Laurent FONBAUSTIER Jeudi 18 octobre 2012 France et Europe après Rio + 20 : Peut-on croire au développement durable ? França e Europa pós Rio + 20 : Pode-se crer em desenvolvimento sustentável ? I. UNE VOLONTÉ POLITIQUE INCONTESTABLE Uma vontade política incontestável A. Rio inspire les politiques européennes depuis 20 ans Rio inspira as políticas européias há 20 anos. 1. une dynamique européenne inscrite dans les Déclarations de Stockholm (1972) et de Rio (1992) A dinâmica europeia inscrita nas declarações de Estocolmo e Rio 92. a) bref retour sur Stockholm, Rio 1992 et Rio 2012 : l’idéal à portée de main Breve retorno a Stoclkolmo, Rio 92 e Rio 2012: o ideal ao alcance da mão. b) l’Europe de Rio à « Rio + 20 » : entre ambitions et recul, un reflet de la volonté ou de l’absence de volonté des États A Europa, de Rio 92 à Rio+20: entre ambições e retrocessos, um reflexo da vontade ou da ausência de vontade dos Estados. I. UNE VOLONTÉ POLITIQUE INCONTESTABLE A. Rio inspire les politiques européennes depuis 20 ans 2. des principes et objectifs de développement durable Princípios e objetivos do desenvolvimento sustentável a) les évolutions du droit communautaire originaire (les traités eux-mêmes) : une intégration renforcée du développement durable. a) a evolução do direito comunitário (tratados): uma integração reforçada do desenvolvimento sustentável => les traités et le droit originaire : l’Acte unique européen (1985), le Traité de Maastricht (1992), le Traité d’Amsterdam (1997), le Traité de Nice (2000), le Traité de Lisbonne (2007) : respecter l’environnement => Os tratados e o direito originário: Ato Único Europeu, Tratado de Maastricht, Tratado de Amsterdam, Tratado de Nice, Tratado de Lisboa: respeito ao meio ambiente. => une intégration croissante du développement durable dans l’ensemble des politiques publiques européennes (la Stratégie européenne en faveur du développement durable de 2001, révisée en 2005 ; OCDE 2010). => Integração crescente do desenvolvimento sustentável no conjunto das políticas públicas europeias (Estratégia europeia em favor do desenvolvimento sustentável de 2001, revisada em 2005 ; OCDE 2010) I. UNE VOLONTÉ POLITIQUE INCONTESTABLE A. Rio inspire les politiques européennes depuis 20 ans 2. des principes et objectifs de développement durable b) les directives, instruments d’« objectifs » au service d’un développement durable : As diretivas, instrumentos de objetivos ao serviço do desenvolvimento sustentável. => la directive « oiseaux » (1979), la directive « habitats » (1992), plus de 300 directives « sectorielles » intéressant l’environnement et le développement durable Diretivas “oiseaux” (pássaros), “habitats” (habitates). Mais de 300 diretivas setoriais interessando ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável. c) le règlement REACH (2007, enregistrement, évaluation, autorisation et restriction des produits chimiques). Regramento REACH (registro, avaliação, autorização e restrição de produtos químicos). 3. l’autre droit européen : le droit du Conseil de l’Europe et des droits de l’homme O outro direito europeu : o direito do Conselho da Europa e da Corte Europeia de Direitos Humanos. I. UNE VOLONTÉ POLITIQUE INCONTESTABLE B. Rio et l’Europe stimulent les engagements français depuis 20 ans Há 20 anos, Rio e Europa estimulam o engajamento francês. 1. certains antécédents a) la création du Ministère de l’Environnement en 1971 b) les lois de 1976 : => la loi du 10 juillet 1976 relative à la protection de la nature => la loi du 19 juillet 1976 relative aux installations classées pour la protection de l’environnement Alguns antecedentes: - criação do Ministério do Meio Ambiente em 1971 - as leis de 1976 - Lei de 10 de julho de 1976 relativa à proteção da natureza - Lei de 19 de julho de 1976 relativa às instalações classificadas para a proteção ambiental. 2. de la stratégie nationale de développement durable (2003) au “nouveau Grenelle de l’environnement” (2013) a) Stratégie nationale de développement durable (2003-2008 puis 2010-2013) b) la Charte de l’environnement (2004, adossée à la Constitution en 2005) c) le Grenelle de l’environnement (2007) d) la Conférence environnementale (2012) Da estratégia nacional de desenvolvimento sustentável (2003) à Conferência Ambiental (“novo Grenelle de l'Environnement” (2013) a) estratégia nacional de desenvolvimento sustentável (2003-2008 e 2010-2013) b) Carta do Meio Ambiente de 2004, incluída na Constituição em 2005) c) “Grenelle de l'Environnment” d) Conferência ambiental II. UNE AMBIGUÏTÉ JURIDIQUE PERSISTANTE Uma ambiguidade jurídica persistente A. Les deux modèles de développement durable Dois modelos de desenvolvimento sustentável 1) le « développement durable » comme oxymore : la logique de conciliation O paradoxo do desenvolvimento sustentável : a lógica de conciliação. a) considérants 6 et 7 du Préambule : considerandos 6 e 7 do Preâmbulo : ⇒ « la préservation de l’environnement doit être recherchée au même titre que les autres intérêts fondamentaux de la Nation » ⇒ A preservação do meio ambiente deve ser perseguida em consonância com os demais interesses fundamentais da Nação. ⇒ « afin d’assurer un développement durable, les choix destinés à répondre aux besoins du présent ne doivent pas compromettre la capacité des générations futures et des autres peuples à satisfaire leurs propres besoins » ⇒ A fim de garantir o desenvolvimento sustentável, as escolhas relativas às necessidades presentes não devem comprometer as futuras gerações, garantindo-se que outras populações satisfaçam suas próprias necessidades b) article 6 de la Charte de l’environnement : « Les politiques publiques doivent promouvoir un développement durable. A cet effet, elles concilient la protection et la mise en valeur de l'environnement, le développement économique et le progrès social. » Artigo 6° da Carta do Meio Ambiente: “As políticas p úblicas devem promover o desenvolvimento sustentável. Para tanto, devem conciliar a proteção a valorização do meio ambientel, bem como o desenvolvimento econômico e o progresso social.” 2) le développement durable comme façon de repenser le développement : le principe d’intégration (article 1er de la loi Grenelle 1 : « un nouveau développement durable respectueux de l’environnement »). O desenvolvimento sustentável como forma de repensar o desenvolvimento: princípio da integração (artigo 1°da Lei Grenelle 1: “un novo desenvolvimento suste ntável que respeita o meio ambiente. II. UNE AMBIGUÏTÉ JURIDIQUE PERSISTANTE A. Les deux modèles de développement durable 2) le développement durable comme façon de repenser le développement : le principe d’intégration : a) article 1er de la loi Grenelle 1 : « un nouveau développement durable respectueux de l’environnement » et du caractère limité des ressources, soucieux des économies d’énergie O desenvolvimento sustentável como forma de repensar o desenvolvimento: princípio da integração (artigo 1°da Lei Grenelle 1: “un novo desenvolvimento sustentável que respeita o meio ambiente” e o caráter limitado dos recursos, preocupando-se com a economia der energia. b) ce que « intégrer » veut dire : os significados de integração ⇒ intégration « horizontale » : protéger l’environnement dans toutes les politiques publiques ⇒ integração horizontal: proteger o meio ambiente em todas as políticas públicas ⇒ intégration « verticale » : échelle de normativité (prise en compte < compatibilité < conformité par rapport à l’environnement) ⇒ integração vertical: escala normativa, consideração < compatibilidade < conformidade em relação ao meio ambiente. II. UNE AMBIGUÏTÉ JURIDIQUE PERSISTANTE B. La jurisprudence comme miroir des incertitudes A Jurisprudência como espelho de incertezas 1) des avancées sur le terrain des droits environnementaux procéduraux Os avanços processuais em matéria ambiental a) Cour européenne des droits de l’homme de Strasbourg (une jurisprudence pragmatique et constructive depuis 15 ans) : CEDH, 9 décembre 1994, Lopez Ostra contre Espagne – CEDH, 12 janvier 2012, Di Sarno et autres contre Italie b) Conseil constitutionnel (une position nuancée depuis 2005 mais intéressante depuis 2011) : CC, 28 avril 2005, Loi relative à la création du registre international français – CC, 7 juillet 2005, Loi de programme fixant les orientations de la politique énergétique de la France – CC, 8 avril 2011, Michel Z et Catherine J c) Conseil d’État et juge administratif en général : CE, 10 juillet 2006, Lac de Saint-Croix et gorges du Verdon – CE, 3 octobre 2008, Commune d’Annecy II. UNE AMBIGUÏTÉ JURIDIQUE PERSISTANTE B. La jurisprudence comme miroir des incertitudes 2) des difficultés pour le « droit à un environnement sain » et plus généralement la protection « objective » de l’environnement As dificuldades relacionadas com o “direito ao meio ambiente sadio” e de forma generalizada à proteção “objetiva” do meio ambiente. a) CEDH, 27 janvier 2009, Tatar contre Roumanie mais pas de protection générale de l’environnement (instruments inadéquats et Protocole additionnel sur la protection de l’environnement) ausência de proteção geral do meio ambiente (instrumentos inadequados e protocolo adicional de proteção ambiental) b) des juges du fond au Conseil d’État : Os juízes de fundo do Conselho de Estado => audace des juges du fond : l’affaire de la Rave Party, TA Chalons-enChampagne, 29 avril 2005 – TA Amiens, 8 décembre 2005 Audácia dos juízes de fundo: o caso da Festa Rave. => timidité sur l’article 1er de la Charte de l’environnement : CE, 19 juin 2006, Association Eau et rivières de Bretagne (≠ article 1er de la Charte) A timidez na utilização do art. 1°da Carta do Meio Ambiente. CONCLUSION 1) relire Stockholm et Rio : tout y était Reler Stockolmo e Rio: tudo foi dito. 2) vers un droit européen et français « intégré » du développement durable qui devrait présenter deux caractères majeurs Caminhando em direção a um direito europeu e francês que integre o desenvolvimento sustentável, com as principais características: a) montée en puissance des droits environnementaux (substantiels, accessoirement, avec le « droit à un environnement sain » ; procéduraux, prioritairement, avec les droits à l’information et à la participation du public) Fortalecimento dos direitos ambientais (substanciais, acessoriamente com o “direito ao meio ambiente sadio”, procedimental, prioritariamente com os direitos à informação e participação do público) b) avènement progressif (et espéré) d’un nouveau (droit du) développement durable Vinda progressiva (e aguardada) de um novo (direito do) desenvolvimento sustentável.