Nome: Português Nº: 3º ano Tendências Contemporâneas Turma: Wilton Nov/09 LITERATURA CONTEMPORÂNEA NOS VESTIBULARES ITA – 2008 Questão 1 O poema abaixo, do poeta contemporâneo José Paulo Paes, se reporta à “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias. O texto de José Paulo Paes Canção do exílio facilitada lá? ah! sabiá… papá… maná… sofá… sinhá… cá? bah! (Em: Um por todos. São Paulo:Brasiliense, 1986.) a) faz uma severa critica ao nacionalismo romântico, exacerbado na “Canção do exílio”. b) mostra que cantar a pátria, tal como é idealizada na “Canção do exílio”, é algo alienante. c) reduz de forma humorística a “Canção do exílio” a seus traços essenciais. d) reproduz todo o conteúdo da “Canção do exílio”. e) mostra que é impossível fazer novas versões da “Canção do exílio”. Resolução C PUC CAMP – 2008 Atenção: As questões de números 2 a 4 referem-se ao texto apresentado. Perto do alpendre, o cheiro das açucenas-brancas se misturava com o do filho caçula. Então ela sentava no chão, rezava sozinha e chorava, desejando a volta de Omar. Antes de abandonar a casa, Zana via o vulto do pai e do esposo nos pesadelos das últimas noites, depois sentia a presença de ambos no quarto em que haviam dormido. Durante o dia eu a ouvia repetir as palavras do pesadelo, “Eles andam por aqui, meu pai e Halim vieram me visitar... eles estão nesta casa”, e ai de quem duvidasse disso com uma palavra, um gesto, um olhar. (Milton Hatoum. Dois irmãos) Questão 2 No fragmento acima, o a) autor descreve pormenorizadamente o que acontecia a Zana antes da noite em que ela deixou a casa em que morava, descrição exemplificada na primeira frase. b) narrador em terceira pessoa, ao contar a história de Zana, revela-se onisciente, conhecedor da intimidade mais profunda da personagem, como se nota, por exemplo, em rezava sozinha e chorava. c) narrador-personagem relata o que testemunhou sobre Zana, deixa o leitor ouvir a voz dessa personagem e comenta, inclusive, o comportamento da mulher de Halim, como se nota na última frase. d) narrador em primeirapessoa ocupa-se prioritariamente com a caracterização do espaço - como se nota pela ocorrência de palavras como alpendre, chão, casa, quarto -, entendendo-o como determinante do estado psicológico da personagem. e) narrador vale-se do discurso indireto para contar o que Zana repetia durante o dia, lembrando-se do pesadelo em que, sozinha, chorava pela partida de Omar. Resposta: C Questão 3 Antes de abandonar a casa, Zana via o vulto do pai e do esposo nos pesadelos das últimas noites, depois sentia a presença de ambos no quarto em que haviam dormido. A redação clara e correta que preserva o sentido da frase acima é: a) Nas últimas noites que antecederam sua partida da casa, Zana via o vulto tanto do pai quanto do esposo, e depois sentia-lhes a presença no quarto onde tinham dormido. b) Antes mesmo de abandonar a casa, Zana já convivia com o fantasma do pai e marido, isso nos delírios das noites derradeiras, nas quais sentia a sua presença no quarto que dormiam. c) Abandonada depois a casa, Zana percebia o espectro do pai e do esposo que vinham atormentá-la nas noites que antecederam, depois sentindo concretamente ambos no quarto em que haviam dormido. d) Zana costumava ver na casa tanto o vulto paterno quanto o marido, nos pesadelos das últimas noites; antes de abandonar a casa, pressentiu sua presença no aposento que dormiam. e) Um dia ela chegou a abandonar a casa, mas depois de noites com pesadelos do pai e do esposo, que viu os vultos, depois sentindo a presença de um e outro, ali no mesmo quarto no qual já tinham dormido. Resposta: A Questão 4 Considerado sempre o contexto, é correto afirmar: a) O modo de formação do plural notado em “açucenas-brancas” é o mesmo que ocorre em se tratando da palavra “abaixo-assinado”. b) A oração desenvolvida que corresponde à reduzida desejando a volta de Omar é “a desejar a volta de Omar”. c) As formas verbais “via”, “sentia” e “haviam dormido” remetem todas a ações ocorridas no mesmo momento do passado. d) Em “eu a ouvia repetir as palavras do pesadelo”, a coesão estabelecida explicitamente com a frase anterior é produzida pelos termos “a” e “do pesadelo”. e) O segmento “com uma palavra, um gesto, um olhar” constitui uma sequência cumulativa, isto é, os três termos se relacionam por adição obrigatória. Resposta: D ITA – 2009 Questão 5 Leia o poema abaixo, “Na contramão”, de Chacal. ela ali tão sem eu aqui sem chão nós assim ninguém cada um na mão Acerca desse poema, considere as seguintes afirmações: I. Ele possui uma das marcas mais típicas da poesia contemporânea, que é a brevidade. II. É notória a informalidade da linguagem, que afasta o poema da tradição culta e erudita. III. Há um sentimentalismo contemporâneo que filtra os excessos da expressão sentimental. IV. Existe a persistência do tema do desencontro amoroso (tradicional na literatura). Questão 37 Está(ão) correta(s) a) apenas a I. b) apenas I e II. c) apenas I, II e III. d) apenas III e IV. e) todas. Resolução: E PUC RS – 2009 INSTRUÇÃO: Para responder à questão 6, analise o texto e as afirmativas que seguem. Além de Cecília Meireles, outros poetas vinculados ao Modernismo abordaram o tema “tempo”. Entre eles, o poeta Mario Quintana, que escreveu um poema intitulado “O tempo”, transcrito a seguir. O despertador é um objeto abjeto. Nele mora o Tempo. O Tempo não pode viver sem nós, [para não parar. E todas as manhãs nos chama freneticamente como [um velho paralítico a tocar a campainha atroz. Nós É que vamos empurrando, dia a dia, sua cadeira de [rodas. Nós, os seus escravos. Só os poetas os amantes os bêbados podem fugir por instantes ao Velho... Mas que raiva impotente dá no Velho quando encontra crianças a brincar de roda e não há outro jeito senão desviar delas a sua cadeira [de rodas! Porque elas, simplesmente, o ignoram... I. O homem no cotidiano empurra o tempo como uma “cadeira de rodas”; só fogem dele, por instantes, os sonhadores. II. O poema relaciona o tempo a objetos comuns e a algumas pessoas, sendo escrito em linguagem simples e direta. III. A expressão “abjeto” (verso 01) é utilizada para caracterizar o despertador, porque sua campainha é irritante. IV. “Velho”, “cadeira de rodas” e “crianças” são imagens utilizadas pelo poeta para reforçar a idéia de passagem do tempo. Questão 6 Pela leitura das afirmativas, conclui-se que estão corretas a) I e II, apenas. b) II e III, apenas. c) III e IV, apenas. d) I, II, e IV, apenas. e) I, II, III e IV. Resposta: D FUVEST – 2008 – 1ª Fase Texto para a questão 7 A borboleta Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama: “Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — Ah!, sim, um lepidóptero… Mário Quintana, Caderno H. nasóculos = óculos sem hastes, ajustáveis ao nariz. Questão 7 Depreende-se desse fragmento que, para Mário Quintana, a) a crítica de poesia é meticulosa e exata quando acolhe e valoriza uma imagem poética. b) uma imagem poética logo se converte, na visão de um crítico, em um referente prosaico. c) o leitor e o poeta relacionam-se de maneira antagônica com o fenômeno poético. d) o poeta e o crítico sabem reconhecer a poesia de uma expressão como “pedaço esvoaçante de vida”. e) palavras como “borboleta” ou “lepidóptero” mostram que há convergência entre as linguagens da ciência e da poesia. Resposta: B UEMG – 2009 UFOP – MG – 2008 Questão 8 Leia atentamente os seguintes poemas de José Paulo Paes: 19 de abril DIA DO ÍNDIO o dia dos que têm os seus dias contados CANÇÃO DE EXÍLIO FACILITADA lá? ah! sabiá... papá... maná... sofá... sinhá... cá? bah! (PAES, José Paulo. Os melhores poemas de José Paulo Paes. São Paulo: Global Editora, 2003, p. 130 ; 155.) Assinale a alternativa que contém a correspondência adequada aos dois poemas. a) Enquanto o segundo poema reflete uma visão jocosa da lírica romântica, o primeiro é um epigrama crítico da realidade indígena. b) O primeiro poema reflete a condição secundária da arte literária no Brasil, e o segundo é um plágio da Canção do Exílio de Gonçalves Dias. c) O segundo poema diferencia-se do primeiro pela ausência de rimas e extrema concentração lírica. d) Ambos os poemas apresentam uma visão sarcástica do estilo poético posterior ao modernismo brasileiro. Resposta: A UNIFAL – 2008 – 2ª Prova QUESTÃO 9 Considere as afirmativas abaixo e marque a alternativa correta. a) Em Sentimento do mundo, a noite é um dos temas mais encontrados e representa um momento social e político que implica uma atitude crítica do poeta, agregada a um movimento de auto-sondagem existencial. b) Ferreira Gullar insere-se na proposta de um lirismo confessional e emotivo, que prevalece em quase todos os seus poemas e que também pode ser notado na maior parte dos poemas de Sentimento do mundo de Drummond. c) Manuel Bandeira e Ferreira Gullar apresentam fundamentalmente poemas que estão a serviço de uma auto-reflexão do ofício poético, nos quais as regras formais são seguidas rigorosamente, aproximando-os do movimento parnasiano. d) Ferreira Gullar inscreve-se na vertente dos poetas concretos, uma vez que todos os poemas desse autor propõem uma pesquisa sócio-econômica, defendendo teses que o levam a refletir sobre as questões da lírica e sociedade. Resposta: A UNIFAL – 2008 – 2ª Prova QUESTÃO 10 Meu poema é um tumulto: a fala que nele fala outras vozes arrasta em alarido. (estamos todos nós cheio de vozes que o mais das vezes mal cabem em nossa voz [...]) Melhores poemas de Ferreira Gullar. Ferreira Gullar. Considerando o trecho do poema e as funções da linguagem, é INCORRETO afirmar que: a) a função poética estabelece um jogo de palavras e sonoridades, o qual aponta para o desdobramento daquilo que está sendo dito e amplia a discussão sobre a multiplicidade. b) a função referencial imprime a esse trecho referências intimistas, com influências lírico-românticas, explícitas no jogo de palavras que multiplica as vozes do poema. c) a função metalingüística indica uma reflexão lírica sobre uma causa social e o eulírico apresenta-se como o local da inscrição da multiplicidade e pluralidade. d) a função emotiva está desdobrada no jogo que o poeta estabelece entre as primeiras pessoas do singular e do plural, confirmando a proposta que a poesia, agora, é a voz de todos. Resposta: B UNIFAL – 2008 – 2ª Prova Leia atentamente o poema de José Paulo Paes para responder as questões de 11 a 13. Ao shopping center Pelos teus círculos Vagamos sem rumo Nós almas penadas Do mundo do consumo. Do elevador ao céu Pela escada ao inferno: Os extremos se tocam No castigo eterno. Cada loja é um novo prego em nossa cruz. Por mais que compremos Estamos sempre nus Nós que por teus círculos Vagamos sem perdão À espera (até quando?) Da Grande Liquidação. In PAES, J. P. Prosas seguidas de odes mínimas. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. p. 73. QUESTÃO 11 O poema acima articula dois universos distintos: o universo econômico do consumismo e o universo religioso. A presença desses dois universos e a relação entre eles não podem ser percebidas a partir dos versos: a) Do elevador ao céu/Pela escada ao inferno (linhas 05-06) b) Nós almas penadas/Do mundo do consumo (linhas 03-04) c) Pelos teus círculos/Vagamos sem rumo (linhas 01-02) d) Nós que por teus círculos/Vagamos sem perdão (linhas 12-13) Resposta: C QUESTÃO 12 Nos versos “Do elevador ao céu/Pela escada ao inferno” (linhas 05-06), os pares de metáfora elevador/céu (par 1) e escada/inferno (par 2) podem ser interpretados, respectivamente, da seguinte maneira: a) o ato de consumir é a única felicidade que podemos ter; abrir mão dessa possibilidade é optar por uma vida de tormentos. b) o consumo compulsivo traz sofrimentos que se estendem como tormentos por toda a vida de uma pessoa, entretanto tais tormentos são passageiros, se comparados à eternidade que o céu oferece. c) é mais díficill e mais lento chegar ao céu que ao inferno. d) ao consumirmos somos tomados, de maneira rápida e instantânea, por um sentimento de felicidade, mas, se o ato de consumir for se tornando um comportamento obsessivo comprometerá, ao longo do tempo, nosso equilíbrio emocional, acarretando-nos sofrimentos. Resposta: D QUESTÃO 13 No poema de José Paulo Paes, os versos “Pelos teus círculos/Vagamos sem rumo/Nós almas penadas/Do mundo do consumo” (linhas 01-04) podem ser interpretados da seguinte maneira: a) as pessoas perdem-se frente a tantas opções de compra que as lojas oferecem. b) todas as pessoas que vivem em sociedades de consumo transformam-se em almas penadas que vagueiam pelos shoppings. c) o mundo do consumo torna as pessoas indiferentes. d) o mundo do consumo transforma pessoas em autômatos que vagueiam – sem ponto de partida, nem de chegada e sem um objetivo determinado – pelos corredores dos shoppings centers. Resposta: D UFOP – MG – 2009 Questão 14 Assinale a alternativa que não apresenta características de Auto da Compadecida. a) Incorporação da estética circense, que tem como uma de suas funções interromper e comentar as ações desenvolvidas. b) Predominância da visão trágica na caracterização cênica das condições miseráveis da população rural nordestina. c) Presença da dimensão intertextual representada pelas referências a histórias perpetuadas pela literatura de cordel. d) Utilização da sátira social, relacionada às condições de vida dos personagens e à venalidade do clero. Resposta: B UFV – 2008 – 1º Dia Questão 15 Considere as seguintes afirmativas, referentes à obra O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna: I. II. III. Está ligada às formas culturais do Nordeste brasileiro, realizando uma síntese entre o teatro popular e o erudito, dialogando com a tradição literária ibérica dos autos de Gil Vicente para realizar uma comédia, cuja temática é de natureza religiosa. Apresenta as personagens João Grilo e Chico, malandros e mentirosos, os quais se envolvem numa grande confusão por causa do enterro de um cão. A confusão envolve também um açougueiro e sua mulher adúltera, um bispo, um padre e um sacristão, todos corruptos, e um cangaceiro, Joca Ramiro, responsável pela morte de todos. Representa o apelo de João Grilo, que solicita a ajuda a Nossa Senhora Compadecida, a qual aparece e intervém em favor dos pecadores. Manuel atende ao pedido de sua mãe e envia todos os pecadores para o céu. A única exceção é João Grilo, que é mandado de volta à Terra para se encontrar com seu parceiro Chico. É CORRETO o que se afirma em: a) b) c) d) III, apenas. I e II, apenas. I, apenas. II e III, apenas Resposta: C UFV – 2009 – 1º Dia Questão 16 Sobre a cena do julgamento na obra O Auto da Compadecida, é INCORRETO afirmar que o personagem João Grilo: a) dirigi-se a Jesus com certa intimidade b) é sincero ao expor seu pensamento. c) invoca a Compadecida para interceder a favor dos pecadores. d) convence Jesus com mentiras a dar-lhe outra oportunidade. Resposta: D UFU – 2009 Questão 16 Há um verso de Paulo Leminski, em La vie em close, que define a tendência estética dessa coletânea: “Tudo é vago e muito vário”. De fato, nessa obra, Leminski dialoga com várias tendências da poesia contemporânea. Considerando essa informação, marque a alternativa em que os versos de Leminski NÃO correspondem à tendência mencionada. a) Poesia social, em que o poeta denuncia as injustiças promovidas pela ordem capitalista, em defesa das classes dominadas, no anseio de transformar a sociedade. um home com uma dor é muito mais elegante caminha assim de lado como se chegando atrasado andasse mais adiante carrega o peso da dor como se portasse medalhas [...] não me toquem nessa dor ela é tudo que me sobra sofrer, vai ser minha última obra b) Poesia Marginal, em que ser poeta é mais uma questão de atitude existencial constestatória do que de fazer poemas sublimes, em busca de reconhecimento. podia passar a vida inteira assim olhando a lua a boca cheia de luz e na cabeça nem sombra da palavra glória c) Poesia intimista, te teor auto-contemplativo, que revela a tendência atual dos artistas para as carreiras-solo. Encontra nos blogs seu veículo primordial de difusão. passageiro solitário o coração como alvo, sempre o mesmo, ora vário, aponta a seta, sagitário, para o centro da galáxia d) Hai-kai, forma poética de origem oriental, em que o poeta busca captar em versos breves um reflexo instantâneo da realidade. sobressalto esse desenho abstrato minha sombra no asfalto Resposta: A UFU – 2009 Questão 17 Sobre as tendências contemporâneas na Literatura Brasileira, marque a alternativa INCORRETA. a) “ Quanto aos poetas veteranos, que estrearam em torno de 50 [...], continuam criando textos de boa qualidade literária dentro de suas respectivas concepções do fazer poético. Tomados em conjunto, dão exemplo da vitalidade de um entendimento moderno, lato sensu, da poesia como síntese de afeto e imagem, ritmo e pensamento”, como se pode perceber na obra Prosas seguidas de odes mínimas, de José Paulo Paes. b) No campo da prosa, a Literatura Brasileira abre-se às nossas diferenças, à diversidade cultural, aos vários “brasis” que constituem a nação brasileira, ao mesmo tempo em que se trata de temas universais, como a busca pela identidade, a solidão, o mistério da morte. No plano da expressão, percebe-se um relaxamento da linguagem formal, que cede aos apelos do falar cotidiano e da redação jornalística. O romance Nove noites, de Bernardo Carvalho, é representativo dessa tendência. c) ao mesmo tempo em que a prosa dispõe de uma oportunidade ampla de trabalho em relação às categorias de narração, tempo e espaço, ela se vale de registros narrativos intimistas, que privilegiam a sondagem da consciência, os estados de alma, conservando, dessa forma, uma tradição que não é, necessariamente, contemporânea. A sondagem do mundo interior pode ser verificada em O monstro, de Sérgio Sant’Anna. d) A poesia abandona o discurso poético e o verso, seja ele livre ou metrificado, e rompe definitivamente com a sintaxe expandida, cedendo lugar às experiências gráficas. De igual modo, despreza-se a fala autobiográfica, a expressão do desejo e da memória, elementos consagrados pela tradição lírica. O que resta, na poesia contemporânea, é o experimentalismo formal, como atesta a obra Prosas seguidas de odes mínimas, de José Paulo Paes. Resposta: D