DINÂMICA IMPULSIVA 1- Vetor Quantidade de movimento Quando um corpo de massa m está se movimentando com velocidade V em relação a um referencial, a ele associamos uma grandeza vetorial que nos dá idéia de como m V Q ele se movimenta em relação ao referencial adotado. Esta grandeza denomina-se quantidade de movimento = Q, e relaciona a massa do corpo com a sua velocidade, também indicando a direção e o sentido do movimento. É uma das grandezas fundamentais da Física. O vetor quantidade de movimento Q tem: a) Intensidade: Q = M.V kg.m/s b) Direção e sentido : igual a Do vetor velocidade V 2- Conservação da quantidade de movimento Denomina-se “Sistema Isolado”, ao sistema que não sofre influência de forças do meio exterior, e também não exerce ações sobre o MA MB QA meio externo. Imagine que você esteja numa VA sala hermeticamente fechada, de tal forma que VB QRi QB tudo o que acontece dentro desta sala não é MA sentido lá fora e, reciprocamente, tudo o que MB existe fora não é sentido e nem exerce V’A V’B QRf influencia dentro da sala. Agora, suponha que Q’A você ganhou de um visitante espacial um óculos Q’B que permite enxergar moléculas(!). Num dado QA + QB = Q’A + Q’B instante você está acompanhando o movimento de duas delas, A e B, cuja massa e velocidades são MA , VA e MB,VB. Se no próximo instante uma delas mudar a velocidade,a direção e o sentido do seu movimento, a outra também irá mudar a direção,o sentido e o valor da sua velocidade, mas de tal forma que a soma das quantidades de movimento de A e B no primeiro instante ficará igual à soma das quantidades de movimento das duas, neste outro instante. Sempre e qualquer condição, em um sistema isolado a quantidade de movimento das partículas do sistema, permanece constante. Qa + Qb + ....+ Qn = Q’a+ Q’b +.... + Q’n Quando o movimento dos corpos é numa única direção e sobre uma mesma trajetória, podemos resolver os problemas algebricamente: MA.VA + MB.VB + .......+ MN.VN = MA.V’A + MB.V’B + ......+ MN.VN 3- Impulso da força constante Para que um corpo saia do repouso ou varie seu movimento, é necessário que sobre ele atue uma força F durante um tempo Δt.A força F e o tempo Δt determinam uma grandeza I I Vetorial denominada Impulso = I que tem: Intensidade: I = F x Δt em N.s Direção e sentido: igual a da força F 4- Impulso da força variável Quando a força que age no corpo não for constante, o impulso que ela cria é calculado pela área no gráfico do valor da força em função do tempo em que age. A esfera é empurrada com uma força F durante o tempo Δt F Ff Fi 0 área = I t ΔT 0 5- Teorema do Impulso de uma resultante Seja R a resultante de todas as forças que agem num corpo de massa m, durante o tempo Δt . O impulso desta resultante é dado por IR = R.Δt. Porém, R = m.a, e então: IR = m.a.Δt. Sendo a = aceleração escalar = ΔV/Δt, teremos: IR = m(ΔV/Δt).Δt, e simplificando resulta: IR = m.ΔV . Como ΔV = Vf – Vi, vem: IR = m(Vf – Vi), ou seja, IR = mVf – mVi. Mas mVf e mVi são as quantidades de movimento final (Qf) e inicial (Qi) do corpo. Portanto, concluímos que IR = Qf – Qi = ΔQ. Daí: O impulso da resultante das forças que agem sobre um corpo, é numericamente igual ao valor da variação da quantidade de movimento do corpo: IResultante = ΔQ F x Δt = m.Vfinal – m.Vinicial 6- Valor médio da força variável Em certas situações a força que age sobre um corpo tem valor variável, como por exemplo, a força que age numa bola macia de borracha que se choca com uma parede. Neste caso, podemos calcular o valor médio da força que a parede exerce na bola, desde que saibamos o tempo de contato entre a bola e a parede e as velocidades imediatamente antes e depois do impacto. Temos: Fmédia x Δt = m.Vvolta – m.Vchegada = ΔQbola. Daí: Fmédia = ΔQ ÷ Δt