(39/2007) SEPSE: DESENVOLVENDO UMA CAMPANHA INSTITUCIONAL Introdução: De acordo com Surviving Sepsis, estima-se que, na América do Norte, mais de 750.000 pessoas desenvolvam Sepse grave a cada ano. Devido ao acometimento de órgãos vitais como pulmões, rins, fígado e coração, acredita-se que a taxa de mortalidade destes pacientes esteja entre 30 - 35%. Os mesmos dados são esperados para a Europa. No Brasil, o problema é ainda maior, sendo que a taxa de mortalidade é da ordem de 60%. Justificativa: A idéia do projeto surgiu a partir da necessidade de normatizar a atenção à Sepse e implantar indicadores de controle visando a melhoria da assistência. Objetivos: O programa teve como objetivos definir e implantar o protocolo institucional visando a identificação precoce da Sepse, a redução da taxa de mortalidade, o tempo de permanência hospitalar e custos. Método: Um grupo de trabalho foi formado sob coordenação da Diretoria Médica do Hospital. Entre os membros estavam representantes médicos e enfermeiros do Departamento de Urgência e Emergência, UTI, infectologistas, hospitalistas, DCIH, Departamento de Qualidade, Assessoria Médica e Comunicação. Com reuniões semanais de 1 hora e atividades extras, o grupo realizou o levantamento de todo processo atual de atendimento do Departamento de Urgência e Emergência. Pontos de oportunidade foram identificados resultando em alterações nos processos de triagem de enfermagem, direcionamento médico e internação. Após revisão bibliográfica, a Comissão definiu por seguir as diretrizes do Surviving Sepsis Campaign com adaptações a realidade brasileira e institucional. Durante a elaboração do Protocolo, foram realizadas reuniões clínicas abertas ao Corpo Clínico do Hospital e equipes assistenciais. O Objetivo era de apresentar e discutir os trabalhos realizados pelo grupo. Para divulgação, foram utilizados cartazes, sendo um primeiro de introdução, seis com os passos da campanha e um com a apresentação do protocolo. As fichas de PS identificadas com SIRS durante a triagem de enfermagem passaram a ser analisadas a fim de verificarmos a adesão ao protocolo. Resultados: entre novembro de 2006 e janeiro de 2007 a adesão ao protocolo passou de 30% para 60% na Unidade de Urgência e Emergência. Conclusões: Estão programados novas reuniões clinicas e distribuição de folder de bolso com o protocolo a toda equipe envolvida no processo. Esperamos ampliar a adesão ao protocolo para brevemente incluirmos o hospital em um programa internacional de controle de Sepse.