EM-524 : aula 07 Capítulo 4 – Análises de Sistemas 1a e 2a Leis da Termodinâmica 4.2 A Segunda Lei da Termodinâmica (cont.); Entropia O Efeito das Irreversibilidades na Entropia O princípio do aumento da Entropia 4.3 Equações T-dS para uma Subst Compr Simples 4.4 Diagramas de Temperatura Entropia Exercícios Entropia (1) • Considerando uma máquina térmica externamente reversível (Carnot), se a integral δQ/T ao redor do ciclo para essa máquina de Carnot for calculada, obtém-se : δQ QH QL ∫T c • Para um ciclo de Carnot: • Portanto ∫ c δQ T = TH − TL QH QL = TH TL = 0 • A análise de ciclos irreversíveis mostra que : δQ ∫ T <0 Entropia (2) • Desigualdade de Clausius : ∫ δQ T ≤0 • O valor da integral cíclica de qualquer propriedade é zero. Portanto, podemos concluir que (δQ/T)rev é alguma propriedade termodinâmica do sistema. Essa propriedade será chamada de entropia e definida como : δQ dS ≡ rev T Entropia (3) • Integrando a equação, calculamos as variações de entropia : 2 2 δQ dS S S = 2 − 1 = ∫ ∫ T 1 1 Re v • Por exemplo se 600kJ de calor é adicionado reversívelmente a um sistema a temp cte de 300K, então: 2 2 1Q2 600 δQ dS = S 2 − S 1 = = = = 2kJ / kg ∫1 ∫1 T T 300 Rev • Entropia é uma propriedade e portanto não depende do caminho; Entropia (4) • Variações de entropia (S2S1) podem ser computadas através de um caminho reversível entre os pontos 1 e 2, onde a integral possa ser calculada; • Equação permite calcular variação de entropia. Para valores absolutos tem-se que consultar tabelas de propriedades ou equações T-dS para uma substância compressível simples; Entropia (5) • Entropia como um conceito novo que não pode ser medido por uma escala de entropia; • Unidade = kJ/K; • É útil para a aplicação da 2a lei da termodinâmica em problemas reais; • S é uma propriedade extensiva, a propriedade específica s = S/M também é utilizada (kJ/kg.K); • Na região com duas fases líquido-vapor, pode ser calculada como : s = (1-x).sl + x.sv; • É uma propriedade útil como coordenada para diagramas que representam processos e ciclos; • Pela definição de entropia (δQ/T) fica claro que para um processo adiabático reversível a variação de entropia é zero (isoentrópico); Entropia (6) • Ciclo Carnot : 2 x adiabáticos + 2 x isotérmicos (reversíveis); • Da definição de entropia : δQ Re v = T .dS • Ou 2 2 ∫ δ Q Re v = 1Q 2 = ∫ T .dS 1 1 • QL = 3-4-a-b-3 • QH = 2-1-a-b-2 • Área do ciclo = QH – QL = transferência de calor líquida do ciclo e pela 1a lei é igual ao trabalho líquido do ciclo; O Efeito das Irreversibilidades na Entropia (1) • Ciclo 1-2 : dois processos – • desigualdade de Clausius; ∫ 2 1 δQ δQ = ∫ + ∫ <0 T T Irr 2 T Re v 1 δQ • Mas o processo 2-1 é reversível : 1 δQ ∫2 T = S 1 − S 2 Re v • Substituindo e rearranjando, tem-se : 2 δQ S 2 − S1 > ∫ T Irr 1 2 • Combinando as equações (Rev + Irrev): δQ S 2 − S1 ≥ ∫ T 1 O Efeito das Irreversibilidades na Entropia (2) • Na forma diferencial : • Na forma de taxas : dS ≥ δQ T o dS Q ≥ dt T • Definindo-se um termo I (irreversibilidade) : . δQ dS Q . dS = + δI = +I T dt T • I = produção de entropia devido a irreversibilidades. • Ip = taxa de produção de entropia devido a irreversibilidades. O Efeito das Irreversibilidades na Entropia (3) • • • • O termo δI é sempre positivo; No caso limite (processo reversível) ele é zero; É uma função do caminho, não é propriedade; Representa a produção de entropia devido a irreversibilidades; dS = • • • • • δQ T + δI A entropia de um sistema cresce por adição de calor ou pela presença de irreversibilidades; A entropia de um sistema só diminui pela remoção de calor; A entropia não pode diminuir durante um processo adiabático; A variação de entropia de um sistema isolado não pode ser negativa; Todos os processos adiabáticos reversíveis são isoentrópicos, no entanto, todos os processos isoentrópicos não são necessariamente reversíveis e adiabáticos. A entropia pode se manter cte no processo se a remoção de calor equilibrar a irreversibilidade; O Princípio do Aumento da Entropia • Uma pequena quantidade de calor é removido do meio a Tm e adicionada a um sistema com temperatura mais baixa T. A variação de entropia deste sistema será : δQ dS sist ≥ • T O termo δQ será considerado positivo, para quando aplicarmos a equação para o meio tenhamos : δQ dSmeio = − Tm • A variação total de entropia do universo, onde o universo é definido como o sistema mais o meio, é : dSuniverso = dSsist + dSmeio ≥ δQ − δQ T Tm • Como Tm é sempre maior que T, tem se que : • Indica que os processos naturais ocorrem na direção onde ocorre um aumento de entropia do universo; dS universo ≥ 0 4.3 As equações T-dS para uma substância compressível simples (1); • Substancia compressível simples : qualquer substância na qual tensão superficial, efeitos magnéticos, elétricos, cinéticos e gravitacionais podem ser desprezados; • A primeira lei : δQ − δW = dE ou δQ − δW = dU; • se o processo for reversível : • δQ = T.dS e δW = p.dV; • Portanto : T.dS = dU + P.dV (1a equação T-dS); • Da definição de entalpia : H = U + P.V; • Disso temos : dH = dU + P.dV + V.dP; • Resolvendo para dU e substituindo : • T.dS = dH – V.dP (2a equação T-dS); 4.3 As equações T-dS para uma substância compressível simples (2); • Define-se então a primeira e segunda equação T.dS. Essas equações são úteis no cálculo de variações de entropia de qualquer processo, para uma dada substância compressível simples em processo estacionário; • Apesar da hipótese de processos reversíveis, envolvem somente propriedades independentes do caminho, portanto podem ser usadas para qualquer processo entre dois estados definidos; • Escritas em termos de propriedades intensivas : • T.ds = du + P.dv e T.ds = dh – v.dP; 4.3 As equações T-dS para uma substância compressível simples (3); • Para um gás perfeito : du = cv.dT e P = R.T / v; 2 • Assim integrando T.ds = du + P.dv : • Se cv for considerado constante : 2 2 dT dv ds = c v. + R . ∫1 ∫1 T ∫1 v T2 v2 s2 − s1 = cv. ln + R. ln T1 v1 • De modo semelhante, a segunda equação T.ds pode ser usada para um gás perfeito (ideal com calor específico constante) : T2 P2 s2 − s1 = cp.ln + R.ln T1 P1 • Se a variação dos calores específicos no processo for muito grande para ser ignorado, então a relação funcional entre cv e T deve ser usada antes da integração. 4.4 Diagramas de Temperatura - Entropia • • • • São úteis pois mostram certos processos e ajudam a conhecer o caminho destes processos. Para um gás perfeito : du = cv.dT e a primeira equação T.ds fica : T .ds = du + P.dv = cv.dT + P.dv • = v = cte T cv Para um processo a pressão cte (dP=0) e para um gás perfeito (dh = cp.dT), a segunda equação T.ds produz : T .ds = dh − v.dP = cp.dT − v.dP • dT ds Para um processo com v=cte (dv = 0), portanto : T .ds = cv.dT T.ds= cp.dT dT ds = p = cte T cp Portanto a inclinação de linhas a v=cte e a p=cte em um diagrama T-s crescem a medida que a temperatura cresce; Para um gás perfeito a linha a v=cte é mais inclinada que a linha a p=cte; Eficiência do Processo • • • • • Diagramas T-s permitem comparar processos reais com processos ideais; Exemplo : processo de compressão Processo adiabático e reversível = isentrópico; Processo real; Eficiência de compressão adiabática: ηc = Ws / Wr; • • onde Ws : ideal e Wr : real; Para um processo de expansão adiabática: ηe = Wr / Ws; • Também chamada de eficiência isentrópica;