TÍTULO: A Percepção dos Alunos sobre a Importância das Disciplinas do Currículo do
Curso de Ciências Contábeis : Reflexões Diante do Contexto Contemporâneo
Autoria: Michael Dias Corrêa, Tatiane Antonovz, Márcia Maria dos Santos Bortolocci Espejo
Resumo
A globalização e o crescente aumento da complexidade dos negócios juntamente com a alta
tecnologia da informática têm contribuído para o desenvolvimento de novas técnicas
contábeis, além disso, com as atuais crises e a convergência das normas contábeis, órgãos
como o International Federation of Accountants (IFAC), e o International Accounting
Standard Boards (IASB) tem atuado junto aos contadores para o desenvolvimento de
profissionais que possam atuar nesse cenário. O objetivo principal da presente pesquisa é
analisar a percepção que os alunos têm das disciplinas que compõem a grade curricular do
curso de graduação em Ciências Contábeis na Universidade Federal do Paraná, que entre
outros fatores, foi escolhido devido ao fato de este estar entre os 5 cursos que obtiveram a
nota máxima no ENADE (2006). A pesquisa classifica-se como exploratória e descritiva e
teve a coleta de dados obtida mediante uma survey com a aplicação de questionários
diretamente em sala de aula, obtendo-se 117 questionários válidos e que posteriormente foram
analisados estatisticamente com a utilização do software Statistical Package for the Social
Sciences (SPSS). Além da importância das disciplinas, foi levantado o papel da experiência
profissional na formação do profissional contábil e a importância do conhecimento de idiomas
estrangeiros. Embora muitos já tenham atuado no mercado de trabalho, a minoria possui
conhecimentos além de básicos em línguas estrangeiras, como inglês e espanhol. Estudos em
outras instituições tornam-se necessários para se medir o perfil dos estudantes, comparandose, quando possível, regiões distintas e estudantes de instituições públicas e privadas.
1
INTRODUÇÃO
O profissional da área contábil sempre teve ótimas perspectivas com relação ao futuro
da carreira, já que a contabilidade tem suas atividades ligadas aos mais diversos segmentos
existentes de negócios (FREZZATI et al, 2006). A vantagem da atividade e,
consequentemente, deste profissional advém do fato de ele entender os relacionamentos que
existem entre as diversas áreas operacionais das empresas.
Em contraposição a estas boas perspectivas, existem aspectos relacionados à formação
do contabilista que não estão acompanhando as mudanças econômicas decorrentes da
globalização. Segundo Albrecht e Sack (2000), vários líderes na área da contabilidade
consideram a atual estrutura da educação contábil desatualizada e com necessidade de
mudanças significativas.
O ensino da contabilidade tem sido difundido no Brasil desde 1902, com a fundação
da Escola de Comércio Álvares Penteado pelo Decreto 20.158, que regulamentava a profissão
de guarda-livros e com o Decreto-Lei 7.988/45, que instituiu o Curso de Ciências Contábeis e
Atuariais, posteriormente separados pela Lei 1.401 de 1951.
Aparentemente há uma lacuna entre o que é ensinado pelos educadores e o que é feito
na prática pelos contadores já graduados. Também existem problemas com relação aos bons
currículos acadêmicos e o desempenho na vida profissional (HAWKES et al, 2003). São
diversos problemas que podem ser enumerados nesta seara, dentre os quais podem ser
descritos os da obra de Williams (1991), o qual cita que o curso não atrai mais alunos de
qualidade em número suficiente para suprir a demanda do mercado; o atual currículo perdeu a
sua importância e o curso não está desenvolvendo no aluno as habilidades e atributos
necessários ao aprendizado e, consequentemente, ao desempenho da profissão.
1 Marion (1996) comenta que a contabilidade deve ser ensinada não apenas por
“auleiros”, que muitas vezes transmitem o conhecimento por mera cópia do que já existe, mas
sim com critérios didáticos e que sejam baseados em pesquisa. Atualmente, vários trabalhos
abordam temas relacionados tanto ao estudo da grade curricular como da percepção de alunos
e docentes em relação ao curso (FÁVERO SOBRINHO, 1998; SILVA et al, 2006; NIYAMA
et al, 2008).
Hendriksen e Van Breda (1999) citam que a contabilidade desenvolveu-se em resposta
aos avanços tecnológicos por quais passaram a sociedade como um todo, sendo que ainda
segundo estes, não deveria haver motivos para que esta ciência não continuasse a evoluir em
resposta a tais mudanças. Assim sendo, as mudanças tecnológicas que norteiam o trabalho
contábil são, provavelmente, as que mais afetaram o nível de conhecimento dos novos
profissionais pelo fato de a ciência contábil, no seu processo de ensino e aprendizagem, não
acompanhar a evolução de tais tecnologias.
Esta situação continuada acabou por criar gerações de profissionais que aprenderam
mais sobre a profissão depois de terminarem o curso de graduação. Isto pode também ocorrer
porque os estudantes provavelmente são expostos a formas inadequadas do processo
metodológico (MARION, 1996) e que também, consequentemente, aliado à dificuldade de
difusão de conhecimento gerado nesse processo, poderiam não estar atribuindo a devida
importância às disciplinas que elencam as grades curriculares do curso de graduação em
Ciências Contábeis.
Neste sentido, o escopo do presente artigo é verificar a opinião dos alunos que já
concluíram, pelo menos, a metade do curso e, portanto teriam uma melhor percepção sobre o
mercado de trabalho de uma forma geral, além de possuir um conhecimento maior sobre as
disciplinas já estudadas. Para se obter respostas sobre a defasagem entre o que é ensinado e o
que se pratica na profissão, é necessário que os estudantes que já detêm um mínimo
conhecimento prático expressem suas opiniões, respondendo à seguinte questão orientativa:
Qual a percepção dos graduandos de Ciências Contábeis da Universidade Federal do
Paraná sobre a importância das disciplinas do curso que frequentam?
O objetivo principal da pesquisa é analisar a percepção que os alunos têm das
disciplinas que compõem a grade curricular do curso de graduação em Ciências Contábeis na
UFPR. Os objetivos específicos são identificar as opiniões com relação a experiências
profissionais anteriores ao curso de graduação, expectativas futuras acerca do mercado de
trabalho e identificar a percepção da importância de conhecimentos adicionais, como os de
línguas estrangeiras no futuro exercício da profissão contábil.
A escolha do curso de Ciências Contábeis da UFPR deu-se, além do critério de
acessibilidade, em função do seu destaque no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes
(ENADE, 2006), sendo um dos 5 cursos no país que obtiveram nota máxima dentre todos os
cursos que fizeram o exame. Além disto, este tópico torna-se relevante mediante gap que
existe entre o ensino da Contabilidade e o a percepção dos alunos com relação à prática, ou
seja, de que forma estão sendo difundidos e entendidos os conhecimentos e como estão sendo
formados estes profissionais.
O presente artigo está estruturado em mais 5 partes além da introdução: a revisão da
bibliográfica que contempla o mercado de trabalho para o profissional contábil; o processo
educacional e a visualização do curso de Ciências Contábeis. A terceira parte do artigo
apresenta o design e a classificação da pesquisa bem como o instrumento e modus operandi
de coleta de dados. A análise dos resultados é reportada no capítulo 4, e a última sessão
apresenta as conclusões e achados deste artigo.
2 2
REVISÃO DA LITERATURA
2.1
O mercado de trabalho do profissional contábil
Hawkes et al (2003) afirmam que globalização e o crescente aumento da
complexidade dos negócios, juntamente com a alta tecnologia da informática têm contribuído
para o desenvolvimento de novas técnicas contábeis. Além disso, com a atual crise norteamericana que se alastrou para o mundo e a convergência das normas contábeis, órgãos como
o International Federation of Accountants (IFAC), e o International Accounting Standard
Boards (IASB) têm atuado junto aos contadores para o desenvolvimento de profissionais que
possam atuar nesse cenário (RICCIO E SAKATA, 2004; MAGALHÃES E ANDRADE,
2006).
Além das novas práticas contábeis o contador precisa estar atento e apto a desenvolver
suas atividades nas mais diversas áreas profissionais possíveis. Silva (2006, p.18) explicita
que “as funções do contabilista, atualmente, não se restringem ao âmbito meramente fiscal,
avançaram em Auditoria, Controladoria e Atuarial.” Segundo Lousada (2003) apud
Magalhães e Andrade (2006) o mercado atual não necessita apenas de uma profissionalização
de simples adaptação ou inserção, mas uma capacitação ampla, holística, onde o profissional
passa a ser o analista, o consultor, o reengenheiro.
Assim, o mercado de trabalho que, devido à própria agilidade do mundo globalizado,
necessita de profissionais cada vez mais atentos a essas mudanças, precisa também que o
curso e o aluno de Ciências Contábeis estejam em sintonia com as mudanças e que estes
possam rapidamente se adaptar a elas, além de aliarem tais conhecimentos à ética e aos
diferentes tipos de usuários da contabilidade.
Para Frezzati et al (2006) o ensino da contabilidade deverá fornecer planos de ação
inovadores, propiciando aos alunos a possibilidade de desenvolverem novas estratégias e
formas de condução de seus pensamentos, bem como de suas vidas tanto nos aspectos
pessoais, culturais como profissionais. Marion (1996) corrobora esta idéia quando cita que os
alunos devem ter como principal objetivo a interpretação e a análise dos relatórios contábeis e
prepará-lo para que esse seja capaz de participar nos processos decisórios, baseados nos
relatórios contábeis.
Adicionalmente a esse pensamento, Silva et al (2007, p.45) acreditam que “com a
premissa de ser a academia um celeiro de concepção e desenvolvimento de idéias, conceitos e
práticas de gestão empresarial, é intuitivo imaginar que seus docentes e pesquisadores
apresentem elevados níveis de compreensão sobre essas práticas [...]”.
Além disso, é preciso que exista a preocupação de que sejam aliadas ao ensino prático
da contabilidade matérias que propiciem ao aluno a vivência que este necessita para o
desempenho futuro de suas atividades profissionais através de matérias, laboratórios e o uso
de sistemas e programas que possibilitem isto. Deve existir também a preocupação com
matérias que possam ampliar os horizontes dos acadêmicos como, por exemplo,
Contabilidade Estratégica (SILVA et al, 2007), Contabilidade Internacional (NIYAMA et al,
2008), entre outras, além do acesso à língua inglesa e espanhola, tão difundidas no mundo dos
negócios.
2.2
O processo educacional
Segundo Ropé e Tanguy (2003), as universidades vêm se aproximando pouco a pouco
do mundo corporativo, quer seja através da cooperação mútua ou por revisões na forma de
3 pensar os conteúdos de ensino, de organizar seus modos de transmissão e de avaliá-los. Por
isso, desde a década 70 a preocupação com o emprego depois da formação universitária está
no centro do sistema educativo.
Todas as adequações que são feitas nos sistemas de formação e de educação são
efetuadas através dos currículos escolares e têm o objetivo de formar um novo profissional,
totalmente adaptado às evoluções que ocorrem na sua atividade profissional e no mundo. De
acordo com Nossa (1999), a Instituição de Ensino Superior (IES) deverá estar atenta as
mudanças no ambiente em que está inserida e deverá adaptar-se para formar estudantes
capazes de serem agentes de mudança.
A Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura (UNESCO),
através de uma conferência mundial focada na educação superior realizada em 1998,
enfatizou que o objetivo do ensino superior é educar para a cidadania e a participação na
sociedade, tendo como ponto de partida uma visão global, possibilitando que o estudante se
desenvolva individualmente e conquiste sua autonomia. Adicionalmente, esta conferência
deixou claro que os objetivos principais eram que o estudante se visse como responsável pela
consolidação dos direitos humanos, pelo desenvolvimento sustentável, pela melhoria da
sociedade como um todo, pela democracia e pela paz num contexto de justiça.
O Ministério da Educação e Cultura do Brasil (MEC) deixa explícito (BRASIL, 1998)
que busca a adaptação e a permanência no mercado de trabalho, como também a formação de
cidadãos críticos e reflexivos e que possam desenvolver habilidades com este fim. O MEC
também indica o perfil desejado do aluno egresso do curso de Ciências Contábeis: espera-se
que exerça a profissão com responsabilidade social e apresente atuação técnica e instrumental,
considerando outros ramos do saber e evidenciando o domínio de habilidades e competências
inter e multidisciplinares (MEC-CNE, 2007).
Apesar de todos estes preceitos, Fávero Sobrinho (1998) cita em sua pesquisa que a
maioria dos alunos entrevistados acredita que os currículos são meramente teóricos e pouco
abrangentes, o que acaba por não permitir que o aluno desenvolva as habilidades mínimas
requeridas pelo MEC. Ainda segundo este autor, há uma descontinuidade entre o papel que a
instituição deveria ter que é de agência formadora e os segmentos sociais responsáveis pela
recepção dos profissionais de contabilidade nas suas funções sociais específicas.
Desta forma, o principal papel do ensino superior, o qual deve atuar tanto junto ao
discente quanto à sociedade, acaba por passar longe do seu objetivo principal, que seria o de
elo de ligação e agente de promoção de ambos. Fávero Sobrinho (1998, p.59) sugere que haja
o “desenvolvimento de um projeto pedagógico participativo, que seja o elemento articulador
das relações pedagógicas entre o professor e o aluno e de ambos com a sociedade.” Nossa
(1999) corrobora esta idéia e afirma que, além de todo o esforço depreendido nos currículos,
as estruturas das instituições de ensino superior dependem e muito da mudança e do
compromisso assumido de professores para formar bons profissionais e não apenas informálos sobre conteúdos.
2.3
O curso de Ciências Contábeis
Segundo informações do MEC (2009), o Brasil possui atualmente 1.098 cursos de
Ciências Contábeis, o que vem aumentando exponencialmente a cada ano, pois conforme a
pesquisa de Frezzati et al (2006), em 2002 existiam cerca de 700 cursos. Já no trabalho de
Niyama et al (2008), até junho de 2006, eram 888 cursos autorizados e/ou reconhecidos pelo
MEC, distribuídos conforme a tabela 1.
4 Região
TABELA 1. Distribuição dos Cursos de Ciências Contábeis no Brasil
Instituições Reconhecidas
Percentual
Norte
Nordestes
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Totais
Fonte: Adaptado do MEC (2009)
73
200
471
220
134
1098
6,65%
18,21%
42,90%
20,04%
12,20%
100%
A preocupação atual relacionada com o conteúdo dos cursos, que admite algumas
regionalizações e adaptações culturais advém do fato da disseminação cada vez maior dos
cursos de Ciências Contábeis, criando assim alguns problemas no estabelecimento de padrões
mínimos para estes cursos. Nossa (1999) confirma que o crescimento quantitativo do número
de cursos de graduação acarretou em contratações de profissionais com pouca ou nenhuma
experiência acadêmica, e assim sendo a maioria desses apresentava algum tipo de deficiência
no processo de ensino-aprendizagem.
O currículo mínimo exigido para o curso de ciências contábeis foi fixado de acordo
com a Resolução no. 10 de Dezembro de 2004 da Câmara de Educação Superior (CES),
ficando determinando que os cursos de Ciências Contábeis podem, de forma independente,
estabelecer perfis ideais para os alunos através das disciplinas que cursam durante a
graduação, sendo que essas deverão estabelecer a organização curricular para esse curso por
meio de Projeto Pedagógico. Este deverá compreender conteúdos que abordem
conhecimentos dos cenários econômicos e financeiros, nacionais e internacionais, bem como
a capacidade de usar a linguagem contábil, elaboração de relatórios, pensamento lógico e
crítico, entre outros
No entanto, até pela própria dinâmica da profissão, que a cada dia exige
conhecimentos mais amplos, as instituições de ensino deixaram de ter certeza da adequação
de determinadas disciplinas. Como conseqüência, os cursos de graduação passam a ter planos
de ensino que não condizem com a realidade que os alunos vivem, gerando uma lacuna de
conhecimento (HAWKES et al, 2003) e fazendo com que eles percam ou diminuam, com o
tempo, o interesse pelo curso e pela disseminação do conhecimento em contabilidade.
(NOSSA, 1999)
Segundo Fávero Sobrinho (1998) em uma pesquisa realizada junto às Universidades
no Distrito Federal, relatou que 76,53% dos alunos de Ciências Contábeis estavam
insatisfeitos com o curso e que esse não fornecia preparação adequada para o mercado de
trabalho, sendo que um dos pontos relevantes da problemática é o fato de que a relação teoriaprática fornecia pouca integração com o mercado do trabalho.
3 DESIGN DA PESQUISA DE CAMPO
A seguir, serão descritos a tipologia da pesquisa, como foi definida a população e a
amostra escolhida.
5 3.1 Classificação da pesquisa
Esta pesquisa se utiliza do método survey, com abordagem quantitativa e descritiva
sobre o tema. Marconi e Lakatos (1996) enunciam que a pesquisa descritiva aborda quatro
aspectos, os quais são descrição, registro, análise e interpretação de fenômenos atuais,
objetivando o seu funcionamento no presente. Além disso, a pesquisa quantitativa viabiliza a
precisão dos resultados e evita a distorção da interpretação, gerando maior segurança quanto
aos resultados.
Além disso, conforme Cooper e Schindler (2003) a pesquisa ainda pode ser
classificada como ex post facto, que mostra percepções de rotina real dos pesquisados e de
caráter transversal. O estudo pode ser classificado como estatístico, e com relação à análise
dos dados foi utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS).
3.2 Instrumento e modus operandi de coleta de dados
Os questionários foram aplicados simultaneamente em quatro turmas do curso de
graduação da UFPR no mês de outubro de 2007. Contando com o apoio do coordenador do
referido curso, a aplicação do questionário utilizou-se da amostragem por acessibilidade,
desconsiderando-se os alunos faltosos no dia da aplicação. Foram obtidos 117 questionários
nas quatro turmas, dividindo-se em 57 do penúltimo ano, composto do quinto e o sexto
períodos e 50 do último ano, o qual engloba o sétimo e o oitavo períodos.
A primeira parte do questionário, através de perguntas fechadas, buscava situar o
aluno em relação ao curso, mostrando quanto tempo faltava para o fim do curso de graduação,
além de colher dados sobre o tempo de experiência do aluno, quando havia,
independentemente de ser dentro ou fora da área contábil. Também foi questionada a
importância de se obter experiência na área contábil durante o curso de graduação e os
objetivos que os alunos tinham para sua vida profissional quando obtivessem o diploma de
Bacharel em Ciências Contábeis.
A segunda parte do questionário foi composta de uma questão que elencava todas as
disciplinas que compunham a grade curricular do curso, questionando os alunos a respeito do
grau de importância que eles davam a cada uma delas. Foram atribuídas notas que variavam
de 0 para nenhuma importância até 10 que denotava muita importância para cada disciplina.
Apenas as disciplinas que já haviam sido realizadas pelos alunos foram consideradas válidas.
Na terceira e última parte do questionário, foi questionado sobre a importância do
conhecimento de línguas estrangeiras para os profissionais. O objetivo destas perguntas era
avaliar o potencial produtivo dos alunos, observando-se, através destas referências, as
possibilidades de crescimento profissional depois de concluído o curso de graduação com a
referência dos conhecimentos adicionais em línguas estrangeiras.
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
4.1 O curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Paraná
Criado há 48 anos, o Curso de Ciências Contábeis da UFPR já passou por diversas
transformações no decorrer dos anos. De acordo com a Resolução no. 10 de Dezembro de
2004 da CES, o atual currículo do curso de Ciências Contábeis da UFPR está delineado
conforme a tabela 2.
6 TABELA 2. Currículo Pleno do Curso de Ciências Contábeis da UFPR
III. FORMAÇÃO
I. FORMAÇÃO GERAL
II. FORMAÇÃO ESPECÍFICA
INSTRUMENTAL
(Conteúdos de Formação
(Conteúdos de Formação
(Conteúdos de Formação
Teórico-Prática)
Profissional)
Básica)
Tópicos em Metodologia
Contabilidade Básica
Estágio Supervisionado I
Contabilidade Empresarial A
Estágio Supervisionado II
Contabilidade Empresarial B
Ética Geral e Profissional
Sociologia e Sociedade
Contemporânea
Semiótica Aplicada ao Sistema
de Informação Contábil
Contabilidade Pública
Introd. Gestão do Conhecimento
Contab. e Análise de Custos
Administração B
Controladoria
Economia
Auditoria das Dem. Contábeis
Direito do Trabalho
Análise das Dem. Contábeis
Direito Comercial
Contabilidade Internacional
Legislação Tributária
Tóp. Específ. de Contabilidade
Tecnologia da Informação
Teoria da Contabilidade
Estatística II
Perícia Contábil
Contabilidade Gerencial
Finanças Corporativas e Mercado de
Capitais
Fonte: Resolução 42/07-CEPE da UFPR que fixou o Currículo Pleno
de Ciências Sociais Aplicadas
Laboratório de Informática
Matemática Financeira
do Curso de Ciências Contábeis do Setor
O atual conteúdo do curso de graduação em Ciências Contábeis da UFPR é composto
de trinta disciplinas, divididas entre as diversas áreas ligadas direta e indiretamente ao
trabalho do contador. Dentre elas, dezessete estão diretamente ligadas à contabilidade e as
outras treze estão ligadas a áreas afins, tais como Sociologia, Direito, Administração,
Economia, Informática, Estatística etc.
4.2 Análise Descritiva dos Dados
A Tabela 3 mostra a distribuição da freqüência das respostas da primeira parte do
questionário, parte essa que versa sobre as experiências profissionais passadas, além das
áreas-alvo que os alunos intencionam para atuarem profissionalmente após o fim do curso de
graduação. Ainda neste bloco de questões, foi colhida a opinião dos alunos com relação à
importância de ter experiências profissionais na área contábil antes de se consolidar todo o
conhecimento contábil, ou seja, durante o curso de graduação.
Os resultados revelaram que cerca de 94% de todos os respondentes já exerceram ou
exercem alguma atividade profissional, o que é enfatizado com a importância que é dada para
o futuro do profissional quando também mais de 94% dos respondentes afirmaram que é
importante fazer estágios curriculares ou trabalhar antes da graduação. Estão excluídos do
cômputo da segunda questão da tabela 3 os alunos que responderam NÃO à primeira,
perfazendo um total de 110 respondentes à segunda. Tanto para aqueles com experiência na
área contábil como para os que atuam em outras áreas, o perfil dos alunos é semelhante, pois
7 quando se comparam os percentuais de cada grupo distintamente, os números absolutos são
relacionáveis.
TABELA 3 – Freqüência de Respostas sobre experiências profissionais
Sim, somente Sim, mas nunca Sim, em ambas as
Não
na área contábil na área contábil
áreas
Você exerce ou já exerceu qualquer
5,98%
18,80%
26,50%
48,72%
atividade (emprego, estágio etc.)?
Por quanto tempo você já trabalhou (tempo
total acumulado)?
Nunca
trabalhei
Até 2 anos
Mais de 2 anos
Na área contábil
28,18%
31,82%
40,00%
Fora da área contábil
20,91%
30,00%
49,09%
Em que área de atuação você tem intenção
de atuar depois de terminar o curso de
graduação de Ciências Contábeis?
Você considera importante ao futuro do
profissional contábil fazer estágios ou
trabalhar na área antes da graduação?
Empresas
privadas
Empresas
públicas
Terceiro setor
Outra área
34,19%
52,99%
5,98%
6,84%
Sim
Não
94,87%
5,13%
Quando perguntado sobre a experiência profissional, para os que têm mais de dois
anos de experiência laboral, os que a obtiveram na área contábil equivalem a 40% do total e
os de fora da área contábil são 49,09%. Dentre os alunos que já possuem até dois anos de
experiência, 31,82% do total são na área contábil e os que não atuam na área contábil são
30,00%.
Os alunos que responderam não possuir nenhuma experiência na área contábil são
28,18% e os que não possuem qualquer experiência fora da área contábil são 20,91% do total
daquele recorte. Esta situação demonstra que os alunos, além de perceberem a importância de
se trabalhar antes da graduação, de fato fazem-no quer seja por conveniência e oportunidade
de crescimento profissional, quer seja por necessidade de subsistência.
Outro ponto de destaque neste primeiro grupo de questões está relacionado com a área
em que os alunos desejam trabalhar logo depois de concluírem o curso de graduação. Dos
respondentes, 52,99% tem intenção de atuar na área pública, contra menos de 35% que
pretende atuar em empresas do setor privado. Dos que optaram por atuar no Terceiro Setor ou
em área distinta das três anteriormente citadas, um número inferior a 13% dos respondentes
demonstrou interesse de atuação.
Este perfil demonstra o reflexo da realidade do país, onde os empregos públicos, tidos
como sinônimos de estabilidade ganham maior preferência e disputa entre os recémformandos, o que criaria grande expectativa com relação à disciplina de Contabilidade
Pública. Adicionalmente a isto, a importância que os respondentes deveriam dar às matérias
mais ligadas ao setor privado, tais como Contabilidade Gerencial, Empresarial, Controladoria
ou Auditoria deveria ser menor se comparada com Contabilidade Pública, já que tantos
graduandos afirmaram ter a intenção de atuar no setor público.
Na segunda parte do questionário, foi solicitado aos respondentes que atribuíssem
notas (zero para a menor e dez para a maior) para todas as disciplinas da atual grade curricular
8 do curso de Ciências Contábeis. O gráfico 1 mostra as médias, em ordem crescente, de cada
disciplina do curso.
GRÁFICO 1 – Disciplinas e médias
Em se analisando o perfil das médias de cada disciplina, há a tendência de os alunos
darem maior importância às disciplinas ligadas à profissão contábil. Dentre as dez disciplinas
com maiores médias avaliadas pelos alunos, apenas duas delas não estão ligadas diretamente à
atividade profissional: Matemática Financeira em oitavo lugar, com média 9,30 e Legislação
Tributária, em décimo lugar, com média 9,06. As seis disciplinas com as médias mais
elevadas variam entre 9,44 e 9,80 e todas estão ligadas diretamente à área contábil. As
disciplinas são, na ordem decrescente de importância, Contabilidade Empresarial A,
Contabilidade Empresarial B, Contabilidade Gerencial, Contabilidade Básica, Análise das
Demonstrações Contábeis e Contabilidade e Análise de Custos.
Com relação às disciplinas marginais à Contabilidade, os alunos também dão
importância maior àquelas ligadas ao Direito do que outras ligadas às demais áreas alheias à
Contabilidade. Este fato pode estar ligado à necessidade que os alunos possuem de se
atualizar com os dispositivos legais que norteiam o trabalho contábil e não apenas saberem os
procedimentos corretos na área financeira das entidades.
Um aspecto a ser ressaltado em que as médias atribuídas a cada disciplina não
possuem correlação com as respostas da seção inicial do questionário é com relação à área em
9 que pretendem atuar após a conclusão do curso de graduação. Os alunos, em sua maioria,
responderam que tinham o objetivo de atuar na área pública. No entanto, a média atribuída
pelos respondentes à disciplina de Contabilidade Pública foi de 8,68, indicando mais de um
ponto abaixo da maior média entre todas as disciplinas. Este dado corrobora os achados de
Fávero Sobrinho (1998), os quais explicitam que a principal meta dos estudantes, quando
interpelados sobre a área da contabilidade em que gostariam de atuar após a conclusão do
curso de graduação, 51,43% dos mesmos responderam ter a intenção de atuar no setor
público.
Além do conhecimento da área contábil, pela própria atividade envolver decisões de
investimento em determinadas situações, a ética se faz muito importante para que o
profissional da área contábil possa desempenhar seu trabalho da melhor forma. Os
respondentes se mostraram pouco preocupados com a importância da disciplina Ética Geral e
Profissional, figurando apenas em décimo nono lugar na importância para os respondentes,
com média 7,85.
Com o boom da informática e da internet, ocorrido no fim da década de 90
(OLIVEIRA NETO et al, 2001), houve a necessidade de atualização constante dos
conhecimentos de informática, independentemente da área em que se atuava. No entanto, de
acordo com os respondentes, as disciplinas ligadas aos conhecimentos de informática não
possuem tanta importância, dadas as médias atribuídas a cada uma. A disciplina Laboratório
de Informática está apenas na vigésima terceira posição com média 6,94 e a disciplina
Tecnologia da Informação está em vigésimo sexto lugar com média 5,95.
Além da atualização constante em pontos específicos, como informática, os alunos
também têm necessidade, atualmente, de estarem atualizados nos conhecimentos de línguas
estrangeiras, haja vista que o mercado de trabalho está a cada dia mais globalizado e
requerendo um nível de conhecimento maior dos recém-formados.
Considerando isto, foi questionado aos respondentes sobre a importância que eles
davam ao conhecimento de idiomas na profissão. De acordo com o gráfico 2, os respondentes
têm consciência de que este conhecimento é importante, o que é demonstrado quando 51,28%
dos respondentes afirmou que tal conhecimento possui total importância na carreira e nenhum
respondente descartou a importância do conhecimento de idiomas na profissão contábil.
GRÁFICO 2 – Importância do conhecimento de línguas estrangeiras
10 O gráfico 3 completa as informações do gráfico 2 quando indaga, especificamente
sobre os idiomas inglês e espanhol, o nível atual de conhecimento dos respondentes. Ao
contrário do que está demonstrado no gráfico 2, os alunos têm consciência da importância do
conhecimento de idiomas estrangeiros quando menos de 10% dos respondentes afirma que
este conhecimento tem pouca ou nenhuma importância na profissão.
Ao se medir o nível do conhecimento destes mesmos alunos, um percentual inferior a
10% em inglês e a 3% em espanhol afirma ter nível avançado de conhecimento nos referidos
idiomas. Dado que deixa a resposta anterior mais difícil de ser compreendida é o fato de que
mais de 40% dos respondentes afirma possuir apenas o conhecimento básico ou nenhum
conhecimento da língua inglesa e mais de 90% dos respondentes afirmam ter, no máximo,
conhecimento básico da língua espanhola ou nenhum conhecimento desta língua, apesar das
similaridades entre o português e o espanhol.
GRÁFICO 3 – Nível de conhecimento de línguas estrangeiras
Além do exposto no gráfico 3, dos 117 respondentes, apenas quatro afirmaram ter
conhecimentos de alguma língua diferente das que foram indicadas, sendo dois para a língua
alemã e dois para a língua francesa, ambos com conhecimentos apenas básicos. Na análise do
cruzamento das informações que relacionam o tempo de experiência profissional com a
importância do estudo de idiomas no desempenho atual ou futuro da carreira profissional foi
possível verificar, conforme a tabela 4, que a maioria dos indivíduos classifica como de muita
ou essencial importância o estudo de idiomas.
TABELA 4 – Tempo de atividade profissional versus importância de idiomas
Que importância você acha que o estudo de idiomas tem/terá na sua carreira profissional?
Respostas
Pouca
Muita
Essencial
Total
Não
0
2%
4%
6%
Você exerce ou já
Sim, somente na
2%
6%
10%
18%
exerceu qualquer
área contábil
atividade
Sim, mas nunca
3%
13%
12%
27%
profissional
(emprego efetivo, na área contábil
estágio, etc.)?
Sim, em área
5%
19%
25%
49%
contábil e não
contábil
Totais
9%
39%
51%
100%
11 Ficou evidenciado que somente 9% dos respondentes acreditam que o estudo de
idiomas tenha pouca importância no desempenho de suas carreiras, já 39% dos respondentes,
sendo que destes 2% nunca trabalharam, 6% somente atuaram na área contábil, 13% em outra
área que não a contábil e 19% em áreas contábeis e outras, acreditam que o conhecimento de
idiomas tenha muita importância em suas carreiras, e finalmente, 51% dos alunos
respondentes, a maioria deles, 25% atuantes em áreas contábeis e outras, acredita que este
conhecimento adicional tenha ou terá importância essencial em suas vidas profissionais.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados da pesquisa com os alunos do curso de Ciências Contábeis da UFPR
demonstram que esses têm consciência do papel que possuem na sociedade, conhecendo a
necessidade de se aprimorarem mesmo durante o curso de graduação e que estão preocupados
com o dinamismo e as atuais exigências do mercado. As disciplinas marginais à teoria
contábil tais como Estatística, Economia, Administração, Informática, entre outras, foram
avaliadas como pouco importantes pelos respondentes, talvez pela dificuldade ou por falta de
estudos mais práticos ou ainda o uso de recursos computacionais voltados a estas, figurando
apenas aquelas ligadas à parte legal com maior importância entre as matérias que tangenciam
a teoria contábil.
Um aspecto importante a ser analisado, devido a tantos escândalos envolvendo
contadores, como os da Enron e da Parmalat é a questão relacionada ao ensino da ética
profissional, que ainda é vista como uma matéria com pouca importância no contexto
acadêmico e que deveria ter seu conteúdo extremamente valorizado pelos alunos.
As expectativas com relação aos profissionais da área contábil que entram no mercado
de trabalho têm aumentado nos últimos anos pela estabilização da economia e da moeda
brasileira, o que faz com que a figura do contador possa ser desvinculada daquela de mero
recolhedor de impostos e passe a figurar definitivamente como um membro da administração.
Observa-se que o presente trabalho contribui para a ciência contábil à medida que traz
à reflexão a percepção dos alunos com relação à importância da sua formação, sendo
parâmetro de análise de discrepâncias que possam surgir entre o que o mercado exige e a
formação propriamente dita. Tal diagnóstico, caso seja aplicado a outros cursos de
contabilidade, serve de instrumento de análise dos docentes e coordenação, aprofundando
suas conclusões com análises qualitativas a posteriori, que conduziriam a um processo de
construção contínua dos referidos cursos.
Os respondentes demonstraram ter ciência deste fato por admitirem que, no contexto
político e econômico atual, possui total importância para o pleno acesso a boas oportunidades
o conhecimento de idiomas estrangeiros. No entanto, os respondentes admitem que esta é uma
lacuna de conhecimento que possuem e que pode ser suprida, desde que haja dedicação por
parte deles, haja vista que a pesquisa foi realizada com alunos que ainda freqüentam o curso
de graduação.
Além dos achados descritos, intrinsecamente foram verificadas percepções com
relação ao próprio ensino no curso de Ciências Contábeis, que por muitas vezes não é atrativo
para os alunos por ser meramente teórico, o que acaba por levar muitos dos alunos a
aprenderem realmente o que deveriam aprender durante a graduação quando esta termina. A
prática, que deveria ser adotada ainda durante a formação acadêmica pode ser adquirida
através de jogos de empresas, simulações de casos, bem como de uma maior exploração de
recursos computacionais. Dificuldades como estas podem e devem ser sanadas através da
12 cooperação entre alunos, professores e a própria instituição, que deve, dentro do possível,
adaptar e buscar a melhoria contínua da grade curricular.
Sugere-se repetir este estudo em diferentes cidades para que possam ser traçados perfis
regionais distintos e, ainda, em Instituições de Ensino Superior tanto públicas quanto
privadas. Assim, será possível fazer uma análise não só da opinião dos respondentes, tomando
como base o local onde vivem e freqüentam suas aulas, mas também a situação sócioeconômica em que figuram.
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TÍTULO: A Percepção dos Alunos sobre a Importância das