Avaliação dos pacientes diagnosticados com sepse sem inclusão no protocolo
em um hospital privado
Autores: Ana Lídia da Conceição Martins¹, Lucianne Thays Cantanhede Garcez¹, Marcelo
Mesquita Barbosa¹, Victoria Ribeiro da Silva Santini¹.
Objetivo
Comparar o desfecho dos pacientes diagnosticados com sepse sem
inclusão no protocolo com aqueles que foram incluídos.
Métodos
A pesquisa foi realizada em um hospital privado da cidade de São Luís –
MA. As informações foram coletadas por meio de busca ativa nos prontuários e
as informações relevantes para a pesquisa foram inseridas em um banco de
dados. A população foi composta por pacientes com sepse e que deveriam ter
sido incluídos no protocolo no primeiro trimestre de 2015. A análise das
variáveis qualitativas foi feita através de proporções.
Resultados
Durante o primeiro trimestre do ano de 2015, foram diagnosticados 163
casos de sepse, porém em 29 casos o paciente não foi incluído no protocolo de
sepse e/ou o protocolo não foi seguido de maneira adequada, correspondendo
à 17,79% dos casos. Desses, 85,71% receberam alta e 14,29% permaneciam
internados até o fechamento deste estudo.
A média de dias internação desses pacientes ficou em 10,6 um número
ligeiramente superior aos dos pacientes incluídos no protocolo (8,76 dias).
Nos pacientes incluídos no protocolo, em 21,74% dos casos o antibiótico
não foi administrado dentro do tempo de uma hora. Já nos pacientes não
incluídos, em 32,14% dos casos, o antibiótico não foi administrado dentro do
prazo estimado e em 51,7% dos casos não foram solicitadas as coletas de
culturas e/ou lactato.
¹ UDI Hospital - São Luís (MA), Brasil
O principal foco infeccioso foi o pulmonar (42,86%), seguido dos focos:
abdominal (21,43%), urinário (17,86%), indeterminado, pele, vias aéreas
superiores, trato gastrointestinal e outros (3,87%).
Conclusão
Podemos observar que, nos casos dos pacientes sépticos não incluídos
no protocolo e/ou em que o protocolo não foi seguido de maneira adequada,
houve uma tendência à demora na administração da primeira dose do
antibiótico e que, além disso, o tempo de internação foi superior em relação a
aqueles pacientes que foram incluídos e em que o protocolo foi seguido de
maneira correta.
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