Relato de experiência sobre a implementação do Programa Brasil contra a Sepse em hospital ra universitário e público Jaqueline Sangiogo Haas(1), Rafael Barberena Moraes (1) , Josi Vidart (1), Vanessa Oliveira (1) , Carlos Mallmann Neto (1), Gilberto Friedman(2), Debora Feijó Vieira (2) , Aloma Luz da Silva (3) A primeira fase da implantação do Programa Brasil contra a Sepse no Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA) ocorreu em abril de 2013, com a adequação de infraestrutura e processos que envolvem a criação de uma comissão local – Programa Intra-hospitalar de Combate a Sepse (PICS), elaboração de protocolo, guia de antibioticoterapia empírica, adequação das rotinas de dispensação de antibiótico e coletas laboratoriais. A segunda fase consistiu em coletar dados para o diagnóstico institucional. Na terceira fase ocorreu o lançamento da campanha para toda a instituição, divulgação do protocolo de sepse grave e início das capacitações de recursos humanos. Em 21 meses foram incluídos 671 pacientes. O cenário local demonstra maior incidência de choque séptico (76,3% HCPA; 47,6% Hospitais públicos Dez/14-Jan/15; 42,1% - Brasil) e maior tempo para o início de antibioticoterapia (3,7±6,6 HCPA; 4,0±7,8 Hospitais públicos - Dez/14-Jan/15; 2,8±6,3 - Brasil), além de menor aderência aos indicadores do pacote de 6 horas e maior mortalidade (55,1% - HCPA; 46% - Brasil). Após o diagnóstico, iniciamos um programa que visa adequar o atendimento local às medidas preconizadas pela campanha mundial da Sepse e, apresentamos aqui, um exemplo de implementação destas medidas. Em julho de 2013 foi instituído o Time de Resposta Rápida (TRR) para atender pacientes em situações de risco após identificação de gatilhos. Esta equipe corrobora diretamente com as ações estabelecidas pelo protocolo de sepse grave. Em março de 2015 iniciaram as atividades de ensino com caráter educativo e capacitações oferecidas fora do horário de trabalho, com duração de 1 hora. O objetivo é sensibilizar os pares quanto à identificação precoce e o tratamento adequado e, ainda, oportunizar espaço para discussão. Como complemento ao trabalho inicial, um curso de Educação a Distancia está sendo concluído. Já observamos alguns resultados positivos: redução do tempo de início do antibiótico (de 8,1± 13,3 horas – dez/13 a fev/14; 3,7 ± 6,6 – dez/14 a jan/15) e maior aderência ao pacote de 6 horas (3,3% - Dez/13-Fev/14; e 6,8% - Mar-Mai/14). A mortalidade por sepse permanece elevada nos hospitais brasileiros. Sendo assim, é necessário planejamento e organização das instituições para melhora deste cenário. 1. Hospital de Clinicas de Porto Alegre – HCPA – Porto Alegre (RS), Brasil. 2. Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS – Porto Alegre (RS), Brasil. 3. Universidade Pontificia Católica do Rio Grande do Sul – PUC-RS – Porto Alegre (RS), Brasil.