ANTICONVULSIVANTES
Mirella Almeida de Oliveira
4° ano medicina
GABA
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Principal neurotransmissor inibitório no cérebro (ácido gamaaminobutírico)
Esse neurotransmissor é formado a partir do glutamato pelo ácido
glutâmico descarboxilase – enzima encontrada apenas em neurônios
que sintetizam GABA no cérebro.
RECEPTORES GABA:
GABA A: consiste em canal regulado por ligante; de localização pós
sináptica; o canal é seletivamente permeável ao Cl. Na presença de
GABA, o receptor GABA A é aberto, permitindo o influxo de Cl que
hiperpolariza a célula, reduzindo, assim, a sua excitabilidade.
Esse receptor é formado por: sítio ligante de GABA; um ou mais
sítios moduladores; canal iônico – os sítios moduladores fazem ligação
específica com benzodiazepínicos e barbitúricos.
RECEPTOR GABA A
RECEPTOR GABA B
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Este receptor é acoplado à proteína G.
Apresentam localização pré e pós sináptica; efeitos de
inibição dos canais de cálcio operados por voltagem
(reduzindo, assim, a liberação de transmissor) e de
abertura dos canais de potássio (diminuindo, dessa
maneira, a excitabilidade pós sináptica)
GLUTAMATO
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Principal neurotransmissor excitatório do SNC.
Dois grupos de receptores de glutamato:
- Ionotrópicos
(AMPA, cainato e NMDA)
- Metabotrópicos
(acoplados à proteína G)
MECANISMO DE AÇÃO DOS
FÁRMACOS
Os principais mecanismos de ação dos fármacos
anticonvulsivantes são:
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Potencialização da ação do GABA
Inibição da função do canal de sódio e/ou cálcio
Inibição da liberação de glutamato
Bloqueio dos receptores de glutamato
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Canal de sódio: excitabilidade da membrana
(responsável pela despolarização durante o potencial
de ação). Os fármacos bloqueiam preferencialmente a
excitação das células que estão disparando
repetitivamente e, quanto maior a frequência de
disparo, maior o bloqueio produzido.
Canal de cálcio: Também conhecidos como canais
lentos de cálcio, responsáveis pela excitação das fibras
nervosas. Existem dois tipos: canais T e canais L.
A redução do fluxo de cálcio através de canais de cálcio
do tipo T é usada nas crises de ausência.
FÁRMACOS ANTIEPILÉPTICOS
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Os fármacos antiepilépticos são amplamente
eficazes em controlar as convulsões (50-80% dos
pacientes), embora efeitos indesejáveis sejam
comuns. Logo, para se medicar pacientes com
epilepsia, o médico deve escolher os fármacos que
melhor controlarão as convulsões, levando em
conta os possíveis efeitos adversos (e se os
mesmos são toleráveis ao paciente).
TIPOS DE EPILEPSIA
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Parciais : simples, complexas, com generalização
secundária;
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Generalizadas: ausência, tônico-clônicas, tônicas,
atônicas, mioclônicas;
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Crises não-classificadas : (neonatais + espasmos
infantis).
HIDANTOÍNAS
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FENITOÍNA: usado para todos os tipos de crises
parciais e tônico-clônicas, exceto nas crises de ausência.
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Mecanismo de ação: Bloqueio dos canais de sódio. A
fenitoína limita o disparo repetitivo de potenciais de ação.
Efeitos adversos: vertigem, ataxia, cefaléia, nistagmo (não
provoca sedação)
BARBITÚRICOS
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FENOBARBITAL: eficaz para crises tônico-clônicas
generalizadas e parciais.
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Mecanismo de ação: potencializa a inibição sináptica
através de ação no receptor GABA A (prolonga o tempo de
abertura do canal de cloreto)
Efeitos adversos: sedação (com a cronicidade do uso tende a
desaparecer), nistagmo e ataxia quando usados em doses
excessivas.
IMINOESTILBENOS
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Carbamazepina: usados nas crises parciais e tônicoclônicas
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Mecanismo de ação: limita o disparo repetitivo de
potenciais de ação (bloqueio dos canais de sódio).
Efeitos adversos: sonolência, tontura, ataxia, distúrbios
mentais e motores.
Oxicarbazepina (sedação, tontura, ataxia, alteração de
memória)
SUCCINIMIDAS
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Etossuximida: usados nas crises de ausência.
Mecanismo de ação: redução das correntes de cálcio de
baixo limiar (correntes T).
Efeitos adversos: gastrintestinais (náuseas, vômitos,
anorexia), sonolência, letargia, euforia, tontura, cefaléia e
soluços.
ÁCIDO VALPRÓICO
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Valproato: eficaz nas crises de ausência, mioclônicas,
parciais e tônico clônicas (dose diária inicial é 15mg/kg e
dose máxima é 60 mg/kg)
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Mecanismo de ação: inibe canal de sódio; provável
mecanismo de aumentar quantidade de GABA (inibe
degradação, aumentando a quantidade na fenda sináptica –
inibe GABA transaminase))
Efeitos adversos: gastrintestinais (anorexia, náuseas e
vômitos), sedação, tremor, ataxia; efeitos sobre a função
hepática.
TOPIRAMATO
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Terapia adicional em casos refratários de epilepsia.
Mecanismo de ação: bloqueio dos canais de sódio,
potencializa ação do GABA, bloqueio de receptores AMPA
(glutamato).
Efeitos adversos: perda de apetite e peso, nervosismo,
tontura.
BENZODIAZEPÍNICOS
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Clonazepam, diazepam, clobazam: usados no
tratamento das crises de ausência e mioclonias em
crianças; usados nas tônico-clônicas .
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Mecanismo de ação: aumenta a inibição sináptica pelo
GABA (se ligam ao sítio modulador dos benzodiazepínicos
no receptor GABA A causando abertura dos canais de
cloreto).
Efeitos adversos: sonolência e letargia
VIGABATRINA
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Como droga adjuvante parece ser efetivas nas crises
parciais(leves a moderadas) e generalizadas(tônico-clônicas,
mioclônicas e atônicas).
Mecanismo de ação: inibição da GABA transaminase
(aumentando GABA na fenda sináptica)
Efeitos adversos: depressão, distúrbios psicóticos (raro)
LAMOTRIGINA
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Eficácia nas crises de ausência.
Mecanismo de ação: Inibe liberação de glutamato; bloqueio
dos canais de sódio e cálcio.
Efeitos adversos: náusea, tontura, ataxia,.
GABAPENTINA
Usada como droga adjuvante no tratamento de crises parciais
com ou sem generalização secundária.
Mecanismo de ação: Inibição de canais de cálcio;
possivelmente aumenta produção de GABA
Efeitos adversos: tontura, sonolência, ganho de peso.
FELBAMATO
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Usado em crises parciais refratárias.
Mecanismo de ação: bloqueio do canal do receptor NMDA
(diminui glutamato) , efeito discreto sobra canal de sódio,
pequeno efeito sobre aumento de GABA.
Efeitos adversos: Anemia aplástica, hepatite, náusea,
irritabilidade, insônia.
TIAGABINA
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Terapia adjuvante para crises parciais e com generalização
secundária.
Mecanismo de ação: potencializa a ação do GABA
Efeitos adversos: tontura, sonolência, náusea, tremor, dor
abdominal.
LEVETIRACETAM
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Usado em crises refratárias parciais.
Mecanismo de ação: não se encontrou evidências que tem
ação nos canais de sódio ou na transmissão de glutamato.
(seu efeito não é bem conhecido)
Efeitos adversos: sonolência e tontura (seu efeito é mais
bem tolerado)
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