Caminho neocatecumenal
Dados gerais: 2010
O Caminho neocatecumenal, iniciado por Kiko Argüello e Carmen Hernández em 1964
em Madrid, está presente em mais de 1.320 dioceses de 110 países nos 5 continentes, com
20.000 comunidades em aproximadamente 6.000 paróquias.
Resumimos aqui o percurso institucional que se concluiu nestes dias com a aprovação
doutrinal do “Diretório catequético do Caminho neocatecumenal”.
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1974
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1974
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1977
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1988
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1990
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1997
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1999
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2002
8 de maio: o Papa Paulo VI recebe pela primeira vez os iniciadores do Caminho,
Kiko e Carmen, acompanhados pelo Padre Mário, junto a numerosos
itinerantes, e louva a proposta de um catecumenato pós-batismal.
julho-agosto: a Congregação para o Culto Divino autoriza o uso do OICA para o
catecumenato pós-batismal e publica em Notitiae uma nota de louvor dirigida
ao Caminho neocatecumenal.
12 de janeiro: é apresentado ao Santo Papa o esquema do itinerário do
Caminho; Paulo VI dedica toda a audiência geral da quarta-feira a um elogio a
esse itinerário pós-batismal: “Eis a renascença do nome ‘catecumenato’, que
certamente não pretende invalidar nem desmerecer a importância da
disciplina batismal em vigor, mas a quer aplicar graças a um método de
evangelização gradual e intensivo que lembra e renova de certa maneira o
catecumenato de outrora”.
19 de dezembro: a Congregação para o Culto Divino autoriza algumas
adaptações para a celebração da eucaristia nas comunidades
neocatecumenais.
30 de agosto: o Santo Papa João Paulo II publica a Carta “Ogniqualvolta” com a
qual reconhece pela primeira vez o Caminho neocatecumenal: “reconheço o
Caminho Neocatecumenal como um itinerário de formação católica, válida
para a sociedade e para os tempos hodiernos... Faço votos, portanto, que os
irmãos no episcopado valorizem e ajudem - conjuntamente com seus
presbíteros - esta obra em favor da nova evangelização, para que esta se
realize segundo as linhas propostas pelos iniciadores, no espírito de serviço ao
Ordinário do lugar, em comunhão com ele e no contexto da unidade da Igreja
particular com a Igreja Universal.”
24 de janeiro: o Santo Papa João Paulo II pede aos iniciadores do Caminho de
dar início ao “processo de redação de um Estatuto do Caminho” sob a direção
do Pontifício Conselho para os Leigos.
2 de fevereiro: a Congregação para a Doutrina da Fé, guiada pelo Prefeito,
Cardeal Joseph Ratzinger, e pelo Secretário, Monsenhor Tarcisio Bertone, dá
início ao exame das “Orientações às equipes de catequistas”.
29 de junho: é aprovado, ad experimentum, para cinco anos, o Estatuto do
Caminho neocatecumenal.
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2008
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2010
11 de maio: na solenidade de Pentecostes, com Decreto do Pontifício Conselho
para os Leigos, após ter obtido a aprovação das outras quatro congregações
interessadas (Fé, Culto, Clero, Educação Católica), o Estatuto é promulgado de
forma definitiva.
24 de novembro: o Pontifício Conselho para os Leigos anuncia que a
Congregação para a Fé completou a específica aprovação doutrinal das
Orientações, que passarão a ser chamadas Diretório catequético do Caminho
neocatecumenal.
Famílias em missão
Em 1985, Kiko, Carmen e padre Mário apresentaram a João Paulo II um projeto que foi
acolhido com entusiasmo para uma nova evangelização do Norte da Europa, por meio do
envio de famílias missionárias, acompanhadas por presbíteros. Em 1986, o Papa enviou as
primeiras três famílias: uma para o norte da Finlândia, uma para o bairro de luzes vermelhas
de Hamburgo, a terceira para Estrasburgo.
No dia 30 de dezembro de 1988, João Paulo II se dirigiu de helicóptero ao Centro
Internacional do Caminho neocatecumenal de Porto S. Jorge, para enviar cem famílias em
missão para os cinco continentes. Naquela ocasião, o Papa gritou: “Igreja Santa de Deus, tu
não podes fazer a tua missão, não podes cumprir a tua missão no mundo, a não ser por meio
da família e da sua missão. A Sagrada Família não é outra coisa que a humana família em
missão divina... Família em missão, Trindade em missão... Devei ajudar a família, devei
protegê-la contra toda destruição”.
Trata-se de famílias que, graças ao anúncio do Evangelho e a um itinerário de iniciação
cristã de diversos anos, foram reconstruídas, redescobriram o dom da comunhão, e, por isso,
abriram-se à vida e, como forma de gratidão a Deus e à Igreja, oferecem-se a ir para onde um
Bispo reconheça a necessidade do testemunho de uma família cristã.
Com as 230 famílias enviadas pelo Papa Bento XVI em 17 de janeiro de 2011, o número
das famílias do Caminho em missão para a nova evangelização em 78 países sobe agora para
além de 800, com 3.097 filhos, assim distribuídas nos 5 continentes: 389 na Europa, 189 na
América, 113 na Ásia, 56 na Austrália, 46 na África, 15 no Oriente Médio.
As missio ad gentes
Em 2006, Bento XVI inaugurou essa nova forma de evangelização, enviando as
primeiras sete missio ad gentes. Cada uma dessas missio ad gentes é constituída por um
presbítero, acompanhados por três ou quatro famílias com numerosos filhos, que, a pedido de
um Bispo, recebe o mandato de evangelizar regiões descristianizadas ou pagãs, com a missão,
como diz o Senhor, de fazer presente uma comunidade cristã, em que os irmãos “são
perfeitamente um para que o mundo creia”. João Paulo II, em 1985, durante o VI Simpósio dos
Bispos Europeus, dissera que, para poder responder à secularização da Europa, era necessário
retornar ao “primeiríssimo modelo apostólico”. Assim, essas missio ad gentes, imitando esse
“primeiríssimo modelo”, reúnem-se nas casas, no meio dos não batizados. Após apenas quatro
anos, pode-se constatar que muitos afastados e pagãos, que nunca teriam entrado numa
igreja, aproximam-se dessas comunidades cristãs e começam um itinerário de conversão ou de
volta à Igreja.
Essas comunidades que não partem de um edifício sagrado, mas vivem em meio ao
mundo, constituem um verdadeiro “’pátio dos gentios’, onde os homens possam de alguma
maneira agarrar-se a Deus, sem conhecê-lo...” como preconizou Bento XVI. Um elemento
extraordinário dessa experiência é que o testemunho é vivido por uma inteira família, pais e
filhos. Em 2009, forma enviadas outras 13 missio ad gentes. Com as que foram enviadas em 17
de janeiro de 2011, o número sobe para 34: 24 na Europa, 4 na Ásia, 3 na América, 3 na
Austrália e na Oceania.
Communitates in missionem
No encontro com o Santo Papa Bento XVI na Basílica de S. Pedro, no dia 10 de janeiro
de 2009, em ocasião dos 40 anos do nascimento da primeira comunidade neocatecumenal em
Roma, na paróquia de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento e dos Santos Mártires
Canadenses, Kiko apresentou ao Papa as primeiras 14 comunidades de Roma dispostas a
deixarem sua paróquia, em que haviam concluído seu itinerário neocatecumenal, para sair em
missão, a pedido dos párocos, para regiões periféricas difíceis: bairros humanamente
degradados, com muita violência, droga, famílias destruídas, imigrados recentes..., onde a
Igreja tem dificuldade de entrar e ajudar as pessoas. Isso foi possível porque Roma é a diocese
no mundo em que, graças ao apoio dos Pontífices, o Caminho mais se desenvolveu: é presente
em mais de 100 paróquias, com 500 comunidades. Em algumas dessas paróquias, estão
presentes até vinte ou trinta comunidades: “O Senhor nos mostrou – explica Kiko – a urgência
de ajudar aquelas paróquias que têm uma real necessidade e que nos pedem ajuda”. O Santo
Papa inaugurou essa missão com a entrega do crucifixo aos 14 responsáveis das comunidades.
Kiko, apresentando, essa nova missão, disse: “O Caminho termina com o anúncio do
Evangelho ao mundo inteiro. Uma das maiores novidades é que a comunidade toda sai em
missão. Não apenas alguns irmãos, mas uma inteira comunidade. É uma graça grandíssima, é
uma coisa maravilhosa que deus vos envie em missão, confiando-vos uma missão concreta... É
fantástico poder partir, que o Senhor te entregue uma missão, morrer em missão, envelhecer
em missão. É uma coisa maravilhosa...”.
Também na diocese de Madrid, onde o Caminho está presente em 85 paróquias, com
300 comunidades, começou essa experiência, e o Cardeal Antonio Maria Rouco Varela enviou,
em 2010, as primeiras dez communitates in missionem.
Seminários diocesanos missionários Redemptoris Mater
No dia 26 de agosto de 1986, João Paulo II acolheu com alegria a proposta de Kiko,
Carmen e padre Mário, de instituir em Roma um seminário diocesano missionário para a
formação de presbíteros para a nova evangelização. Encarregou, então, o Cardeal Ugo Poletti,
Vigário de Sua Santidade, para a sua criação. O escopo específico do Seminário, como atesta o
artigo 2 do Estatuto próprio, é o de preparar presbíteros que “serão auxiliados por inteiras
famílias formadas no Caminho neocatecumenal, que estão dispostas a serem enviadas para as
regiões mais secularizadas”.
O Seminário é criado pelo Bispo diocesano e acolhe jovens que redescobriram a
vocação por meio do itinerário neocatecumenal de iniciação cristã. No seminário, a formação
cristã por meio do Caminho neocatecumenal é “um elemento específico e básico do processo
formativo” (art. 18 do Estatuto do Caminho neocatecumenal).
Nos anos seguintes, numerosos Bispos seguiram o exemplo do Santo Papa abrindo
outros seminários, que hoje são 78, assim distribuídos: 37 na Europa, 26 na América, 7 na Ásia,
6 na África, 2 na Austrália.
Desde 1999, ano das primeiras ordenações, até hoje, os presbíteros ordenados nos
Redemptoris Mater são mais de 1.600, e há mais de 2.000 jovens que estão preparando-se
para as Ordens Sagradas.
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