TÍTULO: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE QUEIXAS MUSCULOESQUELÉTICAS EM PILOTOS DE HELICÓPTEROS DO COMANDO DE AVIAÇÃO DO EXÉRCITO BRASILEIRO CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FISIOTERAPIA INSTITUIÇÃO: FACULDADE ANHANGUERA DE TAUBATÉ AUTOR(ES): WILLIAN CRISTIAN PERNAMBUCO, MILENE CORTINOVIS GURGEL ORIENTADOR(ES): ANDRÉ AUGUSTO MARTINES TEIXEIRA MENDES Estudo Epidemiológico de Queixas Musculoesqueléticas em Pilotos de Helicópteros do Comando de Aviação do Exército Brasileiro Resumo parcial de pesquisa Autores: Milene Cortinovis Gurgel Wilian Cristian Pernambuco Orientador: Professor Me. André Augusto Martines Teixeira Mendes Taubaté 2014 Estudo Epidemiológico de Queixas Musculoesqueléticas em Pilotos de Helicópteros do Comando de Aviação do Exército Brasileiro Resumo Estudos recentes apontam aumento da incidência de distúrbios musculoesqueléticos em pilotos de helicóptero. No intuito de estudar quais as principais queixas relatadas pelos pilotos, o presente estudo tem como objetivo verificar como fatores de riscos: ergonomia da aeronave e horas totais de vôo dos pilotos exerce influência em tais prevalências. A amostra será composta por 90 pilotos militares do Exército Brasileiro que se diferem entre si pela experiência acumulada na atividade aérea, como critério de inclusão considerado a carga horária de trinta horas de vôo no ano. A coleta de dados será feita por meio do questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares e de um questionário elaborado pelos pesquisadores e seu orientador contendo as características pessoais e físicas dos pilotos, histórico do âmbito militar de trabalho, horas totais de vôo até o presente momento e qual tipo de aeronave atualmente pilota. Com os resultados a serem analisados será possível quantificar as queixas musculoesqueléticas e relacionar com as medidas antropométricas de cada piloto e com o tipo de assento das aeronaves. Os dados obtidos poderão contribuir para determinar atividades preventivas e adequações na rotina de trabalho desta população. Introdução Em 28 anos de história foram formados aproximadamente 270 pilotos pelo Centro de Instrução de Aviação do Exército. Atualmente, o Comando de Aviação do Exército, grande unidade operacional do Exército Brasileiro sediado em Taubaté possui cerca 90 pilotos na ativa que cumprem em média até 200 horas de vôo por ano. Com isso o âmbito militar tem uma amostra significativa que podem fornecer dados relevantes para futuras medidas preventivas. Em busca de resultados mais conclusivos sobre a relação entre o trabalho e as possíveis queixas relatadas pelos pilotos, este estudo está sendo desenvolvido com pilotos militares do Comando de Aviação do Exercito de Taubaté, por considerar seus pilotos uma amostra que pode ser analisada desde os primeiros contatos com a aeronave até um acúmulo de horas de vôo elevadas, dando embasamento para um estudo da evolução de possíveis queixas musculoesqueléticas. Estudos, como os realizados por Silva (2009) e Braga (2012), destacam a postura exercida e a vibração da aeronave como fatores principais de causas de queixas musculoesqueléticas em pilotos de helicópteros. Para Oliveira e Nardal (2005), estes fatores geram maior impacto na coluna vertebral, causando dores e desenvolvimento de alterações posturais. Silva (2009) apontou que a prevalência de dores na coluna vertebral encontradas em pilotos de helicópteros da Força Aérea Brasileira (FAB) apresentou índices maiores comparados a estudos anteriores, indicando um agravamento do quadro de algias vertebrais ao longo do tempo. Sendo assim, essas queixas podem afetar a interação do piloto com o ambiente de trabalho, caracterizado diminuição do desempenho profissional. Objetivos Objetivo geral: Verificar as queixas musculoesqueléticas em pilotos militares de helicópteros e suas relações com o trabalho. Objetivos específicos - Verificar a região corporal com maior prevalência de queixas - Verificar a relação entre as queixas e as rotinas de trabalho - Verificar a relação entre as queixas e o tipo de aeronave - Verificar a relação entre as queixas e a cabine de pilotagem Metodologia Esta é uma pesquisa analítica transversal realizada no Comando da Aviação do Exército na cidade de Taubaté, estado de São Paulo, com uma população inicial de 90 pilotos. Como critério de inclusão será considerado a carga horária de trinta horas de vôo no ano. São excluídos da pesquisa os pilotos que passaram por algum tipo de cirurgia recentemente ou que apresentem alguma doença ou queixa de origem visceral ou reumática. Inicialmente foi solicitada a autorização junto ao CAVEX – Centro da Aviação do Exército. Todos os pilotos serão informados sobre os objetivos e etapas da pesquisa e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Para coleta dos dados será aplicado um questionário estruturado pelos pesquisadores e seu orientador dividido em duas partes. A primeira parte com identificação e informações como idade, altura e peso dos pilotos. A segunda parte consiste no histórico do piloto na aviação, horas totais de vôo e aeronave que atualmente pilota. Para quantificação de queixas musculoesqueléticas nos pilotos será aplicada a forma geral do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares versão validada e traduzida para o português brasileiro por Barros e Alexandre (2003). Este instrumento é constituído por uma figura humana, em vista posterior, dividida em regiões anatômicas de pescoço, ombros, região dorsal, cotovelos, antebraço, região lombar, punho (mãos e dedos), quadris, coxa, joelhos, tornozelo e pés. O entrevistado relata em qual área há ocorrência de sintomas nos últimos doze meses e sete dias anteriores à aplicação do questionário e se houve afastamento das atividades de vida diária e do trabalho nos últimos doze meses por causa dessas queixas. As respostas “sim” serão somadas e transformadas em porcentagem para análise. Os dados coletados serão analisados estaticamente utilizando o software SPSS 17.0 para determinar as médias, desvio padrão e frequências. Será utilizado o teste de correlação de Spearman, das queixas musculoesqueléticas em relação à idade, tipo de aeronave, quantidade de horas de vôo, tipo de cabine, e tempo de serviço militar. A correlação será interpretada como forte, moderada ou fraca, sendo forte para valores entre 0,70 a 1, moderada para 0,3 a 0,7 e fraca para 0 a 0,3. Os dados serão tabulados e analisados estatisticamente para posterior apresentação. Desenvolvimento Em virtude do Comando de Aviação do Exército ter sido empregado na segurança da Copa do Mundo FIFA/2014 não foi possível realizar a coletas de dados no período inicialmente planejado. Após reunião com o Coronel Willian, Chefe do Estado Maior, foi proposto iniciar a entrevista com os pilotos a partir do dia 28 de julho de 2014. Resultados Preliminares Como conseqüência da falta de oportunidade para coleta de dados não se chegou a resultados preliminares Fontes Consultadas BRAGA, G.W. Estudo da Vibração de Corpo Inteiro em Pilotos de Helicóptero Esquilo AS350 L1. 2012. 136 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá, Universidade Estadual Paulista, Guaratinguetá, 2012. DINIZ, Kelly Cristina; GONZALEZ, Tabajara de Oliveria; ARANTES, João Pedro; PANHOSA, Emílio Luiz Santana; JÚNIOR, Cezar Gallettii. Correlação entre Estresse e dor em Pilotos de Helicóptero do Grupamento de Radio Patrulha Aérea da Polícia Militar na Cidade de São Paulo.Ver. Fisioterapia Brasil – Volume 7 – Número 1 Jan/fev2006. FIGUEIREDO, Rodrido V; AMARAL Artur C; SHIMANO Antônio C. Fotogrametria na identificação de Assimetrias Posturais em Cadetes e Pilotos da Academia da Força Aérea Brasileira. Ver. Revista Brasileira Fisioterapia, São Carlos, v, 16, n. 1, p. 5460 Jan/Fev 2012. LOUREIRO, Major Carla Lobo; AZZOLIN,Fabrício Lisboa. Dores nas Costas no Aeronavegante: Como não ser mais uma vítima. Ver. DEDALO Revista de Segurança de Vôo da Aviação do Exército – Número 12 – Nov/2009. OLIVEIRA, Carlos Gomes; NADAL, JURANDIR. TransmissibilityofHelicopterVibration in theSpinesofPilots in Flight.Aviation Space andenvironmentalMedicine.V. 76, n. 6, p. 576-580, junho 2005. Disponível em: <http://www.ingentaconnect.com/content/asma/asem/2005/00000076/00000006/art0 0010>. Acesso em: 10 de outubro de 2012. OLIVEIRA, Carlos Gomes. O Piloto e o Helicóptero: Efeitos de uma Ergonomia ainda em desenvolvimento.Ver. Artigo Técnico – ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil –Brasil – Nov/2008. SILVA, Márcio José Régisda. Prevalência de Cervicalgia em Pilotos de Helicópteros da FAB. Ver. UNIFA, Rio de Janeiro, 21 (24), JULHO 2009.Rev. UNIFA, Rio de Janeiro, 21(24): jul 2009. Disponível em: <http://www.revistadaunifa.aer.mil.br/index.php/ru/article/viewFile/290/pdf_34>. Acesso em: 15 setembro de 2012.