LEhM DE uIVULGAÇ1Q PROGRAMA DE PESCA EXPERIMENTAL DE ATUM COM VARA E SCA V VA MOÇAMBQUE1982 /19B5 Por José D.L. Moreira Rato Instituto de Investigaçao Pesqueiro MAPUTO O Boletim de diviilgaço é urna publicaço dc Instituto de Investigaç.o Pesqueira que tern por objectivo levar ao sector pesqueiro inforrnaç.o que lhe pode ser util. Assim, neste boletim no se publicain apenas resultados dos trabaihos fei- tos no Instituto; publicainse também trabaihos feitos ns empresas ou noutros orgañismo do sector esqÍieiro:, 0. boletim tarnbm divulga artigos baseados em informaço contida na literatura téc nica especializada recebida pelo Departamento de Docunientaço e Informaç.o. Cépias adicioriais desta e outras publicaçes do Instituto de Investigaç.o Pesqueira deverc ser pedidos a: Departamento de Documentaço e Informaço Instituto de Investigaço Pesqueira Caixa Postal 4603 Avda. Nao Tse Tung 387 Naputo - Noçarnbique 74 21 12 Telex: 6497 Peixe mo Telefone Bo1ei.u1ì th Divulgacao N° PROGRAMA. DE PESCA EXPERIMENTAL DE ATtThI CO11 VARA E ISCA 11A 1982/985 TTOCkTBIQUE por JOSi D. MOREI}A RATO to, 1985 PROGRAMA DE PESCA EXPERIMENTAL GE ATUM 00M VARA E ISCA VIVA (POLE AND LINE TUNA FISHING PROGRAMME - CCP/MOZ/006/SWE) MOcAMI3IQUE - 1982/1985 JOSE D. L MOREIRA RATO TEC1JICO DE PESCA - FAO i N D I C S i. INTRODUÇAO i BREVE RESUMO HISTORICO. PERSPECTIVAS ..........., 2 TERMOS DE REFERENCIA 0 PROGRAMA DE PESCA EXPERIMENTAL DE AlUM CON VANA E ISCA VIVA.., 'i A AREA DO PROGRAMA 7 5,1 - O Oceano Indico, Generalidades 7 5.2 - O canai de Moamhique ......,.,, 9 5.3 - Moçambique ..........., li Generalidades ........... n 5.3.2 - Alguns dados sobre as pescas cie Moçamhique 13 5,3.3 - DescriçSo da costa e doc fundos 13 5.3.4 - Meteorologia da costa de Moçambique 18 5.3.1 5.3.4.1 Pressâo Atmosférica 5.3.4.2 - Ciclones 18 19 5,3.4,3 - Ventos ..................................................21 5.3.4.4 - Nebu.Losidade ............................................25 5.3.4.5 - Preciplsaç8c ............................................26 5.3.4.6 - Visibilidade e sevoeira .................................27 5.3,4.7 - Temperatura do er .......................................27 5.3.4.8 - liumidade ,,,.,,,,.,..,.. .............................. 28 5.3.5 - Temperatura de superficie da agua do mar .......................29 5.3.6 - Radiaço solar ................................................... 34 5,3,7 - Po1uiço ........................................................35 EMBARCAÇÖES ..............................................................36 6.1 - Embareaç8es utilizadas na pesua de vare e isca viva .................36 6.2 - O may10 utilizado no Programa .,...............,................... 47 6.2.1 - Caracteri.sbjcas principals 6.2.2 - Electrónica a cosunicaç6es 6.2.3 Frio . 47 . 48 . . - 6.2.4 - Alojamentos 50 6.2.5 - Tinos de isca ................................................50 6.2.6 - Cadeiras de pesca ............................................52 6.2,7 - Chuveiros de pesca ...........................................53 6.3 * Lanchas atuneiras para pesca de aturn corn vara e isca viva 53 A TRIPULAÇ0 58 7.1 58 A tripulaço de urna embarcaçâo de pesca à vara 7.2 - Cotco actua urna tripulaç8o 7.3 59 A trthu1aço do Pedra Badejo' 60 7.3.1 - Tripu1aço no moçambicana 60 7.3.2 - TripulaçEc moçanibicsna 60 0 ATUM 61 8.1 - Generalidades sobre a biologia dos tunideos 61 8.2 - Os tunideos do Oceano Indico 66 6.3 - As principals espécies de tunideos, existentes nas 67 bique 8.3.1 - Auxis thazard (Lacepàde, 1800) 8.3,2 guas de Moçam- Euthynnus affinis (Cantor, 1849) 68 69 8.3.3 - Katsuwonus pelamis (Linnaeus, 1758) 70 8.3.4 - Thunnus alalunga (Bonnaterre, 1788) 72 8,3.5 - Thunnus albacares (Bonnaterra, 1788) 73 8.3.6 - Thunnus obesus (Lowe,1839) 75 ARTES DE PESCA 76 9.1 - Vara de encaixe 76 9.2 - Vara de pena 79 -III- 9.3 - Vera de salto 9.4 - Lìrthademo 82 83 9.5 - Apolo Sa artas d.c pesca 9,6 A operaçâc de pezca METODOLOGIA APLICADA 35 A ACTIVIDADE E OS RESULTADOS DO PROGRAMA DE PESCA EXPERIMENTAL Gm 11.1 - Viegens realizadas 01 11.2 - Resumo de actividade AS ESPECIES CAPTURADAS 102 C0MP0SIÇ.O DAS CAPTURAS 104 AREAS DE PAlOR 000RR1NCIA DE CARDUMES loe PROCESSOS DE 13.1 TEMPERATURAS DE SUPERFICIE' DA AGUA DO MAR 112 REG.ISTOS METEOROLOGIGOS 116 17.1 - Registos durante o periodo de pesca 17.2 17.1.1 - NeDulosidade 116 17,1.2 - Pressâo atmosférica ................... 116 17.1,3 - Vento 116 17.1.4 - Estado do ear 117 Regic...;os dirios ...... .,...,,,...,'..,'.-«', ...... .. 117 17.2.1 - Força do vento 117 17.2.2 - Estado do mar 119 COMPORTAMENTO DOS CARDUMES ..,.. .. 119 .. 18.1 - Comportamento dos cardumes... 119 18.1.1 - Capturas em funçâo da araa .... 121 18,1.2 Capturas em funcâo da época ...., 18.1.3 -. Capturas em furioSo da temperatura de superficie d.a 'agua do rear b 18.1.4 - Capturas c'e furiçêo da época rda temperatura de superficie da Sagua do rear 127 18.1.5 Bezaar ncla doe cazdoaaa 3. borda 18,15.1 Teopo zAdlo dc borda 15.1.5.2 128 ro6nci.a 2e coda cardume P. .. Captura por minuto dc aermanBocia 18,1.6 - Capture por cardume 129 - 18.1.7 - Captura cm func8o da roí;4idode 130 18.1.8 - Perlados de allme.;So I 5() 9 - Capturas em fuopSo da fase da loa 131 i8.1.la -Detec5o de carduces 18.2 131 An1ise doe dadoc. - 18.3 - Amostragem ,,,.... 18.4 - - Estudo de detalbos 18 .4,1 Coatéudo -. 132 137 . 140 - ., etomacaia 160 i8.42 - Determinaç6.o dc coaorlaent.o e pesos 142 18.4.9 - arcaç5o de stun 18.4.4 19, 143 - Deter nc5o do sexo e vo1uc5o das gdnedae... 143 143 A ISCA VIVA - Carecterlsticas da icce 19.2 - Espécies cpturaveis 146 149 19.3 - Condic6es dc ceptura 19.4 - Atracço ç e nonce racf1 dc carduace 19,4.1 - í coe.centraç8o 4e caroumes i 92 - route a noìt ........ , ..... 19.,2 - A deteceSo e coceen trec5o de cardumes durante o dis 19.5 - 153 154 i c6. Epocas de pesca 155 19.6 - Locals de captura 19.6.1 - Baia de Naputo 19.6.2 - Area da Soc Paz 19.6,3 - Area d.tthcbanc 19.6.4 - Area do Bazaruto 19.6.5 - Largo da Beira - i 55 -V-- 19.6.6 - libas do Fogo, Nejovo e Caideira 165 19.6.7 - Area de Angoche 165 Baia de Mocarnbo 166 19.6.8 19.6.9 * Area da liha de Moçambique 168 19.6,10- Area de Nacala 169 19.6.11- Area da Baia de Mamba 171 19.6.12- Area da Baia do Lurio 171 19.6.13- Area da Baia de Pemba 171 19.6.14- Area do Ibo 173 19.6.15- Area do Banco de S. LaTzaro 173 19.7 - As artes de pesca utilizadas ria captura de isca viva 174 19.7.1 - Rede de cerco 174 19.7.2 - Rede de sacada 179 19.7.3 - Rede de arrasto para a praia 181 19.7.4 - Cachocha 184 19.7.5 - A freauncia de uti1izaço e os resultados obtidos corn as diferentes artes ....................................184 19.8 - Manuseamento da isca 187 19.9 - Conservaçâo da isca em cativeiro 190 19.10- Captura da jsca nos tinos 194 19.11- Esforço de pesca em funçâo da isca utilizada 194 19.11.1 - Resultados glohais 194 19.11.2 - Resultados por viagem 195 19.11.3 - Resultados por épocas e zonas de actuaçâo 195 19.12- Aspectos futuros na pesca de isca viva 196 FAD'S - DISPOSITIVOS PARA C0NCENTP.AÇ0 DE CARDUMES ................. 197 20.1 - A uti1izaco clos FAD's ein Moçambiquc .............. 198 20.2 - Objectos flutuantes naturals CONCLUSOES ............................................................ 200 201 BECOMENDAÇIOES .........................................................202 BIBLIOGRAFIA ..........................................................204 - - _c_:.&: L INTRODUÇ1O O particular significado econmico que eonc4titul lioje em dia e em todo o mundo, a exp1oraço clos recursos de tunideos, levou a que o Gover ro da Republica Popular de Moçarnbiquo e mais concretamente a Secretaria de Estado das Pescas, considorasse como importante, o lançarnento de urn programa de pesca experimental, visando a captura 1aqueles recursos em àguas moçarnbl.canas. Einbora interligadas, estasi o presente trabaiho essericialmente dividi do em dues partes; urna tedrica e elaborada na perspectiva de transmitir aos interessados que se dedican ou venharn a dedicar a este tipo de activi dde, as principais questes que no seu todo constituern a problendtica da pesca de atum corn vare e inca viva e outra, que descreve e analisb o que foi o programa de pesca experimenta, realIzado ao longo da conta de Moçam bique. Programa iniciado em Outubro de 1982, a fase experimental prôpriarnen te dita, s teve o seu inicio em Setembro de 1983; numa costa onde pouco se sabia sobre aturn de superficie e sua pesca corn vana e inca viva, os resultados obtidos, embora encorajadores, nc permitern ehogar alude a conclu s6es definitivas, sobre as quest6es iniciairnente colocadas. Para que a captura de atum corn vara e isca viva, possa vir a contí-. tuir urna realidade na panorrnica das pescas moçanibicanas, 4 indispensével o prosseguirnento do trabaiho at agora realizado, trabelbo esse que em no sa opiniflo, devers ser orientado segundo tr8s componentes principals. Por urn lado, a conciusgo de. primeira uriidade sue vai utilizar a técni ca de vera e isca viva, a quai entrará em actividade nurn futuro prximo, ga rantindo a coctinuaço das operaçes de pesca e atrEvés cia quei se ir no adouirindo experiricia e prtica, corno tarnb4m methores e mais profundos conhecirrìentos sobre &pocas e locals; por outro lado a continuaç8o do progra rna de pesca experimental de isca viva e sua oonservaç5o em cativeiro; final mente, a eontinuaçâo do estudo de urn importante conjunto de quest8es, entre as quais destacamos urn cada vez rnaior conhecirnento das condlç6es ambientais e sua correiaço oca a acorrncia de turildeos na costa de Moçarubique. s Ainda e cuna perspectiva futura, h que prosseguir corn experincias sobre a utilizaçSo de FAD's objectos fiutuantes pare concentraçâo de cardumes, que to boris resultados tern dado em outras zonas do gloho Pelo exposto e corn a divulgaço do presente trabaiho, esperamos vir a atingir a finalidade pretendida, isto é, dar urn contributo para o desen volviniento da pesca de atum em aguas de Moçambique. 2. BREVE RESUMO HISTORICO. PERSPECTIVAS Hoje em dia, quando se falo de pesco de atom, existe a tendncia gene ralizada para pensar em termos de grandes, sofisticados, velozes e dispendi osos navios, realizando prolongadas viagens ocenicas, capturando e congelando enormes quantidades de peixe, Na realidade, paises técnica e econmicamente mais evoluidos, foram por raz8es obvias, obrigados a optar por este tipo de flavio, tecnçlogicamen te muito avançado; encontrar atom que torne as pescarias minimamente rentéveis, obriga-os a operar em pesqueiros a que cada vez mais ihes é dificultado ou mesmo vedado o acesso, por parte dos paises costeiros em cujas aguas jurisdicionais aqueles se situam 0 relativamente recente e generalizado alargamento para 200 mulhas ZEE (Zona Economica Exclusiva) das àguas jurisdicionais dos paises costetros, veio alterar de maneira drástica a situaço da industria pesqueira mundial, abrindo novas perspectivas, principalmente aos paises do chamado berceiro mundo, em cujas aguas se situarn os mais importantes pesqueiros de atum. Porém e para estes paises, a adopçâo de avancada tecnologia, nSa cons titui por si soi, garantia de sucesso, principalmente quando a mesma, nêo se coaduna corn a preparaçSo técnica de quem a quer aplicar. Assim, os paises que prefereni caniinhar cautelosa mas realisticamente, no sentido de desenvolver as suas pescarías, scm optarem por soluç8es técnl cas muito avançadas, conseguem obter geralmente resultados mais compensadores, quer em termos de investimento, quer ein termos de preparaçSo dos meus profissionais, o mesmo é dizer, do seu futuro. A pesca de atuni cam vara e isca viva, constituiu e constitui ainda, dessas soluçêes. urna NSa foram e nSa sSo actualmente muitos, os processom empregues pelo ho- mem, para capturar atom, mas dentro de todos eles, parece Ser o anzol, aquele que hd mais tempo é utilizado; a captura de atum cam vara, utilizando isca vi va e chuva artificial, é urna modalidade praticada pelos pescadores japoneses desde o século XVII, processo a que também se dedicam os pescadores da Madei ra e Aç6res, desde tempos imemorveis. As primeiras pescarias de atum, utilizararn a piroga corno embarcaço; a esta, seguirarn-se as pequenas ernbarcaçOes a remos e à vela, até que no século XIX, se começaram a construir e utilizar grandes navios de vela. Hoje em dia e embora a pesca de atom corn vera e isca viva, possa e se- ja realizada em aiguns paises, corn navios ocegnicos de rnédio e grande porte, sâo pequenas embarcaç6es artesanais ou semi-i.ndustriais que utilizando a mes ma técnica daquelos, conseguem realizar e obter resultados econbmicamente mais compensadores. A captura de atum corn vara e isca viva, é urna técnica relativamente sim pies de aprender, garantindo urna expioraçRo dos recursos costeiros, sern neces siclade de recorrer a grandes investimentos, utilizando embarcaç6es pouco sofisticadas e sern tecnologia muito avançada, o que no seu conjunto, nos parece perfeitamente adaptaveJ, às actuais condiç6es moçambicanas. 3. TERMOS DE REFERENCIA Os termos de referência do técnico responsavel pela irnplementaçâo em Mo çambique da pesca de atum corn vara e isca viva, forarn os seguintes: Sob a super'visêo do responsvel do Projecto - GCP/MOZ/OO6ÍSWE, e em co operaçâo corn os elementos do Instituto de Investigaçêo Pesqueira, o técnico seri responsvei por prestar assistência técnica ao pianeamento e impiementaço de um programa de pesca experimental de atum de superficie e de grandes peiigicos, Específicamente, ele dever: - Garantir a assistência técnica à construçâo (preparaçâo) de um barco para a pesca de atum, corn vara e isca viva. - Participar nos estudos preliminares sobre a ocorrência de isca e reco lher e investigar toda a informaço disponivel sobre a ocorrência de tunideos em aguas moçarnbicanas. - Iniciar e levar a cabo as operaç6es de pesca experimental. -.1 Garantir a assistncia técnica e participar na escoiha e preparaçdo das artes de pesca e material auxiliar. - Responsabilizar-se pela implernentaçâo se necessario corn o apoio de urn consultor, de FAD's - objectos flutuantes para concentraço de peixe. - Treinar contrapartes e pescadores na técnica de captura corn vara e isca viva, bem assirn corno na captura da propria isca." 4. 0 PROGRAMA DE PESCA EXPERIMENTAL DE ATUM COM VARA E ISCA VIVA Durante a era colonial, nunca os recursos de peixe - aturn incluido, re ceberam em Moçarnbique a atenço devida, quer por parte do governo, quer por parte dos armadores, os quais preferiam dedicar todo o seu esforço, ao desen volvirnento da pesca de crustceos. No é assim de estranhar, que até ha pouco tempo, fossem desconhecidas as potencialidades das aguas moçambicanas, no que respeita a possibilidades de exloraço dos recursos de tunideos existentes, A partir de 1977, começou o organismo estatal responsvel pela investi gaçgo pesqueira I.I.P., a recolher informaço sobre as vrias componentes que permitissern a avaliaço das possibilidades de exploraçSo dos recursos de atum e similares, em aguas de Moçambique. Neste particular, a recoiha de dados de pesca comercial de long-line realizada por frotas estrangeiras, as observaç6es colhidas durante os cruzei ros de investigaço e os resultados obtidos em programas de pesca experirnental corn long-line tudo isto em aguas da ZEE moçambicana, contribuirarn para que se aceitasse como possivel, o desenvolvirnento da exploraçGo deste recur so pesqueiro. Escolheu-se a técnica de vara e isca viva, como modalidade capaz de permitir nurna primeira fase, a exploraço racional dos recursos de tunide os de superficie, Assirn e englobado no Proj ecto MONAP GCP/MOZ/006/SWE - "Development of Inland and Inshore Fisheries in Mozambique", deu-se inicio em 1982, a um programa de pesca experimental de atum com vera e isca viva, programa esse, inicialinente dividido erri duas fases. -5- Primeira fase: Preparaçâo da ernbarcaçgo que irla servir durante o periodo de pes ca experimental; Locaiizaço de reas de eventual concentraçâo de espécies que vies sem a servir como isca viva; Construçâo e colocaç8o de FADs, tendo como finaiidade a concentra ço, quer de tunideos, quer de isca; Preparaçâo e montagern das artes de pesca a utilizar durante o programa de pesca experimental; Iniciar a fase de formaço teorica da tripuiaçâo moçainbicana, que iria tomar parte no programa de pesca experimenteL O programa da segunda fase, engiobava as operaçôes de pesca experirnen tal de tunideos corn vara e isca viva, ao longo de toda a costa de Moçambique e durante o quai se procederia à formaçâo prtica dos elementos moçambicanos. Por vrias razes, no foi possivel operar de acordo con o inicialmen te programado e ass.im e no que respeita à primeira fase: A preparaç8o da embarcaço que irla servir para o programa de pesca experimental, por raz6es economicas e operacionaL, foi suspensa; em sua substituiço, foi afretado pelo Governo de Moçambique, um flavio de pesca de vara e isca viva, pertencente a urna empresa estatal Caboverdeana, que chegou a Maputo em Agosto de 1983; S foram realizadas algumas experLncias de concentraçâo de isca, na zona da Inhaca, cujos resultados ficaram longe de fornecer indicativos se guros sobre as possihilidades de captura naquela cionado corn isca viva, foi executado durante rea; todo o trabalbo rela- a segunda fase do programa; o) Ernbora os FAD's tivessern sido construidos, a sua coiocaço so se veio a dar na segunda fase do programa; d) A preparaç8o e montagern das artes de pesca, também sá se realizou na segunda face; -6- e) Por dificuldades existentes na se1ecço do pessoal moçambicano, a sua preparaçâo terica efectuou-se conjuntamente corn a formaço prtica, du rente a segunda fase; Durante a prirneira fase, procedeu-se a urna recoiha dos dados existen- tes sobre tunideos em àguas de Moçambique, tendo alguno técnicos do iI.P., colaborado nessa recoiha e na elaboraçâo de cartas de previsâo oceanográfi- ca, determinando as possiveis zonas de major vulnerabilidade à captura de yellowfi.n e gaiado, com artes de superficie. A segunda fase foi integralmente cumprida, conjuntamente con todos os objectivos propostos para a primeira. Finalmente e porque algumas duvidas se poderâo levantar, quanto à necessidade e vantagern de se ter utilizado um flavio corn as caracteristicas do "Fedra Badejo" - flavio oceânico, num programa visando a introduçâo na costa de Moçambique, da pesca de tunideos corn vara e isca viva em moldes artesa- nais, algurnas consideraç6es devero ser feitas. Sc à primeira vista, parece ser o "Pedra Badejo" um flavio que excede as necessidades requeridas, a verdade é que houve que equacionar outras corn ponentes importantes nurn programa deste tipo e que explicaram a escoiha do mesmo, para levar a cabo a fase experimental. A pesca de atum, independentemente da modalidade e do local onde é praticada, apresenta sempre ou quase sempre caracteristicas sazonais. A cos ta de Moçambique nâo foge à regra e se considerarmos a sua enorme extenso - 1430 milhas maritimas - e o tipo de modalidade que se pretendia levar a cabo - pesca experimental e deterrninaço das meThores 'areas de pesca em cada época do ario - falcil é compreender como a utilizaçâo de urna embarcaçâo artesanal inviabilizaria tal finalidade. A utilizaço do "Pedra Badejo' corn o seu grande rajo de acçâo e auto- nomia, conhecidas que sâo as enormes dificuldades log1sbicas nos portos de Moçambique, tornou possivel o que tena sido impossivel realizar corn uma pe quena ernbarcaçBo. 5. A AREA DO PROGRAMA 5.1 0 OCEANO INDICO. GENERALIDADES O Oceano Indico, o niais pequeno dos oceanos mundiais, situa-se a les te das costas de Africa e da Arabia, a sul do continente Asiatico e a oeste da Indonésia e Austriia; corn urna rea aproximada de 75 milhOes de qui-. lrnetros quadradosé influenciado em termos de condiçées oceanogrdficas e meteorologicas, pela sua situaçSo em relaçGo ao coptinente Asiatico, o quai ihe confere particularidades prdprias, quando comparadas corn as dos oceanos Atl0ntico e Pacifico. No hemisférlo norte, esto oceano-Iodico fhado a qualquer tipo de influncia maritirna temperada, resiitando dai urn regime de rnonç8es, caracterizado por urna 4.riverso anual no regime dos ventose da ordern doe l8O. Monço, palavra de origen rabe - mausin - cujo significado é 'esta- çâo', serve corno designaçâo dos ventos persistentes que se fazern sentir corn grande regularidade em certas épocas do ano e em determinadas regiGes do globo e cuja causa principal, parece ser a desigualdade de aquecimerito entre continentes e oceanos. Assim e originada por urna zona d.epressionria multo acentuada, que du- rante o verâo do hemisfério norte se forma na Asia Central, dn-se urna deslo- caçSo de massas de sr provenientes do Pacifico Ocidental e do Oceano Indico (anticiclone ntrado em cerca de 300 S) em direcçâo aquele continente; es- ta é em relaçSo ao hernisfério- sul, a chamada monoSo de SE - Malo a Setembro, caracterizada pela ocorrncia de ventos fortes. Ao contrario, durante o inverno do hernisfério norte, forma-se sobre o continente Asiatjco, u'n asto antibacione, c'm n.m co sequente deslocameoto de massas de arem drecço ao Eqradr, provocando nas baixas latitudes e ainda no hemisfério norte, os charnaos aliseos de NE; a sui do Equador, é a chamada estaço da mònço e NW - Novembro a Março - caracterizada pela ocor rOnda de ventos calmos-e moderados. Entre as duas monçes, decorrem os chamados periodos de transiçEo Abril a Maio e Outubro a Novembro - caracterizados pela ocorrOncia de calmas f re quente s Ç? Este regime particular de circulaçdo atmosférica, influencia de manei ra determinante7 a circulaçOo oceanica de superficie no Oceano Indico, o que e em cada um dos periodos de monço, apresenta aspectos e caracteristicaS di ferentes. Fig.l - Espuema cia ciroulaço atmosférica e da circulaçâo oceanica de superficie no oceano Indico durante o periodo de Abril/Outu Fig.2 - Esquema de circulaçâc atmosférica e da circulaçâo oceânica de superficie no oceano Lndico, durante o periodo de Outubro/Março As principais cori-entes maritimes do oceano Indico, sso: - Corrente sui equatorial (CSE), desiocando-se para oeste e erri que a la titude do bordo norte varia serisiveirnente entre 7°S no Verâo - Novembro/Março e 4°S durante o Inverno Junho a Setembro, corrente essa que ac encontrar a costa africana, se divide em dois ramos distintos; um deles, formando bolsas anticiclrricas no cariai de Moqambique, dá ungern à corrente de Moçambique que se desloca para sul e o outro, que desiocandose para norte, da origern à corrente costei-a ieste-africana - Conti-a-corrente equatorial (CCE), deslocan.do-se para leste, hes defi- nida durante a rnonço de NW, situa-se sensivelmente entre as latitudes 2°S e 7°S; flocte para norte, perdendo intensidade durante o periodo dos museos de SE. - Corrente norte equatorial (ONE), deslocando-se para oeste, a norte de 2°S durante o Verso e fixandose a norte do Equador, - Coi-rente da Somíiìa, costeira durante o Inverno, deslocando-se parte deja nurn e nou-tro sentido, de acordo corn a época do ano; cerca de 3°N e durante o periodo de No vembro a Abril, desloca-se em direcco a sul, invertendo o sentido e deslocan do-se para norte, a partir de Majo, atingindo noses altura a sua major interisidade. 5.2 0 CANAL DE MOÇAM13IQUE O canal de Moçambique fice situado entre a costa de Moçambique e a costa oeste da ilha de Madagascar; o sau limite sul, define-se por urna linha que se estende desde a Ponta do Oui-o - 26 5U5, 320 54'E, até à ponta sul da i- iha de Madagascar; o limite norte, por urna linha que se estende desde a bz do rio Rovuma 10° 28'S, 40° 27'S, passando pela ponta norte da ilba Grunde Comore - 11° 23'S, 43° 23'S e terminando na extremidade norte da i.lha de Madagascar. -10- Fig.3 - O canal de Moçambique Os principals relevos submarinos existentes no canal de Moçanhique, sao; - Banco Almirante Leite (26° 12'S, 35° 03'S), corn urna profundidade minima de 69 metros; - Banco Hall (21° 54'S, 39° 06'S), corn urna profundidade minima de 40 metros; - Baixo da Judia (21° 27'S, 39° 2'E); - Banco de Angoche (16° 11'S, 41° 42'S), corn una profundidade mini ma dc 338 metros; - Banco do Pinda (14° 10'S, 41° 30'S), corn urna profundidade mini- ma de 296 metros; - Banco de S.Lazaro (12° 10'S, 41° 23'S), corn urna profundidade mi- nima de 6,4 metros O canal de Moçambique, que separa Moçambique da ilba de Madagascar, tern urna largura na sua parte mais estreito., de cerca de 400 Kms 53 MOÇAMB 1Q95 53l GENERALIDADES A Reoublica Popular de Moçambique, indeperidente desde 1975, situa--se n.a costa oriental de Africa, entre as latitudes de 10° 20'S e 26° 50'S e tern fronteiras terrestres a norte corn a Tanzgnia, a oeste corn o Malawi, Zirnbabw6, Republíca da Africa do Sul e Suazi1ndia, e a sul corn a Republica da Africa do SuL Corn urna àrea aproximada de 783030 Km2 e urna popuiaçâo estimada em 12, 13 muSSes de habitantes (censo de .1980), possui urna das majores costas mari timas de Africa - cerca de 1430 milhas marítimas de coniprirnento, toda da ba nhada pelo Oceano Indico, Os principais portos ao longo da costa, sAo os de Maputo - capital do pais, Inhambane, Beira - segunda cidade do pais. Queiimane, Angoche, liSa de Moçambique, Nacala e Pernba, API4? k Fig.4 - A Republica Popular de Moçambique Os principals nos de Moçambique, sSo o Rovuma, burlo e Zambeze flâ zona norte, Pungu6, Buzi, Gorongosa e Save na zona centro e desaguando na baia de Sofala e Limpopo, Incomati e Maputo, na zona suL Todos os nos transportam grandes volumes de sedimentos, factor de grande import6ncia na vida subsarina da plataforma continental, 3L ? w Fìg.5 Densidade populacional na costa de Moçambique As amplitudes de maré na costa de Moçambique, sêo das nais altas do con tinente Africano corn valores de riais d.c 6 metros na baia de Sofala. 32° /1 - 1 flo ali 4 / r--- Fig6 - Amplitude de marés na costa de Moçambique -13- 5.3.2 ALGUNS DADOS SOBRE AS PESCAS EM MOÇAMBIQUE Habitualmente, classifica-se o sector pesqueiro rnocambicano em tres for mas de organizaçâo de produço - artesanal, semi-industrial e industrial. Ao conjunto das duas primeiras, oonvencionou-se chamar pesca de pequena escala. Estima-se em 44 mii o numero da pescadores que labutarn no sector artesa nal, utilizando cerca de 18 mil embarcaçes, das quais 80% so almadias ou ca noas, 19% à vela e 1% motorizadas, gerairnente corn urn comprimente nâo superior a 7 metros. A captura total anual registada é da ordern das 18 mil toneladas, embora o valor estimado total se aproxime das 40 mil toneladas, Este tipo de pesca é caracterizado pela simplicidade dos rneios de produç5o que utiliza. A maioria dos pescadores artesanais, dedicam-se tanbérn è agricultura. A pesca semi-industrial, realiza-se normalmente em lreas adjacentes aos principais centros urbanos, utilizando embarcaç8es corn urn comprimento entre 7,5 e 20 metros, corn gelo para conservaçào do pescado e realizando campanhas que poden ir até 10 dias A pesca indOs trial, surglu em Moçambique durante a ultima década do pe- riodo colonial, essencialmente virada para a captura de èPustceos e sórnente a partir da independéncia se iniciou realmente a exploraçêo de outros recursos pesqueiros. A frota é caracterizada por navios corn urn comprimento superiora 20 metros, corn sistemas de congelaçâo ou remrigeraçâo para conservaçâo do es cado; a autonomia pode ir.té 30 dias e a tripullaçào'é normalmente constituida por mais de 15 tripulantes. Em 1983, a captura total realizada pelos sectores industrial e semi-in--dustria]. foi dc 20740 toneladas, das quais 6167 foram de crustdceos. 5.3.3 DESCRIÇAO DA COSTA E DOS FUNDOS A linha da costa moçambicarna, nâo apresenta na sua oria, relevos signifi cativos e pode, no que dix respeito à plataforma continental, ser dividida em quatro zonas distintas; no sec todo, a plataforma continental, entre as batimé trioa.s de 0/200 metros, tern urna area aproximada de 68300 Krn2. -14-- B'ig.7 - Batimetria da costa d 1oçarnbique (metros) l°ZONA - Do rio Rovurna (iOn 28'S) à ponta Namalunga (l5 38's) - A or la maritime é bastante recortada nesta zona e constituida pela sucessBo de praias de areía, bancos de coral e mangal, A plataforma continental é multo estreita, ponteada de coral, corn apenas algunas milhas de largura na sua so na mais larga. A foz dos nos, é na malcría dos casos, rodeada por rochas. Fig.8 - Perfil do fundo em 12° lU'S Entre a foz do rio Rovuma e a baia de Penba, numa extensâo de cerca de 140 milhas, toda a zona costeira é seneada por um grande numero de libas e ilhotas, que na sua glohalidade forman o arquipélago das Quirimbas. De Pemba para o sul e até um pouco a sui da ilha de £4oçambique, existe urn grande numero de balas, das quais podernos destacar as de Pemba, Lune, Memba, Fernäo Veloso, ilha de Moçambique e Mocambo. 2°ZONA - Da ponta de Namalunga (15° 38'S) ao Bazaruto (21° 30'S) - A plataforma continental alarga-se considervelrnente até ao sui da Beira, estreitando--se depois até ao Baza-ruto, zona onde chega a ter menos de 1 milha de largura. Nesta imensa plataforma submarina, sobressal o banco de Sofala, o qual chega a atingir mais de 60 nilhas de largura; a linha de costa, desde Angoche a-o Bazaruto, ten um comprimento de cerca de 465 milhas. -1 6- A oria mantisa é constituida por mangal, entrerneada por praias de areia, as quais se prolongan pelo mar dentro. Os fundos no banco de Sofala, tém a seguinte constituiço: - De Arigoche até à Beira Da licha da costa para fora, o lodo vai -se transformando em areia lodosa, até orna profundidade de 20 metros; con forme a profundidade vai aumentando, o fundo passa de areia, a areia e cas caiho (conchas) e dal até proximo do talude, vai aparecendo coral e rocha, tornando-se o fundo muito acidentado, existindo no entanto algumas äreas com arela. Nesta area e de Angoche até Moe.base, existen a curta disténcia da costa, algunas ilhas de origen coraligena; no seo prolongamento para sul, surgem depois alguns bancos de pouca profundidade e de origen semeiharite. - Da Beira ao Bazaruto - 0 fundo é constituido por grandes areas de coral, entremeadas corn areas relativamente largas de lodo. A preponderricia de coral vai aumentando da costa para o largo e sirnulténeamente, o lo do é gradualmente substituido por areia. 3°ZONA - Do Bazaruto (21° 30'S) ao cabo das Correntes (24° 06'S) A plataforma continental é estreita e serneada de coral. A oria maritima é arenosa e sen mangal. 5e 4 Fig.9 - Perfis do fundo cas latitudes de 24°S e 26°S 4°ZONA Do cabo das Conventos (24° 06'S) à ponta do Ouro (26° Si'S) - Nesta zona, a plaaforrna continental alarga-se considerveimente até lati bude de Maputo, A oria costeira é formada, por anela e de maneira geral é esparcelada. 0 fundo é arenoso e depois lodoso, transformando--se nurna mistu ra de lodo e anela, conforme a profundidade vai aumentando. Para sul de Maputo, a plataforma continental torna-se multo estreita, corn os fundos ponteados de rocha e coral a' Cc-, 5Ø.I4 c4, Ar5 q / 4° 1 ci___ t -V- -, ji Fig.lO - A cosba de Moçambique Ao largo da costa, existen dois bancos conspIcuos, ös quais podero vii- a tornar-se de grande importância, pava o sector pesqueiro moçambicano. A sul o banco Almirante Lei he, conì urna profundidade minima 4e 69 me- tros, situado na posiçâo 26° 12'S / 36° 03'S e a urna clistância de 114 milha da ponta da Inhaca, A norte e ria posìçgo 12° 1O 5/410 23E o banco de S Lazíro, Corn urna profundidade minima de 6,4 metros e a urna dìstRricia de 45 aliSas da lilia do Ïbo. Ao largo da ponta do Pinc1a e a urna dis t;Gncia de cerca de 45 mi ihas da mesma, e na posiçâo 14° lO/41° 3OE , siti.iase ainda um banco, an quel demos a designaço de banco do Pinda, corn urna profundirlade minima da 296 metros, METEOROLOGIA DA COSTA DE MOÇAMBIQUE 5.3.4 5. 3.4. 1 PPESSAO ATMOSFERICA Pela leiiura cia figura 11, pode ficar-se corn urna icicle das médias da presso atmosférica mo longo da coste de Moçambique em dìferen:es faces do ano, Ç5 Fig.1i Posiçées aproximadas das mAdia da preasgo atmosférica e ventor; dominantes na costa de Mopambique. -i - A rci aorte de Moç.anihique influenciada por urns zona tropical de bais:as presuSea situada no coraçSo do continente Africano, a quai se rilove para ul a partir do mSs de Outubro, atingindo a iaitude. de 17°S. rio mSs de Janeiro; esta zona de baisas presaôes, c.omeça em Fevereiro a sua rìes.io cao para norte, aumentando a sue velocidade de deslocacSo derante os re sea de Mar90 e Abril, coni o conseceente aumento da presso atmosférica na zona sul. Na regiSo sui de Mo:ambique baixas pouco cavadas, penetraTi ror yeses no anticic.lone subbropical, provocando \mar.iaç5es no vento e rias condiçSes do tempo, confornie rie. vSo dealocando para norte do te:rritorio. A mdaa das varinç3es diurnas da preas5o atmos:f:érica, riso d.c ordern dos 2 a 3 mnb Urna queds brusca de preasSo, pode signif loar C aproximaçSo de urna de p.ressSo tropicài 5.34.2 CICLONES Emborri raramente atinarn a. cc.sba no canal de Moranihique deprcsr8es t opica.ls poden ocorre.r' entre os meses de Novembro a Abril. Fig. .1.2 - FreqtS'ncia relativa cmii dc ocorréncia do depreasôes que atisgirarn a costa de Mocarnhique (l9ii/i9O) opiçai.s I 'J 'ig ] 3 - Zonas de m.îor vi lnerab:.JJd;: de acço de deç:!reases tre 1;a:L e de teiïiorato do q1-draY) .e sui no cost;.a do .:çorbi.que As de.resses tx picolo nrovos do Oceano ÍndIco e dlecço i ilha de gasear 0 00 ati.ngirei o casal de Mopamb:L qno (:ur'Vo para sul ou aseste; umas loverrise en tfe s .i ih. de Md scar e a c: to Afolasna an t;es do atm a ¿ana sui do Ç'rJrl , , -'--' -.' .,"-,,, p ,i --s ¿ i L4 r \ (i j C) Ç rj i j) O b --,' )N cariai.. dr Moçarnbr que I 3 ru i r M - aLÚifit: 1 orino dc. ))øO !:;oJn ;.r-ar a oui do -todo o aru ofo ca ai 'ooa do I* quo S rr.3a quo en-tre co o-ao cje ; 1-o-br-o o O tala-o ta dO te . Na Zoco. d:Ocáo do \cea to te-n. rtrc-c1;nr-îct:. nao O1O acea-ta cb: Abril a Açooto rd.om:tnear ca venteo do SA a do Ou t.ubro o Fvoreir , vtoa d. A riai ceL do 1w ca dos VOZOn. ceri . noi. I fraco a ieda . acodo quo por l:oac.an a ti.oue:ir a i'ora 7 do eaw-cia do Ilaoutor1. (20/3.i nca (ISlA Ac-. balano ((So j-uct S o wi- paralai anecto O- von to ben-dc oaccac tr.c; e nccr:c tinas, coo to. oprum :calccrmoccto o a ea aa depwdagc.u:-aJ.aen 'to da I.ia.f:ca cc oat o do oacjh) a p.;>zla cct:cir a 'rar ca 4 ou 5 do eoco. a do Beauf oat .1.1/2) n ¿o) d coarte a 'toada c:mdo grod. ante beocia locro ae.to'cc Ac brcncoa reste , aup.corr du.cntn a noi'to c oSa A br..t ea ;'c&r i. t;lma CcÏ'.ÇO cc OOJ.I'cl:r geraijncc r'ce :icon-cc , onoro rca Zarin ner'ït- 'te em .rcg:i ne lecnjcdaa rort.es ccc posc-.aa t:r -oc :C-araac, .c'ce,nti.c'a-nI5c2. ;uo ir fri \, \iJ \ /L I/ / i i . /. .r .1 Jirr,.i',,r ..''r.' -i'. \ i . J' ' ÍT 'L..Jf ./ ii 7 t1.._.. i ,// \ r.. ;ì'"-'i \ r.: L r. / ir i Ir. i' L ir. . r .-' N i. 7 / rC f "r. ir / r1 / iii ...'-' ,»ç'i'k. \j \\ ,V ' ï Er.L- 3)1 r;trj.i:rr.r. j ç1rr:r. r. :rorrr.r. (Ir:) cr;r vr.r.rrt' :írCr.r.IrI:i.;r. r.ï .,ir thr. dr..ir. Arrrpo .çr. (J. Ci3r/i .I'4 VC:). o:i, ç),P rjØ '-CO,A aÒ,2L. 4..'obt1 JC,jrc 46: '.ib 5 3 MCrA t.-JL / 5I t Distr±buiço de frequr;ia d ç icçio, ve1ccïdado e força do VeflO, na 1eira (193.1/64) 24-- 3 MCt' 8.i. c'- 2 / // f ,L. N\\\ j h-'-- H 'o - ._ _. Fig.150 - D.stribuiço da frequricia de dtrecço, velocidade e força do veni;o, oa I1h de Moçarnbique (1931/60) L -25- 5.3.4.4 NEBULOSIDADE Dg-se um significativo aumento de nebulosidade do Inverno para o Verâo, sendo esse aumento mais significativo na zona sui do que na zona norte. Quando presistentemente soprarn ventos em direcçâo à terra, da-se a for rnaçâo de nuvens junto à oria costeira, A nebulosidade média, ronda os 3/8 a 4/8, corn frequerites variaçôes dìri as e sazonais. 7 11 A 'k / N / M A M A O M A 1 3 A 5 ) 2 Fig-16 - Valores médias de nebulosidade - I.Moçamhique (1931/60), Beira (1931/64) e Maputo (1935/64). .3.4. 5 PRBCIPITAÇAO Existen doss esaç6es bes dernarcedes - estac3o das chovas e estaçâo sca; a pri.meira vai de Novembro s Abril e a segunda de Junho a Setembro. O total anual de precipitaç3o an longo da costa, vena sensivelmen e entre 700 s 1500 mm. A zona da Beira, 6 aqucla onde geralmente ocorre abc pluviosidede. Fig. 17 Valores médios de precipitaç5o - Meputo (1935/64), Beira (1931/64) e TIha de Noqambique (1931/60) -27-- 5.3.4.6 VISIBILIDADE E NEVOEIRO Quer o mar, quer a zona costeira de Moçambique, raramente so afecta dos por nevoeiros, embora possam ocorrer periodos de fraca visibilidade menos de 5 milhas, durante os meses de Agosto a Outubro. No Inverno e durante a nolte, formaxn-se por vezes e corn predominancia na zona de estuirios bancos de nevoeiro, os quais geralmente se dissipam, antes do nascer do sol. Durante os periodos de aguaceiros fortes, a visibilidade duzida - menos de 3 multo re- milha, tornando por vezes dificil, o acesso a barras e zonas costeiras. 5.3.4.7 TEMPERATRA DO AR Pela leitura da figura 18, pode ficar-se corn urna ideia, dos valores médios anuais da temperatura do ax', em três locals diferentes da costa mo çambi cana. Na regiâo sul, o Ver8o é geralmente quente e o Inverno moderado, en quanto na regiâo norte, quer o Verso, quer o Inverno, 5g0 sempre quentes. « "S.' 's.'- 3F .44?. M .134 Fig.18 OÑ .1 .4 4M 3 3 O . ¿! p.14 M Valor médlo das temperaturas do ax', mximo e minimo em Maputo (1935/64), Beira (1931/64) e I.Moçambique (1931/60) 5.3.4.8 HUNIDADE Os valores máximos de humidade, ocorrem geralmente ao arnanbecer e ao p6r do sol e os mínimos ao mejo da tarde. As brisas marítimas, que ocorrets eutre o mejo da nianhg e o f im da tarde, mantm a huiiiidade entre 60% e 65%. o I A PoPO 9 - G S 8M I 5 J Ç M ' G' 45 0 Ja' 3 -.-..--- .-. Ç 4.7 4M ¡J 3 U Fig.19 - Valor mddio da humidade, em Naputo (1935/64), Beira (1931/64) e Ilha de Noçambique (1931/60) O -20-- 5,3.5 TEMPERATURA DE SUPERFICIE DA AGUA DOMAR Pela bitura da fig, 20, pode ficar-se corn urna ideía dos valores médias da temperatura de superficie da agua do mar, em quatro fases distintas do ario. 4c I p4 2&..J 2f t - *;m;J' 24-1 E*, Fig,20 - Valores médios de temperatura de superficie da 'agua do ma r As rnximas ocorrem gerairnente erri Fevere.iro e as mínimas em Agosto. Em termos gerais pode dizer-se, que os altos valores médias regis- lados, esto moita dependentes da infbuGncia exercìda pela acçEo da corren te de Noçambique erE 1N FR3F Mp&4 / / 23» 2» 24 ; I ' Fig. 2?A - Carta de :emeeraura de superficie em Seternbro de 1P77 'Dl 44OCL4 2 Fig.21B - Carta de temperatura de superfi.cie em Novembro de 1977 32-- - Fig. 21C - Carta de temperatura de superficie em Fevereiro/Março de 1918 N s'pa. Jrj' Fig. 21D - Carta de temperatura de superficie em Abril/Junho de 1978 -34-- 6 RADIAÇO SOLAR Pela leìtura da figura 22, pode ficar-se corn urna idela doe valores ios dirios de radiaço solar ria docta de Moçambique, em duas fases dis has do ano. F r Fig.22 - Radiaçâo solar na costa de Mopambique 5.3.7 POLUIÇAO Ao longo do periodo do programa de pesca experimental, ngo foras de techados indicios de poluiçâo, que pudessem afectar de algum modo, o tipo de actividade em causa; no entanto, a turvaço causada pelas descargas dom nos - aluviâo, dificuitou ou impossibilitou mesmo em alguns locais, a cap tuna de isca viva. o o o A AÇ.ç X ..,, cí. o 40 Fig.23 - Poluentes 2 ao longo da costa de Moçambique 6. 6.1 ENBABCAÇOES EMBARCAÇOES UTILIZADAS NA PESCA DE '/ARA C ISCA VIVA Independertt.e das diTtensSes, qusiquer ernharcaçSo que se dedique pes ca de aturn corn vera e june viva, ceje ele oceSnica, saje ola artesanal, te r de pos SUJ r d.e terminadas caracteristicas comuns. Ascia e tOdas eles devero: - Possuir urna potencia de mquina propulsora, adequada às condiç3es de pesca de aum; Boas conciiqCes para conservaçSo do pescado; Tinos para isea viva, corn capacidade de transporte da major quanti dade possivel da mesma, em funçCo doe dias de pesca; Chuveiros de pesca Anchoando corn mais de LeIbe, cada unir doctas caracteris tices, ternos: Mapuina propulsora -- O aturn, peLxe que sedesloca normalmente a grande velocidade, exige cas embarcaços que se dedicani à sua captura, urna velocidade tal, que a sue pe.rseguiçéo possa ter urn minimo de probabilidades de 6xito. A maquino principal, deverd possuir urna potencia, que permita embarcaçâo, urna velocidade de cruzeiro, nào inferior a B ns, Conserveçêc do pescado Das embarcaç6es de pesca à rara, a conser yacEn do pescado pode ser folta, utilizando diversos procescos; desde a con gelaçâo em salmoura, o quel permite a rnanipulaçâo diria de grandes quanti-' dades de peixe, até è conservacêo em gelo; o processo a escolher, dependera nEo sc das dimensOes da embarcaçêo, como tembérn da autonomia e duraçêo cia.s viagens a efectuar. -37- No :iremos entrar na descriç&o dos vrrios processos, no sistema de corigelacgo por salmoura, ser sd Porque o descrito quando abordarmos o tema "Pedra Padejo", mas tambda porque na pesca de atum corn vara, ingo é habitu- al utilizar processes multo diversificados. Porérn e porque por urn lado j que, corn a tivérnos urna ma experirìcia em Moçambi- coriservaâo do peixe ein bgua do mar refrigerada, e porque por outro lado, ser a conservaçgo por gelo, a utilizada na prímeira embarca- ço noçainbicana de pesca de stun coin vara, ser sobre estes dois sistemas, que algo mais adían taremos. A corìservaço por refri.geraçao em 'agua do mar, é um processo prtico, corn a desvantagem de produzir um produto de Inferior qualidade, jEi que o balanço da ernbarcaço, coin o consequente choque do peixe - volurnoso no caso do atum - contra as serpentinas e paredes dos por8es, lhes provoca a perda da pele e quebraduras, pri:ocipalrnente na regiâo caudal. Este proces- so, foi encalado durante a quarta viagem do programa de pesca experimental; durante essa \rlegem apanhou o navio multo mau tempo e o peixe descarragado apresantava o aspecto anteriormente descrito, corn a consequente dificuldade de cornercializaço. Tende em conta as condiç6es de tempo e mar na costa de Moçambique, ngo é por isso aconelhvei a utílizaço do processo de conservaço por re frigeraço em gua do mar, em futuras embarcaç6es que se venham a dedicar a esta modaliciade de pesca. Finalmente e no que respeita conservaçgo por gelo, pode dizer-se ser este urn doc meihores netos de refrigeraço do peixe a bordo das embarcaq6es de pesca, sobretodo se o mesmo for produzido ein forma de escamas ou palbetas. Mas para que possa haver urna boa conservaçâo do peixe por gelo, é es sencial qua a manipulasgo e arniazenagern do mesmo, seja feita a bordo, mas melhores condíçges possiveis, pois so assim, estado de frescura, no momento d.a descarga. pode aquele apresentar urn born O gelo, deve no so assegurar o arrefecimento do peixe, mas tambérn das estruturas onde r,rtesflo é armazenado - paredes dos oor3es, panas, etc para alérn disso, ten o gelo um papel importantIssImo, no que diz respeio à absorçâo do calor proveniente do ar exterior e da bgua do mar. Tambérn e para que a conservaç5o possa ser eficaz, é ensencial asse- gurar a exist5ncia de boas condiçes higiénicas; os pores e panas, deverâo ser bern limpos e desinfectados antes do inicio de cada viagem e nunca deve ser utilizado gelo da ultima viagern, mesmo que este apresente horn as pecto Os porâes utilizados oeste tipo de conservaço, deverâo ser fechados e isolados térmicamente e para facilibar a limpeza e escoarnernto de liqui- dos residuals, devero ter as arestas e éngulos arredondados; os por6es de verso possuir urna caixa de esgoto, localizada de tal modo, que permita a re cepçâo e posterior escoamento dos j referidos liquides residuals, utilizan do para isso, urna bomba de esgoto elécbrica, à qual e como albernativa, se deve juntar urna bomba de esgoto manual. Corn a finalidade de evitar o esmagamenbo do peixe, principalmente o das carnadas inferiores, deveri o porflo ser compartimentado e dividido a melo, de bombordo a estihordo, corn panas sobrepostas e desrnontveis e dividido ho rizontalmente corn paneiros novais; o numero de compartimenbos varia corn a dimenso do po.ro, O gelo a embarcar, dever ser distribuido pelo oro, de rnaneira a as segurar urna estiva perfeita. Durante o processo de esbiva do peixe, deve o fundo do poro ser cober to por urna carnada de gelo de 10 a iS cm - tomando em consideraço a tempera- tura média da gua do mar em Moçarnbique, seri preferivel utilizar os 15 Cn. A figura 2', nos tra-nos corno deve ser fe ita a estiva no porâo. A firn de diminuir as perdas de calor através do costado e do convés, d ve ser o peixe separado daqueles, por urna carnada de gelo, corn a espessura de 15 cm. -39-.. ,- -. t. ,\ ---- - . - > .-. ;'I"-.. -. ' ->: --Ç' ,. '- -' ,-, f- -.m--; ---.: - _\ . ', --.-.- e --' ,-. A. -4. - -,.,--.-.,. 4UZr s A- - , -- Fig24 - Estiva no por8o de peixe Quanto à r'elaçâo gelo/peixe, algo hai que ser tornado em consideraço. Teoricamente, para urna quantidade de peixe de 1Kg, à temperatura de 30°C - condiçàes moçambicanas, considerando o calor especifico do pelze igual a 0,9 Kcal/Kg °C, para baixar a temperature dc 30°C a 0°C, serian necessarios; 1Kg x 30°.00 x 0,9 Kcal/K'C = 27 Kcal Absorvencic o gelo ers fusâo urn valor de 80 Kca]/Kg, o peso de gelo meces sairlo para arrefecer o peixe seria assim: 27/80 = 0,338 Kgs Considerando ainda as absorç6es de calor dos espapos e materiais onde o peixe é estivado e as carnadas suplementares a utilizar, na praitica e para as condiç8es moçambicanas, a relaç&o geLo/peixe, devera ser dc 1/1, isto é, por cada quilo de peixe a estivar, deverai ser utilizado urn quilo de gelo. 0 processo de estiva pode ser melhorado, se se diminuir a espessura das carnadas, evitando o perigo de esmagamento -40- Tomando como coeficiente de estiva um valor de 0,5 torìÍm3, diremos que para um porflo de 40 m3, se deverâo levar 20 toneladas de gelo, para estivar 20 toneladas de peixe. Airida e para rnelhorar as condices de conservaç.o do peixe, deve este ser esviscerado, antes de entrar rie porflo, devondo ser posteriormente colo- cado de forma a evitar a entrada de 'agua na cavidade abdominal. e) Tinos dc isca A isca viva, constitui por si s, o mais importante factor da pesca do atum corn vara, o jé que da sua existencia ou falta, depende xito ou fracasso cia pescaria. Para além da sua localizaç&o e captura, as- pecto importante que trataremos posteriormente, a sua cortservaçâo a bordo, de ve constituir una das principals preccupaçes do utilizador do mesmo. Seri dos tinos de isca. também chamados viveiros, locals em que a isca vai ser conservada viva a bordo, o aunto a que dedicaremos as prodmas linhas. O desenho, construcgo e capacidade dos timos, dependem fundamentalmente do tamanho da embarcaço e da sua autonomia e em termos gerais podem ser classificadas em trés tipos; - Compartimentos corn circulaçéo natural; - Tinos integrados na estrutuc'a da embarcaçêo; Tinos instalados acima ou abaixo do convés, independentes da estrutura cia embarcaçâo. Os compartimentos corn circulaç.o natural de igua do mar, é um processo utilizado em pequenas ernbarcaçôes artesanais de vela ou mesmo motorizadas a isca é conservada viva em compartimentos existentes no fundo da ernbarcaço (fig.25) e estes fasern parte integrante da mesma, isolados e possuindo orif i clos no casco, dei.xando entrar e sair a 'agua do mar. naturalmente. Os tinos integrados na estrutura da emharcaço ou instalados acima ou abaixo do convés, so utilizados em grandes ou pequenas embarcaç8es e possucia um sistema de circulaçêo dc gua do mar assegurado por urna ou mais born bas, possibilitando a sobrevivéncia da. lace dentro daqueles. -'11- a. ca4. d Zc 'I Fig.25 - Embarcaço corn compartimento de circulaço natural Os tinos de isca podem Ser construidos em aço inoxidvel, liga de alu minlo, ferro soldado, madeira, contrapiacado maritino ou em fibra sintética. E' a madeira entre todos os materials mencionados, a soluço menos dis- pendiosa, apresentando no entonto alguns inconvenientes; entre eles, podemos mencionar o excessivo Deso corn que ficam, a dificuldade de limpeza e a permea bilidade ao fin de algurn tempo de utilizaçâo. A construqo dos tinos em fibra sintética, é urna soluçao a tomar em consideraâo em Moçarnbique, dadas as facilidades que existen na manufactura deste tipo de material. A fin de reduzir tanto quanto possivel o balanço dentro dos tirios, factor que dirninui fortemente as condiçes de sobrevivncia da isca, deve evitar-se a colocaç&o daqueles em cima do convés, devendo a sua localzaçp situar-se dentro do casco e tanto quanto possivel no eixo do balanço da embarcaço; es ta soluço, rrielhora ainda as condiç6es de estabilidade da embarcaço. Tambérn o scu formato é importante, devendo tender tanto quanto possivel para urna forma cubica, isto é, igualdade em todas as dirnenses, corn gulos e arestas arredondados, a fim de facilitar a limpeza e diminuir o ris co de traumatizaço da isca. Considera-se que a capacidade minima de um tino, nâo deve ser inferior a 3m3. A circulaço no tino, depende da sua capacidade e a renovaço da gua é inversamente proporcionaL àquela; quanto menor é a capacidade do tino, major sera a necessidade de renovaço. No existe urna regra fixa para determinar o caudal de renovaç&o, mas pessoalmente ternos adoptado cono principio, os valores dados pelo grafico da figura 26. -42- 4 ç -. ¿ç i Fig26 - Gráfico para determinaço cia renovaç.Oo da gua, num tino de isca (volume máximo - 45 03) Pelo grfico podemos ver que para um tino corn 1,5 rn3 de capacidade, o numero de renovaçôes/hora seria 10, para LO rn3/ 9,5 veces, para 25 rn3/ 8,5 vezes, para '10 m3/ S vezes, para 45 m3/ 4 veces. .., Fig.27 - Tino de lacs A 'agua de circulaçâo do tino, deve facer a sua entrada através de um tubo perfurado e fechado numa das extremidades, colocado no fundo e na face oposta ao tubo de salda da mesma bgua; os furos devem ser faltos, de mo do que a 'agua caja no sentido do fundo do tino; a sus salda sera felts pela parte superior, através de urna greiha, colocada na face 'posta, possum do urn colector exterior, ocupando tr8s das qustro faces da boca do tirio. O tubo de salda da 'agua de circulac8o, dever vers ter um diimetro ser colocado muras braçola, e de minimo, duplo do do tubo de entrado. A perfuraqo do tubo de entrada da ligua cia cìrcu1aço, deve ocx' tat, eue evite a borhu.lhagem, fac tor important.o para a sohrevlvncia. da loca, pois a exìstPncie de boLbas do or dentro do tino, as introduzirem-se nao hrnquias e escamas daquela, provocani a sua norte a curto preso, A gr-elba dever ser coLocada na brapoLa, em pasiçío elevada, devendo eque la ser' suficaentomentn alta, para que nela exista sempre 'agua, mesmo quando a embarcaço fice oujeita a forte balança; se assirn nAo acontecer, a hoìha do or formada pelo batanço, ir entrar dentro das tinos, provocando grande turbulln- cia dentro dos mesmos, coni a consequente traumatizaçAo da isca. A Fig.2P - ilraçoÏas A - Pavia direito 13 - Pavia incLinado, brapola alta, a agua nAo passa abaixo de a C - Navio mci loado, hraço La baixa., sa abaixo de a) a 'agua pas A circuiaçAo devera ser garantida por um sistema de bombas, permitmndo em caso de avaria de uma deles, que as outras mantenbam sempre a circutaqAc dentro do tino. Todas as bombas, devem ser montadas abaixo da Un'ao. de 'agua da embarca çAo e as valvu.Las de odrnissAo, to junto da quilha quaii to possivel e sensiveimen te a mejo do flavio, a ['im de cvi tar a entrada de er nas bombas, durante a ucçAo. Q .it. E ' J J Ç Thir X MØ r' C4QÇ'k ) Fìg, 29- Esquena de um e ireci o de nircuiaç.o paro dois tinos da iseo Por causas que tPis a ver con a separoÇO do iCCO rrbos , devese sempre qua pensive1 or espécias O montar mais de urn tino * mesmo era eniborca çen de pepLIerin porte uminaçìo dos viveiros é de grande imper héncia, ja que possihi i i bra t inca , urna movirnen baçêo or danada impodindo choques, quer en hrn elm, quer contra as antcparas do propri o tirio. A : -45- A ilurninaçâo srt:LficiaJ. dos tinos, devers ser folta corn luz ca; as l8mpadas para ilurniriaçéo eléctri doves ficar colocadas sas anteparas late rais ou no tecto, dentro ou fora destes; se ficares colocadas no interior, s.s l8mpadas serâo instaladas em bolbos à prova de àgua; se ficares fora, ficaro instaladas em bolbos moveis e junto a janelas devidarnente isoladas. Os valores inédios do ilurninaç8o artificial a serein usados em tinos de loca, rondan os 80 W (2 lâmpadas de 40 w) por cada 20 m3 de capacidade. u- Fig.30 - Ilurninacjâo de uni t:ino de isca Finalmente e no que respeita a pintura, o interior dos tinos deve sor pintado corn tintas nâo tóxicas e de cor azul claro, branco ou verde claro. parte exterior dos tirios exposta aos ralos solares, deve ser pintada de cor branca ou cores claras, a fis de evitar tanto quanto possivel a absorçâo de calor, provocada pela radiaçâo solar. c) Chuveiros de pesca Os chuveiros de pesca ou chuva artificial, urn artificio indispens6.vel na pesca de atum coni vara e isca viva. Devem ser montados ou ria parte da frente das cadeiras de pesca ou no caso de estas no existirarn, na borda da embarcaço. A 'gua deve sair por iriumeros orifioos abortos nos tubos, corn sufi ciente presso para chegarem longe da borda; os tubos s6 doyen ser abortos no lado virado para o marS Fig,. 31 Os chuveiros de pesca em actividade 6.2 0 N-WIO U.UILIZALIO NO PBOGB\MA O navio utiiicedo no programa de pesca eperinio.nta1, o 'Pdra .Bade.jo't foi acabado de construir em 1960, ne Ropublica Federal da 4iemanha e destInavese pecco de aturn corn rede de cerco; nl ent;e. incapaz de realizer esce tipo de ooernço, foi transforcado em navt.o de necca vera, octividade a que ce em decUcado desde 1970, 6.2.1 OAHACTER1STI0J PR.INCXBA S Pflateriml de con ;ruçBo Cornpriwento fora o. 'ore - Boca Tone1agem brute Tonelagem liquida - Ma u1nec c:incipai. - Vet cidade dc cruzerc açe - 3E4,7S a 9,32 -- diO, 71. T - 131 90 T - L1E[T dc 1000 NP a 360 r.p.m - 11 ruc ''. :'!- Fig. - u "Fedra. Bade jo" ., ,/ qoando airtcla armado como cercedor 6.2 EJ.EC'IRONTCA E CC)NIi\COES O nzvio (ncortm-;3e - ac3r "ArLAs - Eathr :C a1mnte 3000 '3 Ì1JN0t Sord ATLÍ\S' fZ 80 - Sorda \TLAS îE5E P.22 eo - Piioo utomaicc - Emìsor um: oriocc.op i ])E;CP 33EA.; 13 80 0313130" 7213 Receptor "031313G" E 7213 - 3eceptor 'u3uïo VITE "7211 ( 2182 1c/s DEBEG" $.ailor 7619 T3aaç3or rO' ctGii te JlGJNO" 1$r() Fig. 33 - O "FEDRA 83133J0" em gtrs do iinb1ue Ei2,3 FRÌ:C O nrnvi.e es n: eouipsdo íJ3ROJf» is temr' do Irlo por salmuere. marcs no;n trOs com)resr;3x-es O gas u tilirego (T o rnr?lac). COin urn Pare u.re;nr' ente do pelze o navle orneul soie nor6es, corn um voie me total dc 2t3 m3. rOCaSSO de coneerva io do peine durante a fese dc pesca experimon tal Çoi corn eepç..o da quarts viag-nn, a corngeiaço per salmoura, rndtodu O que resuni it amen te pescamos a deccre\rer; l- O Peine cari turato, recebis anda em cima do ccrcv , urne boa. lava gern corn agua do mar; I i.da a lavegr'rn, o peino era in treduz:Lde nom doe norôms que cori tlnra '-'" do liar r'e igerata rpera Pire O' C onde ce coerrsva per' t r ocr thi PA boras ::' '- A opr 3o mar a O C era re tlrs1s e in troOuz:Lde. orn sua aubsti tui errs erlrocere (210 Si ) a urna tempers nere nie -lt3 C inrelado o peixci na SalinoWna, a înesir.rn era retirada. o o poi xc era 5<re?5dc) e) 5:110 a ecco (01 oq) ntt ac memento de coz' deecarregedo rn OSX'IOdQ d T Cerrt ozc.:pcPc: da cuartC visgem teck o peine oso turato cc apresen toe cnr b roi cent icô05 no moments rie desca.rga 'rrrn por STai ta. de cal, nhro foi ossivel utilizar salmee ra e eseln. f:ci o peinnr ocr rvado rn segua do mar a O"C ; drvld.o so multo j'5 qJe.r'5 mau tempo e 00 eOilcLafltn baln.co do uîVlO o peixe. embers em horn aetado dl: cOfleerraÇAO. apresen tor-se rie momenti) da descarga. neu to partido, esfe e anni pole. dc. ro: cnr, a atencîro que dc::ve ser dads I: eleborao da salmoura. erra comnpenmrricio; nunca o sai drrve sr iutnrsr3uzido directmrncmn to ris 3.- ire dc n'ar, pi; ae1. e so tepeeS. nar-s'a no fundo do porôo, dissolvc-so mini to cS,Lfieiimlrn te, provocando por um indo o w-i tupimen te do ralos e canalizee por outre, unîa meror mii (Ti cuidado no atingir o pori to op timo thr: concnn O rIal ricer ccr dIr.;riulv irin len temen ta, introduzindo-o noms vsci.Lba do ro rk arrito fra, see ercs fl tiros do porgo e aride a. proprie salmoura vai cIrcuS. rondo co.itlnuamtor 0e 62d AL(.)J.AMEN1Ç:S O cavìo tarn al jamen to pare 28 trIpulan tee 1Trt)1o5 - 2 2 CFÌb iIC:e 2 cahirì.ee duplac ¿I 2 a brice para O ::j.oionts i cabIne r,ara tripul tes 625 Ls 4 TINOS 86 ISOlI Para cor carcasSe da ice vivai pescai o flavio urna capacida r j. I r n ¿C r. cje cor - 2 porOoc corn 27 6 mO dc capeo deda cada - 2 porSes corn '.12 0 mO da copac idede cada Os p16cs Corn melor volume poden marc ìr i.ue1acn te mare armee anagern dc aturn. A circula, Po da .gom donar corn um 4db i to dc 50 mO/boreOC CC J C gar-an tide nor bombas dc circ.o].açPo corn' 'ç ap ta0o folta por ua aber turo comum fi a rin r "j aC1çCÌ O manifestamente iosufic Ian ac o ddbi to das bombas dc circuiac;Po ro.dusindo acciai, o acioimì a lace a j.fl ¿reducir nos 'nca - do urn, valor de5l're.ve3. dc' 20 a' 26 iOz/rnO. mOo sa eon'oç,ue: ¡nais 4e jO alS Ka/mO e os nra macmo, onipre em daficlenir'ea car iPas de' b bi'trcbil idade C Oc tinos d.c menor voïurr , caldo longe dir correapondor co que é normal, a 4 ejao I no que die mescal to Os suas formes Os tinos de major volume emboce jC formas maIs aecquadas au que cc odo tcnFn;ir um 'Formato cubìco, tOrn En. qumiquer des tinos a co.oc...cOo das bocas err ta dcen trade. difi coitando 4e a;Leurn modo a coptura do lace no 'tiro. --51- Nos U.nos corn monor volume, no existes serpentinos, o mesmo no acontecendo nos tinos rnsiores, criando problernas de hhitebilìdade da jaca, para al&a de d1fiultar a li.mpeza A entrada de ua de cìrouìaç&o, fez-su debaixo para cIma e otra. vés do. urna entrada tubular corn multiplas orificios E.' -r, -53 6-2.7 CHjVEIp5 O PESCA ohuveiro de pesca, en.noctram-se c<;iozados na carte iartira das n iras de pesca 6-2 rC-tuiS f UNELPAS PAPA PESCA OEJT3i CO VAPA E ISC/ VIVA prsa ci caece epei parece-nos qa aseae nciva6ec podan desde ,j tirar-se. quanto ans tipas de embarcaco a utiliser no uturz Considerando os rositados ObtidoC rente o î'a zone sui da aoete a pesos de tunideos corn vera iro enjalmen- te proceesar-sa am areas a pecanairos, ro tie e-afatados da costs obriando tiiizano do ombarcacôca: do tipo -industrial nom rasoavel raie cJe --no coa».a a arnnc- oo a mr --ncs a.r: -c--t3rr-, nom dicacs de tonico e mar ssa perspectiva. presse-an nos asta1eirn da barcac2o semi-md-trial, ujo inicio da a proparaç.o deum A;sini a CA dado, me prayS pössa vix- a dar--so. no rrejx-c A emharcnçlo - ostrn do tern as sanuintes carease:- is tices: terio.l da ::orru-o -. Conprnarca xore a inra PO1t5l - 3)051 cc enta * madeira - ¿i,53 s - 5. ni 2,30 ni - JÁ2 t Potn.cia da maquinx principal 35(} P Cacidsdo do pox-So da poise -- 'î/ niS Cepacideda dos tinos da isca - 7,9 n3-(2) -3 -% (i) - - Agueda - P/ aS pacida.d de combus-tite3. Panero do tripulantes 0 mE 16/12 AVXPES -54- ( : Fìg. 35 - Esauema dc Esta embarcapélo, ficare'1 TUNA' procesada para na época morta de pesca de atpm, actuar corn outres artes do pescaS Na zona norte e n.a creepectiva de doser o1imento d C C»fl vere e isce viva, parece acoriselh.'rel a ç6es, corn raduzido ralo do aec.o, .j utiiizaço de pesca de tun ideos pequenas ernbarc-, quo a sua actividade incidira prrìoipa1 oo.e Tentaremos assim apreeentar, o que .julgamos dpvan) vir a ser a(s) em barcaco (c6es) tino, pars. a pesca cor beira de atom, corn vare e isca Viva. Dues alternativas deverêo ser consideradas, no que respeita a dimensocs: - Lanoba motorizada corn um comprirn.ento fora a fora que no oltrepasso os lOmobros: - Lancha motorizada corn um comprirnento fora a fora, entre 10 e 15 metros Em ausicuer dam a1tornaivas, a po bncia dc motores a instalar, deve ra garantir e mesmas, urna velacidado minima da ordern doe 8 nôs. Na prirneira dam alternativas, o material de eonstruço moderi mer a fibre de vidro ou a madeira, e na beunda, a madeira;. para a segunda alter nativa, pode admitir-se tarnb&n a cons trucco em fibra de vidro, n o, caso de Noçambaqun var a possuar mo..des para conntrucao de emoarcaçoos s voLte dc 12 mecrom de 000primenlo. No que respeita a 1otaco, a tripu?aço devera rondar os 4 a 6 elementos na primeira da.s a].ternativas e 10 a 14 na. segunda. da -o--- f î:an:.. Z'th alr73, zias ia)OZ' ÇCC' r-- : earcecea proDosta, devera -'ai3 decro r 'CJY no interior do aocQ -.co o oro c d - rìu?. a primirn al ernativa de r ica for' öo p ra í;a r 2 3 dts 5c 7nar. o rr Q.'Ç jflt) - inc talado. . ro da bnrcc.c, r. nc.;ardn da rpulap-.c oi (nao do mau irpa car t.XLQ Q ni3 proimo posivel cLe ncUo, cooc-cia oon k e1 al rrativa a) 9l:nQn Q T- c encialnente p oara roguardo de naterial, oer:Qncca oe ipu1an.ten C1O d: oalaç.o a r-a-- aoi- i-t n--a cL c"-" - o -'ra -. - -eia dc era fa a rc no$.err cc cornu caceen raco, urna nonda e agulna octLCa o) Cana do noor - Povera nftuar-nc o mala rd ponsivci Nela dever licor inocalada e. bcn'oc, do circ;íaccj do timaco lna a puai dovo.ra ficar ins colado no £neri d) Tino oc inca :r do canco e oca ruido oc raido de rofer2ncia, cn fibra d.c vidro. O neu volurno ao d.;orc exceder o 3 nZ3 o a nun, ao1aeaco tants qOfltO pO dcrar cc fe:a -ar'io da bar cco) Purco - O mcrcc dovo nor focoado melado o corn rioentdo: deve posnuir urna. entra do cnxoto con bomba m.anoal f) Epc-pmmcno de nomuda - A cmborcoce dcurord. ficar corn ponibiiidaden do capturar a ccc rdprtn ioca raz.o pela aunt doverc nor omuipada corn on n.cioa aoccactnioo paro. o fnor cc que ros. ocruir no cesmo tenpc cara balnr corn, acaran ali ircnaalncac eldcr.ca - Doveral cor rnontada orna inntalcço eldctrica vei corn poncia nufciennc para cimentar a a hagen acatada, born aa-sim como a rrtica do atrn.cc3o lurnincac de cardunca) Çnuvei.roa dc mosca - A embarcaclo devers ponsuir cauveiros de rosea iaa;aiaöon na borda a 33 F..g.37 - Enbarcaçâo ttpo da crmeira alternativa - Segunda alternatìva a) i ancho - Deve ficar nstaiado h proa da embarcacho, corn acomodaç6es para 10/12 triplantes; o rancho deve ter boa renovaçho de nr, he1ches, nrrnhrios e insta1aço eléctrica. o) Ca cc * .Jaoa por cira da cas no rnorc, devera oossìi dois be1ches, colocados transversalmente Na casa do lerne dever.o ficar intsladas, a apereihagen de comunica ç3es, urna ou duas sondas, iene, agulha macnética corn peniacdpio / rnaquiìa . comando de F . e demas .apareariaoem nue se .3oLgue necessaria. A cooersura d.a casa do 1eme deveri possum volta, reservaroric de agua doce. calva dc- urna pro tecçêo a toda a haterias,baloas pfleumatices e bi- tcu1a da agulica. A casa d.c lerne dever o) Case, do motor ter coa visibilidade ocra o exterior. O motor poder ficar instalado ou por haixc' da casa do lerne, ou ornais h ré possivel. A casa do sotor, devera comportar as bom- bas de circulaco de àgua dos tlnos, os tanques de conhostivel di-'mo e se necessarno, Wfl cequeno grupo gerador. d) Tinos de isca Devcrho ser dois e instalados dentro do casco e cons truidos e ou revestidos interiormente em fibra de vidro. Deverâc ficar colocados tanto quanto possivel a melo navio e o sau volume nâo deiara ser inferior a 3 rn3 cada. e) Porgo Deve Ser fechado, isolacio e compartimentado. Deve possuir caixa de esgoto, corn bomba eThctrìca e bomba manual de esgoto como altet'na tiva I primeira. f') Paio3. - Colocado à popa, riele devero ser instalados tanques de combustivel e serr.ir para arrumaco de material diverso. Equiparnento de conv-s ?is mesmas consideraç6es que forain feitas para a prinleira alternativa, Devera rossuir espaoo paro. a colocaço de urna pequena embarcaçâo auxiliar. Chuveiros de pesca - A mesmas cons ìderaç6es que foram feitas pa- ra a primeira a1ternativa. - Rq----;- - *m' -- Fig.38 - ErnbarcaçeS tipo da segunda alternativa 7. 7.1 A TRIPiL4ÇAC Ei.ARÇACAO DE PESCA A VAA A TRIPULAÇ:AO dE. O numero de enipuluntec de una embaccacâo de pesca à vera, depends es aenci1rnente do sen tam&tho, exitìndo no encanto outros factores que dete' minan esce auantitatiuc Numero dc acomodaç8es thcpon.veis na embarcaçào; buracE,c rd.j da vss,acn; o) Cond±ces econnica:c de cxp$,ormçEo cia, erbarcaço e diaponihilidade de contraoacâo do tri :laritrc; d) Grau de automatizaç.o uc. cm.ìacio. Embora as atribuí ç6ea de cada um dos trpulantes, varie de pal's para pais e de tipo de embarcaço para tipo do ç6es ben determinada existem sempre ocupa para cada um deles. ras suas linhas geraic. nos mais experonca7 ou. .se,ja transnitíremoa o ri:po de actuaço da quai te- as atribuçoes dos princcpas trlpulantes de urna embarcaçâo caboverdear',a do Pesca Capitio - o n'.barcmçâo cara, pao:o existente em ernbarcaç6es ocenicas para além das atrìbuic6ea normais urn oumiquer navío ele tern a responsahilidade de conduzir as acç6eo dc :50E u eacolher os locals de actuaç,o do naxrio quer na pesca de atom pro macto ita quer na pesca de lace viva. ùe.rer posu_r buns corieo,mertos ce occonograf, biolosia e 'v&eo roloa, deer-' cater operor corn apresh-sqer' eieotrcnca de apoio pesca - Necire -' Tern as masoras rnrribuiç6us rio Capito, em embarcaçes cos- teiras de pequeno porte. - Neumre do peoca - Resconsrvei, pela operaco de pesca, no aue respei. ta a loca1izacc visual doc cardumes mocinentaço da ernbarcaço chegada e entrada nos cardumes (oie esta colocado na prEta alta da ernbarcaçâo); é o responsíve1 da. embarcaço auxiliar ocra captura da loca vivar conduzindo as operaçec a bordo da mesma. Con tra nescre - ospqnsavel pela manutençâo da embarcaçâo e tripule de convén, quando esta nâo se encontre em acç2o de pesca; é responsvel pela mreparaçêo do peixe capturado e sua coriservaçâo, participa na operaçâo de pesca. como pescador. * Engodador responsavel durante a operaçâo de pesca, pelo lançamento da inca viva; é responsavel pela ïnanutançEo don tinos e da jaca viva, quando a embarcaço n&o se encontre na pesca. Redeiro E resoorìsavel pela manutençâc e reparaçêo de artes de pes ca para captura de inca vicra; participa na operaçâo de pesca, conio pescador. Pescadores - Participan rias operaçêes de pesca, ou conio pescadores, ou corno auxiliares no convén - reco.Lha da. inca dos tinos, distribuiçâo cia isca e material, Macuirìintas - Tém ris atrihuicâes de qualauer maquinista, a bordo de embarcaçâes de pesca; sâo responsveis pela conduoâo da instalaçâo de Trio e também pela conduç.âo das bombas de oirculaçâo dos tinos de isca. - Cozinbeiros Tém ac. atnihuiçôes inerentes à ocupaçâo. 72 C:(4 1CTUd UNA TRIPULAÇÂO Também e unì relaçâo ao tipo de actuaçâo de um tripuiaçâo de convés nu ma embarcaçâo de vera, durante os periodos de pesquise e captura de aturu, to riamos corno hase, a expeniénc:ca adquirida a bordo de iiavios caboverdeanos. Durante or: perioden de peseuisa, ria ponte fican o Capitâo ou inestre e urn Ponen co lema; na ponte alta, fican o mostre de pesca e pelo menos dois pescadores, tentante localizar visualmente os cardumes de tunideos ou sinais do localixaçâo dos mesmos; no tirio da jaca, faca o engodador, engodando voz do Capltâo ou nostre, ou do mentre de pesca. Durante on periodon de captura, ria monte fice srnerite o Capitâo ou me tre, que manohram a emharceçâo quando necessrio; na ponte alta o mentre de pesca, orion tando e chegada e entrada nos cardumen; à borda a equipe do pasca; no tino da inca, o engodador, erigodando segundo as instruçâes do mentre de pesen; no convén, uni a brén tripulantes, recolbendo a inca don tinos, pro cedendo depois a distribuicâo da mesma, pelos pescadOres que estâo na borda. 7 3 7 3 1 A TR IPU.LA.CO DO 'PDRA EADEJO TRIPtJJ.AÇAO NAC) MOÇAM.E3ICANA Durante o programa de pesca expe:rinent.al, embarcaran a bordo do flavio "Pedra Badejo', os seguin bes elementos n2.o rnoçambicanoc desemponharem as suas p.rcp que pare a1m de :3nçDes, colehoraram Jis formaqo teórica e prti.ca da trioulaço rnocarnb tcai:a.. Coma:r,hlan te i. 1 °do horists 1 2 °IV)o barIsta 1 3Mohorista i Electricis ha - 1 Centramos tre - i Mostre de pesca J. Red.eiro ErJgodador 1 - Cosinhai:ro - 7 L O comando do navio durante as clam pri.melraa v:iagerLs e também na dAd ma sextas esteve enbre oC co técnico de pescas da FAO, responsavel pelo pro gramm de pesca experimon tal Corn excepçAo desse elemento, portuguOs todos on restan Les tinham a nac:toronlidade caho\rerdsa.ns '7, 3.2 TRIPULA.ÇRO MOÇAMBLCANA O numero do tripul an tame mocamb i canos miRo foi cons tan te an longo de ta do o p r grana Mesare - n6 emharceu a part ¡r da nona viagem Motorie has l:;odau as outras corn exsepço da prOne Ira vIrgen em quo so embarcou um em hi.veram dol s embarcados cscadcmas;o sen numero varion en bic 3 e 6. Cozinheiro - L , em bes elementos tiverarn como con traparhes, os seguintes elementos es trangeiros: Mes tre Comandante * Motoristas - Toda a equipa de maquinas caboverdeana Pescadores - Doto foram contrapartes de rnestre de pesca cahoverdeano Urn foi contraparte do contra-mes tre caboverdeano Dols forarn eoretrapart;es do engodador caboverdeabo Um foi contraparte de urn pescador caboverdeano Cozinheiro -- Cozinheiro cahocerdeano Embarcaran durante a noria e décima viagem, dois alunas do Centro de Forrnaçêo Pesa.ueira; durante a prirneira e terceira viagern, um hiélogo do Ins tituto de Investigaço Pesqueira; durante as cjuatro primeiras viagens. urn amostrador do mesmo Instituto; durante a déc:Lnla sexta viagern, o director da 'SULPESCA7, urn técnico de pescas moçambicarja pertericente à UDPPS e um enge nheiro de pescas consultor da FAO. Embora se tivessem desenvolvido estorços no sentido de contratar um elemento rnoçarnbicarto para contraparte do redeiro cahoverdeano, isso néc foi posa ive 3. Em termos gerate e corn aigurnas excepçôec, pode direr-se que toda a equlpe rnooanhìc ..ria embarcada, se adapteu ao tipo d.c pesca que se teritou intro ciuzir em guas moçamnbicanas, embora o sou grau de aproveitarnento nêo tivesse sido similar; Douve três elementos de convés ame forarn desembarcados e substituidos. Na globalidade, pode direr-me que a tripulaçêo mogambicana, adquinu os conhecimentos mínimos exig:Lveis para poder equipar e conduzir no tutu ro urna emnbarcaçéo de pesca corn vara e Loca viva 8, é. 1 C) ATUM GENERAL1:DADES SOBRE A BIOLOGIA DOS TUNIDEOS Familia - Scornhridae Sub fanti la -- Scombrinne Tribe - Thurirmini -62Géneros - Thunnus Katsuwonus LI thynnus AUXIS Seja quai for a arte utilizada a pesca comercial de atum, exige do quem a pratica e é responsável pela sua conduçáo, um corthecirnento básico minimo so bre a biologia do mesmo e consequente correlrncáo corn as condies ambientais que ocorrem ou possam vin a ocorrer' em cada urna das áreas onde se pretende rea lizar a eus pesca. Em termos geraìs pode dizer-se que a ocorréricia de tunideos ao longo dos grandes espaços oceánicos, está dependente de urna intima interligaçáo entre as suas necessidades de alirnentaçáo e procriaçáo e as suas li,nitaçes térmicas e oxigénicas; sondo extraordinariarrante elevadas as suas necessidades metabólicas, tambérn elevadas oäo as suas necessidades de aiirnentaçbo e oxigénio. sondo a densidade do sou corpo superior à da água do mar, necessitam os tunideos d me deslocarem nex'manentemente, a f im de poderes manter a sua posiçáo na coluna de égua e consequenternente nEo afundamento na sesma, fac tor directamente relacionado corn as já mencionadas necessidades. Para além disse, de oxigénio, varia porém de espáci.e para espécie e dentro de cada espécie, corn o tamanho e estado de desenvolvimento; por ramées que tm a ver corn a sua morfologia e fisiologia - desenvoivirnento da bexiga natatória, a quai é práticarnonte inexistente nos juvenis e desenvolvimonto de determinadas barbatanas, a velocidade e necessidade de deslocaçEo é substancialmente melon nos juvenis do que nos adultos; esta regra corérn, nEo se aplica à espécie gaia do (Katsuwonus polemic), a quai nEo possuindo bexiga natatória, v.-se na noces sidade de aumentar a sua velocidade do deslocaçào, conforme vai crescendo. A necessidade Existern porém determinadas fases - periodos do devosa e aiimentaçEo, em que a necessidade de desiocaçáo dos exemplares adultos aumenta considerávelmen te, aumentando corisequenteniente o consumo de oxigénio e ai. ou ericontram éguas que atisfaçarn cesas mesmas necessidadee, ou corrern o risco de nEo conseguirem sobreviven. -63- Para além da necessidade de deslocaço, outro factor ex. ca o aumento do indice de respiraçâo dos tunideos e consequente aumen consumo de oxigénio; trata-se da temperatura da 'agua em que os mesmos se deslocam. Sendo a temperatura do seu corpo superior à da 'agua do mar, resol vem os tunideos essa dependência utilizando a sua pr'pria capacidade termo -reguladora. Os quatro géneros dos Thunni.ni, so os unicos entre os peixes ¿sseos, que possuem tal capacidade, podendo o seu sangue ser desviado directamente para a pele ou ao longo das vertebras, possibilitando a coriservaço ou alte raço da sua propria temperatura, conforme as necessidades. A amplitude da temperatura da 'agua do mar onde preferericialmente habi tam, é relativamente reduzida, venendo a mesma de espécie para espécie e dentro de cada espécie, corn o tcsnartho; deslocaçôes prolongadas fora desses limites, pode provocar-ihes a ¡norbe. A capacidade termo-reguladora dos juvenis é porérn limitada, estando por essa razo mais sujeitos às condiçôes de temperatura, o mesmo dizer, que a fronteira inferior da temperatura preferencial de cada espécie, ests directamente relacionada corn o tanianho. Os chamados tunideos tropicale - yellowfiri (Thunnus alhcares) e gaia iamis), no tm limites superiores de temperatura, desde que encontrem as adequadas condiç8es de oxigénlo; ao conrrio, o voador e o patudo (Thunnus obesus), parecem ser sensiveisàs al tas temperaturas tropiceis, facto que em principio pode ser comprovado, quando se tome em consideraço a correlaçao entre a sua ocorrência e captu- do (Katsuwonus ra por artes de superficie e as temperaturas da "agua, em que os mesmas ocor rem ou verifican. Em resumo, pode assis dizer-se, que nenhunì tunideo pode tolerar thcu sees prolongadas em 'aguas corn condiçôes de temperatura e oxigêni.o, thferiores 'aquelas que pode suportar, estando o periodo de duraçêo dessas incurses, dependente da sua actividade e tamanho. -64- Fig.39 - Amplitude de temperaturas preferenciais das diversas espécies de tunideos, que ocorrem em 'aguas de Moçambioue Limitag6es ao oxigénio - pequenos peixes (50 a 75 cm de comprimento) 10 minutos de tolerância: 2,5 ou 3,0 mi/L Yellowfin 1,5 a 2,5 milL Patudo - 0,5 a 1,0 ml/L Voador * 1,7 a 1,4 rnl/L Gaiado - As zonas corn rnaiores probabilidades de ocorrêricia e concentraçâo de cardumes de grandes pelágicos, estâo gerairnente asscciadas à interligaço entre os factores temperatura e oxig5n io e outros factores oceanograficos (dinrnicos), criadores de zonas de alta produtividade e por isso, ricas em alimentacâo. Entre est;es feno'menos podemos destacarr - Circulaogo de massas de agua à superficie - Movirnentos verticals de massas de 'agua - Fencmenos do upwelìing Em termos simples, tentaremos dar urna idela sobre a interligaçao de dos estes fenámenos. agua A circulaçâo de massas de a superficie (fig1), provoca movimentos verticais da coluna de igua, geralmente de dois tipos: - Movimerrtos ascendentes de iguas profundas, frias e ricas em substân cias rnineraìs e nutritivas, as quais e ao chegarem à superficie, provocam por sua vez, urna divergência cesta; estes movimentos poden ocorrer mas fron teiras entre duas correntes contra'rias, como por exemplo a 'area que separa a corrente sul-equatorial da contra-corrente equatorial, ou airida e junto a 'areas costeiras, seren provocados por fenomenos de "upweliing", os quais têm a sua ungern na acçâo de ventos de direcçrâo constante, soprando sobre urna de terminada 'area. -65 Movinientos descendentes, que ocorrem rias fronteiras de duas correntes de superficie convergentes corno por exemplo a Area de encontro entre a contra-corrente equatorial e a corrente norte-equatorial, ou ainda em áreas cos teiras, onde urna corrente oceánica encontre a costa. Fig4O - Esquema dos movimentos verticals de massas de Agua e sua r-ela C - convergância, t) - divorgências, T termoclina, A - área de concentraçáo de tunideos, - peque çáo corn a produçAo; nos pelágicos e particulas nutritivas, .;--- sais nutritivos e fitoplâncton. E rias áreas de rnovimentos ascendentes, lete é, áreas de divergência, que a partir das jé referidas substAncias miner-ais e nutritivas, se inician os pro deseos de produtividade; corn a intensificaçáo dos mesmos e acompanhando o movi mento das Aguas das áreas de divergéncia para as de convergEncia, é flac inedia çées destas últimas, que se encoritram as condiçées mais propricias à concentra çAo de tunideos. corn o aparecimento de partículas nutritivas e pequemos pelági cos, estes últimos de particular importAncia na alimentaçáo daqueles (fig..40) Por outro lado e na zona intertropical, o forte aquec:inlento solar, provo ca a estratificac:Ao des Aguas oceánicas em dues camadas; urna superficial e quen te, e outra abniixo desta, mais fria. Em termos genéricos, pode d.izer-se que a temperatura da Agua do mar a par tir da superficie, vai descendo multo lentamente, conforme vai aumentando a pro fundidade; em determinado ponto e muni curto espace de veriaçáo de profundidado, dé-se urne diminuiçSo brusca de temperatura, para a seguir,, voltar a mesma a dl-mirruir lenta e regularmente, conforme a profundidacle vai aumentando. A desconti. nuidacle trrnica marcada pela descida brusca de temperatura e -66- separando as duas j referidas carnadas, df-se o nome de terrnoclina; nun mes mo local, a profundidade a que se pode encontrar a termoclinia, por influncia de diversos factores, varia de época para época. A termoclina situa-se perto da superficie em 'areas de divergência, podendo mesmo ser inexistente, se urn processo de arrefecirnento interno ocorrer nessas 'areas; a termoclina situa-se a majores profundidades, em 'areas de convergência. O comportamento das diversas espécies de tunideos, pode ser supratermoclinal ou infratermoclinal, conforme se encontram a profundidades menores ou majores às da terrnoclina. Existe assirn um compromisse entre as condiçées de ccncentraçâo de tunideos e a profundidade a que se encontra a termoclina, compromisso esse es pecialmente importante na pesca de cerco, mas an quai se deve dar a atençêo necessria quando se pretende localizar atom numa determinada area, jd que de acordo corn as temperaturas preferenclais e comportamento de cada urna das espéciem face à termoclina, se pode concluir das possihilidades de ocorréncia dos mesmos, niessas 'areas, Finalmente, é a salinidade, parérnetro importante na ocorréncia de tunideos; pode clizer-se que valores de salinidade, acima de 33%, sâo aqueles que em principio e para as principais espécies, mais probabilidades t.êrn, de estar associados à ocorréncia dom mesmos. 8.2 03 TUNIDEOS NO OCEANO INDICO Até à data, a principal arte utilizada no oceano Indico sui, petra cap turc de tunideos, tern sido a pesca corn long-iirre razê.o pela qual, existen ainda poucos dados relatìvos a tunideos de superficie. Tern-se observado ries oceanos Atiântico e Pacifico, que a periferia ou fronteiras das zonas de major produtividade ria pesca de long-line, sâo eque-las onde, e para as mesmas espécies, se conseguem meThores resultados corn as artes de superficie. -67--- Nesta base e tornando como principio, que quando no existem dodos dispo nivelo para urna determinada area, se pode, embora corn reservas, elaborar and- lises por sirnilaridade, o Prof. G. Sharp, procedeu a comparaçôes entre o que se passa em determinadas regiôes do oceano Pacifico - similares a deteraina das regi6es do oceano Indico sul e elahorou. para este, um estudo das 'areas a que denorninou reas favorveis à captura de aturn corn artes de superficie". Em termos muito genéricos, o método aplicado pelo Prof. Sharp, para de limitar as referidas 'areas, tomou como base, o limite inferior das condiç6es térmicas e oxigénicas, para cada urna de quatro espécies distintas de stun - gaisdo (K.pelamis), yeilowfin (T.albacares), patudo (T.obesus) e voador (T. a1aiuna). Considerando que a analise desta método ficaria fora dos propsitos des te trabaiho aconseihamos àqueles que pretendarn aprofundar o assunto, a leitu ra da publicaço "Areas of potentially successful exploitation of tunas in the indian ocean with eniphasic on surface methods' Gary D. Shsrp. Dentro deste assunto e especialmente relacionado corn Moçambique, aconse- lhamos Igualmente, a leitura da pubiicaçâo "Circulation system and areas of po tential successful tuna fishing with surface methods" - Antonio J, Silva. f3,3 AS PRINCIPAlS sspsc:uîs pg TUNIDEOS, EXISTENTES NAP AGUAS DE MOÇAMBIQIJE Antes de entrarnos propriamente na descriçSo das diferentes espécies de tufi deos, apresentomos um desenho de um aturn, corn alguns termos que iremos utilizar. Fig. 41 - Silhueta de urn atum