Resumo do Capítulo 05 do livro “Sociologia Geral” de Reinaldo Dias: Capítulo 05: GRUPOS SOCIAIS É um aspecto importante a ser estudado pela sociologia, pois ocorre dentro dos grupos sociais a interação social. O primeiro grupo social o qual o ser humano tem contato é a família. Na família nos é transmitido conceitos de valores, cultura e o idioma que falamos (por exemplo). Segundo o texto, “grupo social é qualquer número de pessoas que partilham de uma consciência de interação e filiação1. Ou seja, grupo social é qualquer conjunto de pessoas em interação que compartilham uma consciência de membros”. Diferente de agregação ou coletividade, neste conceito os indivíduos possuem pouca ou, até mesmo, nenhuma interação social. Quando uma agregação ou coletividade passa a ter um interesse em comum (uma interação conjunta), torna-se grupo social amorfo e transitório. Há classificações de grupos sociais, sendo seus principais: grupos pessoais e externos, grupos primários e secundários e os conceitos de comunidade e sociedade. Nos grupos pessoais consistem em grupos nos quais os indivíduos se sentem pertencentes. Já nos grupos externos são os grupos em que as pessoas não sentem que pertencem normalmente, vistos pelos grupos pessoais de aspecto hostil, concorrente ou de indiferença. Os grupos de referência são aqueles usados como exemplo de conduta e ações por outras pessoas, assim, as orientando (tanto de forma positiva ou negativa). No texto afirma que os grupos de referência e os grupos externos são, normalmente, percebidos em termos de estereótipos. Os estereótipos são impressões distorcidas que um grupo possui em relação a outro grupo, ou seja, imagens que, muitas vezes, não são reais projetadas a determinado grupo social. Ao interagir com uma pessoa, primeiro interagimos com seu estereótipo, pois é a impressão que assimilamos, posteriormente, a interação passa a ser com o indivíduo propriamente dito. O fato se dá devido ao nosso primeiro contato ser com a imagem (estereótipo). Os grupos primários e secundários são, praticamente, opostos. 1 Consciência de interação é o grupo de pessoas que tem consciência de que está interagindo. Consciência de filiação é o grupo social que apresenta um certo grau de parentesco e sabe disso. Nos grupos primários ocorre uma relação mais íntima e pessoal com os outros membros do grupo, resultando em um relacionamento informal. As pessoas que compartilham esse mesmo grupo realizam atividades em conjunto de acordo com seus interesses e gostos. O principal grupo primário é a família, por ser o primeiro grupo em que o ser humano possui contato e, também, por este grupo ser responsável pela introdução do indivíduo na sociedade. Já nos grupos secundários a relação é mais impessoal e não permanente, assim possuindo um relacionamento formal. Os membros desse grupo podem ser substituídos sem um maior constrangimento, realizando reuniões com fins determinados. Os conceitos de comunidade e sociedade foram desenvolvidos pelo sociólogo alemão Ferdinand Tönnies. Para o sociólogo, comunidade consiste em interações comunitárias, o grupo é formado de maneira espontânea e é de longa duração. Apresenta características comuns como a cultura e existe entre os indivíduos uma preocupação, cooperação e confiança recíproca. Ou seja, comunidade é uma “forma de organização social, na qual os membros compartilham um relativamente claro e definido senso de identidade”, assim, apresentam uma interação em comum. Na definição de sociedade, de acordo com Tönnies, consiste em interações societárias, o grupo é formado de maneira que atinja determinados interesses. Possui características voltadas para a competição entre os membros, realização de interesses pessoais e individualistas. Os contatos são impessoais e formais. Dentro dos grupos sociais, há ainda o conceito de grupos de pressão ou de interesse. É um conjunto de pessoas que buscam defender um interesse em comum junto ao órgão governamental, ocorrendo à relação entre Estado e a Sociedade. Os grupos de pressão ou de interesse procuram influenciar nas decisões governamentais e não ter o poder em si. Vale ressaltar os diversos tipos de ação: a persuasão (grupo espera conseguir o apoio de acordo com as informações oferecidas), a ameaça, a utilização do dinheiro, a sabotagem e a ação direta (ou a pressão propriamente dita, consiste nos mais variados meios de represália). Consoante o texto, no Brasil há grupos de pressão que se baseiam em praticar o lobby, quanto à atuação e alguns mandamentos. O lobby é um termo utilizado para expressar uma atividade ou processo, ocorre quando o represente de um determinado grupo de pressão encaminha para as autoridades públicas os anseios de seu grupo. Dentro de uma organização, a interação entre os grupo é significante, devido à influência entre um grupo e outro, no sistema de organização e, assim, nos indivíduos. Entretanto ocorrem conflitos entre os grupos, ocasionado por maneiras de pensar divergentes (subculturas diferentes e opostas). Este problema resulta em aspectos negativos, como, por exemplo, a perda de energia. Existem conflitos: emotivo e essencial ou fundamental. O conflito considerado emotivo resulta de sentimentos negativos de um dos grupos envolvidos em relação ao outro, sua solução está em ampliar o campo de comunicações entre os grupos envolvidos. Já o conflito essencial ou fundamental são disputas que buscam adquirir recursos que estão em escassez ou nas divergências referente às funções e relações de trabalho. A solução está na execução das tarefas, de acordo com o texto, “concentrando-se em formas criadoras de definição de funções, em reestruturações etc.”. Para que ocorra um melhor relacionamento entre os grupos há a diferenciação e a interação. A diferenciação consiste na apresentação dos pontos de vista dos grupos em relação ao outro, possibilita analisar a posição de cada grupo em relação ao conflito, o grau em que os grupos possam apresentar uma concordância e a natureza de cada um. A interação ocorre depois da diferenciação, acontece para que os grupos avaliem suas semelhanças e diferenças, buscando, assim, a solução para o conflito. É possível que uma das partes não aceite a solução proposta devido ao medo dos riscos possíveis, medo de perder a individualidade e ao medo de perder o controle. Ana Paula S. Valera