de natureza pública ou privada estabelece que o profissional Farmacêutico deve zelar pelo adequado gerenciamento dos resíduos resultantes das atividades técnicas desenvolvidas na farmácia hospitalar, atendendo às normas sanitárias e de saúde ocupacional. Tendo como objetivo a disciplina de Farmácia Hospitalar, formar profissionais cientes de suas atribuições e responsabilidades e capazes de desenvolverem suas habilidades técnicas bem como atuarem como procuradores da saúde, o projeto desenvolvido objetivou associar o conteúdo teórico com a realidade prática, a 28 fim de estimular o pensamento crítico e a consciência ambiental. Foi proposto um seminário distribuído em quatro etapas: 1) levantamento teórico do tema; 2) visita técnica a um hospital de escolha para analisar o gerenciamento de resíduo do mesmo; 3) apresentação do tema; 4) avaliação crítica sobre o exposto por todos os grupos. A turma foi dividida em cinco grupos, sendo que cada um ficou com um dos cinco grupos de resíduos estabelecidos pela RDC nº 33. Todos os critérios de avaliação foram descritos em um Termo de Proposta para o Seminário, bem como o cumprimento dos prazos, onde os alunos assinaram a ciência dos mesmos, estimulando a responsabilidade e o cumprimento do dever dentro do estabelecido. Os alunos também ficaram encarregados de agendar a visita ao Hospital de escolha, para estimular a iniciativa e diversidade de experiências, devendo recorrer à professora somente quando não fossem aceitos. O projeto teve início no 2º semestre de 2010 com os alunos do 5º período de Farmácia e vem sendo aplicado até o momento com as turmas posteriores demonstrando excelentes resultados. Os alunos puderam adquirir todo conhecimento teórico com base nas legislações vigentes e observarem uma realidade muito aquém da esperada, na maioria das vezes precária e que motiva uma discussão crítica a respeito do que pode ser feito com as condições que aquela determinada instituição dispõe para realizar o descarte adequado dos resíduos; bem como as conseqüências do descarte inadequado, estimulando consciência civil e ambiental. Palavras-Chave: Seminário, Gerenciamento de Resíduos, Hospitais uma 29 FISIOTERAPIA PROJETO IDOSO SAUDÁVEL, IDOSO FELIZ: ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA I FERNANDA MARQUES BRONDANI CURSO DE FISIOTERAPIA Este é um projeto realizado com alunos do quarto período de fisioterapia em atendimento a idosos que tem como principal objetivo perante o aluno de introduzi-lo no campo da fisioterapia, mais especificamente, objetivando a prevenção de lesões inerentes a terceira idade, atendimento e promoção da saúde do idoso desenvolvendo o pensamento crítico, instigando a pesquisa e a busca de soluções, tendo como suporte a detecção das principais patologias e alterações físicas a serem tratadas na terceira idade. Esta atividade foi gerada para assistir a população idosa nos centros de convivência da terceira idade tendo em vista ser este um grupo da população que requer um atendimento específico visando servir as suas necessidades básicas de saúde, socialização e lazer. Dentro desta proposta os alunos fazem todo o acompanhamento dos idosos da Instituição PROAMOR e do Centro de Convivência Santa Rita na cidade de Ponta Grossa. São atendidos em média 120 idosos durante um período de duas horas e meia em cada local, onde os alunos realizam o acompanhamento dos sinais vitais de cada idoso, elaboração e aplicação de atividades em grupo com alongamentos, fortalecimentos e recreação, os alunos entram em contato com as principais patologias que acometem a terceira idade e podem manter um controle evolutivo desses idosos. 30 Esta atividade já é realizada há 7 anos e está na grade escolar desde a primeira turma de fisioterapia do Cescage. Os alunos são avaliados diariamente sendo observados quesitos como: participação, elaboração do plano de aula, ética e comportamento, vestimentas e assiduidade. O trabalho em si é avaliado através do grau de satisfação dos idosos participantes que relatam maior disposição para atividades de vida diária, menor índice de lesões como quedas, melhora da integração social e mais satisfação na convivência com outros idosos. A alegria e disposição para participar das aulas aplicadas pelos alunos são visíveis e a satisfação se confirma pelo baixo índice de absenteísmo e desistências. Já que o envelhecimento da nossa população é uma realidade cada vez mais evidente, ações que buscam lidar com esse contingente de idosos devem ser priorizadas em todas as áreas do saber. As universidades têm como papel social prestar a sua contribuição, apoiando iniciativas que visam melhorar a qualidade de vida da população que envelhece. Assim conclui-se que este projeto presta serviço à comunidade sob a forma de ação social e educativa e acima de tudo dá a oportunidade ao aluno de entrar em contato direto com o público enriquecendo o conteúdo adquirido. Palavras-chave: Idoso, fisioterapia, promoção à saúde, terceira idade, projeto. I QUIZ ACADÊMICO! “DESAFISIO” SEUS CONHECIMENTOS... Juliana Carvalho Schleder Fisioterapia Com base no professor como profissional que multiplica conhecimentos, incentiva novas idéias e não faz apenas repetição, tendo como responsabilidade a formação acadêmica e social de inserir no mercado de trabalho bons profissionais, e na política da instituição de ensino superior CESCAGE de incentivo a pesquisa e eventos educacionais, o I Quiz acadêmico - DesaFISIO seus Conhecimentos - foi um evento interativo e divertido, com objetivo de estimular e incentivar os estudos, além de integrar os acadêmicos do curso de fisioterapia do CESCAGE. O evento foi realizado nos dias 27 e 28 de maio de 2011, no Sest Senat. Para a inscrição era necessário o pagamento de uma taxa e o valor recolhido foi utilizado para custear o evento. Cada equipe deveria nomear sua equipe com termos relacionados à fisioterapia, e a caracterização das equipes com camisetas foi item obrigatório. Os alunos inscritos poderiam apresentar trabalhos científicos em forma de pôster, os quais foram avaliados e pontuados. Essas apresentações caracterizaram a abertura do evento. Foram inscritos 21 grupos constituídos por 4 integrantes, sendo 1 de cada período. O I Quiz foi dividido em 3 etapas (nível fácil, intermediário e desaFISIO final) que continham perguntas relacionadas aos principais temas da fisioterapia. O primeiro e o segundo nível foram compostos de 1 e 4 perguntas, 31 respectivamente, por tema, feitas a todos os grupos simultaneamente, diferenciando o grau de dificuldade e o valor de cada questão em cada nível (10 e 20 pontos). Todas as equipes passaram para a segunda fase, pois todos acertaram 70% das perguntas ou mais. Para a terceira e última fase passaram os 6 grupos melhores colocados de acordo com a pontuação. Nessa fase era feita apenas 1 questão para cada tema. Respondia à pergunta a equipe que ganhasse a disputa até o microfone. Nessa fase, cada resposta correta somava 50 pontos e cada resposta errada subtraia-se 20 pontos. Caso os integrantes da equipe aceitassem poderiam fazer uma prova Desafisio para reaver 10 pontos. Durante todo o Quiz eram feitas “perguntas relâmpago” relacionadas à fisioterapia, faculdade e ao curso de fisioterapia do CESCAGE, sendo que todos, inclusive a platéia, poderiam responder, com premiação na forma de brindes. A pontuação final foi feita com a somatória de todas as etapas e da apresentação dos trabalhos. Foram premiados com equipamentos de fisioterapia os 3 primeiros colocados na pontuação geral do I Quiz, como também o melhor pôster, as equipes com nome e uniformes mais criativos, a torcida mais animada e o próprio curso, que foi beneficiado com saldo positivo para compra de novos equipamentos. Ao finalizar o evento houve um churrasco de confraternização entre todos os acadêmicos e docentes. Com o I Quiz, foram obtidos diversos resultados: a integração geral dos acadêmicos, a expectativa em estudar para a próxima edição do Quiz, o incentivo ao estudo e a pesquisa, o dinamismo da didática em diversificar o ensino e o compromisso profissional e social de inserir no mercado de trabalho bons profissionais. Palavras-chave: Fisioterapia, Quiz acadêmico, Inovação, Pesquisa, Aprendizado. 32 VIAGEM DE ESTUDO AO CT DO CLUBE ATLETICO PARANAENSE/CURITIBA Vanessa Rodrigues Gomes Méier Fisioterapia O projeto de visita ao centro de treinamento do clube atlético paranaense foi realizado com os alunos do quinto período do curso de fisioterapia na disciplina de integradora V, e teve como o objetivo de propiciar aos alunos a possibilidade de conhecerem um centro de reabilitação de ponta em fisioterapia desportiva, onde chegando ao local foram acompanhados pelo chefe da fisioterapia e por mim para uma visita em todas as dependências do clube. Foi dada uma maior ênfase nos setores ligados a reabilitação, onde puderam entrar em contato com equipamentos e estrutura de ultima geração , acompanharam o atendimento realizado pelos profissionais fisioterapeutas, e também tiveram a chance de assistir uma palestra sobre reabilitação no esporte e debateram com os profissionais sobre as atualidades em recursos e protocolos de atendimento que vem sendo utilizado na reabilitação desportiva. Este projeto proporciona aos acadêmicos de Fisioterapia a possibilidade de ter contato com a realidade profissional de uma área da fisioterapia que está em alta e o aluno também pode confrontar seus conhecimentos teóricos adquiridos em sala nas diversas disciplinas ministradas com a aplicação prática no campo de trabalho, estimulando e motivando o aluno a adquirir e buscar cada vez mais o conhecimento. Esta atividade ocorreu no segundo semestre de 2009, onde os alunos saíram da instituição do campus de olarias ás 07h30minh da manhã, iniciando as atividades no clube atlético em Curitiba ás 10h00minh onde se mantiveram em atividade até ás 13h30minh, seguindo para um almoço de confraternização da turma com os fisioterapeutas do atlético retornado para a instituição ás 17h00minh. A avaliação dos acadêmicos se iniciou com um trabalho realizado em sala, onde os acadêmicos através de pesquisa em artigos científicos elaboraram e apresentaram um trabalho sobre a incidência de lesões no jogador de futebol profissional e tecnologia na reabilitação desportiva, com este trabalho ocorreu um preparo inicial para o melhor aproveitamento da visita ao centro de reabilitação do clube atlético, bem como deu maior base para que estes alunos pudessem participar da palestra e dos debates com maior conhecimento. Após a visita os alunos foram novamente reunidos em sala para discutirem as novas experiências vivenciadas e também entregaram um relatório individual sobre o conteúdo aprendido com a visita, fechando-se assim a nota total. Os alunos no geral demonstraram bom conhecimento durante as atividades, empolgação, participação e bastante entusiasmo atingindo de forma bastante satisfatória os objetivos da atividade, refletindo de forma bastante positiva durante o resto do semestre onde os alunos se mantiveram bastante participativos e com uma visão mais critica sobre os assuntos abordados. Palavras-chave: Reabilitação, futebol, fisioterapia. 33 ESCOLA DE POSTURA2 Vanessa R. Gomes Méier Fisioterapia O projeto escola de postura realizado com os alunos do segundo período do curso de fisioterapia na disciplina de BMTA (Bases e métodos de avaliação em fisioterapia) visou realizar a avaliação postural de crianças de primeira a quarta séries do ensino fundamental (em média 200 crianças) com o objetivo de identificar as principais alterações de postura nesta faixa etária, bem como ao final de todas as avaliações das crianças os acadêmicos entram em sala para realizar palestras de orientação postural com o objetivo de informar quanto às conseqüências das alterações posturais para a saúde, incentivar alunos à prática de atividades físicas diárias e destacar seus benefícios em relação à adoção de uma boa postura, além de oportunizar aos professores e alunos da escola, técnicas de prevenção e incentivo a uma postura correta e saudável. Este projeto proporciona aos acadêmicos de Fisioterapia a possibilidade de aplicar seus conhecimentos teóricos, o qual o aluno se sente mais estimulando e motivado a estudar e entender o conteúdo, pois terá que além de recebê-lo em sala, pesquisar e dominar o assunto para poder aplicá-lo na prática e também coloca o aluno desde cedo mais próximo da atividade prática profissional, estimulando o contato terapeuta paciente tão esperado 2 Trabalho premiado no concurso Professor em Ação – 1º colocado. pelos acadêmicos dos primeiros períodos. As atividades ocorreram nas escolas Zanoni Rogoski e Kazuko Inoue, onde os acadêmicos em duplas utilizando uma ficha de avaliação postural (previamente desenvolvida entre os acadêmicos) avaliaram individualmente cada criança sob a minha supervisão direta permanecendo por um período total de duas horas para a avaliação de todas as crianças e trinta minutos para a execução das palestras, as quais os acadêmicos previamente divididos em grupos entram em cada sala de aula e ministram suas palestras e/ou dinâmicas de orientação postural. A avaliação dos acadêmicos se iniciou com a elaboração e apresentação do plano de aula, referente à forma e conteúdo que seriam ministradas as palestras na escola e ao final do trabalho os alunos se reuniram novamente em sala, para discutirmos as diversas experiências da visita e então, juntando todas as fichas de avaliação, fizeram a interpretação dos resultados coletados nas avaliações posturais e transformam em um artigo, estimulando o contato com a pesquisa. Os alunos no geral demonstraram bom conhecimento durante as atividades, empolgação, participação e bastante criatividade atingindo de forma bastante satisfatória os objetivos da atividade. Palavas-chave: Postura, prevenção, crianças, fisioterapia 34 TRILHA INTERPRETATIVA ECOLÓGICA: UMA CONTRIBUIÇÃO À EDUCAÇÃO AMBIENTAL Paulo Rogério Borszowskei Tecnologia em Gestão Ambiental GESTÃO AMBIENTAL O município de Ponta Grossa é constituído basicamente pela mão de obra agrícola, no entanto, o descaso com o meio ambiente em pontos urbanos e rurais é alarmante, muitas vezes isso ocorre por questões econômicas, culturais e desinformação. A Educação Ambiental assim proposta contribui com a discussão do tema transversal Meio Ambiente como uma das vias de solução de problemas ambientais, com enfoques interdisciplinares, envolvendo diversos segmentos, através da participação responsável de sujeitos e de comunidades. Entende-se que ações isoladas não conseguem solucionar todos os problemas, mesmo porque certas soluções demandam de ações conjuntas e com metodologias especificas. Neste contexto, a atividade teve como objetivo realizar debate reflexivo “in loco” com grupos de alunos, moradores da região circunvizinha, professores e monitores, com escopo de diagnosticar situações degradantes e visualizar alternativas viáveis para a conservação do ecossistema, desenvolver sistema de treinamento para acadêmicos através de estudos sobre conceitos ambientais, partindo dos seus conhecimentos, sugerir ações favoráveis ao meio ambiente permitindo avaliações comparativas, na trilha e em outros espaços ambientais, estimular a 35 auto-avaliação, perceptiva, reflexiva e participativa de âmbito conservacionista ambiental, proporcionando o desenvolvimento de habilidades e competências para a função de tecnólogo em Gestão Ambiental. No ano de 2010, com o propósito de diversificar a metodologia de aprendizagem, foi utilizado um espaço com características paisagísticas variadas e atrativas, potencialidades didáticas e com localização privilegiada que possui o Instituto Agronômico do Paraná - IAPAR. A conscientização e a reflexão buscaram ampliar o número de acadêmicos às causas de conservação de espaços naturais. Essa iniciativa intentou atender interesses de gestores ambientais e da população, para que possam desfrutar desse privilégio que hoje ainda tem-se. A metodologia utilizada foi: explanação geral sobre a importância da preservação de áreas situadas no urbano-rural (início do percurso, formalizando avaliação inicial, obtendo um ponto de referência), percorrer cinco quilômetros de trilha ecológica situada na Mata Atlântica do IAPAR (neste percurso ocorreu discussões sobre fauna, flora, ambiente edáfico e aquático) contemplando conhecimentos já adquiridos nas unidades curriculares de Ecologia, Geologia e Educação Ambiental (módulo I), Estatística, Estudos da flora, Ecologia aquática e Manejo e Recuperação de Áreas Degradadas (Módulo II). Como recurso humano foi utilizado o conhecimento prévio dos acadêmicos, moradores locais, professores e monitores do IAPAR, utilizando-se da interdisciplinaridade e multidisciplinaridade. O resultado foi observado através de indagações avaliativas realizadas pelos professores e monitores ao final do percurso para alunos e moradores. As interações disciplinares e humanas com o meio ambiente proporcionaram um diagnóstico preliminar das situações degradantes, visualização de alternativas para a conservação deste ecossistema, discussão sobre bases conceituais ambientais, estímulo a auto-avaliação e percepção conservacionista. Conclui-se que a atividade elaborada com tema transversal Meio Ambiente, utilizando a metodologia pesquisa-ação, atende ao processo de educação participativa, envolvendo comunidade, instituição de ensino e instituição de pesquisa, sem os quais não há educação ambiental, onde o ensino se processa como uma via de mão dupla ensina-se aprendendo e aprende-se ensinando. Palavras-chave: Transversalidade; Interambiental; socioambiental. 36 CONHECENDO A COMPOSIÇÃO DO SOLO E SUAS TEXTURAS Paulo Rogério Borszowskei Tecnologia em Gestão Ambiental A textura do solo é avaliada no campo através do tato, pela sensação ao esfregar um solo úmido entre os dedos. A areia provoca sensação de aspereza (como areia da praia), o silte de sedosidade (como talco) e a argila de pegajosidade. Raramente, encontra-se um solo que seja constituído de apenas uma fração granulométrica. Desse modo, surgem as classesde textura, procurando definiras diferentes combinações de argila, silte e areia. É importante explicar aos alunos que o solo não é apenas o produto de um volume de granulometrias misturadas, ou seja, é apenas a montagem de uma hipotética constituição do solo. Atendendo aos Parâmetros Curriculares Nacionais de Ciências naturais, o qual se aplica a metodologia de prática, o objetivo desta experiência foi a comparação de diferentes tipos de solo, para identificar suas características: presença de água, areia e argila que variam em proporção na constituição de cada solo. A prática foi realizada em 2011, com os acadêmicos do módulo 3, unidade curricular de Manejo ecológico do solo. Os acadêmicos trouxeram 500 gramas de solo em sacola plástica e dividiuse a sala em dois grupos: Grupo 1; responsável por providenciar: 2 copinhos (de café) com pedras (pequenas – até 6 mm de diâmetro); 4 copinhos (de café) com areia grossa (construção); 5 copinhos (de café) com areia fina (construção); 1 copinho (de café) com argila de modelar ou solo argiloso, previamente seco e triturado; 1 a 2 copinhos (de café) com água; 1 bacia de plástico e argila seca em forno convencional e triturada com garrafa de vidro. Grupo 2: 1 copinho (de café) com areiagrossa (construção); copinho (de café) com areia fina (construção); 7 copinhos (de café) com argila de modelar ou solo argiloso, previamente seco e triturado; 1 a 2 copinhos (de café) com água; 1 bacia de plástico. Cada grupo recebeu materiais diferentes. Os alunos formaram uma mistura homogênea dos materiais recebidos dentro da bacia. Os grupos formaram “solos” de diferentes composições granulométricas, sendo que o primeiro grupo criou um “solo” arenoso e o segundo um solo argiloso. Os alunos tatearam o solo e descreveram em uma folha de papel a sensação percebida ao manuseálo. Em seguida, os grupos lavaram as mãos e trocaram suas bacias, de modo que manuseassem um solo de constituição e textura diferente daquela que eles criaram, assim perceberam a diferença, anotando novamente a sensação. Estas anotações serviram de base para a resolução das questões propostas na atividade (Porque alguns solos são ásperos e outros são mais macios e pegajosos? Quais as semelhanças e diferenças percebidas entre os solos através de seu manuseio e observação? Fazer a classificação dos solos trazidos de casa através da descrição de suas características granulométricas (percebidas principalmente através do tato e visão, e também pela audição) e posterior comparação entre os solos 37 descritos. Ao final, os acadêmicos perceberam que o solo é composto de frações (granulometria), ar e água evidenciando a formação. Palavras chave: Pedogênese; fatores; processos de formação. 38 AULA EM CAMPO: UTILIZANDO A PERCEPÇÃO AMBIENTAL COMO FERRAMENTA DIDÁTICA NA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS DO AMBIENTE Karine Dalazoana Curso de Medicina Veterinária MEDICINA VETERINÁRIA Assim como as demais disciplinas voltadas ao estudo do meio ambiente e suas relações, a Disciplina de Ciências do Ambiente tem como laboratório uma infinidade de ambientes e paisagens, naturais ou antrópicas, que oferecem informações valiosas na práxis da conservação ambiental e busca de um desenvolvimento que se possa chamar de sustentável. Para tanto, é necessário que este potencial natural seja explorado e possa ser utilizado como instrumento didático, constituindo uma importante ferramenta de ensino no campo das Ciências Biológicas e Naturais. Quando realizadas conforme os princípios da percepção ambiental (Del Rio e Oliveira, 1996), as aulas de campo se prestam com excelência à compreensão da dinâmica dos processos naturais e da configuração espacial das paisagens, por parte dos alunos que, numa lógica construtivista, passam a enxergar o que os cerca com outros olhos. O presente relato trata da experiência realizada com alunos do quarto período de Medicina Veterinária, em aulas de campo no Município de Ponta Grossa, majoritariamente no distrito de Itaiacoca, região onde se localiza o Parque Nacional dos Campos Gerais, no primeiro semestre de 2011. A partir das aulas em campo realizadas na região dos Campos Gerais, pode-se compreender de uma forma empírica como estão 39 estruturados os sistemas produtivos regionais e qual a sua relação com a atual configuração das paisagens observadas, assim como realizar um diagnóstico do estado de conservação dos recursos naturais e ecossistemas da região, numa abordagem holística. A avaliação se deu através da confecção de relatório de campo em equipes de cinco alunos que puderam organizar as informações e observações, assim como se utilizar de pesquisa bibliográfica e imagens obtidas em campo para complementar o mesmo. Concomitante à entrega do relatório de campo realizou-se, em sala de aula, uma autobiografia coletiva (Oliveira e Assis, 2009) acerca da aula de campo. O momento da autobiografia coletiva se faz importante, pois é uma oportunidade dos alunos compartilharem as suas representações individuais das paisagens e problemáticas observadas, enriquecendo o seu arcabouço conceitual sobre assunto. Além dos conteúdos da disciplina, como os processos ambientais, a geomorfologia, fauna e flora, áreas de risco, infringências à legislação ambiental vigente, são compartilhadas vivências e impressões por parte de cada aluno. Desse modo, pode-se afirmar que as aulas em campo voltadas à percepção ambiental são bastante enriquecedoras e se prestam como efetivas ferramentas na compreensão das ciências ambientais, trazendo aos alunos um universo mais palpável, uma vez que os mesmos conseguem abstrair os exemplos utilizados em aula e observar in loco a dinâmica dos ambientes. É importante lembrar que a tal metodologia de trabalho está sendo empregada na disciplina no segundo semestre de 2011, visto ter suscitado bons resultados na primeira experiência, até o momento a receptividade dos alunos tem sido proveitosa. Palavras chave: percepção ambiental, aula em campo, Ciências do Ambiente. 40 MODELOS SUBSTITUTIVOS NO ENSINO DE FISIOLOGIA ANIMAL. Carlos Eduardo Coradassi Medicina Veterinária A utilização de animais com objetivos didáticos em Fisiologia Animal é uma constante em várias instituições de ensino superior no Brasil. Propondo uma concepção de disciplina “limpa” sob o ponto de vista da vivissecção. Foi proposto aos acadêmicos do terceiro período de Medicina Veterinária como parte da avaliação que desenvolvessem modelos substitutivos funcionais relacionados a fisiologia animal. Os mesmos formaram 16 equipes de 4 acadêmicos cada por afinidade. Para desenvolvimento dos modelos substitutivos foram sorteados os seguintes sistemas: Urinário, Nervoso, Endócrino, Cárdio Vascular, Reprodutivo Masculino/Feminino, Digestório de Ruminantes e não Ruminantes, Muscular, Endócrino e respiratório. Os modelos deveriam abordar os sistemas como um todo ou em partes específicas e não poderiam utilizar materiais de origem animal sendo indicado o uso de materiais recicláveis e reaproveitados. O acompanhamento do desenvolvimento dos modelos foi semanal. O tempo requerido para o desenvolvimento dos modelos, desde o planejamento, estudo e execução foi de 12 semanas. Os modelos forma apresentados em data pré-agendada, sendo a mesma documentada e avaliada em conjunto com professores de disciplinas correlatas e entidades de proteção animal. Foram realizadas duas perguntas fechadas com espaço para comentário ao final da proposta: 1- Se o acadêmico sentiuse penalizado na disciplina por não desenvolver práticas “invasivas” com animais. 2- Se o acadêmico concorda com a eficiência da confecção dos modelos substitutivos. Com relação a primeira pergunta de um universo de 64 acadêmicos (92%) acreditam que não foram penalizados por não desenvolver práticas “invasivas”. Com relação a segunda questão os acadêmicos apresentaram índice de 95% concordando com a eficiência da utilização de modelos substitutivos. Foi realizada análise de discurso e a idéia central apresentada pelos acadêmicos evidenciou que o investimento em estudo e a construção do conhecimento na proposta foi mais didático e assimilativo. As atividades de substituição foram realizadas sob concepção e minha responsabilidade durante os anos de 2008 e 2009 ( 4 turmas ), sendo que recebemos diversas manifestações de outras instituições a respeito da pratica pedagógica inclusive nos proporcionando a participação como palestrante e coordenador da oficina de Métodos Substitutivos no I Simpósio Internacional Experiências de Agenda 21: Os Desafios do nosso tempo em novembro de 2009. A prática ainda hoje é desenvolvida em nossa grade curricular e já foi repassada a diversos cursos de outras instituições tais como Ciências Biológicas, Medicina e Medicina Veterinária. Palavras-chave: Substituição, Animal, Fisiologia, Educação 41 MONTAGEM DE ESQUELETOS PARA AS AULAS PRÁTICAS DE ANATOMIA VETERINÁRIA João Luiz Androukovitch, M. Sc. Curso de Medicina Veterinária. O desenvolvimento de aulas práticas de Anatomia Animal na Medicina Veterinária tem como objetivo desenvolver no aluno a habilidade de reconhecer e comparar estruturas em diferentes espécies animais. Estas atividades incluem o estudo em cadáveres dissecados, formalizados e preparados com diferentes técnicas, uma delas consiste no preparo de esqueletos para o estudo comparativo dos ossos. Durante o ano de 2011, foram recebidos no laboratório de anatomia veterinária um tucano, um jabuti, um furão, periquitos e outras aves além de outros animais domésticos como cães, coelhos, eqüinos e bovinos. Após a triagem e identificação os animais menos danificados são separados para a técnica. O jabuti, o tucano, o coelho e um periquito foram escolhidos para o preparo dos primeiros esqueletos. A partir da escolha os cadáveres foram colocados em bandejas plásticas e dissecados de modo a remover as vísceras. Após este preparo inicial procedeu-se a remoção das massas musculares cuidadosamente mantendo o mais integras possível de estruturas ósseas e articulações. Este minucioso trabalho incluiu a maceração a quente que consiste em imergir o esqueleto em água fervente e água oxigenada 200V, mantendo-o por alguns segundos para que a maceração se complete. Segue-se o processo de desidratação usando fubá de milho e novas raspagens para remoção completa de músculos, neste momento são retiradas também as cartilagens articulares externas mantendo-se apenas as que unem os ossos através de suas extremidades. A finalização da técnica é feita através do clareamento usando água oxigenada e exposição ao sol ou iluminação artificial. Assim os esqueletos são fixos em placas de madeira com diferentes dimensões, de acordo com seus tamanhos e expostas ao público. Esta técnica possibilita a manutenção dos esqueletos de maneira articulada evitando a colocação de pinos, arames e o uso de cola o que retira a estética natural da peça e interfere na identificação de estruturas anatômicas. A avaliação final inclui a apresentação dos materiais em exposição aos demais alunos da disciplina, fazendo breves comparações sobre a constituição do esqueleto trabalhado e das demais espécies domésticas já existentes e usadas como rotina em práticas no laboratório. Podemos notar nos alunos que realizaram esta prática o desenvolvimento de movimentos mais delicados e apurados, preparando o aluno para atividades em disciplina futuras com realização de práticas cirúrgicas, diagnósticas e reparativas mais precisas. Estimula também o desenvolvimento do trabalho em grupo importante para a vida acadêmica e profissional. Palavras-chave: Esqueletos, Maceração, Anatomia Veterinaria. 42 PROJETO PRÁTICAS EM NUTRIÇÃO ESPORTIVA3 Lorene Simioni Yassin Curso de Nutrição NUTRIÇÃO O projeto Práticas em Nutrição Esportiva foi desenvolvido com o objetivo de proporcionar vivência prática aos acadêmicos do sexto período que cursam a disciplina Nutrição Aplicada ao Esporte. A motivação para o desenvolvimento dessa atividade se deve à possibilidade de conhecimento prático aos acadêmicos e ainda pelo contato com um público que são potenciais futuros alunos do Curso de Nutrição. Esse projeto está em sua primeira edição. Foi desenvolvido em 36 horas das 72 horas propostas na disciplina, no período de julho a outubro de 2011, em três locais: academia de bailarinos Angellus, time de basquete juvenil do Sepam e Operário Ferroviário Esporte Clube. A turma foi dividida em 3 grupos, os quais eram responsáveis por fazer avaliação nutricional completa dos atletas desses locais. Após avaliação um relatório do diagnóstico nutricional do grupo foi elaborado e enviado ao responsável pelo grupo com um plano de ação para os problemas nutricionais detectados nos grupos. Com a autorização do responsável pelos atletas o plano de ação foi executado pelos acadêmicos sobre supervisão do professor da disciplina. As ações previstas eram orientações individuais, dinâmicas de grupo envolvendo alimentação e 3 Projeto premiado no concurso “Professor em Ação” 43 atividades de educação nutricional em grupo. O resultado pós ação foi coletado através de questionários e registros alimentares e os mesmos foram discutidos em redação no formato de artigo científico, que gerou 3 artigos aptos à publicação em periódicos da área. Através da elaboração do artigo e visível motivação dos alunos para o desenvolvimento desse trabalho foi possível avaliar o projeto como suficiente para proporcionar vivência prática na área de nutrição esportiva. Palavras esportiva, atletas. – chave: nutrição avaliação nutricional, FESTIVAL GASTRONÔMICO – DIETAS ESPECIAIS 4 Michelly Rossi Nutrição O Festival Gastronômico 2011, desenvolvidopelo terceiro período do curso de Nutrição na disciplina de Técnica Dietética, procurou mostrar à população atendida que mesmo em condições de restrição de algum tipo de nutriente pode-se ter uma dieta equilibrada, saborosa e atrativa. Foi realizado no dia 25 de maio de 2011, tendo como base o Supermercado Tozetto – Uvaranas, onde os alunos divididos em cinco equipes desenvolveram pratos específicos para alguma patologia (diabetes, hipertensão, dislipidemia, doença celíaca e intolerância à lactose). Para a realização deste trabalho cada grupo desenvolveu uma pesquisa bibliográfica sobre o seu tema e escolheu uma receita para testar e posteriormente oferecer ao público. Na data da apresentação utilizaram mesas para expor os seus produtos, banners descrevendo a patologia e distribuíram folders aos interessados. Cada equipe usou a criatividade para desenvolvero material de apoio, o que pode ser visto nas fotos em anexo. As equipes foram avaliadas por uma equipe julgadora através de seus conhecimentos: apresentação do tema, material de apoio, escolha das receitas e análise sensorial. Os três primeiros lugares foram premiados com um 4 Trabalho premiado no concurso “Professor em Ação” 44 troféu, sendo que os resultados foram os seguintes: - 1º lugar: Diabetes - 2º lugar: Hipertensão - 3º lugar: Dislipidemias Neste trabalho, os alunos puderam perceber a importância do profissional Nutricionista para informar, esclarecer dúvidas e corrigir hábitos. Também foi importante este contato, pois a população tem muita informação e instiga os alunos a estudarem e pesquisarem cada vez mais, já visualizando habilidades para alguma área específica após o término do curso. 45 ODONTOLOGIA PARTE DA DOCÊNCIA É DESPERTAR NO ALUNO O DESEJO DE APRENDER Elcy Pinto de Arruda Curso de Odontologia Este texto mostra uma experiência realizada na disciplina de Introdução às Clínicas Odontológicas do curso de Odontologia. Nessa disciplina os alunos têm aulas expositivas e um estágio observacional na clínica do último período do curso. Entretanto, houve uma mudança neste método, que surtiu um ótimo efeito motivacional, mudando o comportamento da turma. O primeiro período da faculdade reúne jovens que irão experimentar o início de suas carreiras, e alguns não têm maturidade suficiente para entender isto. Em virtude deste fato, alguns podem se desmotivar durante este período, principalmente se nós professores formos extremamente expositivos, ou seja, focarmos nossas aulas em conteúdo sem deixar espaço para a criação, deixando o aluno muito passivo, copiando muita matéria sem possibilidade de criar, de se manifestar, de discutir, debater, de ser ouvido como dono de uma idéia. Esta preocupação me motivou a criar um ambiente que exercesse influência no desenvolvimento deste aluno. Então pensei em inserir meus alunos do primeiro período na clínica Odontológica, promovendo o contato direto deles com a Odontologia. Meu objetivo era, por meio desse contato com a clínica, estimular e desenvolver seus planos, suas capacidades e assim sua inteligência, para eles aprenderem a aprender. 46 O método que utilizei foi simples: primeiro levei-os para a clínica da especialização de Ortodontia, onde ficaram no mesmo ambiente de pessoas já graduadas e sentiram a dinâmica de um ambiente clínico. Na outra semana, retornaram à clínica da graduação e, em dupla, um aluno faria uma profilaxia no outro após minhas instruções de como proceder. Foi a primeira vez que vestiram branco, paramentaram-se e tocaram em um equipamento odontológico imaginando-se cirurgiões dentistas. A clínica agora era deles. Fizemos isto por três semanas no horário da minha disciplina de Introdução às Clínicas Odontológicas. Os resultados obtidos com esta prática repercutiram até aos alunos dos outros períodos que vinham elogiar o fato do primeiro período já estar na clínica e lamentavam não ter sido assim com eles. Entre os alunos do primeiro período o sucesso foi maior do que eu imaginava, pois queriam mais dias de clínica, entretanto não foi possível. Mas o meu objetivo já estava atingido! A maiêutica socrática em que uma idéia nasce e por meio de diálogo argumentativo é lapidada foi o tom de minhas conversas com estes jovens. Num horário fora da aula os recebi na clínica da especialização de Ortodontia novamente, estava claro que queriam sentar no mocho e acionar o micromotor. Estavam estimulados, tinham experimentado a Odontologia e já não cabiam como observadores na clínica de Ortodontia. Na minha visão, esta atitude conseguiu motivar até o aluno passivo. No final dei os parabéns a todos e deixei claro que não mais importava a nota, pois agora eles sabiam o que tinham vindo fazer aqui na faculdade. Palavras-chave: Educacional, Docência, Motivação Odontologia, 47 HOJE A AULA É DE VOCÊS! Camila T. Kluppel Produção Publicitária PRODUÇÃO PUBLICITÁRIA O começo é sempre o mesmo, o professor entra em sala, se apresenta e pede para que cada aluno fale seu nome, onde trabalha e qual aexpectativa com a disciplina. Em um início de semestre da disciplina de marketing a apresentação precisava ser diferente. Foi lançado o desafio: na aula seguinte todos aqueles que já trabalhassem com publicidade estavam convidados a fazer uma palestra para apresentar seu trabalho aos colegas. Ganharam a oportunidade de dividir suas histórias, contar como tudo começou, quais foram os erros, aprendizados e conquistas, mostrar os trabalhos que já tinham realizado. Chegou o dia, cadeiras em formato de auditório, concentração total dos colegas. Começou o show! Cada um com sua especialidade, falando daquilo que sabe fazer. Jimmy é o primeiro, apresenta suas animações em 3D, conta toda a rotina de um editor de vídeos. Angela dá sequência à apresentação e mostra como é o trabalho de um profissional de mídia e todas as suas atribuições. Maria surpreende ao apresentar seus trabalhos de produção de fotografia. Harin Lemes, blogueiro da sala, conta como foi a trajetória para alcançar os 50 mil acessos diários em seu Blog Cogumelo Louco e fazer do hobby uma profissão lucrativa. E Hallorino, o artista da sala, conta como fez para se tornar um dos vloggers mais acessados do youtube. Em meio às apresentações muitas perguntas, curiosidades e 48 elogios surgiam dos colegas empolgados com o que estavam aprendendo. Mesmo convivendo quase todos os dias juntos, descobriram que pouco se conheciam. Surpreenderam-se ao se dar conta do que eram capazes se usassem seus talentos juntos como uma equipe, um time. A aula não tratava de algum conteúdo específico, mas o aprendizado daquele dia tinha sido diferente para todos, inclusive para a professora que mais uma vez confirmou que ensinar para essa nova geração é um exercício constante de reinvenção e aprendizado. Palavras-chaves: aprendizado coletivo, experiências interação, troca de SHOW DE STAND UP COMEDY5 Camila T. Kluppel Produção Publicitária A ideia de unir humor às aulas de redação publicitária surgiu a partir da percepção dos talentos criativos presentes em sala de aula e da admiração dos alunos pelo Stand Up Comedy, estilo de humor em grande ascensão no país. A atividade foi desenvolvida com o objetivo de estimular o desenvolvimento de habilidades de comunicação escrita e oral nos acadêmicos do primeiro período de Produção Publicitária. Os alunos foram incentivados a produzirem roteiros para uma apresentação Stand Up Comedy, utilizando as técnicas de redação aprendidas em aula. A primeira etapa da atividade contemplou pesquisa na internet sobre o estilo de humor “stand up comedy”, seguido de brainstorming, técnica de levantamento de ideias, para identificar situações do dia-a-dia que poderiam ser abordados nos textos. Com diversos temas identificados, os alunos partiram para a produção dos textos humorísticos e apresentações em sala. Durante as exposições os alunos puderam contribuir para o aperfeiçoamento do texto dos colegas, dando sugestões e fazendo questionamentos. Para finalizar a atividade, foi firmada uma parceria com o Grupo de Stand Up Comedy Comédia S/A, que abriu um espaço para que o aluno que mais se 5 Trabalho premiado no projeto “Professor em Ação” 49 destacasse nas apresentações tivesse a oportunidade de se apresentar com o grupo no Empório Avenida, uma das principais casas de show da cidade. O aluno escolhido pela turma foi Alorino Geraldo Machado Junior, que se apresentou no dia 28 de maio de 2011. Praticamente toda a turma prestigiou a apresentação, proporcionando também momento de integração entre os colegas. Após a apresentação, Alorino passou a integrar o grupo de comédia, realizou diversas apresentações em Ponta Grossa e outras cidades e foi convidado a assumir um quadro humorístico em programa de televisão local. Com essa atividade avaliativa foi possível integrar técnica e prática de forma criativa, bem humorada e envolvente, além de estimular o gosto pela escrita e o desenvolvimento de habilidades de comunicação oral. O projeto foi um sucesso! Possibilitou a descoberta de muitos talentos dentro da sala de aula, motivou a integração e admiração entre os colegas e divulgou o curso e a instituição para a comunidade. Não há nada mais recompensador para o professor saber que, de alguma forma, promoveu a transformação na vida e no futuro de seus alunos. Palavras-chaves: redação publicitária, stand up comedy, integração 50