INTEGRAÇÃO DO ENSINO, EXTENSÃO E PESQUISA NO
DESENVOLVIMENTO DA INCUBAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS DE
ECONOMIA SOLIDÁRIA.
Autores:
Max Emerson Rickli1, Juliano Guilherme Sapia2, Claudia Rezende Dias 3, Elbe Antonio
Vieira4
1
Zootecnista, mestre em zootecnia, departamento de medicina veterinária, UEM, campus regional de Umuarama,
[email protected]
2
Graduando de Agronomia, Campus Regional de Umuarama,UEM, [email protected]
3
Psicóloga social, Incubadora de Empreendimentos Econômicos Solidários, [email protected]
4
Produtor rural, segundo grau completo,
Palavras chave: incubadora, extensão, economia solidária, unidade demonstrativa.
Com o êxodo rural as cidades se tornaram um problema social, e a demando por
produção é visível, mas a rentabilidade dos pequenos produtores rural diminuir, pela
crescente dependência do mercado de insumos, que aumenta os custos numa proporção
desigual em relação aos produtos da agricultura familiar. Uma das alternativas é os
pequenos produtores se associarem e cooperarem entre si, para reduzir custos de
produção e agregar valor ao produto da terra. A IEES (Incubadora de Empreendimentos
Econômicos e Solidários), veio para atender e colaborar na demanda de tecnologia
social, por meio de visitas, reuniões ou cursos de capacitação. Diagnosticar novos
empreendimentos a fim de caracterizar os grupos e propor as ações pertinentes;
Capacitar os produtores de acordo com as necessidades dos mesmos, visando aumento
da produção, melhoria da qualidade dos alimentos e inserção no mercado; Acompanhar
e/ou assessorar os empreendimentos em estágios mais avançados do processo de
incubação, reforçando a inserção em cadeias produtivas; É público alvo da IEES:
grupos de trabalhadores organizados em cooperativas e associações, famílias de
pequenos agricultores (urbanos e peri-urbanos), famílias de assentamentos,
trabalhadores da reciclagem de resíduos sólidos, desempregados e excluídos do
mercado formal de trabalho.
Neste processo envolve-se a comunidade universitária, com a comunidade em geral
realizando projetos de pesquisa e extensão diretamente na propriedade, criando assim
unidades demonstrativas de tecnologias aplicadas diretamente ao produtor, com o
intuito de melhorar a renda e a qualidade de vida do produtor deixando menos
vulnerável ao grande mercado do agronegócio, que muitas vezes sonega parte do lucro
do pequeno produtor, que na maioria dos casos precisa de subsídios para se manter no
mercado. E o acadêmico encara uma realidade, de uma pequena propriedade familiar,
tendo criar alternativas viáveis para a sobrevivência financeira destas propriedades.
Esta troca de saberes transforma a teoria em ciência empírica e a prática produtiva,
mesclando a pratica do dia a dia com a teoria aprendida na academia. Nas unidades
demonstrativas a prática e a teoria são trabalhadas juntamente, e a anotação dos dados
se transforma em pesquisa científica.
Esta vivencia do acadêmico com o pequeno produtor faz com que o conhecimento
guardado ou restrito estritamente ao mundo acadêmico possa ser acessado pelo pequeno
produtor rural, técnicas muitas vezes vistas como distantes e impossíveis são colocados
à disposição deste agricultor familiar. E o acadêmico sai da academia e transforma seu
conhecimento teórico em pratica produtiva, contribuindo para a geração de trabalho e
renda no campo com isso dá opções de reverter o êxodo rural de décadas e também
contribuindo que filhos de produtores se motivem a continuar no campo, devido a
perspectiva de trabalho e renda no campo serem melhores que na cidade.
É papel das universidades e das incubadoras universitárias de empreendimentos
economia solidária, promoverem este intercambio de saberes, contribuindo pela
socialização do conhecimento acadêmico ao produtor e enriquecendo a academia com
os saberes e culturas populares, presentes no dia a dia dos produtores rurais e que
podem ser esquecidos se não forem sistematizados pela academia; quebrando desta
forma a distancia que existia da academia com o pequeno produtor.
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