CONTROLE AVANÇADO Prof. André Laurindo Maitelli DCA-UFRN INTRODUÇÃO AO CONTROLE ADAPTATIVO O que é ? • Aplicado a sistemas com grandes variações de parâmetros ou condições de operação: – – – – robôs manipuladores navios aviões sistemas biomédicos • Existem vários esquemas de controle adaptativo, dentre os quais destacam-se: – escalonamento de ganhos – sistemas adaptativos por modelo de referência – reguladores Auto-Ajustáveis O que é ? • O controle adaptativo é um tipo especial de controle realimentado não-linear em que os estados do processo podem ser separados em duas categorias, que mudam em diferentes velocidades: – “estados lentos”: parâmetros do regulador; – “estados rápidos”: realimentação convencional. • As primeiras pesquisas tiveram início nos anos 50 O que é ? • Relações entre controle adaptativo e outras áreas de controle Controle Preditivo Sistemas Não-Lineares Controle Estocástico Controle Adaptativo Sistemas Lineares Identificação Otimização Esquemas Adaptativos • Controle robusto de alto ganho: – Altos ganhos conferem mais robustez na presença de variações; • Sistemas adaptativos auto-oscilatórios: – Alto ganho mantido por um relé; • Controladores com Auto-Sintonia: – Técnicas adaptativas para a sintonia de PID’s • Escalonamento de Ganhos; • Controle Adaptativo por Modelo de Referência; • Reguladores Auto-Sintonizáveis. Escalamento de Ganhos • Idéia: compensar as variações no processo mudando os parâmetros do controlador em função das condições de operação parâmetros do controlador r Controlador Escalador de Ganhos u condição de operação Processo y Escalamento de Ganhos • A desvantagem é que o controlador por escalamento faz uma compensação em malha aberta • A principal vantagem é a mudança rápida dos parâmetros do controlador, pois não há necessidade de estimação dos mesmos Exemplo: sistema de tanques qin A(h) h qou t d h q a 2gh A ( h ) dh in dt 0 a 2gh q dh (t ) in dt A(h) A(h) Linearizando no ponto de operação qin0 , h0 h h PO h h h h h 0 q in PO q in q in 0 PO Exemplo: sistema de tanques a 2g h h 0 1 q in q in 0 h h 0 A(h ) PO 2 h A(h ) PO a 2gh 0 1 h h q in 2A ( h 0 ) h 0 A( h 0 ) H(s) Q in (s) 1 A( h 0 ) s a 2gh 0 2A ( h 0 ) h 0 s Exemplo: sistema de tanques Usando um controlador PI: + - K K Ti s s KTi s K G MF (s) Ti s 2 Ti KTi s K 2n G MF (s) 2 s 2 n s 2n K K T s i s G MF (s) K 1 K Ti s s 2 n K T 2 n i 2n O ganho do controlador é proporcional à área da seção do tanque Controle Adaptativo por Modelo de Referência (MRAC) ym Modelo de Referência r u Controlador Processo y laço interno θ parâmetros do controlador Lei de Adaptação laço externo e MRAC • Desempenho desejado para a planta é especificado por um modelo de referência; • Os parâmetros do controlador são ajustados baseados na diferença entre a saída da planta e a saída do modelo de referência. Exemplo Controle MRAC de um sistema de 1ª ordem y (t ) ay(t ) bu ( t ) Modelo de referência: y m (t ) a m y m (t ) b m r(t ) Um seguimento de modelo pode ser atingido com o seguinte controlador: u(t ) t 0 r(t ) s 0 y(t ) Com parâmetros s0 e t0 a a s0 m b t0 bm b y bt 0 r p a bs 0 Exemplo A realimentação será positiva se am < a, ou seja, se o modelo desejado for mais lento que o processo Se os parâmetros a e b não forem conhecidos, são necessários mecanismos de adaptação dos mesmos - Regra MIT: J() 1 2 e 2 e y ym d J e e dt - No exemplo: bt 0 y r p a bs 0 p é o operador diferencial y bt 0 r p a bs 0 Exemplo Assim, e b r t 0 p a bs 0 b2 t 0 e b r y 2 s 0 p a bs 0 p a bs 0 (a,b) são desconhecidos. Mas, p a bs 0 p a m Assim, dt 0 1 * e r dt p am ds 0 * 1 y e pa dt m bt 0 r p a bs 0 Exemplo Referencia Saída da Planta Saida do Modelo 1.5 1 0.5 Saidas y 0 -0.5 -1 -1.5 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 Amostras 1.4 1.6 1.8 2 4 x 10 y bt 0 r p a bs 0 Influência do Fator γ Reguladores Auto-Ajustáveis (STR) Projeto Estimador parâmetros do regulador r y u Regulador Processo STR • Assume que o processo tem parâmetros constantes, mas desconhecidos; • A idéia é separar a estimação dos parâmetros do projeto do controlador; • Os parâmetros desconhecidos são estimados em tempo real; • Estes parâmetros estimados são tratados com se fossem os verdadeiros (princípio da equivalência à certeza); STR • O bloco “Projeto” representa uma solução “on-line” do problema de controle para um sistema com parâmetros conhecidos; • Métodos de projeto mais usuais: – Mínima variância; – Alocação de pólos; – Linear Quadrático; • Diferentes combinações de métodos de estimação e métodos de projeto levam à reguladores com diferentes propriedades. Tipos de STR • Indireto (explícito): – Os parâmetros do processo são estimados e, então, são utilizados para selecionar os parâmetros do regulador; • Direto (implícito): – É obtido através de uma re-parametrização do modelo em termos dos parâmetros do regulador, permitindo a estimativa direta destes últimos. Exemplo Sistema de 1ª ordem: y(k 1) ay(k) bu (k) Objetivo de controle: y(k 1) y ref (k 1) Lei de controle: y ref (k 1) ay(k) bu (k) u (k ) y ref (k 1) ay(k ) b Considerando os parâmetros estimados e usando a equivalência à Certeza: u (k ) y ref (k 1) aˆy(k ) bˆ Exemplo yref y u - controlador de 1 estágio - pode exigir elevados sinais de controle Estimação de Parâmetros Conceitos em Controle Estocástico 1- Precisão nas estimativas Estimação Controle 2- Redução das incertezas 2 ausente – problema neutro 1 e 2 ausentes – problemas equivalentes à certeza Conceitos em Controle Estocástico • As duas formas de interação podem conduzir às ações de controle provocadora e cautelosa: – A necessidade de exatidão nas estimativas pode levar a um controle cauteloso, o qual exerce um controle tanto menos intenso quanto maior forem as incertezas sobre o processo; – A possibilidade de afetar a razão de redução da incerteza pode conduzir a um controle provocador. Exemplo Considere o sistema: y(k 1) y(k) b(k 1)u(k) e(k 1) e N(0, e2 ) Com o parâmetro b possuindo o seguinte modelo: b(k 1) ab(k) v(k) a 1 v N(0, 2v ) Controlador de 1 estágio: J E y 2 (k 1) Yk E y(k) b(k 1)u(k) e(k 1) Yk YK y(0), y(1),....,y(k) Com 2 J E y 2 (k) Yk 2E b 2 (k 1) Yk u 2 (k) 2Eb(k 1) Yk u(k)y(k) E v 2 (k) 2 ˆ J y(k ) b(k 1)u (k ) Pb (k 1)u 2 (k ) e2 Exemplo J * min J Ótimo: u(k) O que resulta no seguinte sinal de controle: u (k ) bˆ (k 1) y(k ) bˆ 2 (k 1) Pb ( k 1) incertezas desligamento Controle Dual • O controle preocupa-se em levar a saída para o valor desejado, mas introduz perturbações quando as estimativas são incertas; • Isto melhora as estimativas atuais e o controle futuro; • Ou seja, um controlador com características duais estabelece um balanço correto entre manter um bom controle e manter os erros de estimação pequenos. Controle Dual • Existem soluções simples para resolver o problema do desligamento: – Adicionar uma perturbação ao sinal de controle cauteloso; – Definir um valor mínimo para o sinal de controle; • Como estes controladores não previnem o desligamento, pois a lei de controle cautelosa é somente modificada quando o fenômeno está prestes a ocorrer, são chamados de passivos Controle Dual • A idéia dos controladores ativos é prevenir o fenômeno do desligamento. • Exemplo: Controlador Subótimo Ativo Dual (ASOD): J 1ASOD E y(k 1) y r (k 1) f P(k 2) Yk Com 2 f (P(k 2)) p b1 (k 2) 0 1