I - OBRA :
1. RESENHISTA : Karen Reis
2. AUTOR: José Carlos Köche
3. TÍTULO: Fundamentos de Metodologia Científica
4. COMUNIDADE QUE FOI PUBLICADA: Petrópolis, RJ
5. FIRMA PUBLICADORA: Editora Vozes
6. ANO: 2002
7. NÚMERO DE PÁGINAS: 182
8. FORMATO: Médio
9. PREÇO: R$ 25,00
10. EDIÇÃO : 20ª
II. - CREDENCIAIS DO AUTOR:
11.
José Carlos Köche é licenciado em Filosofia pela Universidade de Caxias do Sul, pós-graduado em
Planejamento da Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, especialista em Metodologia da
Pesquisa e Estatística, e Doutor em Filosofia e Letras pela Pontifícia Universidade de Salamanca. Atualmente,
além das atividades de docência e pesquisa, é Pró-Reitor de Planejamento e de Desenvolvimento Institucional
da Universidade de Caxias do Sul.
III. - CONCLUSÕES DO AUTOR:
12.
A ciência não é mera observação de fenômenos. Identifica-se, à luz de um conhecimento disponível, problemas
decorrentes dos fenômenos. A percepção de um problema é uma percepção impregnada de fundo teórico.
Um fato em si mesmo não tem relevância alguma, não diz nada. Ele passa a ter relevância, pertinência, quando
relacionado a um problema, a uma duvida, a uma questão que precisa de resposta. Apenas isso justifica uma
investigação.
Só quem conhece é capaz de propor problemas. À medida que cresce a ciência, evolui seu conhecimento com
teorias mais amplas, cresce também a capacidade do homem perceber problemas.
VI. - RESUMO DA OBRA :
13.
O homem é um ser jogado no mundo, condenado a viver a sua existência, tem que interpretar a si mesmo e ao
mundo em que está inserido. Cria intelectualmente representações significativas da realidade, no qual
chamamos conhecimento. O conhecimento pode ser classificado como do senso comum e o cientifico.
O conhecimento do senso comum ou empírico tem uma objetividade muito superficial e limitada por estar preso a
vivencia, a ação e a percepção orientada pelo interesse prático imediatista e pelas crenças pessoais. É um
conhecimento subordinado a um envolvimento afetivo e emotivo, contem termos e conceitos vagos, portanto, é
muito fraco, contribuindo para elevar a sua dependência das crenças e convicções pessoas, restringindo a uma
subjetividade significativa.
O conhecimento cientifico surge da necessidade de o homem não assumir uma posição meramente passiva. É
um produto resultante da investigação cientifica, portanto, da necessidade de alcançar um conhecimento seguro.
Pode surgir da investigação do conhecimento do senso comum, partindo sempre do principio (a) da identificação
de uma duvida, (b) com o reconhecimento de que o conhecimento existente é insuficiente ou inadequado para
esclarecer estas duvidas, (c) que é necessário construir uma resposta para esta duvida e (d) que ela ofereça
provas de segurança e de confiabilidade.
Um conhecimento para ser aceito como cientifico, segue um método cientifico. Método cientifico é aquele
conjunto de procedimento não padronizados adotados pelo investigador, orientados por uma postura e atitudes
criticas e adequados à natureza de cada problema investigado.
A pesquisa cientifica é de caráter pratico: conhecer as coisas, os fatos, os acontecimentos e fenômenos, para
tentar estabelecer uma previsão do rumo dos acontecimentos que cercam o homem e controlá-los. Com esse
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controle pode melhorar sua posição em face ao mundo e criar, através do uso da tecnologia, condições melhores
para vida humana.
Historicamente a ciência pode ser dividida em: ciência grega (século VIII aC até final século XVI), ciência
moderna (século XVII até o inicio do século XX) e a ciência contemporânea (século XX até os dias de hoje).
A ciência grega teve influencia dos filósofos Plantão e Aristóteles, onde os atributos qualitativos inerentes aos
fenômenos imperavam. Opondo à ciência grega, surge Galileu e Bacon.
Bacon propôs um método que chamou de interpretação da natureza, esse método cientifico deveria seguir os
seguintes passos: (a) experimentação, (b) formulação de hipóteses, (c) repetição da experimentação por outros
cientistas, (d) repetição do experimento para testagem das hipóteses e (e) formulação das generalizações e leis.
Galileu trilhou um caminho diferente de Bacon, desenvolveu o método quantitativo-experimental, que descreve
com exatidão quantitativa como é que ela funciona e como ela se relaciona. Esse procedimento passou a
chamar de método cientifico.
O método indutivo, que utiliza, segundo o modelo proposto por Bacon, à experimentação como fonte
desencadeadora de informações e explicações do fenômeno analisado e a solução dos problemas, é uma
ingênua ilusão. A experimentação só é válida como procedimento crítico de testar hipóteses. Do ponto de vista
lógico é insustentável a indução.
O método hipotético-dedutivo auxilia na compreensão e na interpretação da ciência contemporânea. Não há uma
lógica da descoberta. Pode haver, uma lógica da validação das hipóteses. Possui sistemática severa com a
finalidade de avaliar a sua validade. Uma vez testada e avaliada a hipótese, não é conveniente afirmar “a
hipótese foi aceita”, pois jamais um experimento a confirma ou valida em sentido positivo. Devemos afirmar “a
hipótese não foi rejeitada”.
A prática da pesquisa está na delimitação do problema, na construção das hipóteses e nas variáveis. A
delimitação do problema é o resultado de um trabalho mental, de construção teórica, com o objetivo de estruturar
as peças soltas de um quebra cabeça. A hipótese é a explicação de um problema. As variáveis são aqueles
aspectos, propriedades, características individuais ou fatores, mensuráveis ou potencialmente mensuráveis que
discerníveis em um objeto de estudo – causa -> efeito.
Quanto aos tipos de pesquisa pode-se classificar em: pesquisa bibliográfica, pesquisa experimental e pesquisa
descritiva.
V - METODOLOGIA DO AUTOR :
14.
Método Categórico-Dedutivo.
VI - QUADRO DE REFERÊNCIA DO AUTOR :
15.
O autor utiliza como quadro de referência para os cursos de Metodologia e Técnicas do Trabalho Científico
VII. - QUADRO DE REFERÊNCIA DA RESENHISTA :
16.
A resenhista utiliza como quadro de referência para os cursos Metodologia e Técnicas do Trabalho Científico
VIII. - CRÍTICA DA RESENHISTA :
17.
A ciência atual reconhece que não há regras para o contexto de descoberta, assim como não há para a arte. A
atividade do cientista se assemelha às do artista. Caminhos os mais variados podem ser seguidos pelos diversos
pesquisadores para produzir uma explicação.
IX. - INDICAÇÕES DA RESENHISTA :
18.
Indicado para as disciplinas: Metodologia Cientifica. Leitura de reciclagem e atualização profissional e
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acadêmica.
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