Manuel Rito, Dr.
Licenciado em Medicina, pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, em 13
de Outubro de 1984.
Frequentou com aproveitamento o Internato Geral no Centro Hospitalar de Vila Nova
de Gaia de 1985 a 1986.
Em Janeiro de 1987 iniciou o Internato Complementar de Neurocirurgia no Centro
Hospitalar de Coimbra tendo terminado em 20 de Janeiro de 1993.
Na fase final do seu internato complementar desenvolveu estudos e invenções
técnicas, na área da estereotaxia cerebral não invasiva, tendo apresentado os
resultados dos seus trabalhos em reuniões científicas de neurocirurgia.
Durante o Internato Complementar fez estágios parcelares em diferentes Instituições
Públicas
de
Saúde:
- No Instituto Português de Oncologia do Porto, centrando a sua atenção na neurooncologia
e
no
tratamento
da
dor
oncológica;
- No Hospital Geral de S. António – Porto, estágio de Neurologia;
- No Hospital de S. Maria – Lisboa, estágio de Neurorradiologia de intervenção.
Leccionou, sobre a temática da Dor Crónica, durante vários anos no departamento de
educação contínua do Centro Hospitalar de Coimbra.
Trabalhou durante dois anos no Hospital Pediátrico de Coimbra em neurocirurgia
pediátrica adquirindo a experiência médico-cirúrgica na vertente infantil.
Ocupou uma vaga de Assistente Hospitalar de Neurocirurgia no Centro Hospitalar de
Coimbra
durante
1993.
Nesse mesmo ano, concorreu a uma vaga de Assistente Hospitalar do Hospital de S.
Marcos – Braga, onde permaneceu até 1995, praticando neurocirurgia de âmbito geral.
Em Abril de 1995 concorreu a uma vaga de Assistente Hospitalar de Neurocirurgia dos
Hospitais da Universidade de Coimbra, com um perfil de experiência em neurocirurgia
estereotáxica.
Foi integrado no serviço de neurocirurgia dos Hospitais da Universidade de Coimbra,
na Unidade de Estereotaxia e Neurocirurgia Funcional (UENF).
Nesse ano de 1995 integrou uma equipa multidisciplinar para desenvolvimento de um
sistema de radiocirurgia, baseado em Acelerador Linear (LINAC), em colaboração com
o Instituto Português de Oncologia – Núcleo de Coimbra. Idealizou e desenvolveu um
equipamento que ao acoplar à mesa (couch) do LINAC permitia obter uma precisão
mecânica da mesa constante sem sofrer a deformação associada ao peso do doente,
mantendo-se assim todas as coordenadas estereotáxicas coincidentes no alvo a
irradiar. Contribuiu activamente para que a radiocirurgia fosse uma realidade em
Portugal em 1995. Esta nova tecnologia permitiu tratar com sucesso lesões cerebrais
como metástases, meningiomas, neurinomas do acústico, malformações arteriovenosas,
sem
necessidade
de
recorrer
à
cirurgia.
Em 1995, foi convidado para leccionar um curso pré-congresso, sobre estereotaxia e
braquiterapia cerebral, no Congresso da Academia Brasileira de Neurocirurgia –
Fortaleza, Brasil.
No inicio do ano de 1996 começou a operar doentes com patologia hipofisária, usando
a via transesfenoidal modificada como abordagem principal. Trabalhou em conjunto
com os serviços de endocrinologia e oftalmologia, adquirindo uma experiência cirúrgica
reconhecida a nível nacional, sendo membro activo do Grupo de Estudos da Hipófise.
Curso de Mestrado em Ciências Neurológicas leccionado pela Faculdade de Medicina da
Universidade de Coimbra (1996-1997).
Em 1997, esteve na formação de uma equipa para tratamento cirúrgico da epilepsia,
que originou o “Programa de Cirurgia da Epilepsia dos HUC”. Neste programa
estiveram envolvidos investigadores da Universidade de Aveiro e da Universidade de
Coimbra, que permitiram a realização de estudos avançados de diagnóstico
imagiológico em epilepsia, como o SISCOM, e a fusão de imagens de RM nos doentes
com mapeamento cerebral invasivo - Coregisto. Esta cooperação científica permitiu ao
longo de uma década desenvolver o maior centro de tratamento cirúrgico da epilepsia
em Portugal. Participou quer como cirurgião quer como ajudante em todas as cirurgias
da
epilepsia
realizadas
nos
HUC
até
30
Junho
de
2008.
Apresentou e foi moderador no II Congresso da Sociedade Internacional de Inventores
de Instrumentos em Neurocirurgia - ISNII (Berlim, Julho de 1997), divulgando o
equipamento que por ele foi idealizado para radiocirurgia, a trás mencionado. Durante
esse congresso esteve presente numa reunião restrita onde estiveram presentes os
mais ilustres neurocirurgiões inventores como o Prof Yasargil e Prof Sugita, entre
outros, tendo sido único representante português debatendo a problemática das
patentes e relacionamento com as empresas de instrumental cirúrgico.
Desde 2001 que usa como ferramenta de localização, para cirurgia cerebral, a
neuronavegação,
associada
ou
não
ao
microscópio
cirúrgico.
Nesse mesmo ano submeteu-se a concurso público para o grau de Assistente
Graduado de Neurocirurgia, tendo sido aprovado.
Em 17 Fevereiro de 2003, iniciou em equipa com a neurologia dos HUC, a cirurgia para
tratamento dos sintomas da D. Parkinson por estimulação cerebral profunda (DBS).
No âmbito da psicocirurgia, nomeadamente nos distúrbios obcessivo-compulsivos
(DOC), em colaboração com a Universidade de Leuven - Bélgica, implantou
estimuladores para tratamento dos sintomas da DOC por estimulação cerebral
profunda
em
2006,
2008
e
2013.
É oportuno salientar que embora a sua principal atividade se centrasse na
neurocirurgia funcional e estereotáxica, manteve também, e sem interrupção, uma
atividade neurocirúrgica global, quer no Serviço de Urgência dos HUC, quer como
médico residente de neurocirurgia.
Em 2006 foi nomeado responsável pela Unidade Estereotaxia e Neurocirurgia Funcional
(UENF) do Serviço de Neurocirurgia dos HUC, funções que desempenhou até 30 de
Junho
de
2008.
A partir dessa altura mudou a sua morada profissional para Guimarães para colaborar
na construção do Hospital Privado. Integrado inicialmente na direção clínica da Casa de
Saúde de Guimarães transitou para a direcção clínica do Hospital Privado de Guimarães
aquando
da
sua
conclusão
em
finais
de
2009.
Integrou do início de Novembro de 2009 até ao final de Fevereiro de 2011 a equipa de
neurocirurgia do Escala – Hospital de Braga, em regime de 20h semanais, participando
em toda a atividade assistencial neurocirúrgica, nomeadamente no trabalho de
enfermaria, bloco operatório, consulta externa e serviço de urgência. Participou
também
em
reuniões
conjuntas
de
neurorradiologia
e
neurologia.
Por convite da administração dos Hospitais da Universidade de Coimbra fez contrato
com aquela unidade hospitalar a partir de 01 Abril de 2011 até à presente data, num
regime
de
40h
semanais.
Nesta unidade hospitalar foi integrado no serviço de neurocirurgia, e em equipa
multidisciplinar reactivou os programas da cirurgia da epilepsia e da estimulação
cerebral profunda (DBS). Introduziu novos avanços cirúrgicos, e novas técnicas de
mapeamento e monitorização cerebral. Acabou com a lista de espera de doentes do
CHUC com indicação cirúrgica para tratamento da epilepsia.
Na DBS implantou eléctrodos cerebrais profundos com técnica estereotáxica, para
tratamento cirúrgico dos sintomas de doenças do movimento, especialmente na D.
Parkinson e algumas doenças do foro psiquiátrico como os distúrbios obsessivocompulsivos e o Sindrome de Gilles La Touret.
Pela sua experiência em radiocirurgia, aquando da fusão dos dois serviços de
neurocirurgia no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, foi integrado na equipa de
radiocirurgia e radioterapia estereotáxica fraccionada do Instituto Português de
Oncologia – Coimbra.
Foi autor e co-autor de várias comunicações e publicações, tendo sido convidado e
responsável pelo capítulo de Cirurgia da Epilepsia, integrado no Livro Básico de
Epilepsia editado pela EPI e Liga Portuguesa Contra a Epilepsia. Na área da robótica
aplicada à neurocirurgia tem várias publicações, como Co-autor, aceites em revistas
internacionais na área da engenharia biomédica.
Foi vogal efetivo de júris de Avaliação Final do Internato Complementar de
Neurocirurgia.
Frequentou com aproveitamento o curso “Advanced Trauma Life Support for Doctors –
ATLS
“,
que
se
realizou
em
Coimbra
(Outubro
de
2006).
A Ordem dos Médicos atribuiu-lhe a “Competência em Dor” em 2008.
Integrado na EPODES 2008, participou no Curso de Cirurgia da Epilepsia, realizado em
Brno na República Checa, com o patrocínio de: Working Group of Epilepsy Surgery
(WGES); Commission on European Affairs (CEA); e a International League Against
Epilepsy (ILAE).
Durante o período em que exerceu as funções de diretor clínico da Casa Saúde de
Guimarães e do Hospital Privado de Guimarães, esteve directamente envolvido em
vários programas de investigação com a Escola de Engenharia da Universidade do
Minho, nomeadamente do desenvolvimento de dispositivos sem fios (Zigbee) de
monitorização dos parametros vitais de doentes internados; e de controlo de
instrumentos cirúrgicos por RFID.
Participou em dois seminários organizados pela Escola de Ciências de Saúde –
faculdade de Medicina da Universidade do Minho em 2009 e 2010 no âmbito do 5º ano
médico em neurocirurgia.
Desde 2010, tem trabalhado em Equipa com um grupo de investigadores da
Universidade do Minho, nomeadamente com a Escola da Engenharia, nas áreas da
robótica e biomédica, para o desenvolvimento de um robot cirúrgico para cirurgias
estereotáxicas minimanente invasivas.
Foi Co-orientador de um aluno de mestrado de engenharia biomédica da Universidade
do Minho, cuja tese, defendida com aproveitamento, em Novembro de 2012, versava a
aplicação de um robot à cirurgia de estimulação cerebral profunda.
É Co-orientador para doutoramento, integrado numa equipa multidisciplinar, com
colegas de neurocirurgia do Hospital Queensquare de Londres e do Hospital
Universitário de Leuven- Bélgica, do mesmo engenheiro, para o desenvolvimento
efetivo de um robot e seus acessórios aplicados à neurocirurgia.
Desde Abril de 2012 é orientador de estágio Dr. Inácio Reis, interno complementar de
neurocirurgia do CHUC.
É membro: da Liga Portuguesa Contra a Epilepsia, ocupando atualmente o cargo de
tesoureiro (2013 a 2015); do Grupo de Estudos dos Tumores da Hipófise e da
Sociedade Portuguesa de Endocrinologia; da Sociedade Portuguesa da Neurocirurgia; e
da Ordem dos Médicos.
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CV - Hospital Privado de Braga