AVALIAÇÃO DO PERFIL CITOGENÉTICO DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM HOSPITAL PEDIÁTRICO DA REDE ESTADUAL E EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR: UM LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO. 1 Autores Instituição 1 1 Maynara Rodrigues Cavalcante , Ada Maria Farias Sousa Borges , TATIANA ARAUJO DE AMORIM , 1 1 MONALISA CASTRO TEIXEIRA , TATIANA RODRIGUES GARCIA , INÊZ GABRIELLE DUARTE 1 1 1 2 SOUSA , Marley Randley Sousa Bezerra , ANDERSON PONTES ARRUDA , Diego Silva Lima , 1,2 ERLANE MARQUES RIBEIRO 1 Estácio/FMJ - Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte (Avenida Tenente Raimundo Rocha 2 nº 515 - Cidade Universitária), HIAS - Hospital Infantil Albert Sabin ( Rua Tertuliano Sales, 544 - Vila União, Fortaleza - CE, 60410-794) Resumo OBJETIVOS Nas últimas décadas, observou-se uma evolução na genética clínica como consequência direta do avanço nas áreas de biologia molecular e da conclusão do projeto genoma. Entretanto, apesar desse avanço, a citogenética convencional continua sendo o método padrão ouro no que se refere à investigação de síndromes genéticas associadas com anormalidades cromossômicas. Infelizmente, são poucos os centros que realizam esse exame com fins diagnósticos em nosso estado, o que impossibilita traçar um perfil epidemiológico de inúmeras doenças. Diante disso, se faz importante retratar o perfil citogenético dos indivíduos atendidos no Laboratório de Genética da Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte, Estácio-FMJ e Laboratório de Citogenômica do Hospital Infantil Albert Sabin, de forma quantitativa. Ressaltamos que os laboratórios citados são os únicos a ofertarem o serviço de avaliação citogenética de forma gratuita no estado do Ceará. MÉTODOS Este presente estudo foi elaborado de modo quantitativo, transversal, descritivo, retrospectivo, onde foi utilizado como base registros de pacientes e laudos, que foram liberados pelos laboratórios, no período de 6 anos: de janeiro de 2008 a dezembro de 2014 RESULTADOS Neste período foram realizados 971 laudos, destes, 127 pacientes (13,08%) foram diagnosticados com Síndrome de Down, 106 com Síndrome de Turner (10,9%), 26 (2,7%) com Síndrome de Edwards, 16 (1,6%) com Síndrome de Patau, 8 (0,8%) com Klinefelter, 5 (0,5%) com diagnóstico de duplo Y, 2 (0,2%) diagnosticados com cariótipo 46,XX/46,XY, 2 (0,2%) com 47,XXX, 71 (7,3%) foram correspondentes a diferenciação sexual, 57 (5,9%) corresponderam a alterações estruturais inespecíficas, entre eles 540 (55,6%) dos cariótipos não apresentou alteração numérica ou estrutural na resolução avaliada. CONCLUSÃO Apesar da dificuldade de estabelecer um perfil citogenético para o estado do Ceará, a síndrome de Down ainda é a cromossomopatia mais prevalente. Foi possível perceber que a utilização da Citogenética convencional, apesar da existência de modernas técnicas moleculares, continua sendo de extrema importância na prática médica para o diagnóstico genético corroborando com os resultados das hipóteses levantadas pela análise clínica, colaborando assim para que as intervenções não venham a acontecer tardiamente, auxiliando os pacientes e as famílias no diagnostico citogenético e aconselhamento genético, respectivamente. Palavras-chaves: Citogenética, Diagnóstico, Alterações cromossômicas, Cariótipo Agência de Fomento: