Práticas e Saberes de Extensão Volume II sua criação até os dias de hoje, este Projeto é marcado pela presença de inúmeras pessoas que se engajaram, de forma corajosa e destemida, na concretização de que outro mundo é possível (ZANATTA, 2012). Icaza e Freitas (2006) entendem que o Projeto Esperança/Cooesperança procura desenvolver um novo modelo de cooperativismo, a economia popular solidária, tratando da inclusão social por meio de alternativas concretas de desenvolvimento urbano, solidário e sustentável, e da “reinvenção da economia”, colocando o trabalho acima do capital. Sendo assim, devido à sua relevância para o desenvolvimento social e econômico da sociedade atual, pretende-se relatar algumas atividades desenvolvidas por professores e acadêmicos, no sentido de colaborar de alguma forma para o sucesso deste novo modelo de cooperativismo. No decorrer de sua evolução histórica, pôde-se contribuir principalmente com a execução de pesquisas de avaliações das Feiras anuais de âmbito estadual, nacional e internacional, desde 2007 até 2013, e também com pesquisas específicas nos grupos do Projeto Esperança/ Cooesperança, assim como a divulgar os resultados desses estudos em eventos, revistas e capítulo de livro, oferecendo subsídios para o aperfeiçoamento dos projetos de economia solidária. Essa experiência de extensão começou com o envolvimento do Curso de Administração da Universidade Federal de Santa Maria com empreendimentos solidários, abrangendo atividades pioneiras desenvolvidas por alguns de seus professores e acadêmicos nas décadas de 1980 e 1990. Tais atividades consistiram em captar ideias junto ao Projeto Esperança/Cooesperança, da então Diocese de Santa Maria, e transformá-las em projetos que foram gradativamente sendo implementados por grupos de empreendedores vinculados ao movimento cooperativista da economia solidária. Os empreendimentos contaram, ainda, com o acompanhamento de alguns professores da Administração e Economia auxiliando a coordenação, por meio de debates nas diversas localidades integrantes. Em continuidade, a partir do ano de 2007, um grupo de professores e acadêmicos dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e de outras áreas do Centro Universitário Franciscano começou a participar da aplicação da pesquisa do PAFES, exigida pelo Governo Federal, para 227