Fechamento autorizado – pode ser aberto pela ECT 09 Março / 2013 GÁS NATURAL / MERCADO INDUSTRIAL 04 Fase final da ampliação de gasoduto p ágina p ágina 02 Gás Natural em caldeiras é aliado do meio ambiente GN é opção ecológica na Galvanozinco editorial O início de 2013 ficará marcado na história da Sulgás pela reativação da Usina Termelétrica de Uruguaiana, que estava inoperante desde 2008. Fruto de um acordo bilateral firmado entre Brasil e Argentina, a ação teve como objetivo oferecer uma alternativa para o suprimento de energia ao Rio Grande do Sul nos meses de verão. Para viabilizar a operação da usina, a Sulgás, através da Petrobras, importou gás natural liquefeito (GNL), que foi regaseificado no porto de Bahia Blanca, na Argenti- na, e lançado na rede de gasodutos daquele país, sendo transportado até a fronteira com o Brasil. No início de fevereiro, a AES Uruguaiana ativou as primeiras turbinas, iniciando a geração de 164 MW durante 60 dias, conforme previsto no acordo. A reativação foi resultado de esforços empreendidos em conjunto pelo Ministério de Minas e Energia, governo do Estado, Sulgás, ANEEL, Petrobras, AES, ANP, ONS e TSB. Outra ação que marca o início deste ano é a continuidade da obra de construção do gasoduto no Vale do Sinos para ativação de mais um ponto de recebimento de gás natural no Estado. Mais informações sobre essa obra você confere na matéria abaixo. Esta edição do Informativo Gás Mais traz ainda as vantagens da adoção do gás natural para abastecimento de caldeiras e a experiência da Galvanozinco, de Caxias do Sul, que há dois anos utiliza o energético em seus processos produtivos. Boa leitura! infraestrutura Gasoduto Vale do Sinos será ampliado até agosto A Fotos: Divulgação/Sulgás Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) está investindo mais de R$ 6 milhões na construção da terceira e última etapa do gasoduto Vale do Sinos, entre Campo Bom e Araricá. Nos próximos meses, serão construídos 10 quilômetros de rede canalizada, passando por Campo Bom, Sapiranga e Araricá. No trecho será ativado mais um city-gate da Sulgás. O novo ramal de distribuição servirá para otimizar o fornecimento de gás natural (GN) na região, que terá a rede conectada ao Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol). “Quando o projeto estiver totalmente concluído, faremos a interligação entre os city-gates de Canoas, Cachoeirinha e Araricá, o que irá garantir a redundância no fornecimento e promover maior segurança operacional ao sistema de distribuição do gás natural”, destaca o diretor-presidente da Sulgás, Roberto da Silva Tejadas. A obra Construção da terceira e última etapa da rede, entre Campo Bom e Araricá 02 gás mais / MARÇO 2013 / NÚMERO 9 – GÁS NATURAL / MERCADO INDUSTRIAL está sendo executada pela Geometral Engenharia Ltda. e tem previsão de conclusão em agosto deste ano. Redução de pressão Os city-gates são os locais onde a Sulgás conecta sua própria rede no gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) para recebimento do gás natural. O gás proveniente da Bolívia é recebido nos equipamentos da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia Brasil (TBG) a uma pressão de 50kgf/cm², que é reduzida por meio de uma estação de redução de pressão antes de ser entregue à Sulgás. Quando o GN chega ao city-gate da Sulgás, a pressão está em 24 kgf/ cm². O gás ainda passa pelo sistema de odorização, onde recebe um produto odorante chamado mercaptana. Depois de odorizado, o gás natural segue para a estação de regulagem de pressão (ERP), na qual é feita a redução da pressão para 15kgf/cm², que é a pressão da rede canalizada que parte do city-gate até os clientes. sustentabilidade Gás natural é o mais eficiente em equipamentos térmicos Combustão mais limpa representa uma excelente alternativa aos demais combustíveis, segundo o consultor e inspetor de Caldeiras da Megasteam, Mauro Mello O s benefícios do uso do gás natural (GN) estão sendo cada vez mais percebidos pela indústria. O consultor e inspetor de Caldeiras da Megasteam, Mauro Mello, diz que a utilização do energético em equipamentos térmicos representa uma excelente alternativa aos demais combustíveis. “O gás natural encontra-se pronto para o consumo, não necessitando de nenhuma operação adicional de manipulação ou preparação”, explica o profissional, informando que o gás natural “reage facilmente com o oxigênio, obtendo uma mistura intensa, que não necessita de excesso de ar para assegurar a combustão completa”. Outra vantagem apontada por ele refere-se ao fácil controle operacional da combustão e da movimentação do GN. “Os controles operacionais são precisos para obtenção de variações rápidas e grandes vazões, mantendo constante a relação da mistura do GN com o ar”, completa o especialista, citando ainda que o energético possui grande flexibilidade em diversos tipos de queimadores. Conforme Mello, todo o sistema de combustão, operando em um equipamento térmico, tem como objetivos o baixo custo operacional, a combustão completa, a segurança na operação do equipamento, maior rendimento térmico, além dos menores níveis de emissão de poluentes. “O GN sem sombra de dúvida é o combustível que todos gostariam de estar usando”, reforça, citando que “a ISO 14.001 com normas mais rigorosas de redução de emissão de NOx vai ao encontro do uso do energético.” Possuindo uma combustão limpa, com baixa emissão de poluentes e de dióxido de carbono (CO2) – principal causador do efeito estufa –, o gás natural é um forte aliado do meio ambiente. “Praticamente inexistem impurezas, destacando-se a ausência de enxofre. Seus produtos de combustão, comparativamente aos demais combustíveis, possuem baixos níveis de poluição”, afirma Mello. O consultor da Megasteam cita também como positiva a possibilidade de o energético ser aplicado em diversos processos produtivos, cujos gases da combustão interagem com o produto. “Ele não origina depósitos de resíduos que contaminem a produção ou que afetem a eficiência do equipamento ou de instalações.” Fotos: Diego Moreira/Divulgação Megasteam Utilização do energético Caldeiras são inspecionadas periodicamente Monitoramento de equipamentos garante a segurança GN e o meio ambiente O produto da combustão dos hidrocarbonetos originam CO2, H2O (não considerados poluentes) e CO, SOx e NOx (poluentes). Segundo o consultor Mauro Mello, o gás natural comparado com o óleo combustível e o carvão mostra-se muito menos poluente. Isso torna as plantas a GN instaláveis em praticamente todos os lugares, pois estão dentro das normas ambientais vigentes. “Os óxidos de enxofre (SOx ) são extremamente baixos (0,007) no GN. Suas emissões nestas instalações são consideradas nulas.” gás mais / MARÇO 2013 / NÚMERO 9 – GÁS NATURAL / MERCADO INDUSTRIAL 03 mercado A baixa emissão de poluentes, associada a segurança, economia e ao alto rendimento térmico, fez com que a Galvanozinco, de Caxias do Sul, optasse há dois anos pelo Gás Natural. Atuando há 35 anos no tratamento de superfícies, a empresa realiza a aplicação de revestimentos de zinco, zinco-ferro, zinco-níquel, fosfato de zinco e manganês, zinco lamelar e outros acabamentos decorativos. O principal foco, segundo o diretor Ricardo Canali, são fixadores para a indústria de veículos leves, pesados e máquinas agrícolas. “Trabalhamos na industrialização, por meio da aplicação do revestimento superficial sobre peças dos clientes”, explica. A aposta no energético, conforme Canali, veio ao encontro do projeto de instalação de uma nova fábrica, mais tecnológica e ecologicamente correta. “Em nossa percepção, atualmente o gás natural é a melhor tecnologia para os nossos pro- cessos”, ressalta ele, que se mostra otimista com o setor. “O mercado prospecta crescimento neste ano, quando comparado a 2012.” A mudança para a motorização Euro 5 no ano passado, segundo Canali, desaqueceu o mercado de veículos pesados, fazendo com que o segmento recuasse em faturamento e na produção de revestimentos. Preparação das peças Na Galvanozinco, segundo o diretor Ricardo Canali, o gás natural é utilizado para o aquecimento das etapas de preparação das peças e na cura de revestimentos à base de zinco lamelar. Ele diz que o princípio dos revestimentos protetivos é agregar resistên- contato Ricardo Canali/ Divulgação Galvanozinco Gás natural auxilia nos processos da Galvanozinco cia à corrosão. “O metal ou liga aplicado na superfície serve como metal de sacrifício, proporcionando uma maior vida ao produto revestido”, completa. No primeiro semestre deste ano, a empresa deverá ser uma das beneficiadas pela ampliação da rede de gás natural canalizada na região serrana. “Dessa forma, poderemos eliminar possíveis riscos de acidente no armazenamento de combustível”, comemora Canali. notícias da rede Sulgás em números Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul – Sulgás Rua Sete de Setembro, 1.069, 5º andar, Centro Histórico, Porto Alegre/RS. Tel.: (51) 3287-2200 / www.sulgas.rs.gov.br Diretor-Presidente: Roberto da Silva Tejadas Diretor Técnico-Comercial: Flávio Soares Diretor Administrativo-Financeiro: Dariu Etchichury Filho Atendimento ao cliente Gerência de Mercado Grandes Consumidores: área responsável pela comercialização do gás natural para indústrias. Tel.: (51) 3287-2200 Emergência Sulgás: 0800-54 197 00 Expediente Publicação trimestral, tiragem: 3.000 exemplares Coordenação: Gerência Executiva de Marketing e Comunicação – Tel.: 3287-2211, 3287-2212 e 3287-2268. Fax: 3287-2205 [email protected] Produção e Execução: Edição: Fernanda Reche (MTb 9474) Redação: Cláudia Boff Colaboração: Luiza Muttoni Foto de capa: Diego Moreira/Divulgação Megasteam Revisão: www.pos-texto.com.br Edição de Arte: Silvio Ribeiro 04 Consumo Total: fevereiro/2013 46,7 milhões de m³/mês, média de 1,66 milhão de m³/dia Consumo Mercado Industrial: 1,16 milhão de m³/dia Consumo Mercado de Cogeração: Quantidade total de clientes: Mercado Industrial: 274.237 m³/dia 11.253 113 Mercado de Cogeração: Extensão da rede canalizada no RS: Sobre a rede Sobre a rede 02 620,41 km A primeira etapa do gasoduto Guaíba entrou operação no iníciode de A Sulgás realiza, em março, a implantação de um em sistema de tubulação maio, para atender a empresa Celupa Mellita. gás natural inédito no Rio Grande do Sul. Em um trecho de 2 quilômetros, em Sapiranga, serão ao instalados confeccionados em resina No trajeto junto Distrito tubos Industrial, foram construídas três plástica esperas Poliamida 12, ema substituição ao açofuturamente carbono, muito para oa para ramais serem executados parautilizado atendimento transporte do que energético pressão (18 bar). O projeto é resultado empresas vierem em a semédia instalar na região. de um termo de cooperação firmado entre a Sulgás e as empresas Evonik, O segundo trecho da rede em Guaíba deve ser concluído produtora da resina, e Poly Easy, que fabrica os tubos. A obra será executada em junho de 2012. pela HM Gases. Por ser uma resina ainda nova no país – apenas o Mato Grosso do Sulapossui trecho em Poliamida no fim do anono Ao todo, Sulgásum irá investir R$ 21 milhões12, na instalado obra de infraestrutura passado –, a obra servirá de referência para outros estados. município de Guaíba. Sugestões para a próxima edição: [email protected] gás mais / MARÇO 2013 / NÚMERO 9 – GÁS NATURAL / MERCADO INDUSTRIAL