Resumos do 56º Congresso Nacional de Botânica. Estrutura genética de populações de Vriesea gigantea Gaud. (Bromeliaceae) através de marcadores moleculares microssatelites. CLARISSE PALMA DA SILVA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL GECELE MATOS PAGGI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL JAMILLA A. T. SAMPAIO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ELIANE KALTCHUK DOS SANTOS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FERNANDA BERED - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL MARIA H. BODANESE ZANETTINI - UNIVERSIDADE FED. DO RIO GRANDE DO SUL [email protected] Em Bromeliaceae poucos trabalhos foram realizados para avaliar a variabilidade genética de populações naturais. Vriesea gigantea ocorre principalmente nas regiões de Mata Atlântica e sua distribuição geográfica vai desde o Espírito Santo até o Rio Grande do Sul. As populações de V. gigantea estão sendo reduzidas pela ação antrópica destrutiva de seu habitat e também devido à coleta predatória. Apesar do potencial ornamental de V. gigantea, há poucos produtores de bromélias que a cultivam para fins comerciais, sendo grande parte do mercado suprido pela coleta e comercialização ilegal. Estudos da variabilidade genética populacional contribuirão para o desenvolvimento de estratégias de utilização e conservação desta espécie. O objetivo deste trabalho foi avaliar a estrutura genétiva de diferentes populações de V. gigantea através de marcadores moleculares do tipo SSR. A extração de DNA seguiu o protocolo de Doyle & Doyle (1987). Cinco locos de SSR descritos para Tillandsia fasciculata e Guzmania monostachya foram utilizados para as análises, seguindo o protocolo de Boneh et al (2003). A avaliação das amplificações foi realizada em gel de acrilamida 6% corado com nitrato de prata. A estrutura genética das populações e o fluxo gênico foram analisados pelas estatísticas de Wright. Até o momento, foram analisados 120 indivíduos de três populações: RS (Maquiné e Viamão); SP (Ilha do Cardoso, Tapiraí e Bertioga) e RJ (Parati). Os locos analisados foram: e6b – 5 alelos e p2p19 – 7 alelos. As heteroziogosidades médias observada (Ho) e esperada (He) foram 0,2395 e 0,4643, respectivamente. Os resultados mostraram diferenciação entre as populações com FST = 0,3176. O coeficiente de endogamia FIS = 0,5655 e o FIT = 0,7035 indicaram que há um elevado efeito de endogamia e subdivisão das populações. A distância genética de Nei (1972) entre as populações foi: RS – SP (0,2397); RS – RJ (1,3109) e SP – RJ. Apoio: CNPq.