Modificações gliais no núcleo supraóptico durante a sepse grave
¹Luis Henrique Angenendt da Costa, ¹Nilton Nascimento dos Santos Júnior, ¹Carlos Henrique
Rocha Catalão, ²Patricia Flamant, ²Fabrice Chrétien, ¹Maria José Alves da Rocha
¹Departamento de Morfologia, Fisiologia e Patologia Básica, Faculdade de Odontologia
de Ribeirão Preto- FORP/USP- Ribeirão Preto (SP), Brasil ² Unité d'Histopathologie
Humaine et Modèles Animaux, Institute Paris, Paris, França
Objetivo: Dado o comprometimento da secreção de vasopressina que ocorre
durante a sepse, o objetivo deste trabalho foi avaliar as mudanças morfológicas de
astrócitos e da micróglia no núcleo supraóptico (SON) de animais sépticos.
Métodos: Ratos Wistar (250-350g) foram submetidos à sepse por ligadura e
punção cecal (CLP), sendo o ceco perfurado 10 vezes com uma agulha de calibre 16G.
Animais não manipulados (naive) foram utilizados como controle. Seis e vinte e quatro
horas após o estímulo séptico os animais foram eutanasiados e tiveram o cérebro
coletado para imunohistoquímica. Os cortes (30µm) foram processados, com marcações
para astrócitos (GFAP) e micróglia (Iba-1). As imagens foram obtidas por microscopia
confocal ou óptica.
Resultados: As imagens mostram uma redução nas projeções astrocitárias no
SON de animais sépticos em 24 horas após o CLP. No mesmo grupo de animais, as
células positivas para Iba-1 mostram ramificações mais curtas e grossas, compatíveis
com a morfologia de células microgliais ativadas.
Conclusão: As alterações morfológicas encontradas principalmente na micróglia
sugerem um estado reativo das células gliais no SON de animais sépticos. Tal estado
poderia causar a liberação local de diversos mediadores inflamatórios que por sua vez
levariam os neurônios magnocelulares do SON ao estresse oxidativo, comprometendo a
secreção de vasopressina.
Suporte Financeiro: FAPESP (2014/14615-0)
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Rocha Catalão, ²Patricia Flamant, ²Fabrice Chrétien, ¹Maria José