Federação Espírita Brasileira
Estudo Sistematizado
da Doutrina Espírita
PROGRAMA FUNDAMENTAL
Lei de Destruição e Lei de
Conservação
Destruição
necessária e
Destruição abusiva
O QUE SE DEVE ENTENDER
POR LEI DE DESTRUIÇÃO?
• A destruição necessária ocorre na Natureza tendo
em vista a natural transformação biológica, a renovação
e até a melhoria das espécies. Dessa forma, os Espíritos
Superiores nos esclarecem: Preciso é que tudo se
destrua para renascer e se regenerar. Porque, o que
chamais
destruição
não
passa
de
uma
transformação, que tem por fim a renovação e melhoria
dos seres vivos.
Allan Kardec: O livro dos espíritos, questão 728
• A destruição abusiva não está prevista na lei natural
porque coloca em risco a vida no Planeta. Toda
destruição antecipada obsta ao desenvolvimento do
princípio inteligente. Por isso foi que Deus fez que cada
ser experimentasse a necessidade de viver e de se
reproduzir.
Allan Kardec: O livro dos espíritos, questão 729.
A [...] lei de destruição é, por assim dizer, o
complemento do processo evolutivo, visto ser
preciso morrer para renascer e passar por milhares
de metamorfoses, animando formas corporais
gradativamente mais aperfeiçoadas, e é desse modo
que, paralelamente, os seres vão passando por
estados de consciência cada vez mais lúcidos, até
atingir, na espécie humana, o reinado da Razão.
CALLIGARIS, Rodolfo. As leis morais. 11. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004. Item: A lei de destruição, p. 90.
• Os flagelos destruidores provocados pelo homem
revelam a predominância [...] da natureza animal sobre a
natureza espiritual e transbordamento das paixões. No
estado de barbaria, os povos um só direito conhecem – o
do mais forte. Por isso é que, para tais povos, o de
guerra é um estado normal. À medida que o homem
progride, menos freqüente se torna a guerra, porque ele
lhe evita as causas, fazendo-a com humanidade, quando
a sente necessária.
Allan Kardec: O livro dos espíritos, questão 742.
• Deus permite que flagelos destruidores atinjam a
Humanidade para [...] fazê-la progredir mais depressa.
Já não dissemos ser a destruição uma necessidade para
a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova
existência, sobem um degrau na escala do
aperfeiçoamento? [...]. Essas subversões, porém, são
freqüentemente necessárias para que mais pronto se dê
o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se
realize em alguns anos o que teria exigido muitos
séculos.
Allan Kardec: O livro dos espíritos, questão 737.
O GRANDE FUTURO
[...] É justo ponderar que o Cristo não deserdou o planeta. A palavra dEle
não afiançou a negação absoluta da felicidade celeste para a Terra, mas apenas
definiu a paisagem então existente, sem esquecer a esperança no porvir.
O Mestre esclareceu: - “Mas agora o meu reino não é daqui.”
Semelhante afirmativa revela-lhe a confiança.
Jesus, portanto, não pode endossar a falsa atitude dos operários em
desalento, tão-só porque a sombra se fez mais densa em torno de problemas
transitórios ou porque as feridas humanas se fazem, por vezes, mais dolorosas.
[...]
A atividade divina jamais cessa e justamente no quadro da luta benéfica
é que o discípulo insculpirá a própria vitória.
Não nos cabe, pois, a deserção pela atitude contemplativa e, sim,
avançar, confiante, para o grande futuro.
XAVIER, Francisco Cândido. Pão Nosso. Pelo Espírito Emmanuel. Ed. FEB.
CONCLUSÃO:
O homem é quase sempre o obreiro de sua própria
infelicidade. Praticando a Lei de Deus, a muitos males se forrará
e proporcionará a si mesmo felicidade tão grande quanto o
comporte a sua existência grosseira.
Já nesta vida somos punidos pelas infrações que
cometemos, das leis que regem a existência corpórea, sofrendo
os males consequentes dessas mesmas infrações e dos nossos
próprios excessos. Se, gradativamente, remontarmos à origem
do que chamamos as nossas desgraças terrenas, veremos que,
na maioria dos casos, elas são a consequencia de um primeiro
afastamento nosso do caminho reto. Desviando-nos deste,
enveredamos por outro, mau, e, de consequencia em
consequencia, caímos na desgraça.
Allan Kardec: O livro dos espíritos, questão 921.
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destruição necessária