Renascimento
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O Renascimento

Queda de Constantinopla (1453), tomada pelos turcos

Introdução dos caracteres móveis na impressa por Gutenberg (1454)

Expansão Europeia

–
Bartolomeu Dias dobra o Cabo da Boa Esperança (1487)
–
Colombo chega às Antilhas (1492)
–
Vasco da Gama contorna a África e chega à Índia (1498)
Reforma e Contra-Reforma (Questiona a autoridade da Igreja)
–
Martinho Lutero (1483-1546): autor da Reforma protestante
–
Concílio de Trento (1545-1563): servia para garantir a unanimidade na
Igreja.
2
A ciência do Renascimento
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
O pensamento tende a emancipar-se da Teologia. Os pensadores dedicam-se ao estudo
da natureza (é importante a observação);

Deixa de ser predominante o respeito à tradição, ou seja desaparece a fé cega no que foi
dito por Aristóteles, Galena, Avicena, etc;

O pensamento tende a matematizar-se

Abundam as inovações, mas conservam-se muitos elementos e critérios do passado;

Acede-se directamente às fontes do pensamento Grego, sem depender de comentários e
compilações medievais;

Nova atitude o humanismo – o homem como o fim em si mesmo e motor da história e não
criatura subordinada aos desígnios de Deus

Ocorre o auge das cidades e ao progressivo poder da burguesia;

Aperfeiçoamento da imprensa conduz à divulgação do saber.
Genericamente

“ a ciência europeia estava, durante a idade Média, submetida
ao princípio de autoridade; esta atitude punha o respeito pelo
pensamento dos grandes sábios da Antiguidade; esta atitude
punha travão à observação directa dos fenómenos naturais. A
partir do séc. XV, uma mudança radical tem lugar neste
domínio. É certo que a tradução das obras dos sábios gregos
e latinos prossegue: estuda-se a física segundo Arquimedes, a
geografia segundo Ptolomeu, a medicina segundo Hipócrates.
Mas a curiosidade e o sentido crítico dos humanistas leva-os a
observar directamente os fenómenos naturais.”
4
Leonardo da Vinci



5
Faz a articulação em comum da Arte e
Ciência;
Engenheiro, anatomista e cientista
(desenhos anatómicos de grande rigor
baseados em dissecações anatómicas);
Tem capacidade de observação e espírito de
intuição.
Figuras importantes nas ciências
médicas e farmacêuticas

André Vesálius (1514-1564): Anatomia

Ambroise Paré (1510-1590): Cirurgia

Fracastoro (1483-1553): Contágio

Paracelso (1493-1541): farmácia e na
medicina
6
André Vesalius (Bruxelas, 1514-1564)

Estou medicina em Lavaina (Bélgica) e Paris

Professor de anatomia e cirurgia em Pádua

Obras publicadas
–
Tabulae anatomicae sex: um conjunto de seis desenhos de anatomia feitos por ele
próprio
–
De humani corporis fabrica libri septem: É uma espécie de atlas do corpo humano
ricamente ilustrado, dividida em sete partes

7
ossos (Livro 1),

músculos (Livro 2),

sistema circulatório (Livro 3),

sistema nervoso (Livro 4),

abdômen (Livro 5), coração e

pulmões (Livro 6) e

cérebro (Livro 7).
Ambroise Paré (1510-1590)

Nasceu em Laval, França

Não era médico mas cirurgião barbeiro

Aprendeu anatomia e cirurgia em Paris

Foi considerado o “pai da cirurgia”. Fez inovações no tratamento

–
Feridas por armas de fogo
–
Técnicas de amputação
Obra escrita:
–
8
La méthode de triter les plaies faites pour les hacquebutes et autres
bâtons à feu, et celles qui sont faites par la poudre à canon ( Método de
tratar ferimentos feitos por arcabuzes e outras armas de fogo).
Fracastoro (1483-1553)

Natural de Verona, estou medicina em Pádua onde aos 19 anos foi
nomeado professor da Universidade

Escreveu obras no domínio médico, astronomia, geologia bem como
alguma poesia

Obras

9
–
Syphilis, sive morbus gallicus (Sifilis ou a Doença Francesa); poema
publicado em 1539
–
De contagione et contagiosis morbis: publicado em 1546 dá-nos descrição
do tifo.
Contágio realizava-se através dos seminaria morbi de forma directa
(através de objectos ou pelo ar
Paracelso (1493-1541)
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
Filipe Aurélio Teofrastos Bombastus von Hohenheim (1493 – 1541),
suiço que por volta de 1529 adoptou o nome de Paracelso (Superior a
Celso, médico Romano cuja obra De medicina, havia sido
redescoberta e impressa há pouco tempo).

Foi um famoso médico, alquimista, físico e astrólogo suíço

É a figura mais controversa da história da farmácia e da medicina.

Estudou Botânica e química tendo aprendido em pequeno com o pai
Medicina. Estou em diferentes Universidades mas mostra-se sempre
insatisfeito com o ensino ministrado. Doutorou-se em Ferrara.

Ensinou medicina em Basileia onde travou polémicas com vários
médicos e cirurgiões.
Características fundamentais da obra
de Paracelso (1)
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
Antigalenismo sistemático: recusa a teoria humoral como paradigma explicativo da saúde
e da doença, substituindo-a por uma filosofia de base química;

Saúde correspondia a um equilíbrio dos elementos químicos: enxofre, mercúrio e sal que
existiam no organismo. São denominados os tria prima e constituem os princípios do
corpóreo (sal), do inflamável (enxofre) e do volátil (mercúrio).

Existe a ideia da unidade entre o macrocosmos (o universo, tanto na sua parte terrestre
como extra-terrestre) e o microcosmo (o corpo humano)

Os corpos vivos seriam compostos por minerais e espíritos astrais (essentia)

Existiam forças espirituais os semina (enviados por Deus) e os archei (princípios que
controlavam vários processos vitais)

As causas externas das doenças seriam essências espirituais, especificas para cada
doença.
Características fundamentais da obra
de Paracelso (3)

12
Pratica a teoria das assinaturas: segundo a qual a
Terra, enquanto palco destinado por Deus para a
caminhada do homem para a sua salvação,
encontrar-se-ia cheio de animais, vegetais e
minerais úteis para o homem, nomeadamente para
o seu tratamento: assim um fruto em forma de
coração teria a assinatura da sua utilidade para
doenças cardíacas, ou outro com a forma de um
fígado para as doenças hepáticas.
Características fundamentais da obra
de Paracelso (3)
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
Valorização dos conhecimentos populares

Emprego por via interna da terapêutica metálica

Propunha uma farmácia vocacionada para a obtenção dos
princípios activos isolados dos componentes da formula

Medicação específica adequada a cada doença

Valoriza o trabalho manual

Concepção unitária das ciências da Saúde: não dividir
profissionalmente medicina, cirurgia e farmácia

Desenvolvimento do laboratório de farmácia a partir do
laboratório alquímico
Saúde e doença segundo Paracelso

Doença resultava do desequilíbrio destes elementos.

Doença era de origem localizada

Cada doença tinha terapêutica específica

Médico devia ser filósofo da natureza , astrónomo, alquimista,
sendo entendido num sentido mais próximo do farmacêutico
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Atitudes perante a saúde e a doença
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
o galenismo ortodoxo

o paracelsismo radical

uma postura eclética
Farmácia Renascentista
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Textos usados pelos renascentistas

Dioscórides: “De materia medica”, fundador da farmacognosia. Teve como
seus tradutores
–
Andrea Mattioli (1500-1577)
–
Andrés Laguna (1511-1559)
–
Amato Lusitano (1511-1568)
–
Valerius Cordus (1515-1544)
–
Juan Jarava (1516-1565)

Farmacologia: textos de Arnau de Vilanova, Mesué, Rhazes e Avicena, bem
como de Galeno

1530- Surge o primeiro herbário em moldes modernos. Responsáveis foram
os alemães Brunfels, Bock e Fuchs (De historia stirpium, 1542)

Jardins botânicos em várias cidades
–
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Vaticano (séc. XV), Pisa, Pádua, Bolonha, Zurique Paris (séc. XVI)
Drogas de origem americana

Nicolás Monardes (1512-1588), de Sevilha
–
Dos libros, el uno que trata de todas las cosas de nuestras
Indias Occidentales que sierven al uso de Medicina (1565)
–
Jalapa, Guaiaco, Canafístula e as árvores do bálsamos de
Tolu

Francisco Hernandez (1514-1578), médico natural
de Toledo
–
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Foi encarregue de estudar a matéria médica no México e
Perú
Drogas de origem asiática

Tomé Pires

Garcia da Orta (1501-1568)
–

Cristóvão da Costa (1525-1593)
–
19
Colóquios dos simples e drogas e coisas
medicinais da Índia (Goa, 1563)
Tractado de las drogas, y medicinas de las Indias
Orientales (1578)
FIM
20
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