ANO XVII • No 166 • JUNHO • 2013 Prêmios da Nota Fiscal Cidadã alcançam R$ 532 mil C om a entrega dos prêmios do grama merece confiança. A partiterceiro sorteio do Programa cipação de cada um é fundamental Nota Fiscal Cidadã, realizada para a construção da cidadania”, no dia 28 de junho, no auditório do enfatizou. Órgão Central, a Secretaria da FazenAVALIAÇÃO - Uma pesquisa de satisda (Sefa) redistribui mais de R$ 532 fação realizada pela Sefa ouviu 2.200 mil do ICMS para 5.848 contempla- consumidores acima de 16 anos nas dos desde o início do Programa, regiões de Belém, Ananindeua, Maricujo foco é o estímulo à construção tuba, Benevides, Santarém e Marabá da cidadania fiscal. e mostrou resulA jornalista Andréia Espíritados positivos e to Santo, ganhadora dos R$ 20 apontou desafios mil no terceiro sorteio, explicou para o Programa. que utilizará os recursos para Segundo Rupagar dívidas, fazer um curso, tilene Garcia, coguardar parte do valor e viajar. ordenadora do “É importante pedir a nota fisPrograma, 79% cal. Nem sempre as empresas dos entrevistados emitem a nota na hora da comconhecem a nota pra”, assinalou ao receber o fiscal cidadã. 89% Rutilene Garcia: estes recursos cheque das mãos do secretário avaliam com uma estimulam a economia com mais da Fazenda, José Tostes Neto. produção, geram emprego, ação positiva, mas José Maria Gaia, morador consumo e novas notas fiscais quando questiode Tucuruí, contemplado nados se pedem com R$ 12 mil, somente acreditou a nota fiscal, somente 38,81% disdepois de confirmar a informação seram que sim. “É um desafio a ser no site da Sefa. “Vamos pensar na superado e a sociedade brasileira família como aplicar o dinheiro”. está nas ruas cobrando melhorias Já Irlan Rodrigues Melo, de Belém, públicas e sociais. É preciso particiganhadora do prêmio de R$ 5 mil, par e pedir a nota fiscal para que o disse que vai de férias com a família tributo possa ser recolhido e as depara Salinas. “Quando os vizinhos mandas atendidas”, comparou. souberam, eles não acreditavam. O secretário da Fazenda, José TosEu sou a prova viva de que o Pro- tes Neto, informou que a educação fiscal e o Programa estimulam a conscientização da sociedade sobre a gestão fiscal, reconhecem as iniciativas cidadãs e premiam os participantes. “Nas últimas semanas manifestações sociais no Brasil reivindicam melhorias dos serviços públicos. Atender estas demandas requer uma gestão eficiente para obter recursos. O ato de pedir a nota deve integrar a rotina de cada cidadão”, asseverou. O titular da Fazenda estadual chamou atenção para outro dado da pesquisa. “80% dos participantes conhecem o Programa. No entanto, somente 56,05% acham importante pedir a nota fiscal e 38,81% pedem o documento com frequência. É fundamental mudar este cenário e ampliar a conscientização da sociedade. A participação do cidadão é a mola mestra de um processo de transformação cultural de médio e longo prazo para alcançar as melhorias na sociedade, inclusive, preservando o patrimônio público”, ponderou. Durante a entrega dos prêmios, a servidora Altair Sampaio, do Grupo de Educação Fiscal do Estado do Pará (Gefi-Pará), fez apresentação das relações entre a educação fiscal e o exercício da cidadania. O próximo sorteio está programado para setembro. Pefi-Pará mobiliza pescadores em Bragança A primeira Oficina do Pescador Cidadão foi realizada no começo de junho, na Colônia Z-17, em Bragança, com a presença de 50 participantes, sendo a maioria lideranças das comunidades atuantes em reservas extrativistas. Segundo Nazaré Pantoja, disseminadora do Pefi-Pará, foram debatidos os conceitos de políticas públicas e de legislação tributária, sendo ressaltada a função social dos tributos e a importância da emissão da nota fiscal nas compras, além de ser um meio de acompanhar a elaboração do orçamento público e as relações entre o Estado e a sociedade. A programação faz parte do Projeto Pescador Cidadão, idealizado pela servidora quando trabalhava na DFI e fazia o controle do Programa de Subvenção do Óleo Diesel para as embarcações pesqueiras. Nazaré diz que analisando os processos de concessão do benefício fiscal aos pescadores identificou obstáculos que atrapalhavam os trabalhadores. “Assim utilizamos a educação fiscal como ferramenta de gestão para minimizar os desafios e aproximar os pescadores dos atores governamentais, fortalecendo a consciência cidadã”, relembra. O projeto aproximou governo, sociedade civil, ONG´s e a iniciativa privada, por meio dos conteúdos que contribuem para a gestão das políticas atuais e para a criação de novas políticas públicas. “O Pará será o pioneiro nesta ‘‘ atividade”, assinala Nazaré. Na oficina destacou-se a valorização do trabalho do segmento, além da venda justa do produto no mercado. “A adesão da Prefeitura de Bragança, por meio das secretarias municipais de Tributação, Educação e Pesca, também é decisiva”, elogia. mos de acesso às políticas públicas, bem como a realização do levantamento estatístico da produção pesqueira local, por meio da Secretaria Municipal de Pesca, a fim de conhecer os efeitos destas políticas sobre este segmento na cidade. Ana Patrícia da Silva, secretária de Pesca de Bragança, diz que os pescadores e as pescadoras tiveram acesso A educação fiscal aproxima aos seus direitos e deveres, além de debater políticas os pescadores dos atores públicas para o desenvolvimento local. governamentais e fortalece Pela Sefa, participaa consciência cidadã”. ram ainda da Oficina os Nazaré Pantoja servidores Milson XaDisseminadora do Pefi-Pará vier e a coordenadora do Pefi-Pará, Zilda Benjamin. Pelo Centresaf, MáAs lideranças do projeto rio Miranda. Pela Prefeiacompnharão a Associação de tura de Bragança, Aline Castro e Pescadores da Vila Castelo para Ana Patrícia Reis da Silva. orientar quanto aos mecanis- INFORMATIVO SEFA • ANO XVII • No 166 • JUNHO/2013 • Endereço: Av. Visconde de Souza Franco, 110 Telefones: (91) 3323.4210 3323.4227 • Edição e textos: Melquíades J. Reis • Mtb.15.633 •Com informações da Agência Pará Fotos: Cláudio Santos - Agência Pará, Ascom Sefa, Raphael Pacheco - PMV e Kid Reis. Produção: M. M. Santos Editora • E-mail: [email protected] • [email protected] Receita própria cresce 8,5% A receita própria do Pará teve crescimento real de 8, 5% em maio passado quando comparado ao mesmo período do ano anterior, conforme balanço da Diretoria de Arrecadação e Informações Fazendárias (DAIF). Em 2012, o montante arrecadado atingiu R$ 606,65 milhões e saltou para R$ 700,89 milhões, informou Edna Farage, diretora do setor, durante a reunião dos coordenadores das regionais, ocorrida em 17 de junho, no Órgão Central (fotos). O ICMS atingiu R$ 549 milhões em 2012 e subiu para R$ 616,79 milhões neste ano, revelando um crescimento real de 5,5%. Os dados mostram ainda um crescimento real de 18,3% do ITCD. O item Outras Receitas alcançou uma elevação de 103,9%. A arrecadação do IPVA ficou em 0,7% no período. No entanto, a diretora ressalta que quando se analisam comparativamente os valores arrecadados de janeiro a maio do ano passado em relação ao mesmo período em 2013, o IPVA alcançou um crescimento de 17,8%, ou seja, passou de R$ 131,57 milhões para R$ 154,98 milhões, com um crescimento real de 10,6%. Neste período, o ICMS teve um crescimento real de 4%. De janeiro a maio de 2012, a arrecadação do tributo no Pará somou R$ 2.700,35 bilhões e o valor subiu para R$ 2.985,70 bilhões. No item Outras Receitas ocor- Nilo Noronha: cada servidor tem o seu mérito creditado no crescimento da arrecadação reu uma elevação de 139,2%. Ficaram negativos os índices do ITCD, com 31,9%, e as Taxas Fazendárias, com 5,8%. Na avaliação geral, acentua a diretora, o total da receita própria do Pará teve um crescimento real de 9,7%, uma recuperação positiva da economia paraense em relação à economia nacional. Nilo Noronha, secretário da Fazenda em exercício, diz que os resultados são frutos de um trabalho de equipe. “Cada servidor tem o seu mérito e responsabilidade creditados no crescimento da arrecadação. A Sefa cumpre a sua missão e o seu planejamento estratégico. Garantimos recursos para o governo do Estado promover melhorias nas políticas públicas voltadas para a educação, saúde, agricultura e investir na infraestrutura produtiva do Pará, entre outras obras importantes para o escoamento da produção. Estes investimentos geram emprego e renda nos municípios paraenses, além de permitirem combater as desigualdades regionais e fortalecerem a interiorização do desenvolvimento paraense”, finaliza. Estado cumpre todas as transferências constitucionais Nos cinco primeiros meses de 2012, o governo do Estado cumpriu todas as transferências constitucionais para os 143 municípios totalizando um repasse legal de cota-parte no montante de R$ 822,9 milhões, conforme informações da diretora do Tesouro Estadual, Celiana Chaves. Em relação à transferência do ICMS foram repassados R$ 745,5 milhões aos municípios. Entre os 10 maiores municípios, Parauapebas ocupa o primeiro lugar com R$ 119.988.020,31. Castanhal recebeu R$ 10.674.878,55, ficando em 10º lugar. Os valores do IPVA repassados para os municípios atin- giram a cifra de R$ 77,5 milhões. Belém ficou em primeiro com R$ 26.609.236,53. Ananindeua, em segundo, recebeu R$ 5.792.492,70. O 10º lugar ficou para Barcarena, com R$ 968.024,05. “Foram transferidos para os municípios R$ 20,8 milhões referentes ao IPI”, destaca Celiana. Adélia Macedo, secretária adjunta do Tesouro, disse que no final de maio, em audiência pública na Alepa, o governo do Estado demonstrou o cumprimento da LRF, referentes ao I Quadrimestre de 2013, ratificando seu compromisso com uma gestão orçamentária, financeira e contábil equilibrada. “O crescimento das receitas e o controle rigoroso nos gastos servem como sustentação não só para o equilíbrio das finanças estaduais, como também proporciona que o Estado implemente e consolide uma nova dinâmica em seu desenvolvimento econômico e social, com geração de mais emprego, renda e circulação de mercadorias e serviços”, assevera. Sefa intensifica fiscalização Inseridas no Plano Anual de Fiscalização Itinerante, a Secretaria da Fazenda (Sefa) desenvolveu em maio e junho as operações Porta-a-Porta, Dia dos Namorados e a Fiscalização de Mercadorias em Trânsito em várias regiões do Pará para verificar a regularidade fiscal das empresas, o uso do equipamento emissor de cupom fiscal (ECF) e acompanhar a emissão de documento fiscal, além de manter uma interação permanente com as regionais de fronteiras (fotos abaixo). O diretor de Fiscalização, Célio Cal, informa que o balanço até 17 de junho é positivo. A presença das equipes da fiscalização coloca em prática a justiça fiscal e orienta o contribuinte a se regularizar junto ao Estado. Em Tucuruí, numa parceria com o Procon-Pará, foram visitados 73 estabelecimentos, sendo apreendidos 32 equipamentos emissores e cinco blocos de nota fiscal irregulares. Em Santarém, até o dia 17 de junho, a fiscalização de trânsito lavrou 13 termos de apreensão por transporte de mercadoria sem documentário fiscal ou com inscrição estadual suspensa. “Em 2013, realizamos operações em Redenção, Altamira, São João de Pirabas, Bragança e Marabá, além das duas operações de fiscalização de trânsito no Sul e Sudeste do Pará”, contabiliza o diretor. Por sua vez, Márcia Costa (foto), da CeratBelém, diz que a Operação Dia dos Namorados, ocorrida nos dias 11 e 12 de junho, nas ruas Santo Antonio, João Alfredo, Brás de Aguiar e Frutuoso Guimarães em Belém fiscalizou 164 lojas. Dez estabelecimentos foram fechados por falta de inscrição e documentário fiscal e três emissores de cupom fiscal e um bloco de notas foram apreendidos. Segundo ela, uma das empresas visitadas não emitia nota e as auditoras exigiram que fossem emitidos os documentos fiscais. “Tivemos resistências, também de contribuintes, especialmente em um restaurante da Brás de Aguiar. Foi necessário reforço de quatro auditores para concluir o trabalho da fiscalização. Serão emitidas seis ordens serviço para autuar empresas que não fazem uso do equipamento, entre outras irregularidades. Além disso, constatamos muita informalidade na área do comércio”, explica a coordenadora. Amadeu Fadul, da Cecomt-Carajás, informa que de maio até 17 de junho foram lavrados 1.180 termos de apreensão e depósito. A maioria foi lavrada na Uecomt- KM 9, localizada da Rodovia Transamazônica, em Nova Marabá. Deste total, 668 termos foram pagos e resultaram no recolhimento de R$ 1,2 milhão aos cofres públicos. O coordenador elogia o trabalho das equipes e informa que são várias as mercadorias apreendidas. Fadul destaca que as atenções da coordenação também estão voltadas para os produtos cerveja e bebidas quentes em virtude do período de veraneio. “Quando percebemos uma atitude suspeita, pedimos para deslonar a carga e conferimos a descrição da nota fiscal com as mercadorias. Flagramos mercadorias sem nota fiscal misturadas com outras cargas para sonegar o ICMS e aplicamos as penalidades legais”, conclui. Avaliação da estratégia mobiliza servidores Com a participação de mais de 40 servidores, a Secretaria da Fazenda (Sefa) realizou no dia 3 de junho, na Escola de Governo do Pará (EGPA), a segunda Reunião de Avaliação da Estratégia (RAE) com a participação de diretores, coordenadores e técnicos fazendários. O período avaliado foi de janeiro a abril passado e serviu para aferir os resultados alcançados no desenvolvimento das metas, objetivos e os projetos estratégicos. Os dados consolidados pelas coordenações de Modernização da Gestão Fazendária (CMGF) e Assuntos Fazendários Estratégicos (Cafe) revelam que dos 31 projetos estratégicos, 18 estão no prazo, cinco atrasados, três foram marcados como “requer atenção”, quatro não foram iniciados e um não foi avaliado. Em relação aos 21 objetivos estratégicos, 11 foram atendidos, oito foram avaliados com “ requer atenção” e dois não foram atingidos. Foram avaliados os 39 indicadores. Mylène Marques, da CMGF, explica que em relação à meta a expressão “requer atenção” significa que ela não foi alcançada, caracterizando uma anormalidade e que precisam ser observados com mais rigor os fatores que causaram a instabilidade ou não atingimento. “Já em relação aos objetivos, a expressão está vinculada ao atingimento das metas definidas pelos indicadores. Se estes sinalizam que as metas não foram atingidas, a situação “requer atenção”, pois houve avanços e as ações não estão paralisadas”, detalha a coordenadora de Modernização. Emanoel Moreira, da Cafe, avaliou que o planejamento é um processo, permanente, vivo, dinâmico e capaz de incorporar as mudanças do ambiente. “Ele não para e deve durar enquanto a empresa existir. Es- DISSEMINAÇÃO DO PLANEJAMENTO Disseminação mobiliza servidores no Órgão Central Em junho foram realizadas disseminação do planejamento estratégico para as diretorias de Arrecadação, Tributação, Tesouro, Fiscalização e Tecnologia da Informação. Participaram também gestores da Escola Fazendária, CMGF, Cafe, CAPF, Conjur, Corregedoria, Controle Interno e servidores das regionais de Breves, Paragominas, Tucuruí e do Itinga. Em julho e agosto, segundo Emanoel Moreira, da Cafe, a disseminação continuará firme. “Estamos ajustando o calendário com os gestores das unidades não contempladas para atender melhor as demandas e compartilhar os conhecimentos”, sinaliza. Disseminação na regional fazendária de Tucuruí tamos na etapa da disseminação do planejamento nas unidades fazendárias para envolver os servidores e a participação é positiva”, assinala. O secretário em exercício, Nilo Noronha, disse que a reunião permitiu ter uma visão global da Sefa e não somente das áreas finalísti- cas. “O planejamento reflete a instituição como um todo, na busca das metas traçadas”. O planejamento estratégico definiu objetivos estratégicos e, com base neles, foram construídos os 31 projetos para atingir o nível esperado do desempenho institucional. PROJETO S ESTRATÉGICOS A Sefa publica dois projetos estratégicos com o objetivo de torná-los conhecidos pelos servidores. Estabelecer o perfil de competência - Mapeamento profissional dos servidores com a proposta de implementar metodologia de gestão por competência no âmbito da Sefa. Implantar o modelo de autenticação segura com o uso de certificação digital - O projeto integra o plano de gestão de segurança da informação, que tem como principal característica garantir a segurança e integridade do acesso aos sistemas da Rede Sefa por meio de uso de certificados digitais, bem como para a assinatura digital de documentos. ICMS Ecológico integrará índice da cota-parte Até o final de junho, o governo do Estado regulamentará, por decreto, a Lei 7638/2012, que estabeleceu a aplicação do ICMS Ecológico como mais um critério que comporá e definirá o índice do percentual da cota-parte a ser repassado aos municípios em 2014. O tema foi debatido durante a 3ª Reunião Ordinária do Grupo da Cota Parte, ocorrida em 16 de junho, na Sefa, com representantes das associações de municípios paraenses, gestores da Prefeitura de Belém e os titulares das secretarias da Fazenda, Nilo Noronha, de Meio Ambiente, Alberto Colares, e Justiniano Neto, do Programa Municípios Verdes (PMV). O atual índice da cota parte é resultado da composição de quatro critérios: valor adicionado fiscal, que corresponde a 75%; proporção da população municipal, equivalente a 5%; proporção na superfície territorial de 5%, e o item igualitário, 15%. O ICMS Ecológico será incorporado como o quinto critério. Ele será aplicado de forma gradual entre 2012 e 2015 e o critério Igualitário terá uma redução escalonada até 2015 (veja tabela), conforme acordado entre as partes. A lei estabeleceu e os participantes da reunião aprovaram que a redistribuição do ICMS recolhido pela administração estadual destinará 2% para os municípios que cumprirem os critérios exigidos. Em 2013, o percentual será esten- dido para 4%; em 2014, para 6%, atingindo 8% em 2015. Serão beneficiados os municípios que abriguem em seu território unidades de conservação e outras áreas protegidas, tais como terras indígenas, quilombolas, áreas militares, incluindo Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (privadas), com vistas à gestão e implementação de benefícios ambientais. Cada município deverá, ainda, organizar e manter seu próprio Sistema Municipal do Meio Ambiente, composto no mínimo por um Conselho Municipal de Meio Ambiente, ter um Fundo Municipal do Meio Ambiente e um Órgão Público Administrativo executor da Política Municipal de Meio Ambiente, dotado de recursos humanos, materiais e financeiros e outros instrumentos de política pública e participativa. No Brasil, 13 estados colocam em prática o ICMS Ecológico. Nilo Noronha, secretário da Fazenda em exercício, afirma que o Pará desenvolveu a sua própria legislação como mais um instrumento de política de desenvolvimento regional, além de agre- gar valor e conhecimento ambiental para as prefeituras paraenses. “Além de redistribuir a receita do ICMS, os gestores municipais estão sendo estimulados a adotarem iniciativas de conservação ambiental e de desenvolvimento sustentável”, finaliza. Estado dimensiona processos e pessoas Com o objetivo de atualizar as descrições de cargos do governo do Estado, a Secretaria de Estado de Administração (Sead), em parceria com o Instituto Publix, promove um levantamento das atividades definidas no plano de trabalho de reestruturação de cargos e estabelecimento de diretrizes para a concepção e estruturação de carreiras do governo do Estado. O projeto integra o conjunto de ações do Modelo de Gestão por Resultados do Pará e dá cumprimento ao planejamento estratégico do governo do Estado. De acordo com Conceição Leal, coordenadora de Gestão de Pessoas da Sefa, o trabalho foi explicado para os servidores no dia 4 de junho e os relatórios finais devem ser entregues até o dia 28 de junho. Conceição Leal: um diagnóstico importante O dimensionamento de para a organização do Estado pessoal consiste na análise dos principais processos de trabalho encontra-se superdie produtos gerados em cada unida- mensionado, subdide da Sefa, além do quantitativo de mensionado ou se já servidores por cargo e setor. “Neles possui um quantitadevem estar detalhadas a quantifi- tivo ideal de servidores, bem como cação do tempo que se leva para re- auxiliar indiretamente na revisão alizá-los e a quantidade de pessoas dos fluxos de trabalho ou da estruque executam as atividades. A meta tura organizacional. “É um diagnósé identificar o número ideal para tico para a organização do Estado”, atender as demandas considerando afirma. as horas de trabalho disponíveis na Para Evandro Eguchi, da Cecomtjornada”, informa. Serra do Cachimbo, o dimensionaSegundo ela, o foco central é mento é positivo. “É uma demanda identificar se o quadro de pessoal do Estado que também discutimos no planejamento estratégico da Sefa. São desafios para serem superados. Neste cenário, a realização do concurso público, por exemplo, é fundamental para selecionar novos servidores visando fortalecer a melhoria da qualidade do atendimento à sociedade e agregar mais força de trabalho para cumprir a missão da Sefa”, assinala. COGEF conhecerá o Sistema de Benefícios Fiscais da Sefa Os participantes da XX Reunião da Comissão de Gestão Fazendária (Cogef), a ser realizada entre 4 e 5 de julho, em Porto Alegre, conhecerão a experiência desenvolvida pela Sefa, que permite aos deficiente físicos acessarem a Solicitação Eletrônica de Benefícios Fiscais em seu portal e acompanhar a tramitação até a conclusão. Futuramente, o benefício será estendido para taxistas e empresas dos setores florestais e moveleiros. Em vigor desde 6 de maio, a solicitação, conforme dados da DTI, foi acessada por 122 contribuintes que ge- raram a senha para pedir o benefício. Eneida Siqueira, da DTR, diz que 39 contribuintes solicitaram os benefícios até 17 de junho. “Deste total, 13 são de isenções do ICMS e 26 do IPVA. O sistema revelou eficiência e é um avanço para a prestação de serviço aos contribuintes”, observa. Cada processo em papel possuía aproximadamente 34 páginas e chegavam à diretoria, em média, 70 processos diariamente, que eram conferidos, avaliados, e concluídos. Caso houvesse pendência de natureza tributária ou não tributária, eram indeferidos. “Agora o sistema faz a gestão e o controle do benefício e o usuário não necessita mais dirigir-se até a Sefa. É uma economia de tempo e recursos que fortalece a sustentabilidade ambiental”, analisa. Helena Ramos, da DTI, explica que o desenvolvimento da ferramenta Solicitação Eletrônica de Benefícios Fiscais é um trabalho coletivo da DTR, DTI e Cafe e foram investidos mais de US$ 85 mil do BID para desenvolver o aplicativo, que opera no SIAT, e na plataforma Java para o uso na rede mundial de computadores. Harmonizar diferenças e alcançar resultados “A palestra mostrou como repensar as relações no trabalho, incentivou a busca de conhecimentos para o crescimento profissional e sinalizou como construir uma convivência propositiva com o público e a sociedade”. A reflexão é da servidora Ivete Araujo, da Cecomt-Portos e Aeroportos, ao avaliar o resultado da palestra Gestão de crises e conflitos, feita no dia 13 de junho, no auditório do Órgão Central, por José Lucas Neto, administrador de empresas com habilitação em Finanças. O evento marcou o início da programação proveniente da contratação da Universidade da Amazônia (Unama) para dar continuidade ao Plano de Capacitação da Sefa. Para José Lucas Neto, o objetivo da palestra é mostrar que o servidor vive numa sociedade exponencial. “Cada vez mais ele precisa entender que serve ao público e vive numa re- Adélia (à direita): as demandas vieram das unidades fazendárias e a Sefa canalizou recursos para atendê-las alidade multitarefas. Isso impõe ajus- ção, Pesquisa e Extensão da instituites na carreira e na família. É determi- ção. Nazaré disse que a Sefa resgata nante conhecer as novas tecnologias uma dívida com os servidores das e entender as relações humanas em áreas administrativas e do Tesouro, uma sociedade globalizada. Incor- sem esquecer as demandas da carporar novos conhecimentos é fun- reira da administração tributária. damental para lidar “É fundamental que os com os conflitos e as servidores participem “A Sefa resgata crises. Assim ele mee se qualifiquem para uma dívida com lhora o atendimencumprir a missão da os servidores to ao público, o seu Sefa”, disse. administrativos local de trabalho as Os 11 cursos e as três e do Tesouro, sem relações em sua famípalestras disponibilizaesquecer da carreira lia”, assinalou. das serão ministrados da administração Para ele, a sociepela Unama durante o tributária”. dade civil não fica segundo semestre e são Nazaré Rodrigues, diretora da Escola Fazendária mais submissa e exicusteadas com um invesge os seus direitos. timento de R$ 116.200,00 “Vivemos a era do do BID. Serão 16 turmas, conhecimento, uma vida em rede. 705 vagas e 506 horas/aula. O desafio é harmonizar as diferenA secretária adjunta do Tesouro, ças para alcançar bons resultados. O Adélia Macedo, ressaltou que as deservidor precisa estar bem consigo e mandas vieram das próprias áreas e fazer o bem ao outro”, acentuou. a Sefa canalizou recursos para atenA diretora da Escola Fazendária, dê-las. “Isso fortalece a administraNazaré Rodrigues, destacou a im- ção fazendária, valoriza o servidor portância da parceria com a Unama, e enriquece a vida de cada um com representada no evento por Núbia mais conhecimentos. Façam as insMaciel, pro-reitora de Pós-Gradua- crições e participem”, convocou.