Gestão Econômico Financeira Visão de Sistemas SISTEMAS SAÍDA ENTRADA REALIMENTAÇÃO INFORMAÇÕES ENERGIA MATERIAIS PRODUTOS IDÉIA SERVIÇOS Sistemas Conjunto de partes organizadas estruturadas interdependentes que interagem para alcançar um objetivo A empresa como sistema, segundo Guerreiro INTERAÇÃO ENTRE AS ATIVIDADES EFICÁCIA EFICIÊNCIA Recursos Humanos Recursos Materiais Recursos Tecnológicos Subsistema Crenças e Valores PRODUTOS Subsistema Social Subsistema Organizacional INTERAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS Recursos de Informação Subsistema de Gestão Subsistema de Informação Recursos Financeiros Valores Econômicos (-) Subsistema Físico Cumprimento da Missão SERVIÇOS Valores Econômicos (+) LUCRO CONTINUIDADE SUB SISTEMAS São suborganizações com características sistêmicas admitidas nos sistemas complexos Existe uma hierarquia entre subsistemas sem, contudo, expressar um sentido ou juízo de valor OS SISTEMAS SOCIAIS (EMPRESAS) SÃO ORGANIZADOS SEGUNDO REGRAS VALORES PRINCÍPIOS LEIS NORMAS E EVOLUEM DE ACORDO COM A INTERAÇÃO ENTRE AS PARTES SISTEMAS CONTÁBEIS SISTEMAS ENTRADA DE DADOS REGISTRO ANÁLISE AUDITORIA SAÍDA DE INFORMAÇÕES REALIMENTAÇÃO FATOS CONTÁBEIS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONTABILIDADE É, OBJETIVAMENTE um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação a entidade objeto de contabilização OBJETIVOS DA CONTABILIDADE PERMITIR a cada grupo principal de usuários a avaliação da situação econômica, num sentido estático, bem como fazer inferências sobre suas tendências futuras. Controle e Planejamento Controle Meio de medir se a organização está andando em conformidade com os planos ou não. Como Meio de Comunicação Os relatórios contábeis comunicam a situação e informamo resultado final dos planos. Como Meio de Motivação Os relatórios motivam os empregados pela situação de liquidez apresentada. Como Meio de Verificação Acerca dos trabalhos ocorridos. Planejamento Tomada de medidas sobre o futuro da empresa, baseado, necessariamente, nos números reais do presente e do passado. USUÁRIO TODA pessoa física ou jurídica que tenha interesse na avaliação da situação e do progresso de determinada entidade, seja tal entidade, empresa, ente de finalidades não lucrativas, ou mesmo patrimônio familiar. SISTEMA CONVENCIONAL DE INFORMAÇÕES Usuários Externos *acionistas *governo *clientes *fornecedores Informar Organizar Coletar Classificar Registrar Conferir Conciliar *Demonstrações financeiras *relatórios financeiros Usuários Internos *alta administração *gerência *supervisão CONCEITOS BÁSICOS GASTO CUSTOS DESPESAS Transformação de ativos. Esforço para gerar receitas · Estoques · Imobilizado · Vendas · Administrativas · Financeiras PERDAS Gasto, involuntário CONCEITOS BÁSICOS Receita Ingresso de recursos para o patrimônio de uma entidade sob a forma de bens ou direitos, correspondentes, normalmente a venda de mercadorias, de produtos ou à prestação de serviços, podendo também derivar de remunerações sobre aplicações ou operações financeiras. Ganho Bem ou serviço obtido de forma anormal ou involuntária. CONCEITOS BÁSICOS RECEITAS DESPESAS CUSTOS GANHOS PERDAS OPERACIONAIS NÃO OPERACIONAIS Parcela vinculada aos produtos ou serviços que constituem o objetivo da empresa ou entidade Parcela vinculada à atividade ou evento extraordinário, fora dos objetivos da empresa ou entidade CONCEITOS BÁSICOS ATIVO “BENS E DIREITOS PERTENCENTES A UMA PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA” CONCEITOS BÁSICOS PASSIVO “OBRIGAÇÕES DE UMA PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA, CONTRAÍDAS JUNTO A OUTRA (AS) PESSOAS(AS) FÍSICA(AS) OU JURÍDICA(AS).” A EMPRESA TEM bens, direitos A EMPRESA DEVE obrigações Aplicação dos Recursos Origem dos Recursos Para onde o dinheiro vai De onde o dinheiro vem CONCEITOS BÁSICOS PASSIVO SENTIDO RESTRITO = EXIGIBILIDADES SENTIDO AMPLO = EXIGIBILIDADES + RECURSOS PRÓPRIOS CONCEITOS BÁSICOS PATRIMÔNIO “CONJUNTO DE BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES PERTENCENTES A UMA PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA.” CONCEITOS BÁSICOS PATRIMÔNIO FORMAS ANÁLOGAS DE EXPRESSÃO BENS E DIREITOS OBRIGAÇ ÕES INVESTIMENTOS APLIC AÇ ÃO DE REC U RSOS U SOS DE REC U RSOS ATIVO EFEITOS C AU SAS - Junto a terceiros - Junto aos proprietários FINANC IAMENTOS - Recursos de terceiros - Recursos próprios ORIGEM DOS - De terceiros REC U RSOS - Próprias FONTES DOS - De terceiros REC U RSOS - Próprias PASSIVO - Exigibilidades - Patrimônio líquido EXTERNAS INTERNAS CONCEITOS BÁSICOS PATRIMÔNIO LÍQUIDO “CONJUNTO DE BENS E DIREITOS DE UMA PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA, DEDUZIDA DAS SUAS OBRIGAÇÕES PARA COM TERCEIROS.” CICLO OPERACIONAL ESTOQUES PROD. ACABADOS ESTOQUES DE MATÉRIAS PRIMAS CUSTOS VENDA CONTAS A RECEBER RECEBIMENTO COMPRAS DESPESAS CAIXA LUCROS FORNECEDORES PAGAMENTO ATIVO, PASSIVO e PL Aplicações de Recursos = ATIVO Origens de Recursos = PASSIVO e PL SITUAÇÃO LÍQUIDA ATIVO = PASSIVO + PL SITUAÇÃO LÍQUIDA POSITIVA ATIVO - PASSIVO = PL, quando A > P SITUAÇÃO LÍQUIDA NULA ATIVO - PASSIVO = O, quando A = P SITUAÇÃO LÍQUIDA NEGATIVA ATIVO - PASSIVO PASSIVO a descoberto, quando A < P ESTRUTURA PATRIMONIAL CP LP ATIVO INVESTIMENTOS PASSIVO FINANCIAMENTOS CAPITAL DE GIRO CAPITAL DE TERCEIROS REALIZÁVEL EXIGÍVEL CAPITAL FIXO CAPITAL PRÓPRIO CP LP INVESTIMENTOS Sociedade Controle Investimento Coligadas Controladas Direto Indireto Relevante Irrelevante DOAR Variações do CCL de dois períodos = Origens - Aplicações Explica a variação patrimonial ocorrida na empresa entre CG e CF ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA DEMONSTRATIVOS E INFORMAÇÕES ADICIONAIS Para a realização da análise econômico-financeira de uma empresa o analista utiliza, pelo menos, os seguintes itens: Balanço Patrimonial (BP); Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); informações complementares; montante das compras no período a que se referem os demonstrativos; DOAR, DMPL e as notas explicativas, quando houver. Os Demonstrativos Financeiros devem conter a assinatura do contador e do responsável pela empresa. Após a análise prévia das informações fornecidas, os dados deverão ser ratificados ou retificados mediante verificação in loco, ajustando-os à realidade da empresa, se necessário ETAPAS: 1 2 3 4 Escolha de Comparação Diagnóstico ou Decisões indicadores com padrões conclusões Análise ECONÔMICO X FINANCEIRO Ter lucro, mas não ter dinheiro, e vice-versa, é mais comum do que parece, na maioria das empresas. Econômico: Refere-se a lucro, no sentido dinâmico, de movimentação. Estaticamente, refere-se a Patrimônio Líquido. Financeiro: Refere-se a dinheiro. Dinamicamente, representa a variação de Caixa. Estaticamente, representa o saldo de Caixa. O termo financeiro tem significado amplo e restrito. Quando encarado de forma restrita, refere-se a Caixa; quando seu significado é amplo, refere-se a Caixa Circulante Líquido. Comparativo de significação de econômico e financeiro FINANCEIRO ECONÔMICO AMPLO ESTATICAMENTE Patrimônio Líquido Capital Circulante RESTRITO Saldo de Caixa Líquido DINAMICAMENTE Lucro Líquido Variação do Capital Variação do Saldo de Circulante Líquido Caixa BA LA NÇ O TRA DIC IONA L PC BA LA NÇ O REC LA SSIFIC A DO ACF C aixa, Bancos, PCF AplicFinanceiras AC PELP ACC Estoques, C lientes, A diantamentos PC C Fornecedores, Impostos s/Vendas A Recolher Salários a Pagar PELP REF REF A RLP A RLP PL AP AC= A RL= PL A tivo C irculante A tivo Realizável a Longo Prazo A P= A tivo Permanente PC = Passivo C irculante PELP= Passivo Exigível a Longo Prazo REF= Resultado de Exercícios PL= Futuros Patrimônio Líquido AP A C F= ACC = A RLP= PC F = PC C = REF= PL = A tivo C irculante Financeiro A tivo C irculante C íclico A tivo Realizável a Longo Prazo Passivo C irculante Financeiro Passivo C irculante C íclico Resultado de Exercícios Futuros Patrimônio Liquido Para melhor compreensão da influência de cada indicador na análise, faremos seu estudo em cinco grupos. Índices de Estrutura avaliam a segurança oferecida pela empresa aos capitais alheios e revelam sua política de obtenção de recursos, bem como sua alocação nos diversos itens do Ativo; Índices de Liquidez medem a posição financeira da empresa, em termos de capacidade de pagamento; Índices de Rentabilidade avaliam o desempenho global da empresa, em termos de capacidade de gerar lucros; Indicadores de Prazos Médios revelam a política de compra, estocagem e venda da empresa; Necessidade de Capital de Giro (NCG) mostra a carência ou não de capital de giro da empresa. ÍNDICES DE ESTRUTURA PATRIMONIAL Os índices de estrutura patrimonial avaliam a SEGURANÇA que a empresa oferece aos capitais alheios e revelam sua política de obtenção de recursos e de alocação dos mesmos nos diversos itens do Ativo. O Ativo de uma empresa é financiado pelos capitais próprios (PL) e por capitais de terceiros (obrigações). Quanto maior for a participação de capitais de terceiros nos negócios de uma empresa, maior será o risco a que eles (terceiros) estão expostos. Relação entre as Fontes de Recursos Endividamento Geral Composição das Exigibilidade Imobilização do Patrimônio Liquido Passivo Oneroso sobre Ativo Total RFR EG CE IPL POSA Todos os índices acima são interpretados como: QUANTO MAIOR, PIOR. RELAÇÕES ENTRE AS FONTES DE RECURSOS (RFR) PC + PELP + REF X 100 PL ENDIVIDAMENTO GERAL (EG) PC + PELP X 100 ATIVO O endividamento de uma empresa pode apresentar as seguintes situações: ATIVO PC PELP PC PELP ATIVO PL EG<50% O endividamento é menor que o PL. Há predominância de capitais próprios investidos na empresa ATIVO PC PELP PL PL EG=50% EG>50% O ativo é financiado em igual proporção por Recursos de terceiros e Próprios. Há predominância de O PL é igual às Exigibilidades capitais de terceiros Investidos na empresa COMPOSIÇÃO DAS EXIGIBILIDADES (CE) PC X 100 PC + PELP IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (IPL) AP X 100 PL PASSIVO ONEROSO SOBRE ATIVO (POSA) PCF + PELP X 100 ATIVO ÍNDICES DE LIQUIDEZ Os índices de Liquidez são medidas de avaliação da capacidade financeira da empresa em satisfazer os compromissos para com terceiros. Evidenciam quanto a empresa dispõe de bens e direitos em relação às obrigações assumidas no mesmo período. Entre os índices de Liquidez mais conhecidos estão a Liquidez Corrente, a Liquidez Seca e a Liquidez Geral. Cada um fornece informações diferentes sobre a situação da empresa. De maneira geral, define-se que QUANTO MAIOR a liquidez, MELHOR será a situação financeira da empresa. LIQUIDEZ CORRENTE AC PC LIQUIDEZ SECA AC – Estoques PC LIQUIDEZ GERAL AC + ARLP PC + PELP Os principais índices de rentabilidade utilizados são: Rentabilidade do Patrimônio Líquido Margem Operacional de Lucro Margem Liquida de Lucro Rotação do Ativo Rentabilidade dos investimentos RPL MOL ML RA RI RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (RPL) Lucro Líquido X 100 Patrimônio Líquido MARGEM OPERACIONAL DE LUCRO (MOL) Lucro Operacional Líquido X 100 Receita Operacional Líquida MARGEM LÍQUIDA DE LUCRO (ML) Lucro Líquido X 100 Receita Operacional Líquida ROTAÇÃO DO ATIVO (RA) Receita Operacional Líquida Ativo Total RENTABILIDADE DOS INVESTIMENTOS (RI) Receita Operacional Líquida X 100 Ativo Total A exemplo S.A apresentou uma MOL de 17,02% [($2.230/$13.100)x 100]. Ou seja, a empresa obteve 17,02% de lucro operacional sobre seu faturamento. Deve ser obtida, também, pela conjugação da MOL e da RA que podem causar, separadamente ou em conjunto, variações na rentabilidade. Conjugando os dois indicadores, teremos: MOL X RA = RI 17,2% X 1,36 = 23,15% INDICADORES DE PRAZOS MÉDIOS Os indicadores de Prazos Médios, também conhecidos como índices de atividade, indicam a dinâmica de algumas verbas do patrimônio, isto é, quantos dias elas levam para girar durante o exercício (Rotação). Não devem ser analisados individualmente, mas sempre em conjunto. Os prazos médios comumente utilizados são: Prazo Médio de Compras Prazo Médio de Estoques Prazo Médio de Recebimentos Ciclo Operacional Ciclo Financeiro PMC PME PMR CO CF PRAZO MÉDIO DE COMPRAS (PMC) Fornecedores X 360 Montante de Compras Sempre que houver dados de dois demonstrativos consecutivos, deve-se utilizar a média da conta Fornecedores para comparar com montante de compras (MC). Caso não fornecido o montante de compras, este valor poderá ser estimado da seguinte forma : IMC = CPV + Estoque Final - Estoque inicial PRAZO MÉDIO DE ESTOQUES (PME) Estoques X 360 Custo dos Produtos Vendidos PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTOS (PMR) Clientes X 360 Receita Operacional Bruta CICLO OPERACIONAL (CO) PME+PMR Indica o tempo decorrido entre o momento em que a empresa adquire as matérias-primas/mercadorias e o momento em que recebe o dinheiro relativo às vendas. COMPRA VENDE PME = 63 dias 0 30 RECEBE + PMR = 78dias=141 dias 60 90 120 150 180 dias CICLO FINANCEIRO (CF) PME + PMR - PMC ou CO - PMC É o tempo decorrido entre o instante do pagamento aos fornecedores pelas mercadorias adquiridas e o recebimento pelas vendas efetuadas. É o período em que a empresa necessita ou não de financiamento complementar do seu ciclo operacional. CICLO OPERACIONAL Compra Vende PME = 63 d Recebe PMR = 78 d PMC = 68 d Compra 141 DIAS Ciclo Financeiro = 73 d Paga CAPITAL DE GIRO (CDG) O capital de giro - ou capital em giro - de uma empresa corresponde aos valores aplicados em seu Ativo Circulante. A empresa compra mercadorias, estoca, vende e recebe. Repetindo esse ciclo permanentemente, ela mantém o giro dos negócios. Existem, no entanto, diversas utilizações para a terminologia do CDG, dependendo do autor e do conceito abordado. As Instituições Financeiras usam a expressão CDG para definir o Capital de Giro Líquido. Isto é, o Ativo Circulante (recursos aplicados no giro) deduzido do Passivo Circulante (fontes de recursos para o giro). CDG = Ativo Circulante - Passivo Circulante NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO (NCG) OU INVESTIMENTO OPERACIONAL EM GIRO (IOG) NCG é a diferença entre as aplicações cíclicas (Ativo Circulante Cíclico ACC) e as fontes cíclicas (Passivo Circulante Cíclico - PCC), que se renovam automaticamente no dia-a-dia. As aplicações cíclicas são valores do Ativo financiados pela empresa até sua realização. As fontes cíclicas são valores exigíveis, financiados por terceiros ligados à área operacional. O ideal seria que a empresa utilizasse os financiamentos de terceiros para cobrir suas aplicações. Quando isso não acontece, há necessidade de se recorrer a fontes não diretamente ligadas à atividade. A análise da Necessidade de Capital de Giro - NCG enfoca o ciclo operacional do sistema empresa, tendo como referencial de pesquisa do demonstrativos financeiros. A ênfase recai sobre as fontes e aplicações cíclicas. NCG=ACC-PCC APLICAÇÕES CÍCLICAS - ACC É o somatório das contas: duplicatas a receber (menos provisão para devedores duvidosos); estoque (matéria-prima, produtos em elaboração e produtos acabados); adiantamentos a fornecedores; mercadorias em trânsito; importações em curso (de matéria-prima); despesas antecipadas. FONTES CÍCLICAS – PCC Corresponde ao somatório das contas: fornecedores (de matéria-prima/mercadorias); salários a pagar; comissões a pagar; encargos sociais a recolher (INSS, FGTS); imposto de renda retido na fonte (sobre a folha de pagamento); contas a pagar (referentes a despesas operacionais: água, energia elétrica, aluguel, telefone etc.); adiantamento de clientes; impostos a pagar. Aplicações Cíclicas Aplicações Cíclicas - Fontes =POSITIVA Cíclicas NCG Fontes =NEGATIVA Cíclicas NCG Analisando a diferença entre as aplicações cíclicas e as origens de recursos cíclicos no quadro anterior, tem-se as seguintes situações; Quando POSITIVA, significa que a empresa apresenta Necessidade de Capital de Giro, que deverá ser obtido junto a seus proprietários ou junto a terceiros (onerosos). Quando NEGATIVA, significa que a empresa dispõe de sobra de recursos para o giro, que poderá ser destinada a aplicação no mercado financeiro TIPOS DE NCG A NCG ou IOG pode apresentar-se de duas maneiras: Permanente; Sazonal. EFEITO TESOURA O Efeito Tesoura é um indicador que evidencia o descontrole no crescimento das fontes onerosas de recursos no curto prazo. Ocorre quando o Saldo de Tesouraria apresenta-se cada vez mais negativo a cada exercício, variando em níveis superiores ao crescimento da NCG. ST = ACF – PCF ACF Ou - ST = CDG - NCG PCF =ST(-) ACC PCC ano 1 NCG CDG ST ST/NCG 250 200 -50 -0.20 ano 2 600 300 -300 -0.50 5000 4000 3000 2000 1000 0 -1000 19X1 19X2 19X3 19X4 19X5 -2000 -3000 -4000 -5000 ano 3 1.200 400 -800 -0.66 ano 4 2.400 400 -2.000 -0.83 NCG CDG ST ST/NCG ano5 4.800 500 -4.300 -0.89 Agora analisemos o gráfico da empresa Z. Ela apresenta a mesma NCG da empresa Y e também está com o ST cada vez mais negativo. 6000 5000 4000 3000 2000 1000 0 -1000 -2000 NCG CDG CDG/NCG ST 19X1 19X2 ano 1 NCG CDG CDG/ NCG ST ST / NCG 250 200 0,80 -50 -0.20 19X3 ano 2 600 480 0,80 -120 -0.20 19X4 ST/NCG 19X5 ano 3 1.200 960 0,80 -240 -0.20 ano 4 2.400 1.920 0,80 -480 -0.20 ano 5 4.800 3.840 0,80 -960 -0.20 Essa empresa, apesar de apresentar a mesma NCG da empresa Y (exemplo 1 ) em todos os anos, vem financiando essa necessidade de duas formas: capital de giro (maior parte) e financiamentos bancários. O Saldo de Tesouraria (negativo), no entanto, representa 20% da NCG . CAUSAS DO EFEITO TESOURA: crescimento real das vendas a prazo, em percentuais muito elevados, sem correspondente obtenção de prazo de fornecedores; imobilizações com recursos onerosos de curto prazo; prejuízos; distribuição excessiva de lucros; dependência sistemática a empréstimos de curto prazo, com pagamento de altas taxas de juros; ciclo financeiro crescente. SINAIS DE ALERTA A NCG é um instrumento que nos permite visualizar, com bom grau de confiabilidade, a efetiva necessidade de capital de giro da empresa, mantido seu nível de atividade. Todavia, tal como nos demais sinalizadores econômico-financeiros, há que se observar a performance de outros indicadores - inclusive NCG/vendas - , e estes com o setor, permitindo, assim, verificar o desempenho global da empresa. A NCG positiva, se crescente, período após período, pode ser indicador de anomalia empresarial. O crescimento da NCG pode acontecer, também, por força de expansão dos negócios da empresa. O que não pode (ou não deve) ocorrer é o crescimento da NCG em proporção superior ao volume das vendas. NCG – SINAIS DE ALERTA Dificuldades de obtenção de Matéria-prima/produto ( + ) Adiantamento a Fornecedores Concessão de maiores prazos, Novos produtos ( + ) Duplicatas a Receber Especulação, redução da demanda ( + ) Estoques Redução de prazos (oligopólio), escassez de matériaprima/produtos ( - ) Fornecedores Redução nos prazos de impostos ( - ) Despesas Provisionadas Novos concorrentes ( - ) Adiantamento de Clientes + ? NCG VENDAS VEND AS SISTEMA EMPRESA Equilíbrio Dinâmico RENTABILIDADE ( + ) Despesas Financeiras DESENVOLVIMENTO ( - ) Lucro Líquido ESTABILIDADE ECONÔMICOFINANCEIRA AMBIENTE EXTERNO (+) Financiamentos Onerosos ANÁLISE VERTICAL Empresa Exemplo S.A. Balanço Patrimonial ( $ mil ) ATIVO Ativo Circulante Caixa e Bancos Clientes Estoque Ativo Realizável a Longo Prazo Cliente Longo Prazo Ativo ermanente Imobilizado PASSIVO Passivo Circulante Empréstimos Fornecedores Salários a Pagar Impostos a Recolher Passivo Exigível a Longo Prazo Financiamentos Patrimônio Líquido Capital Social Reservas 19 X 1 9.600 5.000 500 3.500 1.000 1.600 1.600 3.000 3.000 9.600 2.000 500 1.000 300 200 3.500 3.500 4.100 3.000 1.100 % 100,00 52,08 5,21 36,46 10,42 16,67 16,67 31,25 31,25 100,00 20,83 5,21 10,42 3,13 2,08 36,46 36,46 42,71 31,25 11,46 Demonstração do Resultado do Exercício ( $ mil ) Receita Operacional Bruta 16.200 ( - ) Impostos sobre Faturamento 3.100 ( = ) Receita Operacional Líquida 13.100 ( - ) Custo das Mercadorias Vendidas 5.700 ( = ) Lucro Operacional Bruto 7.400 ( - ) Despesas Comerciais 2.100 ( - ) Despesas Administrativas 1.100 ( - ) Despesas Gerais 600 ( - - ) Outras REC./Desp Operacionais +250 ( - ) Despesas Financeiras 1.450 ( + ) Receitas Financeiras 50 ( +/- ) Resultado da Correção Monetária -220 ( = ) Lucro Operacional Líquido 2.230 ( +/- ) REC. / Desp. Não Operacionais -280 ( = ) Lucro Antes do IR 1.950 ( - ) Provisão IR e Contribuição Social 690 ( = ) Lucro Líquido do Exercício 1.260 % 100,00 -19,14 80,86 -35,19 45,68 -12,96 -6,79 -3,70 1,54 -8,95 0,31 -1,36 13,77 -1,73 12,04 4,26 7,78 ANÁLISE HORIZONTAL A análise horizontal é efetuada tomando-se por base dois ou mais exercícios financeiros - preferentemente todos expressos em moeda constante e em valores monetários da mesma data - com a finalidade de observar a evolução ou involução dos seus componentes. Cumpre ressaltar que é na análise horizontal que podemos observar o comportamento dos diversos itens do patrimônio e, principalmente, dos índices, permitindo a análise de tendência. ATIVO Ativo Circulante Caixa e Bancos Clientes Estoques Ativo Realizável a Longo Prazo Clientes Longo Prazo Ativo Permanente Imobilizado PASSIVO Passivo Circulante Empréstimos Fornecedores Salários a Pagar Impostos a Recolher Passivo Exigível a Longo Prazo Financiamentos Patrimônio Líquido EMPRESA EXEMPLO S.A. BALANÇO PATRIMONIAL 19 X 1 % 19 X 2 % 9.600 100 10.100 105 5.000 100 4.200 84 500 100 700 140 3.500 100 1.500 43 1.000 100 2.000 200 1.600 100 800 50 19 X 3 11.300 4.500 400 2.600 1.500 400 % 118 90 80 74 150 25 1.600 3.000 3.000 9.600 2.000 500 1.000 300 200 3.500 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 800 5.100 5.100 10.100 1.800 600 700 300 200 2.900 50 170 170 105 90 120 70 100 100 -83 400 6.400 6.400 11.300 2.000 400 1.100 400 100 2.100 25 213 213 117 100 80 110 133 50 60 3.500 4.100 100 100 2.900 5.400 83 132 2.100 7.200 60 175 DRE ( $ mil ) Receita Operac. Bruta ( - ) Imposto sobre Faturamento ( = ) Receita Operacional Líquida ( - ) Custo Mercadorias Vendidas ( = ) Lucro Operacional Bruto ( - ) Despesas Comerciais ( - ) Despesas Administrativas ( - ) Despesas Gerais ( + ) Outras Receita Operacionais ( - ) Despesas Financeiras ( + ) Receitas Financeiras ( +/- ) Resultado da Correção Monetária 19 x 1 16.200 3.100 % 100 100 19 x 2 18.300 3.500 % 112 112 19 x 3 26.400 5.200 % 163 168 13.100 100 14.800 112 21.200 162 5.700 100 6.100 107 7.800 137 7.400 100 8.700 117 13.400 181 2.100 1.100 100 100 2.600 1.100 123 100 3.960 1.200 189 109 600 250 100 100 700 50 116 20 800 200 114 80 1.450 50 (220) 100 100 100 1.150 80 (140) 79 160 63 1.100 70 (80) 76 140 36 ( = ) Lucro Operacional Líquido ( +/- ) REC. / Desp. Não Operacionais ( = ) Lucro Antes do IR ( - ) Provisão para IR e Contribuição Social ( = ) Lucro Líquido do Exercício 2.230 100 3.140 140 6.530 293 (280) 100 100 -35 (1.200) 429 1.950 690 100 100 3.240 1.130 166 163 5.330 1.860 273 270 1.260 100 2.100 167 3.470 275 NOTAS EXPLICATIVAS E OUTRAS EVIDENCIAÇÕES Além das demonstrações financeiras, a contabilidade adiciona a elas outras informações complementares no sentido de enriquecer os relatórios e evitar que se tornem enganosos. Estas evidenciações destacadas devem ser relevantes quantitativa e qualitativamente . As principais evidenciações são: - Notas explicativas - Quadro analíticos suplementares - Informação entre parênteses - Relatório da diretoria e outras evidenciações RISK SCORE •Análise dos riscos da empresa, através de elaboração de uma matriz de riscos •Categorias de Riscos Pequena - Média - Alta •Utilização de cores para evidenciação das categorias PARECER DE AUDITORIA O parecer do auditor, em condições normais, contém três parágrafos: - 1º parágrafo: determina e referencia o propósito de trabalho do auditor e a responsabilidade por ele assumida. - 2º parágrafo: determina a abrangência do trabalho de auditoria e a forma pelo qual o trabalho foi direcionado. - 3º parágrafo: determina a opinião do auditor sobre o trabalho realizado. QUADRO SINÓTICO DE CLASSIFICAÇÃO DO PARECER DE AUDITORIA Aspectos Relacionados às Tipos Demonstrações Financeiras de Eventos Classificação do Parecer Adequados Irrelevante Parecer sem ressalva Não-obediência a P.F. Contabilidade Irrelevante Parecer sem ressalva Não-obediência a P.F. Contabilidade Relevante Parecer com ressalva Não-obediência a P.F. Contabilidade Significativo Parecer adverso Quebra de uniformidade na aplicação de PFC Irrelevante Parecer sem ressalva Quebra de uniformidade na aplicação Da PFC Relevante Parecer com ressalva Quebra de uniformidade na aplicação Da PFC Significativo Parecer com ressalva Limitação imposta na extensão dos trabalhos do auditor Irrelevante Parecer sem ressalva Limitação imposta na extensão dos trabalhos do auditor Relevante Parecer com ressalva Limitação imposta na extensão dos trabalhos do auditor Significativo Parecer com abstenção de opinião Incertezas Irrelevante Parecer sem ressalva Incertezas Irrelevante Parecer sem ressalva Incertezas Significativos Parecer com abstenção de opinião Parecer com abstenção de opinião Não auditados ----------- TIPOS DE PARECER DE AUDITORIA PARECER SEM RESSALVA O parecer sem ressalva é emitido quando as demonstrações financeiras da empresa examinada pelo auditor, representam adequadamente a posição patrimonial e financeira e o resultado das operações de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade. PARECER COM RESSALVA O parecer com ressalva é emitido quando um ou mais de um valor nas demonstrações financeiras não refletem adequadamente a posição correta, de acordo com os princípios fundamentais da contabilidade, ou quando o auditor não consegue obter evidências adequadas que permitam a comprovação desses valores. PARECER ADVERSO O parecer adverso é emitido quando o auditor verificar efeitos e condições que, em sua opinião, comprometem substancialmente as demonstrações financeiras examinadas, a ponto de não ser suficiente a simples ressalva no parecer. PARECER COM ABSTENÇÃO DE OPINIÃO Quando o auditor não conseguir obter comprovação suficiente para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações financeiras tomadas em conjunto, ele deve declarar que está impossibilitado de expressar sua opinião sobre estas.