ECONOMIA & MERCADO
1
Programa
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•
•
•
•
•
Introdução à Economia
Sistemas Econômicos
Funcionamento do Mercado
Teoria da Produção
Teoria dos Custos
Noções de Macroeconomia
Balanço de Pagamentos
Taxas de Câmbio
Economia Brasileira Contemporânea
2
Economia
 A Ciência Econômica tem como objetivo estudar a forma
como os homens decidem empregar recursos produtivos
escassos, que podem ter aplicações alternativas, para
produzir diversas mercadorias, ao longo do tempo, distribuílas para consumo, agora e no futuro, por pessoas e grupos da
sociedade. (Paul Samuelson, 1972)
 Em síntese: a Economia é o estudo da forma pela qual a
sociedade administra seus recursos escassos. Na maioria
das sociedades os recursos não são alocados por um único
planejador central, mas pela ação combinada de milhões de
famílias, empresas e governos.
3
A Economia, como outros campos da ciência, é estudada
em vários níveis, dividindo-se em dois ramos principais:
a Microeconomia e a Macroeconomia.
A Microeconomia trata do comportamento das unidades econômicas
individuais, como trabalhadores, famílias, investidores, proprietários
de terras, empresas e quaisquer indivíduos ou entidades que
desempenhem um papel no funcionamento de nossa economia. A
Microeconomia explica como e porque essas unidades econômicas
tomam decisões, e de que maneira interagem em mercados
específicos.
A Macroeconomia trata do comportamento da economia como um
todo. Trata da produção total de bens e serviços, do crescimento do
produto, das taxas de inflação e do desemprego, do balanço de
pagamentos, das taxas de câmbio, do orçamento do governo e das
taxas de juros. Em síntese, a Macroeconomia lida com as principais
variáveis econômicas e com os problemas do dia-a-dia.
4
Modelos em Economia
Economia se utiliza de modelos para
apreender o funcionamento do mundo (e das
sociedades). Esses modelos econômicos
são compostos por diagramas e equações, e
não tem a pretensão de incluir todos os
aspectos da realidade econômica. Eles
permitem apenas uma visão um pouco mais
clara de parte do que realmente é essencial
em uma economia qualquer.
5
A Economia como Ciência: modelos em economia
Primeiro Modelo: o diagrama do fluxo circular de renda (sem governo
e sem comércio exterior)
Pagamento por bens e serviços
(receita)
Bens e serviços
vendidos
Mercado de
Bens e serviços
•Empresas vendem
•Famílias compram
Pagamento por bens e serviços
(despesa)
Bens e serviços
comprados
Famílias
Empresas
• Consomem bens e serviços
• produzem e vendem bens e serviços
• Possuem fatores de
produção e os vendem
• Compram e utilizam fatores de
produção
Insumos para produção
Salários, aluguéis e lucros (renda
paga pelos fatores de produção)
Mercado de fatores de
Produção
• Famílias vendem
• Empresas compram
Terra, trabalho e capital
(fatores de produção)
Fluxo de
Renda
Fluxo de Bens e Serviços
Fluxo de Moeda
6
A Economia como Ciência: modelos em economia
Primeiro Modelo: o diagrama do fluxo circular de renda (com governo e com
comércio exterior)
Pagamento por bens e serviços
(receita)
Bens e serviços
vendidos
Empresas
Mercado de
Bens e serviços
•Empresas vendem
•Famílias compram
Fluxo de
bens e
serviços
• produzem e vendem bens e serviços
• Compram e utilizam fatores de
produção
Insumos para produção
Salários, aluguéis e lucros (renda
paga pelos fatores de produção)
Impostos
Fiscalização
GOVERNO
• Fornece bens e
serviços
• Cobra impostos
Fiscalização
Mercado de fatores de
Produção
• Famílias vendem
• Empresas compram
Pagamento por bens e serviços
(despesa)
Bens e serviços
comprados
Fluxo de
bens e
serviços
Famílias
• Consomem bens e serviços
Impostos
• Possuem fatores de
produção e os vendem
Terra, trabalho e capital
(fatores de produção)
Fluxo de
Renda
Exterior
(Empresas e governos)
7
A Economia como Ciência: modelos em economia
Segundo Modelo: Fronteira de Possibilidades de Produção
 A fronteira de possibilidades de produção é um gráfico que mostra as
várias combinações de produto que uma economia pode produzir
potencialmente, dados os fatores de produção e a tecnologia disponíveis no
momento.
30
Fronteira de Possibilidades de Produção
Exemplo: computadores e carros numa Economia qualquer
Quantidade produzida de
computadores (mil)
27
24
Produção impossível: tendo em vista os
recursos e o desenvolvimento
tecnológico disponíveis no momento.
D●
21
18
C
15
12
Ineficiência: por alguma razão
a economia produz menos do
que o permitido pela
disponibilidade de recursos.
A
9
B●
6
3
0
0
1
2
3
4
5
6
7
Quantidade produzida de carros (mil)
8
Mercado
 O conjunto de vendedores e compradores que interagem entre si,
resultando na possibilidade de trocas, constitui um Mercado. Ex. unidades
produtoras (empresas) e unidades consumidoras (famílias). A extensão de
um mercado é determinada tanto geograficamente quanto em termos de
faixas de produtos que nele estão inseridos.
 Mercado competitivo (em concorrência perfeita): possui muitos
vendedores e compradores, de modo que nenhum comprador ou
vendedor individualmente consiga exercer um impacto significativo sobre
os preços. Nesse mercado, pressupõe-se que os bens e serviços
ofertados sejam todos iguais (qualidade, marca, rótulo, etc.). Não há
barreiras de acesso para esse mercado aos novos empresários. A
interação entre Demanda e Oferta que estudaremos a seguir ilustra o
funcionamento de um mercado competitivo.
Fonte: MANKIW (2002).
9
Mercado
 Mercado não competitivo: pode ou não possuir muitos
produtores, porém determinadas empresas exercem grande
influência sobre o preço do produto. Podem surgir Monopólios
(uma empresa é a única vendedora de um produto sem
substitutos próximos) ou Oligopólios (poucos produtores
oferecem produtos idênticos ou muito similares, com baixa
competição de preços entre si). Ex. TV a cabo e produção de
petróleo no Oriente Médio.
Fonte: MANKIW (2002).
10
Interação entre Oferta e Demanda
O lado da Demanda
 A demanda (procura) de uma pessoa ou grupo de pessoas por um
determinado bem qualquer indica o quanto esta pessoa ou grupo de pessoas
desejam consumir deste bem num determinado período de tempo. Há uma série
de fatores determinantes da demanda de um bem:
 Preço do bem. Lei da demanda: tudo o mais mantido constante, quando o preço de
um bem aumenta, a quantidade demandada cai.
• Renda. Se a demanda por um bem cai quando a renda cai, chamamos esse bem de
bem normal. Por outro lado, se a demanda por um bem aumenta quando a renda cai
chamamos esse bem de bem inferior.
• Preço de outros bens relacionados com o bem procurado. Quando a queda no preço
de um bem reduz a demanda por outro bem, dizemos que se trata de bens substitutos.
Quando a queda no preço de um bem aumenta a demanda por outro bem, os bens são
chamados complementares.
• Gostos / Expectativas. O gosto é um dos fatores determinantes da formação da
demanda. Já as expectativas em relação ao futuro também podem afetar a demanda
por um bem ou serviço.
11
O lado da Demanda
 Como vimos, são muito os fatores determinantes (Preço, Renda, Preço de
produtos relacionados, Gostos e Expectativas) da demanda. Imagine agora que para
a formação da demanda todos esses determinantes permaneçam constantes, exceto
o preço do bem. Para isso, usaremos a expressão latina ceteris paribus, que serve
para lembrar que todas as variáveis, que não aquela que está sendo estudada, são
mantidas constantes. Assim, temos:
 Esquema de demanda: tabela que mostra a relação entre preço de um bem e
quantidade demandada.
 Curva de demanda: gráfico da relação entre preço de um bem e quantidade
demandada.
Esquema de demanda individual (Exemplo)
Preço do sorvete
R$
Quantidade demandada de
sorvete
0,00
12
1,50
6
3,00
0
12
Interação entre Oferta e Demanda
O lado da Demanda
Curva de demanda individual (exemplo)
Preço do sorvete (R$)
3,00
1,50
0
06
12
Quantidade demandada
de sorvete
 Essa curva de demanda individual representa graficamente o esquema de
demanda apresentado no slide anterior, e mostra como a quantidade
demandada do bem (sorvete) varia à medida que seu preço se altera. Observase a lei da demanda em operação: tudo o mais mantido constante, quando o
preço de um bem aumenta, a quantidade demandada cai.
13
O lado da Demanda
Esquema de demanda de mercado: mostra a demanda de mercado, que é o somatório de
todas as demandas individuais por um dado bem ou serviço.
Esquema de demanda individual e de mercado (Exemplo)
Preço do
sorvete
(R$)
Quantidade demandada
de sorvete
Quantidade demandada
de sorvete
Quantidade demandada
de sorvete
Consumidor A
Consumidor B
Mercado
0,00
12
7
19
1,50
6
4
10
3,00
0
1
1
Preço do sorvete (R$)
Curva de demanda de mercado
(exemplo)
3,00
1,50
0
1
10
Quantidade demandada
de sorvete
19
14
O lado da Demanda
Deslocamentos da curva de demanda
Variáveis que afetam a quantidade
demandada
Uma alteração nesta variável...
Preço
Representa um movimento ao longo da curva de demanda
Renda
Desloca a curva de demanda
Preço dos bens relacionados
Desloca a curva de demanda
Gostos / Expectativas
Desloca a curva de demanda
Número de compradores
Desloca a curva de demanda
Preço do sorvete
Aumento da
demanda
Redução da
demanda
D2
D1
D3
Quantidade demandada
de sorvete
15
O lado da Oferta
 A Oferta: a quantidade oferecida de qualquer bem ou serviço é a
quantidade que os vendedores querem e podem vender. Há uma série de
fatores determinantes da oferta de um bem ou serviço:
 Preço do bem. Lei da oferta: tudo o mais mantido constante, a
quantidade oferecida do bem aumenta quando seu preço aumenta.
 Preço dos insumos. A quantidade de um bem oferecida por uma
empresa se relaciona negativamente com os preços dos insumos
usados em sua fabricação.
• Tecnologia. Ao reduzir os custos da empresa, os avanços tecnológicos
aumentam a quantidade oferecida de um bem.
• Expectativas. Se a empresa espera que o preço de um bem aumente
no futuro próximo, ela poderá estocar parte da produção desse bem
para vende-lá no futuro.
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O lado da Oferta
 Vejamos agora como a quantidade oferecida de um bem varia com o preço,
mantendo constantes os preços dos insumos, a tecnologia e as expectativas.
 Esquema de oferta: tabela que mostra a quantidade fornecida pela empresa a
cada preço.
 Curva de oferta: gráfico que representa a relação entre o preço de uma
mercadoria e a quantidade oferecida
Esquema de oferta de um bem (Exemplo)
Preço do sorvete (R$)
Quantidade ofertada de
sorvete
0,00
0
1,50
2
3,00
5
17
O lado da Oferta
Curva de oferta de um bem (exemplo)
Preço do sorvete (R$)
3,00
1,50
0
02
05
Quantidade de sorvete
 Essa curva de oferta de um bem representa graficamente o esquema de
oferta apresentado no slide anterior, e mostra como a quantidade ofertada
do bem (sorvete) varia à medida que seu preço se altera. Observa-se a lei
da oferta em operação: tudo o mais mantido constante, a quantidade
oferecida do bem aumenta quando seu o preço aumenta.
18
O lado da Oferta
Esquema de Oferta de mercado: a quantidade oferecida no mercado é a soma das
quantidades fornecidas por todos os produtores.
Esquema de oferta demanda individual e de mercado (Exemplo)
Preço do
sorvete
(R$)
Quantidade de sorvete
Quantidade de sorvete
Quantidade de sorvete
Produtor A
Produtor B
Mercado
0,00
0
0
0
1,50
2
2
4
3,00
5
8
13
Curva de oferta de mercado
(exemplo)
Preço do sorvete (R$)
3,00
1,50
0
4
13
Quantidade de sorvete
19
O lado da Oferta
Deslocamentos da curva de oferta
Variáveis que afetam a quantidade
ofertada
Uma alteração nesta variável...
Preço
Representa um movimento ao longo da curva de oferta
Preço dos insumos
Desloca a curva de oferta
Tecnologia
Desloca a curva de oferta
Expectativas
Desloca a curva de oferta
Número de produtores
Desloca a curva de oferta
Preço do sorvete
Redução da
oferta
Aumento da
oferta
S3
S1
S2
Quantidade de sorvete
20
Equilíbrio entre demanda e oferta
 Equilíbrio: situação em que demanda e oferta coincidem. O preço no qual as curvas se
cruzam é o preço de equilíbrio e a quantidade, a quantidade de equilíbrio.
 Excesso de oferta: situação em que a quantidade ofertada é maior do que a quantidade
demandada.
 Escassez: situação em que a quantidade demandada é maior do que a quantidade
ofertada.
Preço do sorvete (R$)
Oferta
Excesso
2,50
Ponto de Equilíbrio (entre preço e
quantidade)
2,00
1,50
Escassez
Demanda
4
7
10
Quantidade de sorvete
21
Equilíbrio entre demanda e oferta
 Um aumento na demanda desloca a curva de demanda para a direita (de D1 para
D2). O preço e quantidade de equilíbrio aumentam (novo equilíbrio).
Preço do sorvete
Oferta
(R$)
Novo
Equilíbrio
2,50
Equilíbrio
inicial
2,00
D2
D1
4
7
10
Quantidade de
sorvete
22
Equilíbrio entre demanda e oferta
 Um fato que provoque uma redução na quantidade ofertada a qualquer preço
dado desloca a curva de oferta para a esquerda (de S1 para S2). O preço de
equilíbrio aumenta e a quantidade de equilíbrio cai.
S2
Preço do sorvete
S1
(R$)
Novo
Equilíbrio
2,50
Equilíbrio inicial
2,00
Demanda
4
7
10
Quantidade de
sorvete
23
Equilíbrio entre demanda e oferta
Quadro resumo
Nenhuma mudança
na oferta
Um aumento da
oferta
Uma redução da
oferta
Nenhuma
mudança na
demanda
P igual
Q igual
P cai
Q aumenta
P aumenta
Q cai
Um aumento da
demanda
P aumenta
Q aumenta
P ambíguo
Q aumenta
P aumenta
Q ambígua
Uma redução da
demanda
P cai
Q cai
P cai
Q ambígua
P ambíguo
Q cai
24
Equilíbrio entre demanda e oferta:
 O preço dos ovos nos EUA caiu 59% entre 1970 e 1998.
 A oferta aumentou devido ao crescimento da mecanização na
criação de aves e à redução no custo de produção.
 A demanda diminuiu em razão da crescente preocupação do
consumidor com a saúde (colesterol, etc. ).
 O preço do ensino universitário nos EUA aumentou 68% entre
1970 e 1995.
 A oferta diminuiu em razão de custos mais elevados com
equipamentos e manutenção das salas de aula, laboratórios e
bibliotecas, além de salários mais altos do corpo docente.
 A demanda aumentou em razão do maior número de estudantes
que ingressam na universidade após concluir o ensino médio.
25
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO
DO MERCADO
 A forma que o mercado assume influencia as ações
gerenciais por parte de uma empresa, determinando, em
última instância, seu sucesso ou fracasso. Ou seja: o
tipo de mercado é um dos determinantes das decisões
relativas ao marketing, pesquisa e desenvolvimento,
produção, finanças, planejamento estratégico, etc.
Assim, além do já estudado mercado competitivo (em
concorrência perfeita), devemos também estudar as
demais estruturas de mercado. As principais são:
Concorrência
monopolista,
Monopólios,
e
Oligopólios.
26
Principais Conceitos e Aplicações
• As estruturas de mercado dependem
essencialmente de três características:
•
Número de empresas (fornecedores) e
consumidores (vendedores) que compõem o
mercado;
• Tipo de produto (grau de diferenciação);
• Existência de barreiras ao acesso de novas
empresas nesse mercado.
27
Principais estruturas de Mercado:
Grau de concorrência diminui
Concorrência Concorrência
Monopólio Oligopólio monopolista
Perfeita
Grau de concorrência aumenta
28
Mercados em Concorrência perfeita
Mercado em Concorrência Perfeita (já estudado):
a) Existência de um grande número de vendedores e
compradores;
b) O produto transacionado é homogêneo:
c) Há livre mobilidade de empresas no mercado (em termos
técnicos isso significa que não existem barreiras para entrada e
saída de empresas no mercado).
d) Pleno conhecimento (todos os agentes conhecem todas as
condições do mercado todo o tempo).
29
Concorrência monopolista: trata-se de um
mercado em que, apesar de haver um grande
número
de
produtores
(portanto
concorrencial), cada um deles é como se
fosse monopolista em seu produto, já que
este é relativamente diferenciado dos demais.
Essa diferenciação dos produtos ocorre por
meio de algumas características dos
mesmos, como marca (griffe), qualidade,
existência ou não de assistência técnica,
acabamento, etc. Ex. marcas de roupas
(confecções), restaurantes, etc.
30
Concorrência monopolista
Ganhos e Perdas da concorrência monopolista
para a sociedade:
a) Preço tende a ser mais baixo (ganho);
b) Maior variedade de produtos (ganho);
c) Custo de produção tende a ser mais alto
(perda).
31
 Monopólio: no lado oposto ao mercado competitivo
está o mercado com fornecedor único ou monopolista.
No limite, o fornecedor monopolista não enfrenta
concorrência alguma, já que não há outros produtores
dos mesmos bens ou serviços, ou similares. No entanto,
é um pouco raro encontrar um monopólio tão “puro”, já
que geralmente há algum substituto para produtos e
serviços. Nos casos em que a possibilidade de
substituição (dos produtos ou serviços) é extremamente
distante, a empresa terá ampla oportunidade de
manipular os preços dos produtos, sua qualidade e
quantidade oferecidas. Em síntese: o monopólio se
configura quando a empresa produz algo para o
qual não há substituto próximo.
32
Monopólio
 Para que os monopólios existam, devem existir barreiras que
praticamente impeçam a entrada de novas empresas no mercado.
Essas barreiras podem ser geradas pelas seguintes condições básicas:
 Monopólio Natural: as características do mercado
exigem elevado volume de capital. A empresa já instalada
opera com grandes plantas industriais, com elevadas
economias de escala e custos unitários bastante baixos;
 Patentes: enquanto a patente não cai em domínio
público, a empresa é a única que detém a tecnologia
apropriada para a produção de certo bem;
 Controle de matérias-primas: por exemplo, o controle de
minas de bauxita por uma empresa produtora de alumínio.33
 Os Monopólios podem ainda ser
classificados como Monopólios Legais ou
Técnicos. O Monopólio Legal ocorre quando
uma lei assegura ao vendedor a primazia no
mercado. Ex. até 1995, no Brasil, temos o
caso da Petrobrás. Já o Monopólio Técnico
ocorre quando a produção de uma única
empresa é a forma mais barata (ganhos de
escala) de fabricação do produto. Ex. geração
e distribuição de energia em um país.
34
 Oligopólio: é um mercado em que existe um pequeno
número de produtores ou em que, apesar de existir um
grande número de produtores, uma pequena parcela destes
domina a maior parte do mercado. É uma estrutura
relativamente comum em muitos países. Exemplos:
indústria automobilística; e indústria de refrigerantes.
Embora nessa estrutura não haja necessariamente
barreiras explícitas, o poderio das grandes empresas que a
controlam é um fator bloqueador à entrada de novas
empresas no mercado. Podem ainda ocorrer os oligopólios
com produtos diferenciados (como a indústria
automobilística) ou os oligopólios com produtos
homogêneos (alumínio, cimento, etc.).
35
 Os Oligopólios ocorrem por três razões:
 Economias de escala na produção: um oligopólio natural
surge quando há economias de escala relativamente
grandes na produção, ou seja, quando poucas empresas de
grande porte podem produzir a um custo muito mais baixo
que as demais empresas do setor.
 Barreiras do governo à entrada: o governo pode limitar o
número de empresas em um mercado, emitindo patentes ou
controlando licenças para o negócio.
 Campanhas publicitárias: em alguns mercados uma
empresa não consegue entrar sem investimentos
substanciais em propaganda.
36
Oligopólios: empresa líder
 Nos Oligopólios, geralmente há uma empresa
líder que, via de regra, fixa preços, respeitando as
estruturas de custos das demais empresas de seu
ramo. Nesse sentido, há também as empresas
satélites que seguem as regras ditadas pela líder.
Trata-se do modelo de liderança de preços nos
oligopólios. Como exemplo, temos a indústria de
bebidas no Brasil.
37
Oligopólios: modelo de Mark-up
 Na teoria da organização industrial, o objetivo principal da
empresa oligopolista é maximizar mark-up, e não somente o
lucro (como na interpretação neoclássica vista até agora).
Mark-up = Receita de vendas – Custos diretos (ou variáveis)
 Nesse sentido, o preço cobrado pela empresa, no modelo de
mark-up, é calculado da seguinte maneira: p = (1 + m)C
p = preço do produto
C = Custo direto unitário
m = taxa de mark-up (uma porcentagem sobre os custos diretos)
38
Oligopólios: modelo de Mark-up
 A taxa de mark-up será fixada de tal forma que
cobrirá os custos diretos (variáveis), os custos
fixos, e atenderá a certa taxa de rentabilidade
desejada pelos proprietários da empresa.
 Se assemelha ao conceito de margem de
contribuição, utilizado pela contabilidade para um
produto qualquer.
39
 Duas ou mais empresas podem se unir formando
um Cartel. O Cartel se caracteriza por um grupos
de empresas que coordena suas decisões de
determinação
de
preços,
freqüentemente
cobrando preços muito similares por determinado
bem ou serviço.
 Já o Truste é uma arranjo sob o qual os
proprietários de várias empresas transferem seus
poderes de tomada de decisão a um pequeno
grupo de agentes, que tomam decisões em nome
de todas as empresas participantes.
40
Monopsônio
 Principais estruturas no mercado de fatores de
produção:
 Monopsônio (monopólio na compra de insumos):
compreende uma forma de mercado na qual há
somente um comprador para muitos vendedores dos
serviços dos insumos. Exemplo: uma multinacional se
instala em uma cidade pequena, tornando-se
demandante exclusiva da mão-de-obra local (e das
cidades vizinhas) para determinados tipos de trabalho.
41
Oligopsônio
 Principais estruturas no mercado de fatores de
produção:
 Oligopsônio: é o mercado em que há poucos
compradores
negociando
com
muitos
vendedores. Exemplo: indústria automobilística.
Ela se constitui como oligopólio no mercado de
bens e serviços, e também como oligopsônio no
mercado de fatores de produção (compra de
autopeças).
42
TEORIA DA PRODUÇÃO
43
TEORIA DOS CUSTOS
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MACROECONOMIA
• NOÇÕES
45
BALANÇA DE PAGAMENTOS
46
TAXAS DE CÂMBIO
47
ECONOMIA BRASILEIRA
CONTEMPORÂNEA
48
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