UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
ENGENHARIA AGRÍCOLA
PERFIL DO CONSUMIDOR DO FRANGO CAIPIRA EM FEIRAS LIVRES
DE GOIÂNIA E ANÁPOLIS NO ESTADO DE GOIÁS EM 2014
Júlio Cesar Camilo Macedo
ANÁPOLIS – GO
2015
JÚLIO CESAR CAMILO MACEDO
PERFIL DO CONSUMIDOR DO FRANGO CAIPIRA EM FEIRAS LIVRES
DE GOIÂNIA E ANÁPOLIS NO ESTADO DE GOIÁS EM 2014
Monografia apresentada à Universidade Estadual
de Goiás - UnUCET, para obtenção do título de
Bacharel em Engenharia Agrícola.
Área de concentração: Economia Rural
Orientadora:
Profa.
Dra.
Alzirene
de
Vasconcelos Milhomem.
ANÁPOLIS – GO
2015
ii
JULIO CESAR CAMILO MACEDO
PERFIL DO CONSUMIDOR DO FRANGO CAIPIRA EM FEIRAS LIVRES DE
GOIÂNIA E ANÁPOLIS NO ESTADO DE GOIÁS EM 2014
Monografia apresentada à Universidade Estadual
de Goiás - UnUCET, para obtenção do título de
Bacharel em Engenharia Agrícola.
Área de concentração: Economia Rural
iii
Aos meus pais Jovane Gama Macedo e Sirley Camilo de Souza Macedo, a minha irmã
Lorena Camilo Macedo, a minha namorada Ingrid Hellen, dedico com muito respeito e carinho.
Foi difícil e sem vocês teria sido impossível!
iv
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, quem sempre acreditou em minha capacidade e
nunca deixou desistir dessa longa caminhada e pelo dom da vida e perseverança.
Agradeço a minha família, que não duvidaram do meu potencial e sempre acreditam
em mim, especialmente a minha mãe Sirley Camilo de Souza Macedo, que sempre teve a
bondade e a paciência necessária para que eu atingisse o meu objetivo, e também á meu
glorioso pai Jovane Gama Macedo, que não se encontra presente entre nós, mais sempre me
apoio, aconselhando, brigando e ajudando nas horas mais difíceis.
A minha irmã Lorena Camilo Macedo, por quem tenho um carinho imenso.
Agradeço também minha namorada Ingrid Hellen, por me acompanhar nessa etapa
da vida, sempre ao meu lado, me ajudando e me fazendo uma pessoa melhor.
Agradeço ao corpo docente da Universidade Estadual de Goiás do curso de
Engenharia Agrícola, que participaram dessa longa caminhada até a minha esperada
formação, pela sabedoria transmitida e vínculos de amizade criados.
A orientadora Professora Alzirene de Vasconcelos Milhomem pela confiança e
paciência com o meu trabalho,
Aos Professores Elton Fialho e Sebastião que ajudaram nessa reta final da
Universidade.
As Professoras Roberta Passini e Sandra Máscimo, por estarem participando desse
momento gratificante em minha trajetória de vida.
E também agradeço a todos os amigos que participaram dessa parte da minha vida e
a todos que sim acreditaram na minha formação acadêmica.
Ao Thiago Cortez e o colaboradores da Tchê Orgânicos por participar junto deste
trabalho.
v
A conquista é um acaso que talvez dependa mais das falhas dos vencidos do que do
gênio do vencedor.
(Madame de Staëll)
vi
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS............................................................................................................ viii
LISTA DE TABELAS ............................................................................................................. ix
RESUMO................................................................................................................................... x
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 11
2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 13
2.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................................... 16
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................ 16
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................... 14
3.1 PRODUÇÃO DE ALIMENTOS ORGÂNICOS ........................................................... 14
3.2 AVICULTURA BRASILEIRA ..................................................................................... 16
3.3 SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE FRANGO ............................................................... 20
3.3.1 Produção de frango caipira ................................................................................. 21
3.3.2 Comercialização e consumo do frango caipira .................................................. 21
3.3.3 Normas para criação de galinha caipira ............................................................ 22
3.3.4 Manejo e produção............................................................................................... 23
3.3.5 Cadeia produtiva do frango caipira ................................................................... 23
3.4 ESTUDOS DO MERCADO CONSUMIDOR .............................................................. 25
4 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................... 27
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................................... 28
6 CONCLUSÕES.................................................................................................................. 36
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 37
8 ANEXOS ............................................................................................................................. 42
vii
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – Brasil: produção de carne de frango (mil toneladas) .......................................... 18
FIGURA 2 – Cadeia Produtiva do Frango Caipira .................................................................. 24
FIGURA 3 – Motivo de compra dos produtos orgânicos nas feiras livres de Goiânia e
Anápolis no Estado de Goiás em 2014 ..................................................................................... 32
FIGURA 4 – Produtos comprados nas feiras livres de Goiânia e Anápolis no Estado de Goiás
em 2014 .................................................................................................................................... 33
FIGURA 5 – Produtos que gostariam de ver oferecidos nas feiras livres de Goiânia e Anápolis
no Estado de Goiás em 2014 .................................................................................................... 34
viii
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – Panorama dos produtos orgânicos no Brasil de acordo Organics Brasil, (2011) ........ 15
TABELA 2 – Produção mundial de carne de frango, principais países produtores (mil
toneladas) .................................................................................................................................. 17
TABELA 3 – Exportação mundial de carnes de frango congelada, principais países (mil
toneladas) .................................................................................................................................. 18
TABELA 4 – Motivação e frequência de consumo do frango caipira ..................................... 30
TABELA 5 – O que impede o consumo da carne de frango caipira ........................................ 31
ix
RESUMO
Com o aumento de consumidores preocupados com a saúde, segurança alimentar, meio
ambiente e ecologia sustentável, surgiram inúmeros novos produtos alimentícios naturais
como, produtos orgânicos e frango caipira. Assim, nesta pesquisa, de natureza exploratória,
teve-se como objetivo identificar os fatores relevantes sobre o perfil do consumidor de frango
caipira. Para tanto foi utilizada uma amostragem simples aplicando um questionário
estruturado com 14 questões abrangendo 116 consumidores escolhidos de forma aleatória em
Goiânia e Anápolis, no Estado de Goiás em 2014. Os dados coletados, foram tratados pela
estatística descritiva, pelos resultados, constatou-se que para a decisão de compra de frango
caipira dois fatores são relevantes: o primeiro e, o mais importante, é a disponibilidade do
frango caipira no mercado, e o segundo a preocupação com uma vida mais saudável. Os
resultados obtidos foram influenciados, basicamente, pela idade, grau de instrução e a renda
familiar dos consumidores. Os dados mostram que 57,55% são do sexo feminino a faixa etária
de 39 anos e a maioria 48,28% com idade acima de 45 anos, quanto ao nível de escolaridade à
maioria 41,38% possui graduação, mostram que são consumidores mais intelectuais e a renda
mensal da maioria dos respondentes, 41,38% recebem de 3 a 6 salários mínimos. Em resumo,
há evidencias que os consumidores do frango caipira e produtos orgânicos de Goiânia-GO e
Anápolis-GO se preocupam mais com a oferta dos produtos, levando em consideração uma
vida mais saudável. Nesse propósito a demanda do frango caipira e produtos orgânicos terá
um crescimento significante nos próximos anos, devido ao aumento da população e da sua
preocupação com uma alimentação mais saudável e concluindo, 93,25% dos consumidores
informaram que compraria mais se o preço estivesse mais acessível, mas não se preocupam
pagar mais levando em consideração o retorno de vida mais saudável, consumido esses
produtos alternativos.
Palavras-Chave: alimentação alternativa, produtos orgânicos, mercado consumidor,
demanda.
x
1 INTRODUÇÃO
Os consumidores de produtos alimentícios vêm dando preferência a produtos
naturais e saudáveis e mostram preocupação com os possíveis efeitos da criação e produção
industrial de animais. Por esse motivo, o frango de fundo de quintal tradicional está
novamente no mercado, com a carne de sabor silvestre, com menor teor de gordura, menos
colesterol e mais proteína, atendendo um mercado diferenciado, que paga mais por essas
características. Entretanto essa parte de consumidores que utilizam esse tipo de carne mais
saudável e nutritiva corresponde ainda numa pequena parcela da população.
Em 2012, o Brasil foi o terceiro país exportador de carne de frango do mundo, com
produção de 12,64 milhões de toneladas, ficando atrás dos EUA e da China, tendo como
principal destino o mercado interno (69,8%), demonstrando que o mercado externo mundial
representa um promissor mercado para expansão das exportações (30,2%). No mesmo ano, o
consumo anual de carne de frango no Brasil alcançou 45 kg por habitante, superior ao de
diversos países, o que indica que ainda existe uma grande demanda nesse setor,
principalmente para carne de frango caipira, um produto diferenciado e que ainda não há
dados concretos referentes à produção e destino desse produto (SEBRAE AGRONEGÓCIOS,
2014).
O Sistema Alternativo de Criação de Galinhas Caipiras (SACAC), ao mesmo tempo
em que resgata a tradição de criação de galinhas caipiras, tem como objetivo o aumento do
padrão econômico da agricultura familiar, melhorando a qualidade e aumentando a
quantidade da produção. O sistema minimiza os danos ao meio ambiente, adotando
adequações necessárias a cada ecossistema onde é implantado, seja com relação às suas
instalações e equipamentos, seja na forma de alimentar ou de medicar alternativamente as
aves (BARBOSA et al., 2004).
A criação de galinhas caipiras é bastante representativa no Estado de Goiás, visto que
quase a totalidade dos produtores possui pequenas criações em suas propriedades. Porém,
apesar da sua alta rusticidade, o rendimento é baixo, devido à precariedade do manejo, baixa
qualidade genética das aves e investimento no aprendizado técnico do produtor familiar
(AGÊNCIA RURAL GOIANA, 2007).
A metodologia do trabalho foi dividida em duas partes, a primeira constou da
pesquisa bibliográfica. Na segunda parte foi realizada uma pesquisa através da aplicação de
11
questionário simples, com intuito de verificar o hábito do consumo de carne de frango caipira
dos consumidores de feiras livres em Goiânia e Anápolis, no ano de 2014.
12
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL.
Determinar e analisar o perfil do consumidor do frango caipira em Anápolis e
Goiânia, no Estado de Goiás, no ano de 2014.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Conhecer o perfil socioeconômico do consumidor de carne de frango caipira nos
municípios de Goiânia e Anápolis;
- Ao analisar o perfil do consumidor do frango caipira identificar as necessidades do
mercado;
- Determinar e especificar percepções sobre o consumo de produtos orgânicos ou
alternativos nessas duas regiões.
13
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 PRODUÇÃO DE ALIMENTOS ORGÂNICOS
No cotidiano, o termo produto orgânico, é usado para se referir a alimentos
produzidos sem a adição de adubos químicos e de agrotóxicos. É uma expressão muito
empregada pela mídia e seu uso teve início com a ideia de produzir alface e verduras sem
esses aditivos químicos, para evitar produtos contaminados e envenenamento (FOGAÇA,
2014).
Com o tempo, porém, essa prática se estendeu a outros produtos, como legumes,
frutas, café, vinho, etc. Existem até mesmo produtos orgânicos industrializados. O preço
desses produtos costuma ser maior, mas as vantagens estão no melhor sabor e no fato de
serem alimentos mais saudáveis (FOGAÇA, 2014).
De acordo Fogaça (2014), a produção desses alimentos é pouca em comparação a
daqueles que são feitos com o uso de aditivos químicos. No entanto, esse ramo tem crescido
muito no Brasil e esse tipo de alimento já é considerado oficialmente como uma categoria de
produto específico, à parte do convencional, com regulamentos para a sua produção,
certificação e comercialização.
Mourão e Almeida (2008) explicam que os benefícios dos alimentos orgânicos para
o consumo humano compreendem o movimento em direção a uma alimentação saudável que
esta crescendo. Há poucos anos, os alimentos orgânicos só podiam ser encontrados em lojas
de produtos naturais ou em mercados e feiras de pequenos agricultores. Hoje todos os gêneros
alimentícios desde carne, frango e ovos caipiras, a legumes, verduras e frutas, além de vinhos,
são comercializados junto com produtos convencionais em supermercados e lojas de produtos
alimentares.
Mourão e Almeida (2008) afirmam que são vantagens também dos alimentos
orgânicos, os métodos naturais de agricultura, pois restauram os nutrientes do solo; os
produtos animais não têm resíduos de hormônios antibióticos por serem criados em um
ambiente natural, sua qualidade é superior a de alimentos convencionais; a genética da planta,
o clima, a irrigação e a época da colheita têm um impacto muito maior no conteúdo
nutricional do que o tipo de fertilizante usado; são mais saborosas as frutas e legumes
orgânicos; a carne de galinha, porco e boi produzem uma carne mais magra e mais saborosa
14
em comparação com os criados industrialmente; são menores as chances de conterem
pesticidas, corantes e outros produtos químicos.
Existem também outras vantagens, por exemplo, o fato de que os selos de
certificação tornam a produção orgânica tecnicamente mais eficiente, à medida que exige
planejamento e documentação criteriosos por parte do produtor. Outra vantagem é a
promoção e a divulgação dos princípios norteadores da agricultura orgânica na sociedade,
fornecendo ao produtor o conhecimento dos adubos orgânicos para facilitar o cultivo orgânico
de uma horta ao mesmo tempo colabora para o crescimento do interesse pelo consumo de
alimentos orgânicos (MOURÃO e ALMEIDA, 2008).
Ainda Mourão e Almeida (2008), por controvérsia os alimentos orgânicos entram em
desvantagens em termos de sua produção e consumo humano em comparação aos alimentos
tradicionais por terem uma produtividade menor e custos mais caros; por deteriorarem mais
rapidamente e podendo apresentar doenças naturais como vírus e fungos potencialmente
prejudiciais aos seres vivos e por alguns possuírem mensagens promocionais confusas e
ambíguas em loja de alimentos orgânicos. As frutas e legumes tendem a ser menores e podem
apresentar manchas na casca devido a ataques de insetos e a cor pode não ser uniforme e tão
intensa quanto a alcançada através da utilização de corantes ou ceras.
De acordo Cury (2011), a entidade Organics Brasil informa que nas terras brasileira
tinham cerca de 330 mil hectares de produção agropastoril orgânica, utilizadas por cerca de 8 mil
produtores que, juntos, são responsáveis por um volume de 5,2 milhões toneladas – a maior parte
vindo das regiões Norte e Nordeste, como mostra a Tabela 1. Em 2006, de acordo dados do Censo
Agropecuário, eram cerca de cinco mil produtores.
TABELA 1 – Panorama dos produtos orgânicos no Brasil de acordo Organics Brasil, 2011
Região
Área total certificada Número de produtos
Total da produção (t)
(ha)
Norte
78.148,10
6.140
353.444,13
Nordeste
76.245,27
40
1.644.250,60
Sudeste
66.809,24
85
188.587,01
Centro-Oeste
91.731,19
201
336.718,20
Fonte: Cury (2011).
A agricultura orgânica surgiu na década de 1970 no Brasil, a expansão do sistema de
produção começou a partir da década de 1980 com crescimento da conscientização da
preservação ecológica, devido ao crescimento do consumo de alimentos orgânicos, tanto no
Brasil como no mundo, o estudo da qualidade da segurança dos alimentos orgânicos também
15
cresce rapidamente, assim como possíveis efeitos benéficos a saúde do consumidor trazido
pelo o consumo desses alimentos. (CUNHA et al., 2010).
Apesar disso a experiência com a produção de orgânicos e recente e pequena,
concentrada em alimentos de origem vegetal como frutas e hortaliças. Por isso não a muitos
dados voltados para qualidade e comercialização desses produtos, principalmente a carne
orgânica (FIGUEIREDO, 2010), mais em especial neste trabalho o frango caipira.
3.2 AVICULTURA BRASILEIRA
A avicultura é uma atividade econômica inserida no setor primário da economia, que
por seu desenvolvimento tecnológico adota procedimentos industriais. Tradicionalmente,
conceitua-se a avicultura como a arte ou técnica de criar e multiplicar aves. Mais
modernamente, e enfocando-a como atividade comercial, considera-se a avicultura como a
criação de aves com fins lucrativos. A partir dos anos 1960, a avicultura de corte brasileira
surge de maneira tímida, entendida como uma fonte de renda alternativa e subsistência
familiar. (PEREIRA et al., 2003).
No início da década de 1970 se verifica a consolidação da nova técnica, iniciando um
processo contínuo e gradativo de transformações que mudariam totalmente a concepção
inicial da avicultura, entrando pra historia com a transformação em avicultura industrial,
atendendo o aumento do consumo de carne de aves no Brasil (PEREIRA et al., 2003).
O exemplo do que ocorreu em todo o país, também em Goiás o consumo das carnes
de aves, principalmente de frango, vem crescendo nos últimos anos. O presidente da
Associação Goiana de Avicultura (AGA), diz que não existem estatísticas estaduais sobre o
assunto, mas admite que haja certo consenso de que o consumo de frango em Goiás tem
crescido substancialmente nos últimos anos (AGROLINK, 2014).
A carne de frango manteve em 2013 sua posição de destaque na alimentação do
brasileiro. Segundo estatísticas divulgadas recentemente pela União Brasileira de Avicultura
(UBABEF), no ano passado foram produzidas 12,3 milhões de toneladas.
Como dois terços da produção (cerca de 8,4 milhões) foram destinados ao mercado
interno, o consumo desta carne foi de quase 42 quilos por habitante em 2013 a proteína
animal mais consumido no País, com isso o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de
carne de frango, o segundo maior consumidor e também o maior exportador do setor em 2014
(FAMASUL, 2014).
16
A eficiência desta cadeia está relacionada a vários fatores, como: melhoramento de
linhagens e insumos, investimentos em tecnologias de automatização do sistema produtivo,
controle das condições sanitárias de criação, aperfeiçoamento de pessoal quanto ao manejo
das aves, além do sistema de produção integrado (MAPA, 2012).
No entanto, esta cadeia é muito competitiva e possui uma margem estreita de lucro,
além de ser vulnerável a condições sanitárias, a produção mundial cresceu significativamente
entre 2000 a 2013, saltando de 58.698 mil toneladas para 84.610 mil toneladas (CONAB,
2014).
A produção de carne de frangos dos maiores produtores mundiais (Tabela 2), Estados
Unidos, China e Brasil figuram como os três maiores países produtores individuais. Os três
maiores países produtores, representaram 45,26% da produção mundial de carne de frangos,
no ano de 2011.
TABELA 2 – Produção mundial de carne de frango, principais
2000 a 2013.
País
2000
2010
EUA
13.994
16.563
China
9.064
12.550
Brasil
5.981
12.312
União Europeia
9.202
Índia
864
2.650
México
1.825
2.822
Rússia
755
2.310
Argentina
958
1.680
Turquia
643
1.430
Tailândia
1.280
Indonésia
804
1.465
países (mil toneladas), entre
2012
16.621
13.700
12.645
9.510
3.160
2.906
2.575
1.770
1.614
1.550
1.540
2013
17.012
14.050
12.835
9.550
3.420
2.975
2.950
2.022
1.700
1.560
1.550
Fonte: CONAB (2014).
A produção de carne de frangos dos maiores produtores mundiais (Tabela 2), onde os
Estados Unidos, China e Brasil figuram como os três maiores países produtores individuais,
os três maiores países produtores, representaram 45,26% da produção mundial de carne de
frangos, no ano de 2011. O Brasil, individualmente, foi responsável por 12,71% do total
produzido. A produção mundial apresentou um crescimento de 53,07% entre os anos de 2000
a 2011, O Brasil, no período analisado, obteve um crescimento significante de 90,97% na
produção de carne de frango.
17
Nas exportações o Brasil, Estados Unidos e Holanda se destacam como os maiores
exportadores mundiais, suas exportações somadas, representam 66,77% do total exportado no
mundo (Tabela 3).
TABELA 3 – Exportação mundial de carnes de frango congelada, principais países (mil
toneladas).
Ranking País
2000
2005
2010
Participação 2012
(%)
1º
Brasil
907
2.762
3.461
30,26
2º
Estados Unidos
2.614
2.480
3.297
28,83
3º
Holanda
581
624
878
7,68
4º
China
775
168
695
6,08
5º
Bélgica
269
313
385
3,37
6º
França
415
356
381
3,33
7º
Polônia
31
102
286
2,50
8º
Alemanha
98
167
269
2,35
9º
Argentina
17
112
251
2,19
10º
Reino Unido
109
181
215
1,88
Fonte: FAO (2013).
A evolução das exportações mundiais de carne de frango congelada apresentou um
crescimento de 75,05% no período analisado. As exportações brasileiras apresentaram o
significativo crescimento médio de 25,60% a.a., de 2000 a 2010 (FAO, 2013). O Brasil
aumentou as exportações em 167,37%, entre o período de 2000 a 2005. Desde então, o País e
os Estados Unidos se revezam na posição de maior exportador de carne de frango congelada.
De acordo com dados do (UBA, 2013), a produção brasileira de carne de frango cresceu
significativamente entre 2000 a 2012, saltando de 5.081,97 mil toneladas em 2000, para
12.640,00 mil toneladas em 2012 (Figura 1).
14
12,23
12
10,31
10
8
6
5,98
6,74
7,52
7,84
8,49
2002
2003
2004
8,95
9,34
2005
2006
10,94
10,98
2008
2009
13,05
12,64
4
2
0
2000
2001
2007
2010
2011
2012
FIGURA 1 – Brasil: produção de carne de frango (mil toneladas), de 2000 a 2012.
Fonte: UBA (2013).
18
A produção de carne de frango de corte evoluiu consideravelmente no país, com o
crescimento acumulado de 86,16% no período de 2000 a 2012. O crescimento da produção de
carne de frango brasileira é impulsionado principalmente pelo aumento do consumo de carne
de frango no país, e pelo aumento nas exportações, como demonstra a Tabela 3.
Alguns fatores como a utilização de tecnologia avançada, controle sanitário
adequado às normas internacionais e taxa de câmbio favorável às exportações, contribuíram
para que o Brasil alcançasse esses resultados e aumentasse a sua vantagem competitiva no
mercado exterior, resultando no crescimento significativo de sua produção (IBGE/SIDRA,
2013).
A indústria avícola teve inicio no Brasil no começo da década de 60 nos Estados de
São Paulo e Rio de Janeiro, maiores mercados consumidores da época. No inicio da década de
70, a SADIA S/A trouxe dos Estados Unidos, e implantou, na região de Santa Catarina, o
modelo de produção integrada, que foi logo adotado por outras empresas já existentes na
época como Perdigão Agroindustrial S/A, e Seara alimentos S/A, ocasionando um grande
impulso na avicultura brasileira (MENDES E SALDANHA, 2004).
Segundo Belik (2007), nos anos entre 1960 e 1970 existiu nitidamente uma política
agroindustrial no Brasil, baseada na integração entre a agropecuária e a indústria
processadora, que visou agregar valor aos produtos agrícolas exportados e teve como
expressão maior a criação do Fundo Geral para a Indústria e Agricultura (Funagri), cuja
função foi fundamental na indústria de carnes.
No plano mundial, além da incorporação de tecnologias a partir do progresso de
áreas diversas do conhecimento (química, mecânica, biotecnologia, telecomunicações e
microeletrônica), ocorreu intenso aprendizado tecnológico e desenvolvimento de adaptações
específicas (ESPÍNDOLA, 1999).
Entre 1930 e 1996, a capacidade de crescimento dos frangos (conversão ração/carne)
aumentou 65% com diminuição de cerca de 50% na quantidade de ração consumida e redução
do tempo de engorda que era de 105 dias, em 1930, para 45 dias em 1996, o que representa
ganhos em termos de faturamento industrial (ARAÚJO, 1999).
Em curto período, de 2006 a 2009, as estratégias de mercado foram capazes de
modificar a representatividade das empresas no cenário produtivo nacional, tal como a fusão
entre as duas concorrentes históricas, Sadia e Perdigão que, a partir de negociação confirmada
no mês de maio de 2009, formaram a Brasil Foods (BRF). Anteriormente a esta fusão, em
19
2001, as empresas Perdigão e Sadia já haviam criado a BRF Trading Company para atuar
exclusivamente em mercados internacionais (QUEIROZ, 2002).
3.3 SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE FRANGO
Ao determinamos os sistemas de produção de carne de frango, atenta-se para dois
distintos sistemas, nos quais se cita a produção convencional ou industrial, e a produção
artesanal ou produção do frango caipira. Muito se diz dos impactos positivos e negativos das
duas formas de produção. O sistema convencional ou industrial de produção de frangos
colocou o Brasil entre os maiores potenciais de abastecimento do mercado mundial (LIMA,
1984).
As linhagens utilizadas nesse sistema são geneticamente selecionadas para apresenta
alto rendimento de ganho de peso e excelente conversão de alimentos em um período menor
de até 45 dias, quando são abatidas, sendo criadas em sistemas intensivos com instalações
equipadas para suportar altas taxas de lotação (LIMA, 1984).
Nesse sistema cinco pontos são essenciais: nutrição, melhoramento genética,
sanidade, ambiência e logística operacional (BARACHO et al., 2006).
O mercado altamente competitivo exige competências superiores de gestão para
tomada de decisões no manejo de uma maior densidade de aves que possuem taxa rápida de
crescimento, e que necessitam de boas instalações e monitoramento por programas de saúde
(BARACHO et al., 2006).
Paralelamente ao sistema industrial de produção de frangos de corte, os produtos da
avicultura caipira são definidos como aqueles provenientes da criação de aves no sistema
semi-intensivo, o qual possui diferentes índices zootécnicos, aliado a diversas adaptações de
acordo com o ambiente de criação. De modo geral, no sistema de produção de frango tipo
caipira, as aves permanecem soltas, tendo acesso livre a uma área de pastejo, contendo
forragem verde para consumo e dispondo de um abrigo para pernoite e estada nas horas
quentes, onde podem ter acesso à água e ração balanceada (EMBRAPA, 2007).
Segundo Siqueira (2009), a Associação da Avicultura Alternativa – AVAL determina
que o sistema de criação de frangos caipira pode ser classificado da seguinte forma, frango
caipira é o frango cuja alimentação é constituída por ingredientes exclusivamente de origem
vegetal, sendo proibido o uso de promotores de crescimento, coccidiostáticos e antibióticos na
ração. O sistema de criação é feito em galpões, até os 28 dias de idade. Após essa idade,
20
soltos a campo, sendo sua criação semi-intensiva, recomendando-se 2 a 5m² de área no
piquete por ave. O abate realiza-se com a idade mínima de 85 dias. As linhagens utilizadas
devem ser próprias para este fim, sendo proibidas às linhagens comerciais específicas para
frango de corte.
3.3.1 Produção frango de caipira
Ao se falar de carne orgânica notamos uma produção ainda que tímida, mas
sinalizada com grandes perspectivas de crescimento, apesar de poucas e boas iniciativas. Os
frangos caipiras produzidos em sistemas orgânicos são manejados para a máxima
sustentabilidade do sistema produtivo, da propriedade rural, do bem-estar animal, da
preservação ambiental e para agregar valor aos ingredientes para ração produzidos na
propriedade (PLANETA ORGÂNICO, 2014).
No sistema alternativo de produção, a exploração pode ser intensiva ou não, sem
restrição de linhagens, criados sem uso de medicamentos contra as doenças e parasitas,
hormônios promotores de crescimento, quimioterápicos e ingredientes de origem animal na
dieta. No caso do uso de algumas dessas substâncias para uso terapêutico, o lote deve ser
rotulado como convencional (CABRONE et al., 2005).
Entretanto, a produção de galinhas caipiras é uma atividade cujo mercado é muito
promissor, uma vez que, comumente, a oferta desse produto é menor do que a demanda. Além
disso, a sua comercialização pode ser efetuada de modo direto (produtor-consumidor), ou com
a existência de, no máximo, um intermediário, tornando compensadores e bastante atrativos
os preços dos produtos para o produtor (EMBRAPA, 2007).
3.3.2 Comercialização e consumo de frango caipira
O grande desafio em comercializar frangos caipiras (orgânicos) é manter uma
constância de abastecimento. Por isso, é necessário prever a quantidade a ser produzido pela
demanda de vendas e assim manter um estoque de animais que abasteça sem desperdício ou
prejuízos quanto aos gastos de criação e lucros de acordo com Gonçalves (2012).
No Brasil o mercado de frango caipira é considerável extenso, uma vez que se trata
de um produto considerado nobre em todos os níveis sociais e em toda extensão territorial do
21
País, porem praticado com poucas técnicas e conhecimento do produtor familiar (EMBRAPA,
2008).
De acordo com Siqueira (2009) a comercialização dos frangos caipiras pode ser viva
ou abatida, sejam aves vivas, aves abatidas ou ovos, e o apelo de marketing deve ser utilizado
na busca por consumidores que exigem um produto mais saudável. Normalmente, os produtos
caipiras são vendidos em feiras livres, na vizinhança e mercadinhos, garantindo maior
integração do produtor com o consumidor. Entretanto estes produtos já estão sendo
encontrados nas prateleiras de supermercados de várias cidades brasileiras e lojas de produtor
regionais.
Outra ferramenta importante utilizada pelas associações de produtores é o Programa
CAEAF – Compra Antecipada Especial da Agricultura Familiar da CONAB, onde são
adquiridos produtos da Agricultura Familiar, dentre eles ovos e frangos. Este programa traz
benefícios ao produtor, disponibilizado a comercialização dos produtos a preços competitivos,
para as escolas, viabilizando a oferta complementar de merenda escolar aos alunos
(SIQUEIRA, 2009).
Uma pesquisa realizada no Distrito Federal mostrou que o mercado de frangos
diferenciados (orgânico, caipira / alternativo) é de aproximadamente 3% em relação ao do
frango convencional. Estima-se que o consumo per capita de carne em 2003 foi de 0,960
kg/hab. Para uma população do Distrito Federal estimada em 2006 de 2.400.000 habitantes,
espera-se um consumo de 2.304 toneladas. Considerando que a produção prevista para 2006
no DF é de 501 toneladas (EMATER, 2006).
3.3.3 Normas para criação de galinha caipira
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, através do DIPOA
– Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal, estabeleceu normas para frango caipira
e produção de ovos (MAPA, 1999). O emprego da designação “Frango Caipira ou Frango
Colonial” ou “Frango Tipo ou Estilo Caipira” ou “Tipo ou Estilo Colonial” na identificação
de frangos em cuja produção, nas suas diversas fases, seja fielmente observada as seguintes
condições:
1. Alimentação: Constituída por ingredientes, inclusive proteínas, exclusivamente de
origem vegetal, sendo totalmente proibido o uso de promotores de crescimento de qualquer
tipo ou natureza.
22
2. Sistema de criação (manejo): Até 25 (vinte e cinco) dias em galpões. Após essa
idade, soltos, a campo, sendo doravante sua criação extensiva, usar no mínimo 3 metros
quadrados de pasto por ave.
3. Idade de abate: No mínimo 85 (oitenta e cinco) dias.
4. Linhagem: Exclusivamente as raças próprias para este fim, vedadas, portanto,
aquelas linhagens comerciais específicas para frango de corte.
3.3.4 Manejo e produção
A produção poderá ser mensal, quinzenal ou semanal. Na produção mensal poderão
ser utilizados 3 galpões e se chegará a um total de 14,7 a 17,1 lotes anuais. Já na produção
quinzenal serão necessários pelo menos 5 galpões atingindo um total de 24,5 a 28,5 lotes por
ano enquanto que na produção mais intensiva, ou seja, aquela semanal serão necessários 10
galpões comum, total de 49 a 57 lotes por ano (FAZENDA AVES DO PARAÍSO, 2014).
O local deve ser de fácil acesso na entrada e saída de pintos, ração, cama, gás etc.
Quanto à água ela deve ser de boa qualidade e em abundância. Os galpões devem ser
construídos no sentido leste-oeste, com a finalidade de evitar a incidência de sol diretamente
sobre as aves (FAZENDA AVES DO PARAÍSO, 2014).
Algumas condições básicas de criação são essenciais: tomar cuidado para que na
chegada das aves, o galpão esteja limpo, desinfetado, com os círculos montados e que os
comedouros e bebedouros estejam distribuídos e as campânulas pré-aquecidas.
Todo dia se faz uma vistoria no pinteiro e galpão, observando se existem aves mortas
ou mesmo refugos que devem ser retiradas. A partir de 25 dias até o abate, as aves devem ser
soltas pela manhã para pastejo, visando o desenvolvimento da musculatura, e à tarde devem
ser recolhidas. Qualquer dúvida com relação ao estado geral do lote deve ser esclarecida o
mais rápido possível, para detectar precocemente um eventual problema e evitar assim o
prejuízo na criação (SEBRAE-GO, 2005).
3.3.5 Cadeia produtiva do frango caipira
Por se tratar de aves rústicas, a criação não exige mão-de-obra especializada. O mais
importante é garantir a limpeza do local, estar atento para o abastecimento de ração e água,
observar qualquer comportamento diferente na saúde das aves, como diarreia, e não permitir o
23
acesso de animais próximos às áreas da criação, com o objetivo de evitar contaminações ou a
aproximação de predadores. Para acompanhar o ganho de peso e o consumo de ração, as aves
podem ser pesadas por amostragem, quinzenalmente. Dessa forma, pode-se calcular o fator de
conversão e avaliar o desempenho de diferentes linhagens. (CRABONE et al., 2005).
A partir desse acompanhamento da evolução das aves, no que diz respeito ao ganho
de peso, consumo de ração e índice de mortalidade obtida após o cumprimento dos cuidados
no manejo, pode-se ter um melhor desenvolvimento de parcerias com fornecedores dos
produtos como a ração e mesmo de novos lotes de aves. Evidentemente que o melhor
resultado é aquele obtido com um baixo fator de conversão do consumo de ração para peso da
ave e da menor taxa de mortalidade oque significa aves saudáveis e aproveitamento completo
do lote (CRABONE et al., 2005).
A produção, de acordo com as condições específicas do frango caipira, pode ter o 1°
ao 25° dia: período em que as aves ainda pequenas ficam confinadas no galpão sem acesso à
área externa; b) do 26° ao 90° dia: período de engorda em que as aves têm livre acesso ao
galpão e ao piquete; e c) do 91° ao 105° dia: período de limpeza e descanso do galpão e do
piquete o que podemos identificar na Figura 2. (CRABONE et al., 2005).
Na Figura 2 observa-se, na verdade, que o que se busca é a monitoração e avaliação
do desempenho da cadeia produtiva do frango caipira num contexto do sistema de
agronegócios, cujos resultados em termos de qualidade, sanidade e redução de custos
(PEREIRA; CSILLAG, 2003)
FIGURA 2 – Cadeia Produtiva do Frango Caipira.
Fonte: (CRABONE, et al, 2005).
24
3.4 ESTUDOS DO MERCADO CONSUMIDOR
O mercado consumidor representa o conjunto de consumidores (homens, mulheres,
crianças, empresas públicas e privadas), que demandam (necessitam ou podem vir a
procurar/comprar) um determinado tipo de produto ou serviço que uma empresa oferece. Ou
seja, é fonte de receita da empresa, por isso, sem mercado consumidor e determina-lo não
haverá negócios. Pra garantir que o consumidor escolherá o seu produto, é necessário
conhecê-lo e saber exatamente o que ele quer (SEBRAE, 2014).
O estudo do consumidor final como um agente importante nas cadeias produtivas, é
crucial para as organizações que pretendem ser ou continuar sendo competitivas, bem como
para a formulação de estratégias empresariais sustentáveis no longo prazo (PORTO, 2005).
O comportamento do consumidor é um dos campos mais complexos da teoria de
marketing, pois há contribuições de várias áreas do conhecimento. De acordo com Rocha e
Christensen (1999) as principais áreas que contribuíram para a sua formação são: psicologia, a
sociologia e a antropologia social.
Conhecer as preferências e comportamentos dos consumidores de alimentos tem sido
uma importante área de estudos, através do conhecimento dos atributos que fazem a
preferência dos consumidores, empresas têm desenvolvido estratégias, buscando garantir a
competitividade e sustentabilidade das cadeias de produção a que pertencem (BRISOLA;
CASTRO, 2005).
Para o consumidor, as ofertas crescem, mas nem sempre no mesmo ritmo da boa
informação. Preocupado com a conscientização do público, Demattê (2014), opta pela
transparência. Precisa-se compreender que um dos maiores benefícios da produção orgânica
reflete-se nas questões ambientais da propriedade rural, assim como nas relações de trabalho
nos ambientes produtivos.
Para PLANETA ORGÂNICO (2014) as propriedades orgânicas cumprem a
legislação ambiental do país e, por isso, quando uma pessoa compra um produto orgânico é
importante que ela saiba que está, na realidade, investindo em sustentabilidade socioambiental
e, portanto, está investindo num futuro melhor para as próximas gerações e em relação à
segurança alimentar, o consumidor deve observar e seguir as orientações contidas na
embalagem, sobre o manuseio e conservação do produto.
No caso do frango caipira tradicional vendido livremente em feiras, mercados e
outros estabelecimentos a um grande problema de fiscalização e respeito das leis que
25
especificam a comercialização deste produto, tanto pelos órgãos públicos e também pelos
comerciantes, o que impossibilita na maioria das vezes o consumidor de esta seguindo
orientações de manuseio, validade, origem e período de conservação do produto.
26
4 MATERIAL E MÉTODOS
A metodologia de trabalho foi dividida em duas partes, a primeira constou da
pesquisa bibliográfica que consistiu em analisar sobre livros e autores que tratem da temática
da produção, comercialização da carne de frango e produtos orgânicos. Na segunda parte para
foi realizado a aplicação de questionário com perguntas abertas e fechadas conforme Anexo 1,
para traçar o perfil do consumidor de frango caipira e conhecer algumas percepções sobre o
consumo de produtos orgânicos ou alternativos na alimentação dos consumidores de feiras
livres em Goiânia e Anápolis, no ano de 2014.
Os consumidores responderam a seguintes questionamentos: sexo, idade,
escolaridade, renda familiar, a frequência em que consomem frango caipira, porque a escolha
da carne de frango caipira, o que impede de consumir o frango caipira e sobre algumas
percepções do consumo de produtos orgânicos ou alternativos nessas duas regiões, no total de
14 questões, elaboradas de acordo com as necessidades da pesquisa pelo o autor.
Essa pesquisa de campo foi realizada no Mercado da Rua 74, no setor Central em
Goiânia, e a outra na Feira Livre Coberta no Bairro Santa Isabel, em Anápolis. Foram
entrevistadas 116 pessoas, nas quais 66 pessoas são de Goiânia-GO e 50 pessoas de AnápolisGO, no período de novembro e dezembro de 2014. A natureza da pesquisa foi exploratória do
tipo descritiva, tendo-se adotado uma amostra não probabilística. Por isso as interferências
extraídas da amostra devem ser ressalvadas, em função das limitações desse tipo de
abordagem.
Esta pesquisa baseou-se nas pesquisas realizada por Cabrone et al. (2005) no Estado
de São Paulo e de Rosa et al. (2013) no Estado Mato Grosso do Sul, onde seus objetivos eram
identificar e comparar alguns dados relacionados ao consumo do frango, frango caipira e
produtos orgânicos.
27
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A biotecnologia vem revolucionando a produção de alimentos. Na agricultura surge
uma infinidade de processos produtivos, inovadores, aplicados ao cultivo do campo com
finalidades sociais e econômicas. A agricultura convencional, a transgênica, a natural, a
orgânica, a biodinâmica, a sustentável, a ecológica, a biológica são alguns nomes utilizados, e
cada um deles procura caracterizar a sua produção com um conjunto de conceitos próprios,
que incluem desde fundamentos filosóficos, preceitos religiosos ou esotéricos e até a
definição do tipo de insumo utilizado, num esforço de diferenciação de processos de produção
e de produtos com o objetivo de aumentar a parcela de mercado ou criar novos nichos
(ORMOND et al., 2002).
Revista FI (2013), a ampliação de mercados mais flexíveis e a facilidade maior ao
acesso a informações por parte dos consumidores, têm levado à formação de um consumidor
mais consciente e exigente na escolha e compra dos produtos alimentícios, fazendo surgir um
novo tipo de consumidor: o “consumidor orgânico” ou “consumidor de produtos
alternativos”.
A busca por qualidade em produtos agroindustriais tem mostrado, desde a década de
1990, um crescimento constante e significativo decorrente de mudanças nas preferências dos
consumidores, motivadas, principalmente, por preocupações com a saúde pessoal. Nesse
contexto, existem consumidores dispostos há pagar um pouco mais por produtos que possuam
alguns atributos desejados.
De acordo SEBRAE (2014), o mercado de produtos avícolas é composto por
consumidores mais exigentes, que demandam produtos mais saborosos, com sabor
diferenciado e, ainda, com a mudança de hábitos alimentares desses consumidores, que a cada
dia vêm dando preferência a produtos mais naturais, considerados saudáveis.
Não se pode perder de vista que a produção, dentro das restrições impostas pelo
mercado, deve utilizar tecnologias apropriadas para gerar produtos com as características
demandadas pelo consumidor, principalmente no tocante à segurança do alimento associada a
um retorno econômico adequado para atender às expectativas dos produtores.
A galinha caipira tem ganhado espaço nas prateleiras dos mercados e na mesa do
consumidor brasileiro. Os avicultores comemoram o crescimento e já preveem, para 2016, um
salto de 100% na produção nacional, que em 2014 foi de 123 mil toneladas ao ano. O
28
mercado brasileiro de aves, chamadas alternativas, está em expansão. Empresas do setor têm
crescido em média 15% a 20%, e têm conseguido atender somente a demanda interna.
A busca pela alimentação natural fez com que a busca pela galinha caipira
aumentasse muito nos últimos anos, então, quem produz tem toda a sua produção escoada
com facilidade. Inclusive tem faltado no mercado e isso faz com que o preço do produto seja
bem mais elevado (CANAL RURAL, 2014).
Com relação ao perfil dos 116 entrevistados em Goiânia e Anápolis, 57,55% são do
sexo feminino e 42,45% do sexo masculino, a idade média da amostra foi de 39 anos,
distribuída nas seguintes faixas etárias: 48,28% do total da amostra têm acima de 45 anos,
31,90% entre 25 e 45 anos e 19,83 % abaixo de 25 anos, em relação ao nível de escolaridade
41,38% do total possuem graduação, 34,62% ensino médio e 25,00% ensino fundamental,
mostrando que os consumidores desses produtos possui um perfil mais intelectual.
Ao se comparar com a pesquisa de Cabrone et al. (2005) realizada no estado de São
Paulo, onde 50,8% eram do feminino, a maioria dos respondentes 41,3% tem idade entre 31 e
50 anos e 43,4% possuíam curso superior, explica então que dos consumidores das duas
regiões são semelhantes nesses aspectos quando a escolha é o frango caipira e produtos
orgânicos.
Quanto a renda mensal dos respondentes 41,38% da amostra recebe de 3 a 6 salários
mínimos, 31,03% acima de 6 salários mínimos, 27,59% de 1 a 3 salários mínimos, mostrando
um consumo maior representado pela classe média, conforme Secretaria de Assuntos
Estratégicos (SAE).
Comparando com a pesquisa de Cabrone et al. (2005), 33,9% dos entrevistados têm
acima de 10 salários mínimos, notou-se que a renda mensal difere entre duas regiões, na
região de São Paulo os consumidores são representados por uma classe média alta.
Quando os entrevistados foram abordados sobre as seguintes questões, como a
frequência que consomem o frango caipira, 40,52% dos respondentes consomem de dois a
três frangos caipiras mensalmente, 33,62% consome apenas um frango mensalmente e
25,86% consomem mais de três frangos mensalmente.
Em relação às características do frango caipira foi perguntado aos 116 entrevistados,
nos quais 42,11% respondeu que escolheu o frango caipira devido à carne ser mais saudável,
31,58% pela a carne ser mais saborosa e 26,32% pela sua melhor qualidade. As opções
apresentadas como possíveis motivações e a frequência para o consumo da carne de frango
caipira foram apresentadas na Tabela 4.
29
TABELA 4 – Motivação e frequência de consumo do frango caipira em Goiânia e Anápolis,
2014
Motivação / Frequência de
Respostas
Nº Respostas
(%)
Consumo
1 Frango por mês
39
33,62
Frequência de Consumo
1 a 3 Frangos por mês
47
40,52
Acima de 3 Frangos por mês
30
25,86
Motivação
Carne mais saudável
Carne mais saborosa
Carne com mais qualidade
TOTAL
48
36
30
116
42,11
31,58
26,32
100,00
Fonte: Dados da pesquisa (2014).
Para Lima e Silva (2012), concluíram em pesquisa sobre a percepção dos
consumidores de produtos orgânicos que os entrevistados acreditam que os produtos
orgânicos são mais saborosos, mais seguros quanto à saúde e higiene e têm melhor aparência
do que os produtos convencionais. Além disso, percebe-se que algumas características dos
orgânicos estão enraizadas na percepção dos respondentes, como a ideia de que consumi-los
faria bem a saúde e a de que a sua produção respeitaria a preservação do ambiente natural,
principalmente por ser produzido livre de agrotóxicos. A saúde ainda é a questão mais
relevante para o consumo desses produtos, e o único fator em que estaria em desvantagem é o
preço. Foi identificado que os produtos orgânicos são melhores avaliados conforme aumenta o
nível de escolaridade, renda e frequência de consumo dos entrevistados.
Quanto ao que impedem de consumirem este tipo de carne, 40,52% responderam
sobre a disponibilidade do produto no mercado, 32,76% das respostas preocupam com a
higienização e conservação do produto na sua comercialização, 26,72% se dizem insatisfeitos
com o valor do produto. Esse tipo de análise apesar de ser bem simples ajuda a entender
melhor o que oferecer para atender as necessidades do consumidor final, e desse modo
também adquirir novos consumidores empregando técnicas de planejamento e gestão
comercial que atinja de fato a percepção do consumidor.
Ao analisar a Tabela 5, observa-se o que mais impede o consumidor utilizar com
mais frequência o frango caipira em suas refeições, já que esse tipo de consumidor não abre
mão do frango caipira em sua mesa, é o simples fato da disponibilidade do produto no
mercado, que ainda com um crescente aumento da comercialização desse produto em feiras
livres, redes de supermercados entre outros, o consumidor ainda percebe a carência do
produto no mercado dessas duas regiões.
30
TABELA 5 – O que impede o consumo da carne de frango caipira
Nº
Motivação
Respostas
Valor do produto
31
Preocupação com a higiene e conservação
38
Disponibilidade do produto no mercado
47
TOTAL
116
(%)
26,72
32,76
40,52
100,00
Fonte: Dados da Pesquisa (2014).
Os resultados ainda mostram uma visão a respeito se os clientes estão ou não
buscando produtos mais saudáveis, conhecimento e consumo desta carne, sugestões dos
clientes para que a carne da nova galinha caipira seja mais conhecida, valor percebido do
produto e o perfil do atual consumidor deste produto (FILHO et al., 2003).
Para que essa carne seja vista como um grande negócio, e atravesse barreiras como o
frango tradicional de granja, será necessário trabalhar o conceito já existente na cabeça dos
clientes introduzindo as novas informações que serão responsáveis pela modificação da visão,
no entanto, isso acaba dificultando o processo de introdução e aceitação do produto pelo fato
de ser um trabalho longo e constante realizado para atingir o psíquico dos indivíduos
(CABRONE et al., 2005).
Estudos científicos evidenciam a importância de aumentar o consumo de frutas e
verduras para melhorar a saúde população, demonstrando que frutas e verduras contribuem
com maior proporção de vitaminas essenciais e de minerais necessários ao equilíbrio
nutricional, como informam Alcântara e Souza (2005).
Tanto no Brasil como nos demais países consumidores de produtos orgânicos,
segundo Buainain e Batalha (2007), existem uma tendência de o consumidor valorizar o
alimento orgânico por ele ser identificado como benéfico à saúde, indicando o aumento do
consumo de produtos identificados como mais saudáveis.
Afshar (2007) mostra que 20% da população brasileira já se renderam aos produtos
orgânicos e que esta fatia só aumenta. Desde o início dos anos 1990, o crescimento desse
setor no Grupo Pão de Açúcar é de 21% em média, a cada ano. A rede Carrefour aumentou as
vendas de orgânicos em 40% em 2006. A NATIVE, no nicho dos orgânicos industrializados,
aumentou seu faturamento em 38% no mesmo ano.
Baunain e Batalha (2007) informam que o público das feiras orgânicas e lojas
especializadas, tanto em termos de escolaridade quanto de renda, fazem parte de um grupo de
consumidores mais intelectualizados e de uma classe economicamente mais elevada. Assim,
31
este público está propenso a pagar um preço diferenciado pelos benefícios oriundos do
consumo de produtos orgânicos.
Na segunda parte do questionário perguntou-se sobre quais outros produtos
alternativos das feiras era consumido além do frango caipira. Em relação ao local de compra
desses produtos 74,14% dos entrevistados realizam suas compras em feiras abertas, já 25,86%
diz realizar suas compras em supermercados e sacolões, esse resultado pode ser explicado
pelo simples fato que as pesquisas foram realizadas nas duas feiras abertas.
Quando perguntado aos respondentes qual frequência que adquirem produtos
orgânicos ou alternativos, 32,76% do total que adquire produtos uma vez por semana, 27,59%
adquirem produtos orgânicos mais de uma vez por semana, 21,55 % uma vez por mês,
10,34% uma vez por semestre, 7,76% uma vez por ano, esse resultado demonstra que logo o
consumidor da feira em Goiânia e também o consumidor da feira em Anápolis praticam o
consumo frequente de produtos orgânicos.
Para Milhomem (2008), estudando o mercado de produtos orgânicos em Goiânia e
Anápolis, em termos de frequência de compra dos produtos orgânicos in natura, a maioria
87,4% dos consumidores de Anápolis afirmou comprar uma vez por semana, já em Goiânia,
este percentual cai para 81,8%, mas ainda representa uma maioria absoluta, os dados
demonstram que a certa igualdade nos resultados já que a maioria compram produtos
orgânicos uma vez por semana.
Quando indagado sobre os motivos de compra dos produtos orgânicos, a maioria, ou
seja, 45,69% do total responderam que os motivos de compra são a qualidade do produto,
seguidos com 34,48% à preocupação com a doença e saúde, o preço dos produtos com
10,34% e facilidade de encontrar com 9,48% (Figura 3).
Facilidade de
encontrar
9,48%
Qualidade do
alimento
45,69%
Doença/saúde
34,48%
Preços acessiveis
10,34%
FIGURA 3 – Motivo de compra dos produtos orgânicos nas feiras livres de Goiânia e Anápolis no Estado de
Goiás em 2014.
Fonte: Dados de pesquisa (2014).
32
Esta última informação mostra a preocupação do consumidor com a disponibilidade
do produto no mercado.
Milhomem (2008), também listou os motivos de compra dos
produtos orgânicos, a maioria absoluta, tanto em Goiânia 66,9% do total entrevistado e
Anápolis 58,9%, afirmaram ser por causa da qualidade dos produtos, mostrando nas duas
pesquisas a tendência evoluída das pessoas em se preocuparem com a vida mais saudável.
Ao perguntar aos entrevistados, além do frango caipira, quais produtos orgânicos eles
adquirem no comércio, 41,38% do total dos entrevistados compram hortaliças, 17,24 % frutas
e verduras, 14,66 % derivados dos animais como queijo, leite, ovos, carnes, 12,07% compra
produtos artesanais como pão integral, farinha, rapadura, açúcar mascavo, 10,34% compram
cereais como arroz, feijão e milho e uma pequena parcela 4,31% ainda interessa em plantas
medicinais (Figura 4).
Cereais
10,34%
Frutas/Verduras
17,24%
Plantas Medicinais
4,31%
Produtos Artesanais
12,07%
Derivados de
Animais
14,66%
Hortaliças
41,38%
FIGURA 4 – Produtos comprados nas feiras livres de Goiânia e Anápolis no Estado de Goiás em 2014.
Fonte: Dados de pesquisa (2014).
Bertolini et al. (2005) realizaram pesquisa uma para conhecer a percepção dos
consumidores de produtos ecologicamente corretos, concluíram que o processo de compra de
produtos pelos consumidores passa pela tomada de decisão, onde as informações percebidas
pelas pessoas são usadas para avaliar e escolher dentre as possíveis alternativas. Como
principais resultados da pesquisa, constatou-se que, em relação aos produtos ecológicos da
empresa, há entre pouca à moderada percepção dos entrevistados. A consciência e o consumo
ambiental estão entre poucas a potenciais condições de possuí-las por completo, e como
critério mais valorizado para a compra é a qualidade dos produtos. Pode-se concluir que a
33
empresa oferece produtos ecologicamente corretos, porém os consumidores pouco percebe e
valorizam este aspecto na hora da compra.
Ainda respondendo sobre os produtos que adquire nas feiras, foram também
abordadas às questões sobre a quantidade de mercadoria que é comprada, a pesquisa apontou
que a compra de hortaliças gira em torno de cinco unidades, já frutas e verduras ficam em
torno de três quilos, os derivados de animais variam em quantidade, no caso de frango caipira
compram uma unidade por semana, já ovos e leite são muito relativos os resultados e com
menor frequência, como também produtos artesanais e plantas medicinais.
Os consumidores quanto questionados quais os tipos de produtos gostariam ver
oferecidos além do comum que estão habituados, a maioria gostariam de ver oferecidas frutas,
ou seja, a demanda pelas frutas orgânicas é um nicho de mercado que deveria ser explorado
com mais eficiência pelos feirantes dessas regiões. Na (Figura 5) mostra a divisão dos
produtos que mais demandam os consumidores, porem a sua oferta não é satisfatória.
Derivados
15%
Frutas
45%
Hortaliças
19%
Verduras
21%
FIGURA 5 – Produtos gostariam de ver oferecidos nas feiras livres de Goiânia e Anápolis no Estado de Goiás
em 2014.
Fonte: Dados de pesquisa (2014).
Quando indagados sobre as desvantagens do consumo de produtos orgânicos, grande
parte dos entrevistados, ou seja, 41,38% do total afirma que a oferta é incerta, 23,28%
respondeu que a quantidade de produtos oferecidos é insuficiente, 18,97% acha difícil
encontrar os produtos, já 12,07% preocupam com os preços elevados, que em comparação aos
produtos convencionais a uma diferença significativa dependendo do produto e 4,31%
preocupa com a aparência do produto já que são menos chamativos que os produtos
convencionais que possuem fertilizantes e agrotóxicos.
Guimarães et al. (2013) acreditam que este tipo de produto devem ser vendidos em
lojas especializadas, principalmente observado
ponto de vista empresarial os resultados
34
podem ser adequados para as lojas especializadas, supermercados, feiras e para os próprios
produtores para identificarem a percepção do seu consumidor e com isso entender qual a
importância dos produtos orgânicos a venda para conseguir abranger cada vez mais a
população e conscientizá-la sobre seus benefícios em consumir o produto orgânico.
Trabalho realizado por Coelho (2007), através de modelos de regressão múltipla
obteve-se equações de demanda inversa para cada alimento estudado, onde a variável
dependente DAP (Disposição a Pagar) por alimentos orgânicos é explicada por algumas
variáveis socioeconômicas, no qual este trabalho explica que o grau de instrução e o poder
econômico desses consumidores em comparação são maiores.
Os resultados obtidos confirmam a existência de um mercado potencial para
alimentos orgânicos em Goiânia-GO e Anápolis-GO, tendo em vista que, cerca de 80% dos
consumidores de feiras-livres se preocupam com a oferta dos produtos orgânicos e estão
dispostos a pagar um prêmio pela qualidade diferenciada desses produtos e também pela
qualidade de vida oferecida por esses produtos.
Em resumo, há evidências que os consumidores do frango caipira e produtos
orgânicos de Goiânia-GO e Anápolis-GO se preocupam mais com a oferta dos produtos,
levando em consideração uma vida mais saudável, e 93,25% informaram que compraria mais
se o preço estivesse mais acessível, mas não se preocupam pagar mais levando em
consideração o retorno de vida mais saudável, consumido esses produtos alternativos.
35
6 CONCLUSÕES
Conclui-se, pelos dados obtidos na pesquisa, que o consumidor do frango caipira e
produtos orgânicos nessas duas regiões são na maioria do sexo feminino, tem alta
escolaridade e participam da classe média do Brasil, compram os produtos pelo menos uma
vez por semana e basicamente o motivo de compra está ligado ás questões de qualidade de
vida mais saudável.
Devido ao seu nível de escolaridade ser alto, o consumidor está bem informado para
tomar decisões positivas pelo o consumo de alimentos orgânicos e consequentemente o frango
caipira. Dado ainda a falta de divulgação e oferta dos produtos o mercado possuem alta
capacidade de ampliação, já que o preço não é considerado um problema.
O consumo de produtos orgânicos e frango
caipira deverão
aumentar
significativamente nos próximos anos nessas duas regiões, devido ao aumenta da população e
a preocupação dos consumidores com alimentos mais saudáveis. Para atender esse nicho de
mercado crescente, os comerciantes (feirantes e varejistas), devem se preocupar com a oferta
do produto e sua qualidade, quando dados da pesquisa demonstram certa preocupação dos
consumidores com esses dois aspectos.
Associando a demanda de comercialização ao aumento da oferta desses produtos,
poderão então contribuir ao momento mais esperado dos consumidores desses produtos em
potencial, que é a maior quantidade ofertada e consequentemente preços médios menores.
36
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41
ANEXO 1 - Questionário aplicado com os consumidores de frango caipira em Goiânia e
Anápolis
QUESTIONÁRIO - TCC (FRANGO CAIPIRA)
PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO
1- Qual o seu sexo?
( )masculino
( )feminino
2 - Qual sua idade?
( ) abaixo de 25 anos
( ) de 25 a 45 anos
( ) acima de 45 anos
3 - Qual sua escolaridade?
( ) graduação / pós- graduação
( ) ensino médio
( ) ensino fundamental
4 - Qual a renda mensal da sua família?
( ) 1 a 3 salários mínimos
( ) 3 a 6 salários mínimos
( ) acima de 6 salários
5 - Qual a frequência de consumo do frango caipira?
( ) 1 frango por mês
( ) 2 a 3 frangos por mês
( ) acima de 3 frangos
6 - Porque escolher o frango caipira?
( ) carne mais saudável
( ) carne mais saborosa
( ) carne com mais qualidade
7 - O que impede o consumo do frango caipira?
( ) valor do produto
( ) disponibilidade do produto no mercado
( ) preocupação com a higiene e conservação
OUTROS PRODUTOS ADQUIRIDOS PELO CONSUMIDOR DE FRANGO
CAIPIRA.
8 - Local que compra os produtos orgânicos: ______________________________________
9 - Frequências que adquire produtos orgânicos ou alternativos
( ) uma vez por semana
( ) uma vez por mês
( ) uma vez por ano
( ) mais de uma vez por semana
( ) uma vez por semestre
10 - Além do frango caipira, que produtos adquirem e quantidade:
42
11 - Motivos que adquire produtos orgânicos ou alternativos:
(
(
(
(
(
) Qualidade do alimento
) Preços acessíveis
) Doença/saúde
) Facilidade de encontrar
) _______________________________________________________
12 - Desvantagens no consumo de produtos orgânicos ou alternativos
(
(
(
(
(
(
(
) Preços elevados
) Difíceis de encontrar
) Quantidade insuficiente
) Aparência do produto
) Qualidade do alimento
) Oferta incerta
) _______________________________________
13 - Que tipos de produtos de gostaria ver oferecidos:
_______________________________
_______________________________
14 - Se o preço fosse mais acessível compraria mais? ( ) sim ( ) Não
43
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TCC - JULIO CESAR CAMILO MACEDO