Epidemiologia de
Medicamentos –
Epidemiologia em Saúde
Pública
Professor: MSc. Eduardo Arruda
Introdução

“Ciência que estuda o processo saúde-doença em
coletividades humanas, analisando a distribuição e os
fatores determinantes das enfermidades, danos à
saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo
medidas específicas de prevenção, controle, ou
erradicação de doenças, e fornecendo indicadores que
sirvam de suporte ao planejamento, administração e
avaliação das ações de saúde.” (Rouquayrol e
Goldbaum, 1999).
Introdução

Epidemiologia

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“epi = sobre; demos = povo e logos =
estudo”;
Grupo / Coletivo;
Histórico
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Jhon Graunt (1662): Londres:
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Estatísticas de mortalidade no qual
analisou nascimentos e óbitos semanais;
Diferenças entre os sexos;
Na distribuição urbano-rural;
Elevada mortalidade infantil;
Variações sazonais;
Precursores da Epidemiologia;
Histórico

Jhon Snow (Século 19): Londres:


Em sua primeira investigação constatou que o
risco de adquirir cólera estava intimamente
relacionado ao consumo de água fornecida
por determinada por uma bomba de água de
uma determinada companhia;
1850 é fundada a primeira sociedade de
epidemiologia em Londres;
Histórico
Histórico

Frost (1927): “ciência das doenças
infecciosas enquanto fenômenos de
massas ou de grupos (populações)”;
Histórico

Maxcy (1951): “ramo da medicina que
estuda a relação entre os diversos
fatores que determinam a extensão e
propagação em uma coletividade
humana de uma doença infecciosa ou
de um estado fisiológico definido”;
Histórico

EIA (1974): “é o estudo dos fatores que
determinam a frequência e distribuição
do processo saúde-doença em
populações humanas”;
Pilares da Epidemiologia

Distribuição das Doenças: A partir
do pensamento populacional, observar
os eventos e determinantes e faz
comparações entre grupos;
Pilares da Epidemiologia

Determinantes das Doenças: São
causas de problemas de saúde obtidos
por meio de estudos analíticos;
Pilares da Epidemiologia

Aplicação no Controle das
Doenças: Melhoria das condições de
saúde da população executadas pelos
agentes de saúde pública;
Premissas


Que as doenças não ocorrem por força
do acaso;
Que as doenças possuem fatores
causais e preventivos;
Premissas


Que esses fatores podem ser
identificados por meio de investigação
sistemática, aquilo que chamamos
‘método epidemiológico’;
Que as ações sanitárias legítimas
devem estar baseadas nos resultados
obtidos dessa investigação.
Objetivos

Descrever as frequências, distribuições,
padrões e tendências temporais da
ocorrência de doenças/agravos de
saúde em populações (planejamento de
serviços e programas de saúde;
explorar hipóteses causais);
Objetivos


Explicar a ocorrência de
doenças/agravos de saúde por meio da
identificação de suas causas;
Estudar a história natural e o
prognóstico das doenças (diagnóstico,
tratamento, reabilitação).
Multidisciplinaridade



SAÚDE PÚBLICA – devido a ênfase na
prevenção de enfermidades;
MEDICINA CLÍNICA E FARMÁCIA CLINICA –
devido a ênfase na classificação das doenças e
seus diagnósticos;
FISIOPATOLOGIA – devido à necessidade de
entender mecanismos biológicos básicos da
doença;
Multidisciplinaridade


ESTATÍSTICA – devido a necessidade de
quantificar a frequência das doenças e sua
relação com os antecedentes;
CIÊNCIAS SOCIAIS – devido à necessidade de
entender o contexto social no qual a doença
ocorre e se apresenta;
Multidisciplinaridade
Manejo clínico dos
doentes e no
planejamento,
gerenciamento e
avaliação dos serviços
de saúde.
Principais Usos
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Diagnóstico da situação de saúde;
Planejamento e organização dos serviços;
Avaliação das tecnologias, programas ou
serviços;
Aprimoramento na descrição do quadro
clínico das doenças;
Principais Usos
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Identificação de síndromes e classificação
de doenças;
Investigação etiológica;
Determinação de riscos;
Principais Usos
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Determinação de prognósticos;
Verificação do valor de procedimentos
diagnósticos;
Análise crítica de trabalhos científicos;
Epidemiologia clássica x moderna

Clássica:

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Antes da era microbiológica, da vacina,
assepsia, anestesia;
Principal causa de morte: doenças Infecciosas
e epidemias;
Fatores: Hospedeiro, Agente, Ambiente;
Epidemiologia clássica x moderna

Moderna:



Surgimento das doenças crônicas e
degenerativas: Câncer, infarto do miocárdio
entre outras;
Necessidade de reestruturação do estudo
epidemiológico: Genética, Múltiplos fatores;
Estatística principal ferramenta e grande
contribuição;
Frequência das Doenças
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Classificar e caracterizar a doença;
Saber qual o componente de um caso
de uma doença;
Encontrar uma fonte para busca de
casos;
Definir a população de risco da doença;
Frequência das Doenças
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
Definir o período de tempo do risco da
doença;
Obter permissão para estudar a pessoa;
Fazer medidas das frequências da
doença;
Relacionar casos à probabilidade na
população e tempo de risco;
Etapas de uma Doença
Etapas de uma Doença
Etapas de uma Doença
Distribuição Populacional –
Censo Populacional
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Feito desde a antiguidade;
Contagem populacional > políticas
públicas;
Estatística > Perfil de determinada
população;
Distribuição Populacional –
Censo Populacional
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Brasil: Censo demográfico é feito a cada
10 anos;
2010;
Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE);
Distribuição Populacional –
Censo Populacional
Distribuição Populacional –
Censo Populacional
Distribuição Populacional –
Censo Populacional
Total
Homens
Mulheres
Urbana
Rural
190.755.799
93.406.990
97.348.809
160.925.804
29.829.995
Fonte: Censo 2010 – IBGE.
- Violência Urbana;
- Estresse Diário;
- Problemas sociais e de saúde decorrentes dessa
exigência social.
Distribuição Populacional –
Censo Populacional
Distribuição Populacional –
Censo Populacional
Distribuição Populacional –
Censo Populacional
Distribuição Populacional –
Censo Populacional
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Menor natalidade;
Maior sobrevida;
Grande número de pessoas > 60 anos;
Desafios nas gestões de serviços,
inclusive de saúde, diante das novas
demandas e necessidades;
Saúde no Mundo e Objetivos
para o Milênio
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
A OMS: Estatística com mais de 100
indicadores nos 193 estados-membros;
O relatório (2011): doenças crônicas
(diabetes, doenças coronarianas e
câncer) / mortalidade materna e infantil
por doenças infecciosas;
Saúde no Mundo e Objetivos
para o Milênio
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Envelhecimento da população;
Globalização;
Urbanização;
Tabagismo (4:10 homens / 1:11
mulheres);
Saúde no Mundo e Objetivos
para o Milênio
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
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Sedentarismo;
Aumento de doenças crônicas;
2/3 das mortes no mundo;
Países em desenvolvimento: diarreia,
pneumonia e malária;
Saúde no Mundo e Objetivos
para o Milênio
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Gastos em saúde:
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Países pobres: 32 dólares per capita (5,4%
PIB);
Países ricos: 4.590 dólares per capita (11%
PIB);
Saúde no Mundo e Objetivos
para o Milênio

A Organização das Nações Unidas
(ONU) em 2000: 08 Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM) a
ser atingido pelos 191 países membros;
Saúde no Mundo e Objetivos
para o Milênio
Saúde no Mundo e Objetivos
para o Milênio

Acabar com a fome e a miséria:


Meta: reduzir a fome e a pobreza à metade
do que era em 1990;
Brasil: já cumpriu a meta (25,6% da
população em 1990 / 4,8% em 2008);
Saúde no Mundo e Objetivos
para o Milênio
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Educação básica para todos:

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Meta: universalizar o ensino básico;
Brasil: 94,9% das crianças de 07 a 14 anos
estavam matriculados em 2008;
Saúde no Mundo e Objetivos
para o Milênio

Igualdade entre sexos e valorização da
mulher:


Meta: eliminar a disparidade entre os sexos
em todos os níveis de ensino;
Brasil: as mulheres estudam mais que os
homens, mas ainda têm menos chances de
emprego, recebem menos que os homens
nas mesmas funções e ocupam os piores
postos;
Saúde no Mundo e Objetivos
para o Milênio
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Reduzir a mortalidade infantil:
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Meta: reduzir em 2/3, até 2015, a
mortalidade de menores de 5 anos;
Brasil: 47,1/1000 nascidos vivos (NV) em
1990 > 19/1000 NV em 2008;
Saúde no Mundo e Objetivos
para o Milênio
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Reduzir a mortalidade de gestantes:
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Meta: reduzir em 3/4, até 2015, a
mortalidade materna;
Brasil: 141/100.000 nascidos vivos (NV) em
1990 > 68/100.000 NV em 2010;
Saúde no Mundo e Objetivos
para o Milênio
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Combater a AIDS, malária e outras
doenças:
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Meta: acesso universal ao tratamento da
AIDS, reduzir a malária, tuberculose e
erradicar a hanseníase;
Brasil: Malária e tuberculose estão
reduzindo, AIDS apresentou elevação no
último relatório mundial / referência
mundial no tratamento;
Saúde no Mundo e Objetivos
para o Milênio
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Todos trabalhando pelo desenvolvimento:


Meta: ampliar o desenvolvimento global e reduzir
a diferença entre países e continentes;
Brasil: RESPONDA!!!
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