 Momento histórico
 (economia-política-sociedade-arte-ciência-filosofia)
 1948 – Criação do Estado de Israel.

Gandhi é assassinado na Índia.
 O húngaro John von Neumann constrói o 1º
computador do mundo, o IBM SSEC.
 1949 – Mao Tse-Tung funda a República Popular da
China
 1954 – Suicídio de Getúlio Vargas
 1959 – Vitória da revolução Cubana, liderada ppor
Fidel Castro e Che Guevara
 1961 – Construção do muro de Berlim

 1962 – Os EUA iniciam bloqueio a Cuba
 1963 – John Kennedy é assassinado.

Martin Luther King liderado 200 mil negros
manifestando pela igualdade de direitos civis
 O The Beatles torna-se mundialmente conhecido.
 1964 – golpe militar no Brasil. Regime ditatorial
duraria 20 anos.
 1965 – Os EUA entram na guerra do Vietnã
 1966 –Sob o comando de Mao Tse-Tung tem início a
revolução cultural na China
 Luis Buñuel filma “A bela da tarde”, clássico do
cinema surrealista.
 1967 – morre Che Guevara na selva boliviana

Gabriel Garcia Marques publica “Cem anos de
Solidão”, clássico da lit. latino-americana.
 1968 – Edição do AI-5 no Brasil
 1969 – Neil Armstrong é o primeiro homem a pisar
solo lunar.
 1973 – O engenheiro Martin Cooper, da Motorola,
realiza a primeira chamada de um telefone celular.
10 anos mais tarde a Motorola passa a
comercializar o produto.
 1978 – nasce o primeiro bebê de proveta
 1980 – John Lennon é assassinado.
 Fatos entre 1980 e 2000
 Descoberta da AIDS
 1985 -Fim da ditadura no Brasil e morte de
Tancredo Neves.
 1988 – Nova constituição Brasileira.
 1990 -Reunificação da Alemanha

Fim do Apartheid na África do Sul e eleição de
Nelson Mandela.
 Anos 90 – Gays e lésbicas passam a aparecer mais
na mídia.
 DÉCADA DE 60
 Movimento da Contracultura: “geração
hippie” negavam e questionavam valores
da sociedade.
 O lema dessa geração é “paz e amor”.
 Pregavam a não-violência, a liberdade
sexual e a liberação das drogas.
Tropicalismo
 Os tropicalistas partiam das inovações
musicais introduzidas pela bossa nova e
ideologicamente se inspiraram nas ideias
da antropofagia de Oswald de Andrade,
buscando uma música que “deglutisse” ao
mesmo tempo Os Beatles com suas
guitarras elétricas, a bossa nova de João
Gilberto, Vinícius de Moraes e Tom Jobim e
o regionalismo de Luís Gonzaga.
 RECUPERANDO
CERTAS PROPOSTAS
LANÇADAS PELOS
MODERNISTAS DE 1922,
TAIS COMO A TÉCNICA
CINEMATOGRÁFICA, A
FRAGNMENTAÇÃO E A
ENUNCIAÇÃO
CAÓTICA, O
MOVIMENTO
TROPICALISTA
APROXIMAVA-SE EM
PARTE DO
CONCRETISMO.
(Caetano
Veloso, Gilberto
Gil, Tom Zé,
Torquato Neto e
Capinam, Gal
Costa, Maria
Bethânia, e o
grupo os
Mutantes)
CARACTERÍSTICAS / TROPICALISMO
 Visão Alegórica do país, através de contrastes
entre: o arcaico e o moderno; o local e o universal;
o urbano e o agrário; o popular e o erudito.
MODERNIZAÇÃO DA PRÓPRIA CULTURA NACIONAL
 procuram universalizar a linguagem da MPB,
incorporando elementos da cultura jovem mundial,
como o rock, a psicodelia e a guitarra elétrica.
 Ironia, humor, anarquismo, paródia, semelhantes à
1ª fase do modernismo.
 A eclosão do movimento deu-se com as
ruidosas apresentações, em arranjos
eletrificados, da marcha “Alegria, alegria”,
de Caetano, e da cantiga de capoeira
“Domingo no parque”, de Gilberto Gil, no III
Festival de MPB da TV Record, em 1967
O COMEÇO...
O movimento, libertário por excelência,
durou pouco mais de um ano e acabou
reprimido pelo governo militar. Seu fim
começou com a prisão de Gil e
Caetano, em dezembro de 1968.
“SHOW BARRA 69”
FESTIVAIS...
 Caetano defendeu a sua canção “Alegria,
alegria” – uma marchinha pop cuja letra
caleidoscópica retrata fragmentos da
realidade urbana – acompanhado pelo grupo
argentino de rock Beat Boys.
 Gil também inovou apresentando a música
“Domingo no parque” acompanhado pelos
jovens roqueiros paulistas Os Mutantes.
Na Globo...
 Gil apresentou “Questão de Ordem” ao lado
dos Beat Boys.
 Caetano apresentou “É proibido proibir”.
DISCURSO!
http://tropicalia.com.br/identifisignificados/eproibido-proibir/discurso-de-caetano
 Na Record... Gal Costa defendeu “Divino,
maravilhoso”, de Caetano Veloso e Gilberto
Gil. (virada)
ALEGRIA, ALEGRIA
Caminhando contra o vento
Sem lenço, sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou
O sol se reparte em crimes,
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou
Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas,
bandeiras
Bomba e brigitte bardot
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e
preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou
Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores
vãos
Eu vou
Por que não, por que não
Ela pensa em casamento
E eu nunca mais fui à
escola
Sem lenço, sem
documento,
Eu vou
Eu tomo uma coca-cola
Ela pensa em casamento
E uma canção me consola
Eu vou
Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
Sem fome sem telefone
No coração do brasil
Ela nem sabe até pensei
Em cantar na televisão
O sol é tão bonito
Eu vou
Sem lenço, sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo,
amor
Eu vou
Por que não, por que não...
DOMINGO NO PARQUE
O rei da brincadeira - ê, José
O rei da confusão - ê, João
Um trabalhava na feira - ê,
José
Outro na construção - ê, João
A semana passada, no fim da
semana
João resolveu não brigar
No domingo de tarde saiu
apressado
E não foi pra Ribeira jogar
Capoeira
Não foi pra lá pra Ribeira
Foi namorar
O José como sempre no fim
da semana
Guardou a barraca e sumiu
Foi fazer no domingo um
passeio no parque
Lá perto da Boca do Rio
Foi no parque que ele avistou
Juliana
Foi que ele viu
Juliana na roda com João
Uma rosa e um sorvete na
mão
Juliana, seu sonho, uma ilusão
Juliana e o amigo João
O espinho da rosa feriu Zé
E o sorvete gelou seu coração
O sorvete e a rosa - ô, José
A rosa e o sorvete - ô, José
Oi, dançando no peito - ô,
José
Do José brincalhão - ô, José
O sorvete e a rosa - ô, José
A rosa e o sorvete - ô, José
Oi, girando na mente - ô, José
Do José brincalhão - ô, José
Juliana girando - oi, girando
Oi, na roda gigante - oi,
girando
Oi, na roda gigante - oi,
girando
O amigo João - João
O sorvete é morango - é vermelho
Oi, girando, e a rosa - é vermelha
Oi, girando, girando - é vermelha
Oi, girando, girando - olha a faca!
Olha o sangue na mão - ê, José
Juliana no chão - ê, José
Outro corpo caído - ê, José
Seu amigo, João - ê, José
Amanhã não tem feira - ê, José
Não tem mais construção - ê, João
Não tem mais brincadeira - ê, José
Não tem mais confusão - ê, João
Pra não dizer que não falei
das flores
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantado e seguindo a canção
Vem, vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Pelos campos a fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão
Vem, vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição:
De morrer pela pátria e viver sem razão
Vem, vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais, braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição
Vem, vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Cálice
Chico Buarque
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
De muito gorda a porca já não anda
De muito suada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
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Pós-modernismo brasileiro