ITB Prof. Munir José
Aluno:
Número:
Turma: 1A, 1B, 1C, 1D
Professor : Edson Miranda
Atividade de Reposição de Aulas
Cursos: ADM / SEC / REDES
Disciplina: Sociologia
1ª. Postagem
Período:
Data: ___ / ___/ 2009
Visto
“A sociedade dos Indivíduos”
O que vem primeiro, o indivíduo ou a sociedade? Os indivíduos moldam a sociedade ou a sociedade
molda os indivíduos? Em poucas palavras, podemos dizer que indivíduos e sociedade fazem parte da
mesma trama, tecida pelas relações sociais. Não há separação entre eles.
Nós, seres humanos, nascemos e passamos nossa existência em sociedade porque
necessitamos uns dos outros para viver. O fato de precisarmos uns dos outros significa que não temos
autonomia? Até que ponto dispomos de liberdade para decidir e agir? Até que ponto somos
condicionados pela sociedade? A sociedade nos obriga a ser o que não queremos? E nós, podemos
mudar a sociedade?
Para estudar essas questões, os sociólogos desenvolveram alguns conceitos, como
socialização, instituição, hierarquia, poder, e geraram uma diversidade de análises. Entender a
sociedade em que vivemos significa saber que há muitas diferenças e que é preciso atentar para elas.
Mesmo considerando essas diferenças, há um processo de socialização formal, conduzido por
instituições como a escola e a Igreja e um processo mais informal e abrangente que acontece
inicialmente na família, na vizinhança, nos grupos de amigos e pela exposição aos meios de
comunicação.
Leia o texto abaixo e com base no que foi apresentado nas aulas responda às questões a seguir:
Os sonhos dos adolescentes
“Ao longo de 30 anos de clínica, encontrei várias gerações de adolescentes (a maioria, mas
não todos, de classe média) e, se tivesse que comparar os jovens de hoje com os de dez ou 20 anos
atrás resumiria assim: eles sonham pequeno. É curioso, pois, pelo exemplo de país, parentes e
vizinhos,os jovens de hoje sabem que sua origem não fecha seu destino: sua vida não tem que
acontecer necessariamente no lugar onde nasceram, sua profissão não tem que ser a continuação da
de seus pais.Pelo acesso a uma proliferação extraordinária de ficções e informações, eles conhecem
uma pluralidade inédita
de vidas possíveis.
Apesar disso, em regra, os adolescentes e os pré-adolescentes de hoje têm devaneios sobre
seu futuro muito parecidos coma vida da gente: eles sonham com um dia-a-dia que, para nós,
adultos, não é sonho algum, mas o resultado (mais ou menos resignado) de compromissos e
frustrações.
Um exemplo. Todos os jovens sabem que Greenpeace e uma ONG que pratica ações duras e
aventurosas em defesa do meio ambiente. Alguns acham muito legal assistir, no noticiário, à
intrépida abordagem de um baleeiro por um barco inflável de ativistas. Mas, entre eles, não
encontro ninguém (nem de 12 ou 13 anos) que sonhe em ser militante do Greenpeace. Os mais
entusiastas se propõem a estudar oceanografia ou veterinária, mas é para ser professor, funcionário
ou profissional liberal. Eles são "razoáveis": seu sonho é um ajuste entre suas aspirações heróicoecológicas e, “necessidades" concretas (segurança do emprego, plano de saúde e
aposentadoria).[...]
É possível que, por sua própria presença maciça em nossas telas, as ficções tenham perdido
a sua função essencial e sejam contempladas não como um repertório arrebatado de vidas possíveis,
mas como um caleidoscópio para alegrar os olhos, um simples entretenimento. Os heróis percorrem
o mundo matando dragões, defendendo causas e encontrando amores solares, mas eles não nos
inspiram, eles nos divertem, enquanto, comportadamente, aspiramos a um churrasco no domingo e
uma cerveja com os amigos.
É também possível (sem contradizer a hipótese anterior) que os adultos não saibam mais
sonhar muito além do seu nariz. Ora, a capacidade de os adolescentes inventarem seu futuro
depende dos sonhos aos quais nós renunciamos. Pode ser que, quando eles procuram, nas
entrelinhas de nossas falas, as aspirações das quais desistimos, eles se deparem apenas com versões
melhoradas da mesma vida acomodada que, mal ou bem, conseguimos arrumar. Cada época tem os
adolescentes que merece.
CALLIGARIS, Contardo. Os sonhos dos adolescentes. Folha de São Paulo, 11 jan. 2007. Ilustrada, p E10
PERGUNTAS:
1. Será que o autor tem razão? Os jovens só querem um emprego seguro e bem pago, e nada
mais?
2. Conformismo ou resistência e ação alternativa: qual a bandeira a ser levantada? Justifique
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