CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS
CESCAGE
FACULDADES INTEGRADAS DOS CAMPOS GERAIS
CADERNO DE FORMAÇÃO CESCAGE
PROFESSOR EM AÇÃO: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO ENSINO
SUPERIOR
ORGANIZAÇÃO
COORDENAÇÃO GERAL DE GESTÃO ACADÊMICA
Jaqueline de Morais Costa
Bernadete Aparecida Silveira
Jaime Alberti Gomes
DEZEMBRO/2011
Catalogação na publicação elaborada pela Divisão da Biblioteca Central
do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais
P963
Professor em ação: práticas pedagógicas no Ensino Superior / Jaqueline de Morais Costa,
Bernadete Aparecida Silveira, Jaime Alberti Gomes. (Organizadores)– [Ponta Grossa],
2012. (Caderno de Formação CESCAGE). v.1. 49 p.
ISSN: 2316-2945
1. Políticas Pedagógicas no Ensino Superior 2. Professor 3. Cursos do Ensino
Superior. I COSTA, Jaqueline de Morais. II SILVEIRA, Bernadete Aparecida. III GOMES,
Jaime Alberti.
CDD 371.3
APRESENTAÇÃO
Este Caderno de Formação tem como objetivo divulgar entre alunos e
professores do CESCAGE,
bem como para a comunidade externa,
experiências pedagógicas desenvolvidas em sala de aula nos diferentes cursos
de Graduação.
A justificativa desta publicação ocorreu devido a freqüência em que
recebemos de professores e acadêmicos relatos de atividades em sala de aula
que surtiram resultados maravilhosos entre os estudantes do CESCAGE.
Assim, compreendemos que além de docentes, temos excelentes professorespesquisadores da própria prática, ou seja, que refletem, experienciam e
avaliam formas de melhorar a qualidade do processo ensino-aprendizagem,
tornando com isso o período de formação do acadêmico muito mais
significativo.
Com o intuito de divulgar práticas desenvolvidas pelos nossos
professores, foi lançado em comemoração ao dia do professor, no ano de
2011, o projeto “Professor em Ação”. Todas as atividades inscritas pelos
professores estão presentes nesta publicação.
Agradecemos a todos os docentes do CESCAGE que contribuíram
para o sucesso deste trabalho!
Coordenação Geral de Gestão Acadêmica.
SUMÁRIO
ADMINISTRAÇÃO ............................................................................................. 5
Projeto “Jogos De Empresas” 2011 ................................................................... 5
AGRONOMIA..................................................................................................... 7
Painel Integrado ................................................................................................ 7
Visita Técnica ......................................................................................................8
Viagem Técnica a Iguaçú Celulose Em Piraí do Sul ........................................ 10
Aula Prática de Dentrometria ........................................................................... 11
Aula Prática de Seleção Natural....................................................................... 13
Perfil Fitopatológico .......................................................................................... 14
Trabalho com Dinâmica de Grupos em Sala de Aula....................................... 15
ARQUITETURA ............................................................................................... 17
O Exercício do Olhar ........................................................................................ 17
ENFERMAGEM ............................................................................................... 19
Eficácia Das Ações Comunitárias Em Empresas ............................................. 19
Promovendo Qualidade De Vida: Prevenção De Doenças Cardiovasculares
Através do Uso de Alimentos Funcionais ......................................................... 20
ENGENHARI CIVIL.......................................................................................... 22
Uma Nova Roupagem para o Ensino e a Aprendizagem do “Cálculo Diferencial
e Integral I” no Curso de Bacharelado em Engenharia Civil – Cescage........... 22
ENGENHARIA ELÉTRICA .............................................................................. 24
Às Alturas de um Imperador............................................................................. 24
Compreensão das Transmissões e Recepções de Sinais Analógicos e Digitais
Via Satélite Através de Torres e Antenas (Fixas e Moveis) Visita Técnica
Grupo Grpcom(Grupo Paranaense de Comunicação) TV Esplanada .............. 25
Medida da Eficiência de Equipamentos Elétricos ............................................. 26
FARMÁCIA ...................................................................................................... 27
Seminário Interativo ......................................................................................... 27
FISIOTERAPIA ................................................................................................ 29
Projeto Idoso Saudável, Idoso Feliz: Atividade Prática Supervisionada I......... 29
I Quiz Acadêmico! “Desafisio” Seus Conhecimentos... .................................... 30
Viagem de Estudo ao CT do Clube Atletico Paranaense/Curitiba ................... 32
Escola de Postura ............................................................................................ 33
GESTÃO AMBIENTAL .................................................................................... 34
Trilha Interpretativa Ecológica: Uma Contribuição à Educação Ambiental....... 34
Conhecendo a Composição do Solo e suas Texturas...................................... 36
MEDICINA VETERINÁRIA .............................................................................. 38
Aula em Campo: Utilizando a Percepção Ambiental como Ferramenta Didática
na Disciplina de Ciências do Ambiente ............................................................ 38
Modelos Substitutivos no Ensino de Fisiologia Animal..................................... 40
Montagem de Esqueletos para as Aulas Práticas de Anatomia Veterinária..... 41
NUTRIÇÃO ...................................................................................................... 42
Projeto Práticas em Nutrição Esportiva ............................................................ 42
Festival Gastronômico – Dietas Especiais ....................................................... 43
ODONTOLOGIA .............................................................................................. 45
Parte da Docência é Despertar no Aluno o Desejo de Aprender ..................... 45
PRODUÇÃO PUBLICITÁRIA .......................................................................... 47
Hoje A Aula É De Vocês!.................................................................................. 47
Show De Stand Up Comedy............................................................................. 48
5
PROJETO “JOGOS DE
EMPRESAS” 2011
Monalisa Rodrigues Zoldan
Curso de Administração
ADMINISTRAÇÃO
Numa
nova
fase
da
Empresa Junior do CESCAGE,
promovida a partir do 2º semestre
de 2011, nós professores do
Colegiado
do
Curso
de
Administração, juntamente com
nossa Coordenadora, professora
Hagata Smaha Farhat, elaboramos
uma proposta inovadora para
desenvolver com os acadêmicos de
6º período, na disciplina intitulada
Jogos de Empresas.
O objetivo do projeto foi
proporcionar a experiência prática
em gestão de negócios, desde o
planejamento,
economia,
organização, até o controle das
operações de uma empresa,
despertando nos acadêmicos o
espírito empreendedor, através de
uma visão real do mundo dos
negócios.
Justificou-se a aplicação do
projeto no Curso de Administração,
pela oportunidade de participação
de todos os acadêmicos do curso
nos trabalhos da Empresa Junior,
que até então não contava com a
participação efetiva dos nossos
alunos, mas apenas de um número
restrito destes, devido ao fato de
muitos trabalharem no período
vespertino.
Também,
pela
possibilidade de preparar
os
acadêmicos para o novo formato de
Trabalho de Conclusão de Curso,
chamado de Plano de Negócios,
que será implantado a partir do 1º
semestre de 2012.
Para tanto, foram abertas
duas
“mini-empresas”
que
concorrem
entre
si,
com
aproximadamente 22 acadêmicos
6
em cada uma delas. Foi realizada
uma eleição em ambas as “miniempresas” para organizar as
devidas estruturas: Presidente e as
diretorias de Finanças, Marketing,
Gestão de Pessoas e Produção,
áreas vistas como foco da gestão.
Os demais acadêmicos foram
alocados nos respectivos setores
como
estagiários, realizando
semanalmente um rodízio nas
funções.
As
atividades
desenvolvidas foram planejadas
para as 18 semanas letivas do
semestre, com uma carga horária
de 72 horas/aula, sendo 4 horas
semanais, tendo iniciado em 19 de
julho e com término previsto para 29
de novembro.
As
empresas,
capitalizadas através da venda de
100 ações (com preço entre R$ 5,00
a R$ 7,00), foram incumbidas de
realizar uma pesquisa de mercado
para definição do produto a ser
fabricado. Após esta definição, as
“mini-empresas”
iniciaram
a
produção de pulseiras femininas,
tendo como matéria-prima garrafas
pet recicladas.
Todas as semanas a
produção é distribuída entre os
membros das “mini-empresas”, para
serem vendidas e na semana
seguinte é realizado as devidas
contabilizações. Da mesma forma
são avaliados os processos de
produção, qualidade, gestão de
recursos materiais, finanças, assim
como a gestão de pessoas. Em
assembléia
final
que
será
organizada pelas “mini-empresas”,
no dia 22 de novembro, serão
apresentados
os
respectivos
resultados
econômicos
e
financeiros, em forma de relatório
aos
acionistas
e
demais
convidados.
Os impostos que uma
empresa
real
recolhe
aos
respectivos
órgãos
Federais,
Estaduais e Municipais, serão
doados pelas “mini-empresas” à
duas instituições de caridade do
município de Ponta Grossa. Já os
pagamentos dos salários e impostos
trabalhistas serão revertidos à
comissão de formatura da turma.
Ganhará o jogo, a empresa que
apresentar os melhores resultados.
Palavras-chave:
Jogos
de
Empresas,
Gestão,
Empreendedorismo,
Inovação,
Mediação.
7
PAINEL INTEGRADO Patrícia
Ribeiro Neves Tinti Agronomia4° Período Noturno
AGRONOMIA
O Painel integrado foi aplicado na
disciplina de Fundamentos de Nutrição
Animal com o 4º período do curso de
Agronomia. Os alunos têm idade entre 30 e
50 anos, a maioria possui trabalho dentro
da área, restando o período noturno para
se dedicarem ao curso.
Geralmente os alunos chegam na
sala de aula cansados, e embora algumas
disciplinas eles apresentem mais afinidade
por trabalharem na área Agronômica,
muitos apresentam dificuldades, pois
voltam a estudar numa média de 10 anos
após término do segundo grau (colegial).
Muitos perdem os primeiros minutos de
aula por se deslocarem de cidades
próximas, o que dispersa o andamento do
inicio da aula e atrapalha no entendimento
dos conteúdos.
Existem muitas dificuldades na
disciplina de Nutrição Animal, pois a
disciplina envolve conceitos que o curso de
Medicina Veterinária aborda, como por
exemplo, as partes do Sistema Digestório
dos Animais. Este conteúdo geralmente é
abordado no início da disciplina e assusta
muito os alunos, pois eles possuem
disciplinas muito voltadas para a área
vegetal, tais como a fisiologia, bioquímica e
anatomia vegetal. Poucas disciplinas
abordam o estudo dos animais, como
fisiologia, anatomia e bioquímica animal.
Desta forma houve a necessidade de se
aplicar um trabalho, conhecido como Painel
Integrado, em que os próprios alunos
buscam as informações as quais eles
possuem maior afinidade.
O objetivo desta atividade
foi repassar um conteúdo dentro da
disciplina de Nutrição Animal de
importantíssimo valor ao longo do
curso de Agronomia. O grupo era
composto de 25 alunos do primeiro
semestre de 2011, com o conteúdo
Diferenças no Sistema Digestório
8
das
Espécies
de
Interesse
Zootécnico. Esta turma apresentava
4 aulas semanais, sendo 2 aulas na
quinta-feira e 2 aulas na sexta-feira,
o que dificultava em partes trabalhar
um conteúdo na sua totalidade.
Portanto decidi que para esse
conteúdo seria aplicado o Painel
Integrado.
Nas duas primeiras aulas fiz
um resumo no quadro de giz, onde
abordei em tópicos todo o conteúdo
que gostaria que os alunos
aplicassem no Painel. Ao final da
explicação, os alunos copiaram o
conteúdo e expliquei como seria a
atividade do Painel na próxima aula.
Levei as cartolinas, pincel atômico
com três cores e pedi para eles
resumirem o assunto abordado no
dia anterior, da forma como eles
achassem mais fácil.
Como o assunto envolvia 3
espécies
animais,
ruminantes,
monogástricos e aves, eu separei a
turma em 3grupos
com sete
alunos/grupo, onde cada grupo iria
explicar através dos painéis o
conteúdo abordado anteriormente.
A exigência era de que eles
usassem desenhos das espécies
repassando as informações através
do painel. Após confecção dos
painéis um integrante do grupo seria
escolhido para explicar o assunto
utilizando o painel que o grupo
confeccionou em sala de aula. Os
resultados
apresentados
pela
atividade foram satisfatórios, visto
que houve grande interesse pelos
alunos na atividade.
Os painéis ficaram bem
feitos, os alunos utilizaram toda a
cartolina, fizeram desenhos e
esquemas que tinha passado a eles
e souberam abordar em tópicos os
assuntos mais relevantes do
conteúdo. Um integrante do grupo
fez a explicação do assunto
abordado no painel, e no final da
explicação,
outro
integrante
escolhido por eles complementou
alguma informação necessária. Foi
uma satisfação ver por parte dos
alunos interesse em tal assunto, já
que em outros anos a turma teve
dificuldades no mesmo conteúdo.
Palavras-chave: Agronomia, painel
integrado,
noturno,
conteúdo
minucioso.
9
VISITA TÉCNICA
Adriane Alfaro
Agronomia
Nos dias 06 e 07 de maio
de 2010, o 7° período do turno
integral, participou da viagem
técnica, planejada pelo Colegiado
do Curso, para os Municípios de
Pinhais, Morretes e Paranaguá
acompanhados pela Coordenadora
do curso e pela docente Daiane
Garabeli.
Conforme
o
roteiro
planejado, a visita iniciou no Centro
Paranaense de Referência em
Agroecologia – CPRA (Pinhais –
PR), onde fomos recebidos pelo
Coordenador de Recursos Naturais
e Produção Vegetal Integrada Júlio
Veiga Silva, que desde 2005 divulga
os princípios e os benefícios da
agricultura ecológica e capacitando
agricultores, técnicos e estudantes
no planejamento, implantação e na
condução de sistemas agrícolas
com bases ecológicas. No CPRA
tivemos apresentações da Engª.
Agrônoma Ana Richter da área de
Bem Estar Animal e Biodinâmica
que apresentou os projetos em sua
área de pesquisa e difusão de
tecnologia; do Coordenador de
Produção e Bem Estar Animal,
Médico Veterinário Evandro Richter
que conversou sobre os benefícios
da integração da agricultura e
pecuária. Na sexta-feira pela
manhã, os alunos fizeram uma trilha
de 5 km pela Unidade de Pesquisa
do IAPAR/Morretes. Nosso guia foi
o Administrador da Unidade, Luiz
Ferreira, o qual nos aprofundou no
cultivo de Frutíferas (banana,
jabuticaba e
goiaba), cacau,
seringueira, Palmáceas (palmeira
de Jussara, Açaí, Pupunha e
Palmeira
Real),
coleção
de
especiarias (cravo da Índia, canela,
guaraná), Bubalinocultura (raças
Murrah e Mediterrâneo) e
nos
mostrou
a
Estação
Agrometeorológica convencional e
Automática além, é claro, de
contemplarmos
a
belíssima
vegetação natural de Mata Atlântica.
No período da tarde, nossos
acadêmicos foram recebidos na
Administração dos Portos de
Paranaguá e Antonina (APPA) pelo
Diretor
de
Desenvolvimento
Empresarial André de Oliveira, que
nos recepcionou no prédio da
administração
e
após
a
apresentação do vídeo institucional,
visitamos a exposição de Painéis
Fotográficos dos Portos do Paraná.
Fizemos um tour pelo cais do porto,
observamos vários navios atracados
nos
berços,
carregando
e
descarregando
grãos,
farelo,
fertilizantes, madeira, containers,
veículos.
Durante a visita recebemos
instruções da fiscal da receita
federal, Jaqueline Vasconcelos, que
explanou sobre a seqüência das
ações, medidas de conchas, tempos
e
movimento
de
navios
e
caminhões, análise do nível do
carregamento pelo casco do navio,
além de práticas de draffitng.
Depois do porto, os acadêmicos
foram conduzidos à unidade da
CLASPAR, órgão responsável pela
fiscalização e amostragem de
cargas e ali receberam explicação
de todo o processo, bem como
observação do processo in loco.
Como
fechamento
da
viagem técnica, fizemos um passeio
de barco pela baía de Paranaguá,
onde os alunos puderam estar muito
perto dos navios atracados. Este
passeio aconteceu ao entardecer e
além da beleza cênica promovida
pela luz natural e pelo mar,
contemplamos ainda a beleza dos
navios e o do porto sendo
10
iluminado, comprovando o trabalho
ininterrupto que ocorre por ali. As
experiências aqui descritas tratam
da aplicação em aulas práticas dos
conhecimentos recebidos em sala
de aula. Temos certeza que a
viagem foi inesquecível para todos
que
participaram
dela,
pois
percebemos o amadurecimento
profissional e pessoal de nossos
acadêmicos.
Palavras-chave:
porto,
agroecologia, Mata Atântica.
VIAGEM TÉCNICA A IGUAÇÚ
CELULOSE EM PIRAÍ DO SUL
Daiane Garabeli Trojan
Agronomia
Atualmente o Brasil possui
por volta de 550 milhões de
hectares de florestas. Trata-se da
segunda maior área florestal do
planeta, isso faz da indústria de
papel e celulose um dos mais
expressivos setores da economia do
país. A atividade florestal, no
entanto, exige um desenvolvimento
de forma sustentável e em áreas
apropriadas, a fim de preservar o
meio ambiente. Atualmente, a
produção nacional do setor é de
aproximadamente 6 milhões de
toneladas de polpa de Eucalyptus
grandis, por ano, isso representa
metade da produção mundial desse
tipo de fibra.
O processo, essencial para
as
atividades
da
indústria
madeireira, gera resíduos da
extração de celulose que contêm
agentes poluentes extremamente
danosos para rios e mata nativa.
Neste sentido, uma visita à Iguaçu
Celulose foi fundamental para
complementar os conhecimentos
em Silvicultura, já que nossos
acadêmicos
devem
estar
preparados para este mercado,
tendo habilidade para acompanhar
o processo, do campo, passando
pela indústria (gestão de resíduos)
até a comercialização (Porto de
Paranaguá).
Preocupado
com
esse
processo, a Iguaçu Celulose não
poupa recursos para desenvolver
uma política de equilíbrio ambiental
em todas as áreas em que atua, e
está sempre aberta a receber
nossos
acadêmicos,
já
que
possuem formação considerável e
11
se tornam formadores de opinião no
mercado. Este ano de 2011 é o
terceiro ano consecutivo que a
empresa
recebe
nossos
acadêmicos do 6º período de
Agronomia.
A visita é aprimorada a cada
semestre, de acordo com as nossas
necessidades e o planejamento da
empresa. Nesta ultima etapa, fomos
recebidos pelo diretor, engenheiros
agrônomos,
florestais
e
de
segurança do trabalho, além de um
egresso, Leonardo Lopes Pereira.
Pudemos vislumbrar toda parte de
viveiros, instalação e preparação de
campos até a parte de maquinário,
colheita e empilhamento da madeira
para seus respectivos destinos.
Além das áreas de reflorestamento,
foi criada uma lagoa artificial,
chamada de Lagoa Zero, que
integra o sistema de tratamento de
afluentes da fábrica e reserva para
a
"fito-remediação"
qualquer
elemento levado pelas águas da
chuva.
Toda essa preocupação
ambiental resultou para a empresa
a conquista da 9º edição do Prêmio
Expressão de Ecologia. Também é
valido ressaltar que toda a matéria
prima usada pelas fábricas da
Iguaçu Celulose tem origem nas
áreas de
reflorestamento.
O
investimento em pesquisa, para
encontrar soluções não-poluentes
para o processo de fabricação da
celulose na fábrica resultou em um
produto que traz benefícios à
agricultura. Foi desenvolvida uma
tecnologia na qual a lama de cal,
antes
resíduo
inutilizado,
se
transforma em corretivo de solos.
O projeto foi realizado em
parceria com o IAP, em 1997, e já
ajudou a recuperar boa parte da
mata nativa da região. Os alunos
ficaram encantados com a visita que
propiciou a eles, convites de
estágio, para pesquisa com a lama
de cal, além de atualização de
conhecimentos e networking com o
ramo madeireiro e de florestas. Os
alunos foram avaliados por meio de
relatório técnico de campo.
Palavras-chave: manejo florestal;
silvicultura; aula prática.
12
AULA PRÁTICA DE
DENTROMETRIA
Daiane Garabeli Trojan
Agronomia
Com a escassez dos
recursos florestais em áreas nativas
e a consequente redução da
biodiversidade, torna-se cada vez
mais importante melhorar os
procedimentos de quantificação e
avaliação dos produtos florestais
madeireiros e não madeireiros.
Desde a utilização da madeira na
construção de
casas,
lenha,
artefatos, móveis e objetos que o
uso de métodos de quantificação da
madeira vem sendo adotados para
auxiliar na comercialização deste
material tão nobre.
Quando havia florestas em
abundância,
compradores
e
vendedores não exigiam que as
medidas da quantidade de madeiras
comercializadas fossem rigorosas,
porém com a com a crescente
escassez de madeira proveniente
de florestas nativas, os preços da
madeira também se elevaram, de tal
modo que a relação de mercado
passou a exigir maior controle no
dimensionamento dos produtos.
Deste modo, os métodos existentes
foram sendo cada vez mais
aperfeiçoados e novos métodos
forma sendo introduzidos visando à
medição de produtos e subprodutos
florestais
no
processo
de
comercialização.
Esses fatos mostram que,
originalmente, a dendrometria, teve
objetivos comerciais. Dendrometria
é um ramo dentro da disciplina de
Silvicultura que surgiu quando as
pessoas sentiram a necessidade de
estimar
ou
determinar
quantitativamente o volume florestal
das propriedades, principalmente no
tocante em volume de madeira de
árvores em pé. Para tornar essa
necessidade da comunidade uma
oportunidade
para
nossos
acadêmicos atuarem na área, foi
delineada uma aula prática que se
iniciou em sala de aula, com a
construção de um instrumento de
medição
chamado
prancheta
dendrométrica e foi concluída em
campo, na propriedade de um de
nossos
acadêmicos,
com
a
demarcação de seis parcelas fixas
de 20 x 30 m, distribuídas na
propriedade. Em cada uma dessas
parcelas todas as árvoreseram
mensuradas de
acordo
com
metodologia
repassada
aos
acadêmicos em sala de aula.
Essa
prática
foi
desenvolvida da mesma forma, por
3 semestres consecutivos, e pelo
fato das parcelas serem fixas foi
possível acompanhar o crescimento
das árvores, o que poderíamos
traduzir em inventário florestal sobre
seu incremento. Para cada pratica
os alunos tinham acesso dos dados
levantados pela turma anterior, o
que permitiu a eles a constatação
do
incremento
florestal
proporcionado ano a ano. Para o
proprietário da área foi de grande
valia
que
nossas
praticas
acontecessem, pois o mesmo tinha
acesso às informações.
Na ocasião da ultima pratica
realizada em 2010-2, as parcelas
foram desfeitas, por motivo da
colheita da área, onde nossos
alunos puderam acompanhar a
derrubada
da
floresta,
o
empilhamento da madeira e seu
carregamento, bem como os
cálculos para comercialização das
mesas. Após cada prática, os
alunos retornam para sala de aula a
fim de realizar cálculos. Para os
alunos essa aula prática, neste
13
formato,
é
uma
das
mais
interessantes, pois além de eles
irem a campo, realizar as práticas
ainda confeccionam um laudo sobre
os dados da área, como se fossem
uma empresa de prestação de
serviços agronômicos. Fica evidente
o entusiasmo e o crescimento dos
alunos a partir de práticas como
essa.
Palavras-chave:
inventário
florestal; silvicultura;
prancheta
dendrométrica.
AULA PRÁTICA DE SELEÇÃO
NATURAL1
Daiane Garabeli Trojan
Agronomia
Com a observação dos
detalhes de anatomia, fisiologia e
comportamento de uma espécie, é
possível notar o ajustamento que
esta possui em relação com seu
ambiente. Cada espécie possui
adequações específicas que a
permitem interagir melhor com o
meio em que habita e seu modo de
vida. As populações naturais
tendem a crescer rapidamente, pois
o potencial reprodutivo dos seres
vivos é muito grande (se houver
condições ambientais favoráveis).
Contudo, as populações se mantêm
relativamente
constantes
numericamente. Isso indica que em
cada geração, morre um grande
número de indivíduos e muitos
deles não deixam descendentes.
É
possível
concluir,
portanto, que os indivíduos que
sobrevivem e se reproduzem são
preferencialmente aqueles que
apresentam
características
relacionadas à adaptação às
condições
ambientais.
Essa
conclusão resume o conceito
Darwinista de seleção natural, que
considera que grande parte das
características apresentadas por
uma geração é herdada dos pais,
transmitindo assim às gerações
futuras.
Neste sentido, para os
acadêmicos fica
muito difícil
vislumbrar essas características, já
que muitas delas só podem ser
comprovadas no decorrer dos anos
1
Projeto premiado no concurso “Professor em
Ação”
14
ou
suas
características
são
inerentes a cadeia genética e jamais
poderão ser vistas a olho nu. No
intuito de tentar representar aos
alunos a relação de patógeno x
planta, pragas x planta, entre
outras, esta prática foi pesquisada e
adaptada, a qual se fez uso de
diversas miçangas e lantejoulas,
sendo que cada uma representava
uma espécie em estudo.
O procedimento da prática
foi realizado por 2 semestres da
seguinte forma: a turmade
Melhoramento Vegetal foi divida em
grupos, e esses grupos foram
levados para um gramado dentro
mesmo da IES, tendo previamente
espalhado as 500 miçangas por ele.
Os alunos tinham que coletar desse
gramado as miçangas previamente
espalhadas, por um tempo limitado
(em torno de 2 minutos, conforme o
tamanho do gramado e número de
alunos). Para essa tarefa, os alunos
tinham que utilizar apenas a visão.
Ainda pedi aos alunos que usam
óculos para que os retirem ou
montei um grupo com a maioria
desses alunos. Cada grupo deve
colocar as miçangas achadas em
uma bolsa do grupo para contagem
posterior; e ao retornar à sala, foi
realizada a contagem das miçangas
de cada grupo, elaborando uma
tabela com os números respectivos.
A partir da contagem foi realizada
uma discussão relacionando as
miçangas com insetos, fungos ou
plantas e os alunos com os
predadores destes. Só neste
momento foi revelada a quantidade
de miçangas que foi distribuída na
área. Foi questionado e discutido
por que o número de miçangas
apanhadas (de cada cor) variou nas
cores formas, tamanho, brilho, etc.
Genes
e
traços,
portanto,
aumentam ou decrescem em suas
freqüências devido à sua correlação
com o sucesso reprodutivo dos
organismos que os carregam.
Com essa discussão, o
aluno percebe que o ambiente é
que muda e os animais, ao longo
das gerações, tendem à adaptação.
Os organismos podem interagir com
os ambientes determinando a
seleção à qual estarão sujeitos.
Palavras-chave:
variabilidade; seleção.
genética;
15
PERFIL FITOPATOLÓGICO
Daiane Garabeli Trojan
Agronomia
Doença pode ser descrita
como um processo dinâmico no
qual hospedeiro e patógeno, em
íntima relação como meio,
se
influenciam mutuamente, resultando
em modificações morfológicas e
fisiológicas. Para que uma doença
possa completar com sucesso todas
as fases do seu ciclo de vida e
causar epidemias no campo, é
necessário que
existam três
elementos para formar o triângulo
das doenças: hospedeiro, inóculo
de patógeno virulento e ambiente.
As doenças de plantas são uma das
3
maiores
preocupações
do
produtor, sendo as demais plantas
daninhas e pragas agrícolas.
Para os agrônomos que
assessoram campos, é sabido que
não basta comprovar que os
problemas
encontrados
são
causados por doenças, o importante
é associar, os sintomas com os
patógenos para assim poder tomar
a melhor decisão de controle de
doenças de plantas. Neste sentido,
com o objetivo de trabalhar a
caracterização e classificação de
patógenos, adaptei o jogo Perfil,
para o que chamei de Perfil
Fitopatológico.
Fiz a adaptação durante o
recesso de julho e apliquei
primeiramente para a turma da
disciplina de Fitopatologia II, como
projeto piloto. Neste jogo, usado
como aula prática emalgumas
situações, os alunos são divididos
em equipes, cuja ficha sorteada por
um deles possui 20 características
do patógeno. Só o aluno que
sorteou a ficha tem acesso às
características e ao nome do
mesmo e a cada rodada uma
equipe escolhe um número, e a dica
referente ao mesmo é lida para
todos os participantes, mas os
únicos que podem adivinhar o
patógeno é a equipe da vez. Se o
integrante acertar anda o maior
numero de casas (20), caso erre,
passa a equipe seguinte, até que
uma equipe acerte ou que se
acabam o número de dicas.
O jogo é bem dinâmico e
divertido, sendo apreciado pelos
acadêmicos, que na ausência de
aulas de campo, conseguem
interagir entre
eles e
fixar
conhecimento. Neste sentido, como
nem sempre temos na região todas
as culturas e por conseqüência as
doenças que leciono, é de extrema
relevância que possamos descobrir
outras formas de ir aprimorando os
conhecimentos dos alunos que não
sejam por fotos ou apresentação de
seminários. Este jogo já serviu de
exemplo pra outras disciplinas como
microbiologia e botânica dentro do
curso de Agronomia.
Palavras-chave:
patógenos;
diagnóstico; classificação.
16
TRABALHO COM DINÂMICA DE
GRUPOS EM SALA DE AULA
Luciane Curtes Porfirio da Silva
Agronomia
Um dos objetivos da
disciplina de extensão rural é fazer
com que os acadêmicos diferenciem
e entendam o desenvolvimento
rural. Para tanto, é necessário a
realização de diagnóstico para
posteriormente se discutir a ajustar
a realidade da comunidade ou
grupo que se trabalha.
Para que possamos realizar
este trabalho muitas vezes é
necessário que nos dispamos de
alguns “pré” conceitos, para que
possamos enxergar. Nessa busca
trabalhei com os acadêmicos do 4º
período, Agronomia, noturno em
2010/1, com Dinâmica de Grupo
(DG) “O Caminho do Bezerro”, a
qual a idéia era fazer com que os
acadêmicos
entendessem
a
necessidade de não se levar pelas
opiniões do grupo, e sim conseguir
enxergar o todo.
A dinâmica acontece da
seguinte forma: se divide a sala em
grupos de 5 – 8 acadêmicos e
conta-se a estória de que em tempo
distante, havia uma pastagem
próxima a uma mata e um grupo de
bovinos pastava por ali. Num
determinado momento o grupo se
retirou da pastagem, mas um
bezerro ficou perdido e ao longe
conseguia escutar o restante do
grupo, porém não os via e movido
pelo som que escutava, se
embrenhou na mata e pisoteando
árvores e arbustos, acabou por
fazer uma trilha no meio da mata a
fim de alcançar seu grupo. Com o
passar do tempo, a população
começou a cortar caminho por ali e
logo se criou uma cidade ao longo
dessa trilha e se desenvolveu a
região. Com estes textos os
acadêmicos tinham um determinado
tempo para ler e se preparar para
apresentação da estória, com o
detalhe de que não poderiam falar.
Era permitida qualquer forma de
expressão, menos a fala.
Assim os acadêmicos o
fizeram, e para fechamento então
se discutia não só a DG, mas
também o sentimento de cada um
em relação a ficar calado, a agir
como bezerro, ao tentar se
encontrar. Os acadêmicos acharam
a DG bastante positiva, e também
suas participações foram intensas.
Como avaliação, a dinâmica, foi
também positiva e gratificante, pois
a mesma além dos objetivos iniciais
pretendidos, auxiliam no processo
de quebrar o gelo e melhor
interação entre toda a classe.
A idéia de utilizar dinâmicas
em sala de aula é bastante
produtiva e sempre estimula os
acadêmicos a participar e refletir
sobre sua participação e como o ato
ou efeito tratado se reflete em sua
vida.
Palavras chave: trabalho em grupo,
metodologia, desenvolvimento
17
O EXERCÍCIO DO OLHAR
Ana Cristina S. de Lacerda
Curso de Arquitetura e Urbanismo
ARQUITETURA
O exercício do olhar não é o
mero procedimento de captação de
imagens pelo globo ocular, é a
experiência do
universo
dos
sentidos. O que vemos não é
produto apenas de um processo
mecânico e sim o resultado da visão
construída por nossa mente, a partir
de registros de memória e de
sensações experimentadas.
Sabe-se que a visão é
responsável por cerca de oitenta por
cento da percepção sensorial
humana e que seu mecanismo é um
decodificador
das informações
transmitidas pela luz. A luz é
necessária para que a matéria se
manifeste e se torne visível. A
possibilidade da percepção do
espaço e do vazio, da visualização
de um componente, de um conjunto
de formas ou do todo, onde a
arquitetura se apresenta
e se
revela, dá-se em função da
existência do fenômeno luz.
Partindo destas premissas,
foi proposta aos alunos da disciplina
de
Conforto
no
Ambiente
Construído I a atividade O Exercício
do Olhar. Esta atividade trabalha
com escalas de luz e sombra, da
escuridão à plena luz e revela-se
como um excelente recurso para
exercitar o olhar para a percepção
da luz e da iluminação. O exercício
é válido tanto para a percepção da
iluminação natural quanto da
artificial.
A atividade consiste em
desenhos de observação de um
ambiente externo ou interno, feitos
com lápis branco sobre papel
Colorplus preto, em diferentes
horários ao longo do dia. Os
desenhos não devem apresentar
18
contornos e
sim
trabalhados
exclusivamente em função da
graduação da luz e de sua
ausência, sendo que a base em
cartão preto corresponde à total
ausência de luz. Inicialmente os
alunos executaram o desenho de
observação de um cubo branco, em
um ambiente externo da Unidade
Olarias, em três diferentes horários
pela manhã. Como atividade
extraclasse esse mesmo exercício
foi realizado em uma cena externa e
outra interna a escolha de cada
aluno, em três horários diferentes
do dia. Como ferramenta auxiliar no
desenvolvimento
da
tarefa
individual, foi
solicitada
uma
fotografia de cada cena retratada.
O resultado obtido foi
surpreendente, pois os alunos,
através da percepção da luz e das
sombras geradas nas diferentes
superfícies conseguiram identificar o
movimento aparente do Sol ao
longo do dia e retratar com bastante
fidelidade os diferentes ambientes
nos diferentes horários ao longo do
dia.
Esta atividade serve como
um estímulo para a percepção
espacial e das relações de
intensidade de luz, contraste e
texturas pelo aluno, auxiliando a
futura compreensão de conceitos e
processos
apresentados
pela
disciplina. O aprendizado desta
técnica de observação da luz e
sombra ocorreu através do Prof. Dr.
Paulo
Sergio
Scarazzato
na
FAUUSP e, por acreditar que os
alunos do CESCAGE também
poderiam ser beneficiados com isso,
esta metodologia foi adotada na
disciplina com resultados bastante
satisfatórios e promissores.
Palavras-chave: exercício, olhar,
luz e sombra.
19
EFICÁCIA DAS AÇÕES
COMUNITÁRIAS EM EMPRESAS
Regina Célia Fernandes Bittencourt
Curso de Enfermagem
ENFERMAGEM
A justificativa deste trabalho
ocorre mediante a preocupação dos
acadêmicos
com
a
saúde
ocupacional, que dentro de uma
disciplina voltada para esta área,
despertou em nossos acadêmicos
durante as atividades de extensão a
necessidade de uma investigação
relacionada às ações comunitárias
oferecidas pelas empresas, se são
ou não eficazes na prevenção e
tratamento precoce de doenças que
acometem os trabalhadores, pois
com
o tratamento
precoce
promoverá uma melhor qualidade
de vida aos trabalhadores. O
presente trabalho teve como
objetivo, conhecer o interesse
preventivo dos participantes das
ações
comunitárias
frente
à
alteração evidenciada para glicemia
capilar, hipertensão e alteração do
índice de massa corporal em uma
empresa de viação em um
município do interior do Paraná.
As atividades de extensão
são intensivas em nosso curso,
portanto, em conjunto com os
acadêmicos,
realizamos
esta
pesquisa para evidenciar a eficácia
das ações preventivas realizadas
por eles. Trata-se de uma pesquisa
descritiva,
exploratória,
de
abordagem
quantitativa
predominantemente
qualitativa.
Como instrumento de coleta de
dados foi aplicado um questionário
com perguntas abertas e fechadas
no mês de julho do ano de 2011. No
mês de junho, participaram de uma
ação preventiva 230 funcionários,
dos quais 32 tiveram algum tipo de
alteração para glicemia capilar,
20
hipertensão arterial ou índice de
massa corporal elevado.
Dos
32
questionários
aplicados, retornaram 17, sedo que,
95% aprovam a ação para
promoção de sua saúde, porém 10
pesquisados
não
procuraram
nenhum tipo de atendimento e 7
tiveram interesse em agendar
consulta com especialista para
acompanhamento da alteração
citada, identificando que 70% dos
pesquisados,
desconhecem
as
consequências específicas das
alterações para glicemia capilar,
hipertensão arterial e índice de
massa corporal aumentado para o
organismo.
Concluímos que, as ações
comunitárias são eficazes, porém
não atingem na sua totalidade o
objetivo de promoção e prevenção
da saúde dos trabalhadores, devido
à falta de conhecimento das
consequências que tais patologias
podem acarretar. Para aumentar a
eficácia das ações comunitárias em
empresas, devemos rever o modo
de abordagem dos participantes nas
ações com o intuito de melhor
divulgar e levar o conhecimento aos
trabalhadores, o qual os mesmos
poderão refletir o quanto podem ser
prejudicados na falta de tratamento
das doenças que são tratáveis se
diagnosticadas no começo evitando,
assim, acometimentos mais graves.
Palavras-chave: eficácia,
preventivas, empresas.
ações
PROMOVENDO QUALIDADE DE
VIDA: PREVENÇÃO DE
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
ATRAVÉS DO USO DE
ALIMENTOS FUNCIONAIS
Damaris Beraldi Godoy Leite
Enfermagem
Qualidade de vida é um
tema amplamente discutido na
atualidade,
porém
de
difícil
execução e até mensuração, aliado
a isso temos um
aumento
significativo de doenças crônicos
não degenerativas na população,
entre elas, a cardiovascular, que
atinge uma parcela significativa da
população e interfere na morbidade
e mortalidade da mesma. Entendese por alimentos funcionais aqueles
que fazem parte da rotina alimentar
do indivíduo que, além de nutrir,
fornece elementos adicionais de
proteção e prevenção de patologias,
contribuindo com a melhoria na
qualidade de vida.
O presente trabalho tem por
objetivo a promoção da qualidade
de vida através do incentivo de uma
alimentação saudável, visando à
inserção de alimentos funcionais na
prevenção e tratamento de doenças
cardiovasculares. A metodologia
para esse trabalho foi através da
construção do conhecimento em
sala de aula, posterior confecção do
pré-projeto pelos acadêmicos e
correção dos pontos necessários, já
apontando as características de um
projeto científico. Após a aprovação
e correção do pré-projeto, o contato
com o local de aplicação e
apresentação do pré-projeto foi
realizado
pela
equipe
para
agendamento da realização da
atividade.
A
ação
de
extensão
propunha-se a levar o uso de
alimentos funcionais como medida
21
preventiva no tratamento de doença
cardiovascular,
podendo
ser
aplicada nos mais diversos públicos,
tais como: asilos, Postos de Saúde,
Centro de Atendimento a Saúde,
Hospitais,
Escolas,
Escolas
Especiais e afins. Frente à
variedade de locais de atuação a
metodologia
de
ação
era
direcionada para o público a ser
atingido, bem como o uso
de
materiais didáticos e atividades
avaliativas.
Os resultados alcançados
foram medidos através de Relatório
de Projeto, que devia consistia em
relatos fotográficos dos momentos
da ação. A prática é gratificante e
eficiente para todos os eixos
envolvidos,
comunidade
que
conhece uma nova abordagem
sobre qualidade de vida e alimentos
funcionais, acadêmicos que se
envolvem com a comunidade e
desvendam uma nuance de atuação
do enfermeiro mais holística e atual
e para o docente é um desafio
multifacetado, particularmente, os
desafios me fazem caminhar. Afinal,
já faz oito semestres que colocamos
em prática essa ação, é sempre
novo e diferente, pois as turmas e a
comunidade diferem.
Palavras-chave: qualidade de vida,
alimentos
funcionais,
doença
cardiovascular.
22
ENGENHARIA
CIVIL
UMA NOVA ROUPAGEM PARA O
ENSINO E A APRENDIZAGEM DO
“CÁLCULO DIFERENCIAL E
INTEGRAL I” NO CURSO DE
BACHARELADO EM
ENGENHARIA CIVIL – CESCAGE
Marcos Pereira dos Santos
Curso de Engenharia Civil
Este trabalho tem como
principal objetivo apresentar uma
breve
visão panorâmica do
desenvolvimento, bem sucedido, do
processo ensino-aprendizagem da
disciplina “Cálculo Diferencial e
Integral I”, com 72 horas-aula de
duração, junto aos 36 acadêmicos
(as) do 1º período, noturno,
segundo semestre do ano letivo de
2011, regularmente matriculados
(as) nesta disciplina no Curso de
Bacharelado em Engenharia Civil do
Centro de Ensino Superior dos
Campos
Gerais
(CESCAGE),
campus Olarias, localizado no
município de Ponta Grossa –
Estado do Paraná. A ementa da
supracitada disciplina contempla a
abordagem teórica de 04 grandes
unidades curriculares diferenciadas,
porém interdependentes. A saber:
I) tópicos de matemática básica; II)
funções de uma variável; III) limites
de funções de uma variável; e IV)
derivadas de funções de uma
variável.
O
trabalho
inicial
da
disciplina ocorreu através da
aplicação, em sala de aula, de um
questionário investigativo preliminar
básico contendo um total de 08
questões abertas e fechadas, assim
distribuídas: 03 de “núcleo geral”,
sendo 01 questão de múltipla
escolha e 02 dissertativas, e 05 de
“núcleo específico”, contendo 04
questões abertas e apenas 01
fechada; cuja finalidade era traçar
um perfil inicial dos (as) calouros
(as) referente às suas expectativas
23
em relação à instituição de ensino
superior e ao curso de graduação
escolhido, bem como às possíveis
dificuldades de aprendizagem em
matemática
por
eles
(as)
apresentada.
Diante da verificação de
inúmeros „erros matemáticos‟
de ordem conceitual
e
operacional
aritmética,
algébrica
e
geométrica
demonstrados pelos
(as)
30
acadêmicos (as) investigados (as)
no que diz respeito à resolução de
exercícios envolvendo conjuntos
numéricos, equações e sistemas de
equações lineares do 1º e 2º graus,
potenciação, produtos notáveis,
radiciação,
exponenciais,
logaritmos, matrizes, determinantes
e análise combinatória (conteúdos
curriculares
programáticos
da
unidade I); bem como de constantes
questionamentos por parte dos (as)
estudantes
acerca
das
aplicabilidades desses conteúdos
na vida cotidiana em geral e,
especificamente, no campo da
Engenharia Civil, optamos por
adotar uma estratégia didáticometodológica
de
ensino
diferenciada e integrada que
pudesse,
de
alguma
forma,
contribuir de maneira significativa
para a aprendizagem do Cálculo.
A cada abordagem de uma
nova unidade curricular procuramos
proceder, hierarquicamente, do
seguinte modo: 1º) fazer uma breve
apresentação contextualizada, de
forma oral e sem/com o auxílio de
textos impressos e outros recursos
didáticos necessários, sobre a
gênese e evolução histórica da
temática em pauta; 2º) registrar
alguns apontamentos teóricos mais
relevantes (resumo esquemático)
em
quadro-de-giz acerca
do
assunto abordado, seguido de
explicações e indagações orais
sobre o mesmo; 3º) mostrar
diferentes exemplos e modos de
resolução
de
exercícios
de
aplicação concernentes ao tema em
questão; 4º) propor para resolução,
dentro e fora da sala de aula, uma
variada lista de exercícios de
aplicação
prática
envolvendo
conceitos e cálculos matemáticos
de viés aritmético, algébrico e
geométrico; e 5º) sugerir para
leitura, de caráter opcional e
complementar, algumas referências
bibliográficas e/ou eletrônicas mais
significativas versando sobre a
temática em discussão.
Essa prática pedagógica
adotada tem se configurado, até o
presente momento, como uma
experiência de sucesso tanto em
termos de ensino quanto de
aprendizagem, uma vez que um
expressivo
percentual
de
acadêmicos (as) apresentaram
maior assiduidade e frequência às
aulas, interesse pela disciplina,
desempenho
nas
atividades
avaliativas
e não avaliativas
propostas, visão do raio de
abrangência e aplicação do Cálculo
nas
diferentes
áreas
do
conhecimento
científico
e
entusiasmo
pelo
campo
da
Engenharia Civil e pela prática da
pesquisa
acadêmico-científica.
Nesse contexto, a Matemática tem
sido
apresentada
sob
nova
roupagem, isto é, como uma ciência
histórica e sócio-cultural, de cunho
prático, dinâmico e extremamente
útil para a resolução de problemas
matemáticos, independentemente
do itinerário a ser percorrido para
esse fim.
Palavras-chave: Cálculo Diferencial
e
Integral.
Engenharia
Civil.
Processo
ensino-aprendizagem.
Universidade.
24
ÀS ALTURAS DE UM
IMPERADOR
Marcella Scoczynski Ribeiro Martins
Curso de Engenharia Elétrica
ENGENHARIA
ELÉTRICA
Eis que, preparando uma
aula de Controle me deparei com o
assunto: Tipos de Sistemas de
Controle e Conceitos Gerais. Pensei
comigo: qual seria o melhor recurso
a ser utilizado para que pudesse
chamar a atenção dos alunos, visto
que grande parte do assunto são
fórmulas
e
ferramentas
matemáticas? Foi
então que
adentrei a sala de aula com uma
panela a fim de fazer com que os
futuros engenheiros soubessem
racionar sobre os processos do diaa-dia. Iniciei a aula contando sobre
as diferenças entre sistemas de
malha aberta e fechada.
Contei a eles história de
Alfred Nobel, que instituiu o prêmio
Nobel. Inventor da dinamite, já vinha
desgostoso com o uso militar dos
explosivos que havia criado, ficou
chocado ao ver uma reportagem
que noticiara a morte de seu irmão
como sendo a sua, denominando-o
“mercador da morte”. Esta história
pode ser interpretada como um
sistema de malha aberta, onde
Alfred não tinha como consertar ou
recriar sua invenção. Então ele, em
seu testamento, deixou toda sua
herança à criação de uma
instituição
à
qual caberia
recompensar
pessoas
que
prestassem grandes serviços à
humanidade.
Isto
foi
a
realimentação para sistemas malha
fechada, ou seja, ele encontrou um
jeito de controlar o seu processo
explosivo,
mesmo
que
indiretamente.
Dando
continuidade,
expliquei
estes
sistemas
mencionados aplicados ao chão de
25
fábrica, em processos de controle
de pressão, temperatura, nível e
vazão. Como era meados de junho,
cozi uma panelada de pinhão e levei
para sala de aula. Expliquei que o
tempo de cozimento depende das
variáveis do processo: pressão da
panela, temperatura do fogão, nível
de água e vazão de ar da válvula.
Claro que comemos o pinhão neste
intervalo.
Em seguida surgiu o próximo
assunto:
as
derivadas,
que
representam a taxa de variação de
uma função. Mas claro que sempre
depois de uma explicação de
derivadas vem a seguinte pergunta:
“Professora, e onde que eu uso
isto?” Já sabendo da possibilidade
da pergunta retirei da mala uma
bandeja de queijo e ofereci aos
alunos. Perguntei: “O que é o
queijo? Não é um derivado do leite?
O que acontece se a temperatura
ou o tempo do leite for alterado na
fabricação do queijo?”. Expliquei
que ele sofre uma variação e que
isto era a derivada da função queijo,
e que, cada queijo diferente
depende de uma variação de
temperatura e tempo distintos.
Percebi uma expressão de
entendimento em seus rostos e
finalizei a aula perguntando se
alguém tinha alguma dúvida. Foi
então que todos os alunos
levantaram e recebi uma salva de
palmas, de uma turma de alunos
maduros, em um 7º. Período, onde
a maioria é pai de família, trabalha o
dia todo e se esforça ao máximo
para aprender em sala de aula. Me
senti
tão
recompensada
e
orgulhosa, como D. Pedro cita em
nosso diário de classe:”Às alturas
de um imperador!”
Palavras-chave:
Controle,
modelagem de sistemas, derivadas
COMPREENSÃO DAS
TRANSMISSÕES E RECEPÇÕES
DE SINAIS ANALÓGICOS E
DIGITAIS VIA SATÉLITE
ATRAVÉS DE TORRES E
ANTENAS (FIXAS E MOVEIS)
VISITA TÉCNICA GRUPO
GRPCOM(GRUPO PARANAENSE
DE COMUNICAÇÃO) TV
ESPLANADA
Rafael Scoczynski Ribeiro
Engenharia Elétrica
Esta
atividade
foi
desenvolvida junto ao 7º Período do
curso de Engenharia Elétrica como
parte do aprendizado para no 2º
bimestre na disciplina de Princípios
de Comunicação II.
A visualização teórica do
trafego de dados gerados nas
telecomunicações são eficientes
para o conhecimento, porém não
trazem uma visão prática de seu
funcionamento para o aluno, fator
que me incentivou a agendar uma
visita técnica juntamente com o
grupo
de
Engenharia
de
Telecomunicação da RPCTV(TV
Esplanada). Como
uma
das
ramificações do curso é
a
denominada
“TELECOM”,
telecomunicação, e na cidade de
Ponta Grossa temos uma sede da
maior empresa do país nesta área,
foi possível conhecer na prática
todos
os
equipamentos
de
transmissão e recepção de sinais
analógicos enviados da emissora
para mais de 1 000 000 (um milhão)
de telespectadores em nossa
região.
Esta atividade foi realizada
no
período
noturno
de
aproximadamente 4 horas seguidas.
Pode-se também relatar nesta
experiência o acompanhamento
técnico dos alunos na transmissão
ao vivo do telejornal apresentado
26
pela emissora para nossa região,
analisando o funcionamento dos
equipamentos necessários para o
tráfego de informações, além da
velocidade e o perfeito sincronismo
existente para que tudo ocorra
dentro do planejado. Tivemos ainda,
a oportunidade de conhecer e
visualizar
alguns
testes
dos
equipamentos que serão usados
para transmissão de sinais digitais
para nossa localidade, um grande
avanço tecnológico que está para
ser implantado no próximo ano.
Nossa
visita
foi
acompanhada da diretora geral de
grupo em Ponta Grossa além de
Engenheiro responsável Carlos
Alexandre
Pacholok
que
acompanhou os alunos em todos os
departamentos
da
emissora
explicando o funcionamento de
cada equipamento respondendo as
inúmeras perguntas feitas pelos
alunos.
Como visão
didática
acredito ter sido uma troca de
experiência muito importante para
nossos alunos, todos conseguiram
mesclar a teoria da sala de aula
com a visão prática e funcional a
qual é colocada pelo mercado.
Deste modo a diretora do grupo,
colocou a emissora a disposição
para futuras visitas a qual irá ocorrer
a cada 6 meses a partir deste ano,
ressaltando a importância de nosso
curso na formação de profissionais
capacitados para atuação nesta
área da Engenharia.
Palavras-chave:
Transmissão,
Recepção, Equipamento, Satélite,
Sinais.
MEDIDA DA EFICIÊNCIA DE
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
Juliano S. Ciesileksi
Bacharelado em Engenharia
Elétrica
Com o objetivo de fazer
com que os alunos aprendam
conceitos de calorimetria, utilizei
como prática complementar um
projeto que consistia em medir a
eficiência
de
equipamentos
eletrônicos através da energia que
“perdem” por dissipação de calor.
Para isso, foi medida a
potência real de resistores usados
comercialmente
em
chuveiros
elétricos e, através dos cálculos, foi
avaliado o quanto estes valores
diferem dos valores nominais
(determinados pela fábrica), sendo
que através deste dado é possível
determinar qual resistor apresenta
melhor desempenho. Assim, os
alunos puderam aplicar e aprimorar
o conhecimento de interesse da
disciplina em função de outro
conhecimento,
eficiência
de
equipamentos elétricos, também
muito útil para a área da graduação.
Além disso, este processo
facilita e aprofunda a aprendizagem
nas disciplinas de sequência da
grade curricular. A continuidade do
trabalho segue com a medida e
análise de várias
marcas de
resistores. Os resultados iniciais
foram publicados como resumo na
semana de engenharia do Cescage.
27
FARMÁCIA
SEMINÁRIO INTERATIVO
Yvanna Carla de Souza Salgado
Curso de Farmácia
A preservação do meio
ambiente é hoje uma preocupação
global; os resíduos gerados pelos
serviços de saúde são uma
preocupação não somente pelo
aspecto de transmissão de doenças
infecciosas, mas também pela
saúde
do
trabalhador
e
a
preservação do meio ambiente. Em
2003 foi aprovada a RDC nº33 que
normatiza e classifica os resíduos
de serviços de saúde em cinco
grupos e
determina que o
responsável pelo estabelecimento
gerador implemente um Plano de
Gerenciamento de Resíduos de
Serviços de Saúde a fim de
minimizar a produção dos mesmos
e proporcionar um descarte seguro,
preservando a saúde pública, os
recursos naturais e o meio
ambiente. A Resolução CFF nº 492
de 26 de novembro de 2008 que
regulamenta o exercício profissional
nos serviços de atendimento préhospitalar, na farmácia hospitalar e
em outros serviços de natureza
pública ou privada estabelece que o
profissional Farmacêutico deve
zelar pelo adequado gerenciamento
dos resíduos resultantes das
atividades técnicas desenvolvidas
na farmácia hospitalar, atendendo
às normas sanitárias e de saúde
ocupacional.
Tendo como objetivo a
disciplina de Farmácia Hospitalar,
formar profissionais cientes de suas
atribuições e responsabilidades e
capazes de desenvolverem suas
habilidades técnicas bem como
atuarem como procuradores da
saúde, o projeto desenvolvido
objetivou associar o conteúdo
teórico com a realidade prática, a
28
fim de estimular o pensamento
crítico e a consciência ambiental.
Foi
proposto
um
seminário
distribuído em quatro etapas: 1)
levantamento teórico do tema; 2)
visita técnica a um hospital de
escolha
para
analisar
o
gerenciamento de resíduo do
mesmo; 3) apresentação do tema;
4) avaliação crítica sobre o exposto
por todos os grupos.
A turma foi dividida em
cinco grupos, sendo que cada um
ficou com um dos cinco grupos de
resíduos estabelecidos pela RDC nº
33. Todos os critérios de avaliação
foram descritos em um Termo de
Proposta para o Seminário, bem
como o cumprimento dos prazos,
onde os alunos assinaram a ciência
dos mesmos,
estimulando
a
responsabilidade e o cumprimento
do dever dentro do estabelecido. Os
alunos
também
ficaram
encarregados de agendar a visita ao
Hospital de escolha, para estimular
a iniciativa e diversidade de
experiências, devendo recorrer à
professora somente quando não
fossem aceitos.
O projeto teve início no 2º
semestre de 2010 com os alunos do
5º período de Farmácia e vem
sendo aplicado até o momento com
as
turmas
posteriores
demonstrando
excelentes
resultados. Os alunos puderam
adquirir todo conhecimento teórico
com base nas legislações vigentes
e observarem uma realidade muito
aquém da esperada, na maioria das
vezes precária e que motiva uma
discussão crítica a respeito do que
pode ser feito com as condições
que aquela determinada instituição
dispõe para realizar o descarte
adequado dos resíduos; bem como
as conseqüências do descarte
inadequado,
estimulando
consciência civil e ambiental.
Palavras-Chave: Seminário,
Gerenciamento de Resíduos,
Hospitais
uma
29
FISIOTERAPIA
PROJETO IDOSO SAUDÁVEL,
IDOSO FELIZ: ATIVIDADE
PRÁTICA SUPERVISIONADA I
FERNANDA MARQUES
BRONDANI
CURSO DE FISIOTERAPIA
Este é um projeto realizado
com alunos do quarto período de
fisioterapia em atendimento a
idosos que tem como principal
objetivo perante o aluno de
introduzi-lo
no
campo
da
fisioterapia, mais especificamente,
objetivando a prevenção de lesões
inerentes
a
terceira
idade,
atendimento e promoção da saúde
do
idoso
desenvolvendo
o
pensamento crítico, instigando a
pesquisa e a busca de soluções,
tendo como suporte a detecção das
principais patologias e alterações
físicas a serem tratadas na terceira
idade.
Esta atividade foi gerada
para assistir a população idosa nos
centros de convivência da terceira
idade tendo em vista ser este um
grupo da população que requer um
atendimento específico visando
servir as suas necessidades básicas
de saúde, socialização e lazer.
Dentro desta proposta os alunos
fazem todo o acompanhamento dos
idosos da Instituição PROAMOR e
do Centro de Convivência Santa
Rita na cidade de Ponta Grossa.
São atendidos em média 120 idosos
durante um período de duas horas e
meia em cada local, onde os alunos
realizam o acompanhamento dos
sinais vitais de cada idoso,
elaboração
e
aplicação
de
atividades
em
grupo
com
alongamentos, fortalecimentos e
recreação, os alunos entram em
contato com as principais patologias
que acometem a terceira idade e
podem manter um controle evolutivo
desses idosos.
30
Esta atividade já é realizada
há 7 anos e está na grade escolar
desde a primeira turma de
fisioterapia do Cescage. Os alunos
são avaliados diariamente sendo
observados
quesitos
como:
participação, elaboração do plano
de aula, ética e comportamento,
vestimentas e assiduidade. O
trabalho em si é avaliado através do
grau de satisfação dos idosos
participantes que relatam maior
disposição para atividades de vida
diária, menor índice de lesões como
quedas, melhora da integração
social e mais satisfação na
convivência com outros idosos. A
alegria e disposição para participar
das aulas aplicadas pelos alunos
são visíveis e a satisfação se
confirma pelo baixo índice de
absenteísmo e desistências. Já que
o
envelhecimento
da
nossa
população é uma realidade cada
vez mais evidente, ações que
buscam lidar com esse contingente
de idosos devem ser priorizadas em
todas as áreas do saber.
As universidades têm como
papel social prestar
a sua
contribuição, apoiando iniciativas
que visam melhorar a qualidade de
vida da população que envelhece.
Assim conclui-se que este projeto
presta serviço à comunidade sob a
forma de ação social e educativa e
acima de tudo dá a oportunidade ao
aluno de entrar em contato direto
com o público enriquecendo o
conteúdo adquirido.
Palavras-chave: Idoso, fisioterapia,
promoção à saúde, terceira idade,
projeto.
I QUIZ ACADÊMICO!
“DESAFISIO” SEUS
CONHECIMENTOS...
Juliana Carvalho Schleder
Fisioterapia
Com base no professor
como profissional que multiplica
conhecimentos, incentiva novas
idéias e não faz apenas repetição,
tendo como responsabilidade a
formação acadêmica e social de
inserir no mercado de trabalho bons
profissionais, e na política da
instituição de ensino superior
CESCAGE de incentivo a pesquisa
e eventos educacionais, o I Quiz
acadêmico - DesaFISIO seus
Conhecimentos - foi um evento
interativo e divertido, com objetivo
de estimular e incentivar os
estudos, além
de integrar os
acadêmicos do curso de fisioterapia
do CESCAGE. O evento foi
realizado nos dias 27 e 28 de maio
de 2011, no Sest Senat. Para a
inscrição
era
necessário
o
pagamento de uma taxa e o valor
recolhido foi utilizado para custear o
evento. Cada equipe deveria
nomear sua equipe com termos
relacionados à fisioterapia, e a
caracterização das equipes com
camisetas foi item obrigatório. Os
alunos
inscritos
poderiam
apresentar trabalhos científicos em
forma de pôster, os quais foram
avaliados e pontuados. Essas
apresentações caracterizaram a
abertura do evento.
Foram inscritos 21 grupos
constituídos por 4 integrantes,
sendo 1 de cada período. O I Quiz
foi dividido em 3 etapas (nível fácil,
intermediário e desaFISIO final) que
continham perguntas relacionadas
aos principais temas da fisioterapia.
O primeiro e o segundo nível foram
compostos de 1 e 4 perguntas,
31
respectivamente, por tema, feitas a
todos os grupos simultaneamente,
diferenciando o grau de dificuldade
e o valor de cada questão em cada
nível (10 e 20 pontos). Todas as
equipes passaram para a segunda
fase, pois todos acertaram 70% das
perguntas ou mais. Para a terceira e
última fase passaram os 6 grupos
melhores colocados de acordo com
a pontuação. Nessa fase era feita
apenas 1 questão para cada tema.
Respondia à pergunta a equipe que
ganhasse a disputa até o microfone.
Nessa fase, cada resposta correta
somava 50 pontos e cada resposta
errada subtraia-se 20 pontos. Caso
os
integrantes
da
equipe
aceitassem poderiam fazer uma
prova Desafisio para reaver 10
pontos.
Durante todo o Quiz eram
feitas
“perguntas
relâmpago”
relacionadas
à
fisioterapia,
faculdade e ao curso de fisioterapia
do CESCAGE, sendo que todos,
inclusive a
platéia, poderiam
responder, com premiação na forma
de brindes. A pontuação final foi
feita com a somatória de todas as
etapas e da apresentação dos
trabalhos. Foram premiados com
equipamentos de fisioterapia os 3
primeiros colocados na pontuação
geral do I Quiz, como também o
melhor pôster, as equipes com
nome e uniformes mais criativos, a
torcida mais animada e o próprio
curso, que foi beneficiado com saldo
positivo para compra de novos
equipamentos. Ao finalizar o evento
houve
um
churrasco
de
confraternização entre todos os
acadêmicos e docentes.
Com o I Quiz, foram obtidos
diversos resultados: a integração
geral dos acadêmicos, a expectativa
em estudar para a próxima edição
do Quiz, o incentivo ao estudo e a
pesquisa, o dinamismo da didática
em diversificar o ensino e o
compromisso profissional e social
de inserir no mercado de trabalho
bons profissionais.
Palavras-chave: Fisioterapia, Quiz
acadêmico, Inovação, Pesquisa,
Aprendizado.
32
VIAGEM DE ESTUDO AO CT DO
CLUBE ATLETICO
PARANAENSE/CURITIBA
Vanessa Rodrigues Gomes Méier
Fisioterapia
O projeto de visita ao centro
de treinamento do clube atlético
paranaense foi realizado com os
alunos do quinto período do curso
de fisioterapia na disciplina de
integradora V, e teve como o
objetivo de propiciar aos alunos a
possibilidade de conhecerem um
centro de reabilitação de ponta em
fisioterapia
desportiva,
onde
chegando
ao
local
foram
acompanhados pelo chefe da
fisioterapia e por mim para uma
visita em todas as dependências do
clube. Foi dada uma maior ênfase
nos setores ligados a reabilitação,
onde puderam entrar em contato
com equipamentos e estrutura de
ultima geração , acompanharam o
atendimento
realizado
pelos
profissionais
fisioterapeutas,
e
também tiveram a chance de
assistir
uma
palestra
sobre
reabilitação no esporte e debateram
com os profissionais sobre as
atualidades em
recursos e
protocolos de atendimento que vem
sendo utilizado na reabilitação
desportiva.
Este projeto proporciona aos
acadêmicos de Fisioterapia a
possibilidade de ter contato com a
realidade profissional de uma área
da fisioterapia que está em alta e o
aluno também pode confrontar seus
conhecimentos teóricos adquiridos
em sala nas diversas disciplinas
ministradas com a aplicação prática
no campo de trabalho, estimulando
e motivando o aluno a adquirir e
buscar
cada
vez
mais
o
conhecimento.
Esta
atividade
ocorreu no segundo semestre de
2009, onde os alunos saíram da
instituição do campus de olarias ás
07h30minh da manhã, iniciando as
atividades no clube atlético em
Curitiba ás 10h00minh onde se
mantiveram em atividade até ás
13h30minh, seguindo para um
almoço de confraternização da
turma com os fisioterapeutas do
atlético retornado para a instituição
ás 17h00minh.
A avaliação dos acadêmicos
se iniciou com um trabalho realizado
em sala, onde os acadêmicos
através de pesquisa em artigos
científicos
elaboraram
e
apresentaram um trabalho sobre a
incidência de lesões no jogador de
futebol profissional e tecnologia na
reabilitação desportiva, com este
trabalho ocorreu um preparo inicial
para o melhor aproveitamento da
visita ao centro de reabilitação do
clube atlético, bem como deu maior
base para que estes alunos
pudessem participar da palestra e
dos
debates
com
maior
conhecimento. Após a visita os
alunos foram novamente reunidos
em sala para discutirem as novas
experiências vivenciadas e também
entregaram um relatório individual
sobre o conteúdo aprendido com a
visita, fechando-se assim a nota
total.
Os
alunos
no
geral
demonstraram bom conhecimento
durante as atividades, empolgação,
participação e bastante entusiasmo
atingindo
de
forma
bastante
satisfatória
os
objetivos
da
atividade, refletindo de forma
bastante positiva durante o resto do
semestre onde os alunos se
mantiveram bastante participativos
e com uma visão mais critica sobre
os assuntos abordados.
Palavras-chave:
Reabilitação,
futebol, fisioterapia.
33
ESCOLA DE POSTURA2
Vanessa R. Gomes Méier
Fisioterapia
O projeto escola de postura
realizado com os alunos do
segundo período do curso de
fisioterapia na disciplina de BMTA
(Bases e métodos de avaliação em
fisioterapia)
visou
realizar
a
avaliação postural de crianças de
primeira a quarta séries do ensino
fundamental (em
média
200
crianças) com o objetivo de
identificar as principais alterações
de postura nesta faixa etária, bem
como ao final de todas as
avaliações
das
crianças
os
acadêmicos entram em sala para
realizar palestras de orientação
postural com o objetivo de informar
quanto às conseqüências das
alterações posturais para a saúde,
incentivar alunos à prática de
atividades físicas diárias e destacar
seus benefícios em relação à
adoção de uma boa postura, além
de oportunizar aos professores e
alunos da escola, técnicas de
prevenção e incentivo a uma
postura correta e saudável.
Este projeto proporciona
aos acadêmicos de Fisioterapia a
possibilidade de aplicar seus
conhecimentos teóricos, o qual o
aluno se sente mais estimulando e
motivado a estudar e entender o
conteúdo, pois terá que além de
recebê-lo em sala, pesquisar e
dominar o assunto para poder
aplicá-lo na prática e também
coloca o aluno desde cedo mais
próximo
da atividade
prática
profissional, estimulando o contato
terapeuta paciente tão esperado
2
Trabalho premiado no concurso Professor em
Ação – 1º colocado.
pelos acadêmicos dos primeiros
períodos.
As atividades ocorreram nas
escolas Zanoni Rogoski e Kazuko
Inoue, onde os acadêmicos em
duplas utilizando uma ficha de
avaliação postural (previamente
desenvolvida entre os acadêmicos)
avaliaram individualmente cada
criança sob a minha supervisão
direta permanecendo por um
período total de duas horas para a
avaliação de todas as crianças e
trinta minutos para a execução das
palestras, as quais os acadêmicos
previamente divididos em grupos
entram em cada sala de aula e
ministram suas palestras e/ou
dinâmicas de orientação postural.
A avaliação dos acadêmicos
se iniciou com a elaboração e
apresentação do plano de aula,
referente à forma e conteúdo que
seriam ministradas as palestras na
escola e ao final do trabalho os
alunos se reuniram novamente em
sala, para discutirmos as diversas
experiências da visita e então,
juntando todas as fichas de
avaliação, fizeram a interpretação
dos resultados coletados nas
avaliações posturais e transformam
em um artigo, estimulando o contato
com a pesquisa. Os alunos no geral
demonstraram bom conhecimento
durante as atividades, empolgação,
participação e bastante criatividade
atingindo
de
forma
bastante
satisfatória
os
objetivos
da
atividade.
Palavas-chave:
Postura,
prevenção, crianças, fisioterapia
34
TRILHA INTERPRETATIVA
ECOLÓGICA:
UMA CONTRIBUIÇÃO À
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Paulo Rogério Borszowskei
Tecnologia em Gestão Ambiental
GESTÃO
AMBIENTAL
O município de Ponta Grossa
é constituído basicamente pela mão
de obra agrícola, no entanto, o
descaso com o meio ambiente em
pontos urbanos e
rurais é
alarmante, muitas vezes isso ocorre
por questões econômicas, culturais
e desinformação. A Educação
Ambiental assim proposta contribui
com a
discussão do
tema
transversal Meio Ambiente como
uma das vias de solução de
problemas
ambientais,
com
enfoques
interdisciplinares,
envolvendo diversos segmentos,
através da participação responsável
de sujeitos e de comunidades.
Entende-se que ações isoladas não
conseguem solucionar todos os
problemas, mesmo porque certas
soluções demandam de ações
conjuntas e com metodologias
especificas.
Neste contexto, a atividade
teve como objetivo realizar debate
reflexivo “in loco” com grupos de
alunos, moradores da região
circunvizinha,
professores
e
monitores,
com
escopo
de
diagnosticar situações degradantes
e visualizar alternativas viáveis para
a conservação do ecossistema,
desenvolver sistema de treinamento
para acadêmicos através
de
estudos sobre conceitos ambientais,
partindo dos seus conhecimentos,
sugerir ações favoráveis ao meio
ambiente permitindo avaliações
comparativas, na trilha e em outros
espaços ambientais, estimular a
35
auto-avaliação, perceptiva, reflexiva
e
participativa
de
âmbito
conservacionista
ambiental,
proporcionando o desenvolvimento
de habilidades e competências para
a função de tecnólogo em Gestão
Ambiental.
No ano de 2010, com o
propósito
de
diversificar
a
metodologia de aprendizagem, foi
utilizado
um
espaço
com
características
paisagísticas
variadas e atrativas, potencialidades
didáticas
e
com
localização
privilegiada que possui o Instituto
Agronômico do Paraná - IAPAR. A
conscientização e a
reflexão
buscaram ampliar o número de
acadêmicos
às
causas
de
conservação de espaços naturais.
Essa iniciativa intentou atender
interesses de gestores ambientais e
da população, para que possam
desfrutar desse privilégio que hoje
ainda tem-se.
A metodologia utilizada foi:
explanação
geral
sobre
a
importância da preservação de
áreas situadas no urbano-rural
(início do percurso, formalizando
avaliação inicial, obtendo um ponto
de referência), percorrer cinco
quilômetros de trilha ecológica
situada na Mata Atlântica do IAPAR
(neste percurso ocorreu discussões
sobre fauna, flora, ambiente edáfico
e
aquático)
contemplando
conhecimentos já adquiridos nas
unidades curriculares de Ecologia,
Geologia e Educação Ambiental
(módulo I), Estatística, Estudos da
flora, Ecologia aquática e Manejo e
Recuperação de Áreas Degradadas
(Módulo II). Como recurso humano
foi utilizado o conhecimento prévio
dos acadêmicos, moradores locais,
professores e monitores do IAPAR,
utilizando-se da interdisciplinaridade
e multidisciplinaridade.
O resultado foi observado
através de indagações avaliativas
realizadas pelos professores e
monitores ao final do percurso para
alunos e moradores. As interações
disciplinares e humanas com o meio
ambiente
proporcionaram
um
diagnóstico preliminar das situações
degradantes,
visualização
de
alternativas para a conservação
deste ecossistema, discussão sobre
bases
conceituais
ambientais,
estímulo
a auto-avaliação
e
percepção
conservacionista.
Conclui-se
que
a
atividade
elaborada com tema transversal
Meio
Ambiente,
utilizando
a
metodologia pesquisa-ação, atende
ao
processo
de
educação
participativa,
envolvendo
comunidade, instituição de ensino e
instituição de pesquisa, sem os
quais não há educação ambiental,
onde o ensino se processa como
uma via de mão dupla ensina-se
aprendendo
e
aprende-se
ensinando.
Palavras-chave: Transversalidade;
Interambiental; socioambiental.
36
CONHECENDO A COMPOSIÇÃO
DO SOLO E SUAS TEXTURAS
Paulo Rogério Borszowskei
Tecnologia em Gestão Ambiental
A textura do solo é avaliada
no campo através do tato, pela
sensação ao esfregar um solo
úmido entre os dedos. A areia
provoca sensação de aspereza
(como areia da praia), o silte de
sedosidade (como talco) e a argila
de
pegajosidade.
Raramente,
encontra-se um solo que seja
constituído de apenas uma fração
granulométrica.
Desse
modo,
surgem as classesde textura,
procurando definiras diferentes
combinações de argila, silte e areia.
É importante explicar aos
alunos que o solo não é apenas o
produto de
um volume
de
granulometrias misturadas, ou seja,
é apenas a montagem de uma
hipotética constituição do solo.
Atendendo
aos
Parâmetros
Curriculares Nacionais de Ciências
naturais, o qual se aplica a
metodologia de prática, o objetivo
desta experiência foi a comparação
de diferentes tipos de solo, para
identificar
suas
características:
presença de água, areia e argila
que variam em proporção na
constituição de cada solo.
A prática foi realizada em
2011, com os acadêmicos do
módulo 3, unidade curricular de
Manejo ecológico do solo. Os
acadêmicos trouxeram 500 gramas
de solo em sacola plástica e dividiuse a sala em dois grupos: Grupo 1;
responsável por providenciar: 2
copinhos (de café) com pedras
(pequenas – até 6 mm de diâmetro);
4 copinhos (de café) com areia
grossa (construção); 5 copinhos (de
café) com areia fina (construção); 1
copinho (de café) com argila de
modelar
ou
solo
argiloso,
previamente seco e triturado; 1 a 2
copinhos (de café) com água; 1
bacia de plástico e argila seca em
forno convencional e triturada com
garrafa de vidro. Grupo 2: 1 copinho
(de café) com areiagrossa
(construção); copinho (de café) com
areia fina (construção); 7 copinhos
(de café) com argila de modelar ou
solo argiloso, previamente seco e
triturado; 1 a 2 copinhos (de café)
com água; 1 bacia de plástico. Cada
grupo recebeu materiais diferentes.
Os alunos formaram uma mistura
homogênea dos materiais recebidos
dentro da bacia. Os grupos
formaram “solos” de diferentes
composições
granulométricas,
sendo que o primeiro grupo criou
um “solo” arenoso e o segundo um
solo argiloso.
Os alunos tatearam o solo e
descreveram em uma folha de papel
a sensação percebida ao manuseálo. Em seguida, os grupos lavaram
as mãos e trocaram suas bacias, de
modo que manuseassem um solo
de constituição e textura diferente
daquela que eles criaram, assim
perceberam a diferença, anotando
novamente a sensação. Estas
anotações serviram de base para a
resolução das questões propostas
na atividade (Porque alguns solos
são ásperos e outros são mais
macios e pegajosos? Quais as
semelhanças
e
diferenças
percebidas entre os solos através
de seu manuseio e observação?
Fazer a classificação dos solos
trazidos de casa através da
descrição de suas características
granulométricas
(percebidas
principalmente através do tato e
visão, e também pela audição) e
posterior comparação entre os solos
37
descritos. Ao final, os acadêmicos
perceberam que o solo é composto
de frações (granulometria), ar e
água evidenciando a formação.
Palavras chave:
Pedogênese;
fatores; processos de formação.
38
AULA EM CAMPO: UTILIZANDO A
PERCEPÇÃO AMBIENTAL COMO
FERRAMENTA DIDÁTICA NA
DISCIPLINA DE CIÊNCIAS DO
AMBIENTE
Karine Dalazoana
Curso de Medicina Veterinária
MEDICINA
VETERINÁRIA
Assim como as demais
disciplinas voltadas ao estudo do
meio ambiente e suas relações, a
Disciplina de Ciências do Ambiente
tem como laboratório uma infinidade
de ambientes e paisagens, naturais
ou antrópicas, que oferecem
informações valiosas na práxis da
conservação ambiental e busca de
um desenvolvimento que se possa
chamar de sustentável. Para tanto,
é necessário que este potencial
natural seja explorado e possa ser
utilizado como instrumento didático,
constituindo
uma
importante
ferramenta de ensino no campo das
Ciências Biológicas e Naturais.
Quando realizadas conforme os
princípios da percepção ambiental
(Del Rio e Oliveira, 1996), as aulas
de campo se prestam com
excelência à compreensão da
dinâmica dos processos naturais e
da configuração espacial das
paisagens, por parte dos alunos
que, numa lógica construtivista,
passam a enxergar o que os cerca
com outros olhos.
O presente relato trata da
experiência realizada com alunos do
quarto
período
de
Medicina
Veterinária, em aulas de campo no
Município
de
Ponta
Grossa,
majoritariamente no distrito de
Itaiacoca, região onde se localiza o
Parque Nacional dos Campos
Gerais, no primeiro semestre de
2011. A partir das aulas em campo
realizadas na região dos Campos
Gerais, pode-se compreender de
uma forma empírica como estão
39
estruturados os sistemas produtivos
regionais e qual a sua relação com
a atual configuração das paisagens
observadas, assim como realizar
um diagnóstico do estado de
conservação dos recursos naturais
e ecossistemas da região, numa
abordagem holística.
A avaliação se deu através
da confecção de relatório de campo
em equipes de cinco alunos que
puderam organizar as informações
e observações, assim como se
utilizar de pesquisa bibliográfica e
imagens obtidas em campo para
complementar
o
mesmo.
Concomitante à entrega do relatório
de campo realizou-se, em sala de
aula, uma autobiografia coletiva
(Oliveira e Assis, 2009) acerca da
aula de campo. O momento da
autobiografia
coletiva
se
faz
importante,
pois
é
uma
oportunidade
dos
alunos
compartilharem
as
suas
representações individuais
das
paisagens
e
problemáticas
observadas, enriquecendo o seu
arcabouço
conceitual
sobre
assunto.
Além dos conteúdos da
disciplina, como os processos
ambientais, a geomorfologia, fauna
e flora, áreas de risco, infringências
à legislação ambiental vigente, são
compartilhadas
vivências
e
impressões por parte de cada aluno.
Desse modo, pode-se afirmar que
as aulas em campo voltadas à
percepção ambiental são bastante
enriquecedoras e se prestam como
efetivas
ferramentas
na
compreensão
das
ciências
ambientais, trazendo aos alunos um
universo mais palpável, uma vez
que os mesmos conseguem abstrair
os exemplos utilizados em aula e
observar in loco a dinâmica dos
ambientes. É importante lembrar
que a tal metodologia de trabalho
está sendo empregada na disciplina
no segundo semestre de 2011, visto
ter suscitado bons resultados na
primeira experiência, até o momento
a receptividade dos alunos tem sido
proveitosa.
Palavras chave: percepção
ambiental, aula em campo, Ciências
do Ambiente.
40
MODELOS SUBSTITUTIVOS NO
ENSINO DE FISIOLOGIA ANIMAL.
Carlos Eduardo Coradassi
Medicina Veterinária
A utilização de animais com
objetivos didáticos em Fisiologia
Animal é uma constante em várias
instituições de ensino superior no
Brasil. Propondo uma concepção de
disciplina “limpa” sob o ponto de
vista da vivissecção. Foi proposto
aos acadêmicos do terceiro período
de Medicina Veterinária como parte
da avaliação que desenvolvessem
modelos substitutivos funcionais
relacionados a fisiologia animal. Os
mesmos formaram 16 equipes de
4 acadêmicos cada por afinidade.
Para desenvolvimento dos modelos
substitutivos foram sorteados os
seguintes
sistemas:
Urinário,
Nervoso, Endócrino, Cárdio Vascular,
Reprodutivo
Masculino/Feminino, Digestório de
Ruminantes e não Ruminantes,
Muscular, Endócrino e respiratório.
Os modelos deveriam abordar os
sistemas como um todo ou em
partes específicas e não poderiam
utilizar materiais de origem animal
sendo indicado o uso de materiais
recicláveis e reaproveitados.
O acompanhamento do
desenvolvimento dos modelos foi
semanal. O tempo requerido para o
desenvolvimento dos
modelos,
desde o planejamento, estudo e
execução foi de 12 semanas. Os
modelos forma apresentados em
data pré-agendada, sendo a mesma
documentada e
avaliada
em
conjunto com professores de
disciplinas correlatas e entidades de
proteção animal. Foram realizadas
duas perguntas fechadas com
espaço para comentário ao final da
proposta: 1- Se o acadêmico sentiuse penalizado na disciplina por não
desenvolver práticas “invasivas”
com animais. 2- Se o acadêmico
concorda com a eficiência da
confecção
dos
modelos
substitutivos.
Com relação a primeira
pergunta de um universo de 64
acadêmicos (92%) acreditam que
não foram penalizados por não
desenvolver práticas “invasivas”.
Com relação a segunda questão os
acadêmicos apresentaram índice de
95% concordando com a eficiência
da
utilização
de
modelos
substitutivos. Foi realizada análise
de discurso e a idéia central
apresentada pelos acadêmicos
evidenciou que o investimento em
estudo e
a construção do
conhecimento na proposta foi mais
didático e
assimilativo. As
atividades de substituição foram
realizadas sob concepção e minha
responsabilidade durante os anos
de 2008 e 2009 ( 4 turmas ), sendo
que
recebemos
diversas
manifestações de outras instituições
a respeito da pratica pedagógica
inclusive nos proporcionando a
participação como palestrante e
coordenador da oficina de Métodos
Substitutivos
no
I
Simpósio
Internacional
Experiências
de
Agenda 21: Os Desafios do nosso
tempo em novembro de 2009. A
prática ainda hoje é desenvolvida
em nossa grade curricular e já foi
repassada a diversos cursos de
outras instituições tais
como
Ciências Biológicas, Medicina e
Medicina Veterinária.
Palavras-chave: Substituição,
Animal, Fisiologia, Educação
41
MONTAGEM DE ESQUELETOS
PARA AS AULAS PRÁTICAS DE
ANATOMIA VETERINÁRIA
João Luiz Androukovitch, M. Sc.
Curso de Medicina Veterinária.
O desenvolvimento de aulas
práticas de Anatomia Animal na
Medicina Veterinária tem como
objetivo desenvolver no aluno a
habilidade
de
reconhecer
e
comparar estruturas em diferentes
espécies animais. Estas atividades
incluem o estudo em cadáveres
dissecados,
formalizados
e
preparados com diferentes técnicas,
uma delas consiste no preparo de
esqueletos
para
o
estudo
comparativo dos ossos.
Durante o ano de 2011,
foram recebidos no laboratório de
anatomia veterinária um tucano, um
jabuti, um furão, periquitos e outras
aves além de outros animais
domésticos como cães, coelhos,
eqüinos e bovinos. Após a triagem e
identificação os animais menos
danificados são separados para a
técnica. O jabuti, o tucano, o coelho
e um periquito foram escolhidos
para o preparo dos primeiros
esqueletos. A partir da escolha os
cadáveres foram colocados em
bandejas plásticas e dissecados de
modo a remover as vísceras. Após
este preparo inicial procedeu-se a
remoção das massas musculares
cuidadosamente mantendo o mais
integras possível de estruturas
ósseas e articulações.
Este minucioso trabalho
incluiu a maceração a quente que
consiste em imergir o esqueleto em
água fervente e água oxigenada
200V, mantendo-o por alguns
segundos para que a maceração se
complete. Segue-se o processo de
desidratação usando fubá de milho
e novas raspagens para remoção
completa de músculos, neste
momento são retiradas também as
cartilagens articulares externas
mantendo-se apenas as que unem
os ossos
através de
suas
extremidades. A finalização da
técnica é
feita
através
do
clareamento
usando
água
oxigenada e exposição ao sol ou
iluminação artificial. Assim os
esqueletos são fixos em placas de
madeira com diferentes dimensões,
de acordo com seus tamanhos e
expostas ao público.
Esta técnica possibilita a
manutenção dos esqueletos de
maneira articulada evitando a
colocação de pinos, arames e o uso
de cola o que retira a estética
natural da peça e interfere na
identificação
de
estruturas
anatômicas. A avaliação final inclui
a apresentação dos materiais em
exposição aos demais alunos da
disciplina,
fazendo
breves
comparações sobre a constituição
do esqueleto trabalhado e das
demais espécies domésticas já
existentes e usadas como rotina em
práticas no laboratório. Podemos
notar nos alunos que realizaram
esta prática o desenvolvimento de
movimentos mais delicados e
apurados, preparando o aluno para
atividades em disciplina futuras com
realização de práticas cirúrgicas,
diagnósticas e reparativas mais
precisas. Estimula também o
desenvolvimento do trabalho em
grupo importante para a vida
acadêmica e profissional.
Palavras-chave:
Esqueletos,
Maceração, Anatomia Veterinaria.
42
PROJETO PRÁTICAS EM
NUTRIÇÃO ESPORTIVA3
Lorene Simioni Yassin
Curso de Nutrição
NUTRIÇÃO
O projeto Práticas em
Nutrição Esportiva foi desenvolvido
com o objetivo de proporcionar
vivência prática aos acadêmicos do
sexto período que cursam a
disciplina Nutrição Aplicada ao
Esporte. A motivação para o
desenvolvimento dessa atividade se
deve
à
possibilidade
de
conhecimento
prático
aos
acadêmicos e ainda pelo contato
com um público que são potenciais
futuros alunos do Curso de
Nutrição.
Esse projeto está em sua
primeira edição. Foi desenvolvido
em 36 horas das 72 horas
propostas na disciplina, no período
de julho a outubro de 2011, em três
locais: academia de bailarinos
Angellus, time de basquete juvenil
do Sepam e Operário Ferroviário
Esporte Clube. A turma foi dividida
em 3 grupos, os quais eram
responsáveis por fazer avaliação
nutricional completa dos atletas
desses locais.
Após avaliação um relatório
do diagnóstico nutricional do grupo
foi elaborado e enviado ao
responsável pelo grupo com um
plano de ação para os problemas
nutricionais detectados nos grupos.
Com a autorização do responsável
pelos atletas o plano de ação foi
executado pelos acadêmicos sobre
supervisão
do
professor
da
disciplina. As ações previstas eram
orientações individuais, dinâmicas
de grupo envolvendo alimentação e
3
Projeto premiado no concurso “Professor em
Ação”
43
atividades de educação nutricional
em grupo. O resultado pós ação foi
coletado através de questionários e
registros alimentares e os mesmos
foram discutidos em redação no
formato de artigo científico, que
gerou 3 artigos aptos à publicação
em periódicos da área. Através da
elaboração do artigo e visível
motivação dos alunos para o
desenvolvimento desse trabalho foi
possível avaliar o projeto como
suficiente
para
proporcionar
vivência prática na área de nutrição
esportiva.
Palavras
esportiva,
atletas.
–
chave:
nutrição
avaliação nutricional,
FESTIVAL GASTRONÔMICO –
DIETAS ESPECIAIS 4
Michelly Rossi
Nutrição
O Festival Gastronômico
2011, desenvolvidopelo terceiro
período do curso de Nutrição na
disciplina de Técnica Dietética,
procurou mostrar à população
atendida que mesmo em condições
de restrição de algum tipo de
nutriente pode-se ter uma dieta
equilibrada, saborosa e atrativa.
Foi realizado no dia 25 de
maio de 2011, tendo como base o
Supermercado Tozetto – Uvaranas,
onde os alunos divididos em cinco
equipes
desenvolveram
pratos
específicos para alguma patologia
(diabetes, hipertensão, dislipidemia,
doença celíaca e intolerância à
lactose).
Para a realização deste
trabalho cada grupo desenvolveu
uma pesquisa bibliográfica sobre o
seu tema e escolheu uma receita
para testar e posteriormente
oferecer ao público. Na data da
apresentação utilizaram mesas para
expor os seus produtos, banners
descrevendo
a
patologia
e
distribuíram
folders
aos
interessados. Cada equipe usou a
criatividade para desenvolvero
material de apoio, o que pode ser
visto nas fotos em anexo.
As equipes foram avaliadas
por uma equipe julgadora através
de
seus
conhecimentos:
apresentação do tema, material de
apoio, escolha das receitas e
análise sensorial. Os três primeiros
lugares foram premiados com um
4
Trabalho premiado no concurso “Professor
em Ação”
44
troféu, sendo que os resultados
foram os seguintes:
- 1º lugar: Diabetes
- 2º lugar: Hipertensão
- 3º lugar: Dislipidemias
Neste trabalho, os alunos
puderam perceber a importância do
profissional
Nutricionista
para
informar, esclarecer dúvidas e
corrigir
hábitos.
Também
foi
importante este contato, pois a
população tem muita informação e
instiga os alunos a estudarem e
pesquisarem cada vez mais, já
visualizando
habilidades
para
alguma área específica após o
término do curso.
45
ODONTOLOGIA
PARTE DA DOCÊNCIA É
DESPERTAR NO ALUNO O
DESEJO DE APRENDER
Elcy Pinto de Arruda
Curso de Odontologia
Este texto mostra uma
experiência realizada na disciplina
de
Introdução
às
Clínicas
Odontológicas
do
curso
de
Odontologia. Nessa disciplina os
alunos têm aulas expositivas e um
estágio observacional na clínica do
último período do curso. Entretanto,
houve uma mudança neste método,
que surtiu um ótimo efeito
motivacional,
mudando
o
comportamento da turma.
O primeiro período da
faculdade reúne jovens que irão
experimentar o início de suas
carreiras, e alguns não têm
maturidade suficiente para entender
isto. Em virtude deste fato, alguns
podem se desmotivar durante este
período, principalmente se nós
professores formos extremamente
expositivos, ou seja, focarmos
nossas aulas em conteúdo sem
deixar espaço para a criação,
deixando o aluno muito passivo,
copiando muita matéria
sem
possibilidade de criar, de se
manifestar, de discutir, debater, de
ser ouvido como dono de uma idéia.
Esta
preocupação
me
motivou a criar um ambiente que
exercesse
influência
no
desenvolvimento deste aluno. Então
pensei em inserir meus alunos do
primeiro
período
na
clínica
Odontológica,
promovendo
o
contato direto deles com a
Odontologia. Meu objetivo era, por
meio desse contato com a clínica,
estimular e desenvolver seus
planos, suas capacidades e assim
sua
inteligência,
para
eles
aprenderem a aprender.
46
O método que utilizei foi
simples: primeiro levei-os para a
clínica
da
especialização
de
Ortodontia, onde ficaram no mesmo
ambiente de pessoas já graduadas
e sentiram a dinâmica de um
ambiente clínico. Na outra semana,
retornaram à clínica da graduação
e, em dupla, um aluno faria uma
profilaxia no outro após minhas
instruções de como proceder. Foi a
primeira vez que vestiram branco,
paramentaram-se e tocaram em um
equipamento
odontológico
imaginando-se cirurgiões dentistas.
A clínica agora era deles.
Fizemos
isto
por
três
semanas no horário da minha
disciplina de Introdução às Clínicas
Odontológicas.
Os
resultados
obtidos
com
esta
prática
repercutiram até aos alunos dos
outros períodos que vinham elogiar
o fato do primeiro período já estar
na clínica e lamentavam não ter
sido assim com eles. Entre os
alunos do primeiro período o
sucesso foi maior do que eu
imaginava, pois queriam mais dias
de clínica, entretanto não
foi
possível. Mas o meu objetivo já
estava atingido!
A maiêutica socrática em que
uma idéia nasce e por meio de
diálogo argumentativo é lapidada foi
o tom de minhas conversas com
estes jovens. Num horário fora da
aula os recebi na clínica da
especialização
de
Ortodontia
novamente, estava claro que
queriam sentar no mocho e acionar
o micromotor. Estavam estimulados,
tinham
experimentado
a
Odontologia e já não cabiam como
observadores
na
clínica
de
Ortodontia.
Na minha visão, esta atitude
conseguiu motivar até o aluno
passivo. No final dei os parabéns a
todos e deixei claro que não mais
importava a nota, pois agora eles
sabiam o que tinham vindo fazer
aqui na faculdade.
Palavras-chave:
Educacional,
Docência,
Motivação
Odontologia,
47
HOJE A AULA É DE VOCÊS!
Camila T. Kluppel
Produção Publicitária
PRODUÇÃO
PUBLICITÁRIA
O começo é sempre o
mesmo, o professor entra em sala,
se apresenta e pede para que cada
aluno fale seu nome, onde trabalha
e qual aexpectativa com
a
disciplina. Em um início de semestre
da disciplina de marketing a
apresentação
precisava
ser
diferente. Foi lançado o desafio: na
aula seguinte todos aqueles que já
trabalhassem
com
publicidade
estavam convidados a fazer uma
palestra para apresentar seu
trabalho aos colegas.
Ganharam a oportunidade
de dividir suas histórias, contar
como tudo começou, quais foram os
erros, aprendizados e conquistas,
mostrar os trabalhos que já tinham
realizado. Chegou o dia, cadeiras
em
formato
de
auditório,
concentração total dos colegas.
Começou o show! Cada um com
sua especialidade, falando daquilo
que sabe fazer. Jimmy é o primeiro,
apresenta suas animações em 3D,
conta toda a rotina de um editor de
vídeos. Angela dá sequência à
apresentação e mostra como é o
trabalho de um profissional de mídia
e todas as suas atribuições. Maria
surpreende ao apresentar seus
trabalhos de produção de fotografia.
Harin Lemes, blogueiro da sala,
conta como foi a trajetória para
alcançar os 50 mil acessos diários
em seu Blog Cogumelo Louco e
fazer do hobby uma profissão
lucrativa. E Hallorino, o artista da
sala, conta como fez para se tornar
um dos vloggers mais acessados do
youtube.
Em meio às apresentações
muitas perguntas, curiosidades e
48
elogios surgiam dos colegas
empolgados com o que estavam
aprendendo. Mesmo convivendo
quase todos os dias juntos,
descobriram
que
pouco
se
conheciam. Surpreenderam-se ao
se dar conta do que eram capazes
se usassem seus talentos juntos
como uma equipe, um time. A aula
não tratava de algum conteúdo
específico, mas o aprendizado
daquele dia tinha sido diferente para
todos, inclusive para a professora
que mais uma vez confirmou que
ensinar para essa nova geração é
um
exercício
constante
de
reinvenção e aprendizado.
Palavras-chaves:
aprendizado coletivo,
experiências
interação,
troca de
SHOW DE STAND UP COMEDY5
Camila T. Kluppel
Produção Publicitária
A ideia de unir humor às
aulas de redação publicitária surgiu
a partir da percepção dos talentos
criativos presentes em sala de aula
e da admiração dos alunos pelo
Stand Up Comedy, estilo de humor
em grande ascensão no país. A
atividade foi desenvolvida com o
objetivo
de
estimular
o
desenvolvimento de habilidades de
comunicação escrita e oral nos
acadêmicos do primeiro período de
Produção Publicitária. Os alunos
foram incentivados a produzirem
roteiros para uma apresentação
Stand Up Comedy, utilizando as
técnicas de redação aprendidas em
aula.
A
primeira
etapa da
atividade contemplou pesquisa na
internet sobre o estilo de humor
“stand up comedy”, seguido de
brainstorming,
técnica
de
levantamento de ideias, para
identificar situações do dia-a-dia
que poderiam ser abordados nos
textos.
Com
diversos
temas
identificados, os alunos partiram
para a produção dos textos
humorísticos e apresentações em
sala. Durante as exposições os
alunos puderam contribuir para o
aperfeiçoamento do texto dos
colegas, dando
sugestões
e
fazendo questionamentos.
Para finalizar a atividade,
foi firmada uma parceria com o
Grupo de Stand Up Comedy
Comédia S/A, que abriu um espaço
para que o aluno que mais se
5
Trabalho premiado no projeto “Professor em
Ação”
49
destacasse nas
apresentações
tivesse a oportunidade de se
apresentar com o grupo no Empório
Avenida, uma das principais casas
de show da cidade. O aluno
escolhido pela turma foi Alorino
Geraldo Machado Junior, que se
apresentou no dia 28 de maio de
2011. Praticamente toda a turma
prestigiou
a
apresentação,
proporcionando também momento
de integração entre os colegas.
Após
a
apresentação,
Alorino passou a integrar o grupo de
comédia,
realizou
diversas
apresentações em Ponta Grossa e
outras cidades e foi convidado a
assumir um quadro humorístico em
programa de televisão local. Com
essa atividade avaliativa foi possível
integrar técnica e prática de forma
criativa,
bem
humorada
e
envolvente, além de estimular o
gosto
pela
escrita
e
o
desenvolvimento de habilidades de
comunicação oral.
O projeto foi um sucesso!
Possibilitou a descoberta de muitos
talentos dentro da sala de aula,
motivou a integração e admiração
entre os colegas e divulgou o curso
e a instituição para a comunidade.
Não há nada mais recompensador
para o professor saber que, de
alguma
forma,
promoveu
a
transformação na vida e no futuro
de seus alunos.
Palavras-chaves:
redação
publicitária, stand up comedy,
integração
50
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