CONFLITOS E OPORTUNIDADES NO PLANEJAMENTO DOS TRANSPORTES METROPOLITANOS NO CONTEXTO DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE TRANSPORTE SOBRE TRILHOS METROPOLITANO NA RMBH Matheus Henrique de Sousa Oliveira Renato Guimarães Ribeiro CONFLITOS E OPORTUNIDADES NO PLANEJAMENTO DOS TRANSPORTES METROPOLITANOS NO CONTEXTO DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE TRANSPORTE SOBRE TRILHOS METROPOLITANO NA RMBH Matheus Henrique de Sousa Oliveira Doctoral Program in Transportation Systems – MIT / IST-Portugal Renato Guimarães Ribeiro * Professor CEFET-MG RESUMO Em julho de 2013, a Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana, apresentou o resultado da PMI de revitalização dos caminhos de ferro da região metropolitana de Belo Horizonte. Desde a sua origem, o projeto já buscava assumir um papel estruturador sobre os sistemas de transporte da maioria das cidades da RMBH. Nesse sentido começam a surgir algumas expectativas quanto às relações de complementação e competição de tal sistema com os demais planos de mobilidade desenvolvidos na mesma região. O presente artigo foi desenvolvido com o objetivo de identificar nas recentes propostas de intervenção para mobilidade na RMBH, pontos de interação com a proposta inicial do projeto de Transporte Sobre Trilhos Metropolitano. Conclui-se que a realização de um plano de tamanha abrangência na RMBH necessariamente implica em pontos estruturais para os elementos de competição, integração e complementação com outras políticas de mobilidade. ABSTRACT July 2013, the Metropolitan Area Development Agency of Belo Horizonte presented preliminary project of the metropolitan railway paths requalification program. In this context, it is expected that the system would establish competitive and complementary relations with other mobility plans within the same regional scope. This paper has been developed with the objective of identifying interactions points, infrastructural overlaps, demand competition and others elements that might disturb the efficiency of the mobility network at the metropolitan area. This research has detected many points of interactions among the observed plans. It was concluded that most of them are unavoidable and part of them are necessary but, in short, the development of any plan with this size depends on a fine tune between all involved agencies and stakeholders. 1. INTRODUÇÃO Nos últimos anos o governo de Minas Gerais tem desenvolvido projetos de integração metropolitana na Região de Belo Horizonte. Entre tais projetos se destaca o que visa à estruturação do sistema metropolitano de transporte de passageiros sobre trilhos. O projeto é uma boa alternativa para parte da extensa lista de problemas do sistema de transporte da RMBH. No entanto, a natural interface de tal projeto com outras instâncias de governo abre espaço para o surgimento de conflitos com outras iniciativas do setor. Em sua natureza, o programa de adequação e implantação da malha ferroviária metropolitana busca assumir um papel estruturador sobre os sistemas de transporte das cidades dessa região. No entanto, cada um dos municípios que a compõem possuem diretrizes e projetos para o transporte urbano distintos deste programa. Considerando a possibilidade de conflitos, o artigo identifica situações de complementação e competição entre o projeto designado e outros planos de transportes já estudados para a RMBH. 2. O PROJETO Em julho de 2013, a Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana apresentou o resultado do Processo de Manifestação de Interesse – PMI sobre o projeto de revitalização e utilização das ferrovias da RMBH (ARMBH, 2013). O projeto tem como ponto de partida a proposta do Programa de Adequação e Implantação da Malha Ferroviária Metropolitana e busca a formulação de modelos de negócios reais para a futura licitação de exploração do serviço de transporte de passageiros. Segundo o PDDI (UFMG, 2011), a região apresenta mais de 300 km de malha ferroviária abandonada ou explorada majoritariamente apenas para o transporte de cargas. Nesse cenário, as características desenvolvidas pelos serviços utilizadas apontam para a subutilização de toda uma infraestrutura fixa com capacidade de ser compartilhada com serviços de transporte de passageiros. O processo iniciou-se em 2012 com a publicação da PMI para os ramais Sete Lagoas – Divinópolis; BH – Brumadinho; e BH – Conselheiro Lafaiete – Brumadinho (ARMBH, 2012). A proposta inicial compreendia o atendimento de 30 municípios por uma rede ferroviária com 505 km de extensão com investimentos na revitalização e uso dos trechos abandonados e o compartilhamento com o serviço de cargas. Da proposta inicial serão concedidas três linhas: Betim – Belvedere, Horto – Nova Lima e Horto – Confins - Sete Lagoas (ARMBH, 2013). A nova proposta contempla uma rede de 192,7 km de extensão atendendo a 17 municípios da RMBH. A Figura 1 ilustra os dois momentos do processo. Sete Lagoas Santa Luzia BH Sabará Raposos Ibirité Nova Lima Sarzedo Mário Campos Rio Acima Brumadinho Itabirito Metrô Lote 1 Lote 2 Lote 3 Ouro Preto Conselheiro Lafaiete Figura 1: Plano TREM – RMBH antes e após a apresentação da PMI Fonte: ARMBH (2013) Apresentação sobre o “Transporte sobre Trilhos na Região Metropolitana de Belo Horizonte”. Ainda que com os recentes cortes no programa, a nova proposta para o projeto TREM Transporte Sobre Trilho Metropolitano - carrega em sua natureza uma grande capacidade estruturadora no sistema de transporte da RMBH. Nesse sentido, começam a surgir algumas expectativas quanto às relações de complementação e competição de tal sistema com os existentes. A próxima seção foca nesta questão e revisa alguns pontos de conflito entre os Planos de Mobilidade, fator motivador para o desenvolvimento deste artigo. 3. PLANOS GOVERNAMENTAIS: CONCORRENTES OU COMPLEMENTARES? A composição da estrutura de poder dentro de uma Região Metropolitana deve ser tratada em sua complexidade. A compatibilização das diversas políticas, planos e projetos sobre o mesmo espaço físico compartilhado é pauta importante para a compreensão das interferências entre os diversos agentes políticos existentes nesse espaço. Quais são os impactos dos planos locais sobre os projetos estruturadores? De quem é a responsabilidade dentro de conceito metropolitano? Tais dúvidas começam a surgir a partir do momento que o trânsito de poderes e intervenções se torna dinâmico e começa a superar os limites geopolíticos de responsabilidade sobre o espaço (Alves, 2001). A partir dessa perspectiva, a proposição do projeto TREM deve ser transparente quanto a suas funções estruturadoras na rede de transporte metropolitano. A motivação para explorar tais efeitos surge a partir de uma abordagem baseada na premissa de um sistema capaz de suavizar os possíveis conflitos quanto à integração, competição e complementaridade (Shy, 2001). Usualmente, os projetos propostos para a região metropolitana tendem a ser maior que os municipais. No caso do setor de transporte esse desequilíbrio não necessariamente implica em uma relação de prioridade. Tal fato acontece porque o transporte não depende exclusivamente dos modos estruturadores ou dos distribuidores, mas de uma articulação complementar entre essas partes. No entanto, a esfera política nem sempre se encontra alinhada a tal premissa e o excesso de ações pode vir a impactar na eficiência da rede de transporte. Baseando-se nessas premissas estudou-se os mais importantes os planos no segmento de transporte da RMBH, dos últimos anos. Sobre os documentos base e os objetivos observados nos planos, foram identificados pontos de possível conflito com o projeto de TREM. 4. METODOLOGIA O presente trabalho é desenvolvido por uma análise nos municípios de influência do projeto. Contudo, quando considerado o número de projetos, nota-se um desequilíbrio relevante entre os municípios. Por isso, opta-se pela aglomeração dos municípios em três grupos representados por esferas de planejamento. Em primeira instância, A seção trata os projetos referentes à Belo Horizonte, pois considera que a concentração das ações ligadas ao transporte na capital e principal centro urbano proporciona maior interconexão com o programa. Nessa esfera de planejamento são analisados os principais projetos ligados aos sistemas de trilhos, como a operação da linha 1, 2 e 3 do Metrô, além do estudo da implantação do ramal Savassi/Belvedere. Também são contemplados os projetos os corredores de ônibus de BRT das avenidas Antônio Carlos, Pedro I e Cristiano Machado. Por fim, são tecidas algumas considerações sobre os principais eixos tratados no plano de readequação viária – Viurbs. Considerando que a rede atravessa 21 dos 34 municípios da RMBH, a segunda e terceira etapas propõem, respectivamente, a análise dos projetos ligados à esfera de planejamento metropolitano e municipal das demais cidades da RMBH. Nos dois casos, é desconsiderada a esfera governamental envolvido em razão da área de atuação do mesmo. As iniciativas municipais serão compreendidas apenas por projetos delimitados pelas ações internas. Nesse contexto, a seção destinada à avaliação dos projetos para a RMBH foca-se principalmente nas propostas descritas pelo PDDI; nos planos de implantação dos terminais de integração metropolitana e na proposta do BRT Metropolitano; no projeto de construção de um sistema de veículo leve sobre trilhos conectando a estação da lagoinha e o aeroporto de Confins; os planos municipais de transporte das cidades afetadas; e os projetos de transporte de cunho municipal, mas com alcance intrarregional. Cabe ressalvar que, as assimilações entre os planos locais e o projeto TREM são realizadas através da identificação das zonas de influencia dos eixos ferroviários. Nesse sentido é preciso considerar que, se em alguns casos a discrição carrega uma perspectiva mais geral é porque a assimilação fugirá de uma análise comparativa para uma análise das diretrizes gerais. 5. BELO HORIZONTE O Plano de mobilidade urbana de Belo Horizonte foi apresentado em 2013. O documento traz orientações para as ações de planejamento do transporte coletivo, individual e não motorizados que deverão ser conduzidas pela prefeitura do município num horizonte de 10 anos (LOGIT, 2013). O plano faz uma análise conjuntural do sistema de transporte de Belo Horizonte e propõe, dentre outros objetivos estratégicos para a cidade, a diretriz de tornar o transporte coletivo mais atrativo frente ao transporte individual. Para tanto, o plano associa essa iniciativa a algumas estratégias operacionais, das quais o presente estudo destaca três: (1) Implantar rede estruturante do transporte coletivo integrando sistemas de alta e média capacidade; (2) Ampliar a integração física, operacional e tarifária do transporte coletivo de Belo Horizonte e na RMBH; (3) Diversificar os modos de transporte coletivo. Esses pontos que criaram as bases para o desenvolvimento e implantação dos diversos projetos de sistemas de transporte coletivos de alta capacidade no município. O PlanMob serve como roteiro inicial para a concepção da existência de interfaces entre o objeto do programa de adequação e implantação da malha ferroviária metropolitana. Entre as medidas apontadas destaca-se: a construção de BRTs e a expansão do metrô; o desenvolvimento de estações intermodal de integração física e tarifária; o transporte intermunicipal; e a implantação do Viurbs que visa desenvolver a malha viária municipal (LOGIT, 2013). As próximas seções avalia como foram concebidas essas correlações e esboça as possíveis interferências (positivas ou negativas) resultantes. 5.1. Projetos do sistema metroviário O sistema metroviário da RMBH compõe a espinha dorsal do sistema de transporte de passageiros da RMBH e é apoiado pelas linhas de ônibus e pelo conjunto de estações de integração. Atualmente, há uma linha em operação, com a extensão total de 28,2 km e 19 estações. (SETOP, 2012). A operação é realizada pela CBTU, com 25 trens garantindo um intervalo mínimo de 5,5 minutos. Esse sistema é responsável por 5,4% da demanda de passageiros na RMBH, ou seja, 93,7 mil passageiros por dia útil (CBTU, 2014). Em 2012, foi aberto para consulta pública o edital de licitação para a concessão patrocinada dos serviços de transporte de passageiros do metrô de BH. A proposta da concessão é retomar, através da formação de uma parceria público-privada, o processo de investimentos no sistema. As diretrizes do projeto descrito no edital propõem o desenvolvimento do sistema de transporte metroviário, previsto para RMBH, segundo três linhas. (1) Expansão da Linha 1 conectando a estação do Vilarinho à Novo Eldorado; (2) Implantação da Linha 2 compreendida entre o bairro Nova Suiça e a Região do Barreiro; e (3) Implantação da Linha 3 conectando o bairro da Savassi e a estação central da Lagoinha. Em todo o seu traçado o sistema de metroviário vai se relacionar com o TREM. Em algumas partes os trajetos dos dois sistemas serão paralelos, mas a principal relação corresponde a proposta de abastecimento. A Figura 1 mostra a disposição das linhas do Metrô e do projeto do TREM. A linha 1 do metrô, entre a Estação Eldorado e São Gabriel, acompanha o trajeto do atual leito ferroviário, utilizado como linha de carga, mas que será transformado em parte do eixo estrutural do TREM entre Divinópolis e Sete Lagoas, se sobrepondo da estação Eldorado até a Estação Horto. O mesmo acontecerá entre os trechos da futura linha 2 do metrô e o eixo Brumadinho-Eldorado, ambos ainda com a possibilidade de integração com a linha 1 e o Divinópolis-Sete Lagoas na estação Eldorado. Assim, apesar do sistema TREM não contar com o mesmo número de estações que o metrô a aproximação física entre os dois sistemas possibilitará o estabelecimento de sistemas de integração. Em conjunto os dois sistemas formam um eixo longitudinal estruturando os fluxos dos vetores norte e sul do município. Esses fluxos podem se integrar as três linhas do projeto TREM na estação da Lagoinha. As características dos dois serviços os definem para o atendimento de deslocamentos com propriedades diferentes. Enquanto o sistema de trens metropolitanos busca atender os deslocamentos de longa distância com intervalos de tempo maiores entre as viagens, o metrô é um sistema dinâmico próprio para o atendimento de viagens curtas e estruturais dentro de um ambiente urbano. Tal fato reduz o espaço para a concorrência entre os dois sistemas, mesmos ocupando vias paralelas em alguns trechos. Essa rápida análise teórica fundamenta o posicionamento do metrô como um sistema alimentador para os trens metropolitanos. Nos últimos anos, foram discutidas diferentes alternativas para a construção de um sistema de transporte estrutural para atender aos deslocamentos do vetor sul. A habitação intensiva nos bairros desta região e a pujança econômica atribuem um papel importante no processo de produção e atração de viagens. Questões físicas e técnicas determinaram que a melhor forma de elaboração de um sistema sobre trilhos é através da construção de um ramal conectando o sistema elaborado para a região sul até a altura do bairro Belvedere (PLANUM, 2012). Tal proposta também compreende a integração desse sistema com o ramal de trilhos de Águas Claras. Esse ramal também faz parte do programa de trens metropolitanos ao se integrar ao segundo lote do sistema. Os dois ramais se integrarão na altura do terminal Belvedere por uma linha complementar, estabelecendo mais um ponto de abastecimento dos fluxos. A integração do eixo sul como o lote 2 do projeto corresponde a formação de um acesso indireto ao Centro. O que representa uma vantagem, pois o acesso ao Centro acontece mediante a passagem por uma das regiões mais dinâmicas do município. Sendo a proposta construir uma rede de transporte sobre trilhos, a integração do lote 2 com o eixo sul representa um acesso importante, até mesmo ao considerar a importância para o desafogamento do lote 1. 5.2. O Sistema do BRT No Plano de Mobilidade Urbana de Belo Horizonte foi previsto a implantação de 14 vias para operação de BRTs. Tenso sido implantados os corredores Antônio Carlos/Pedro I e Cristiano Machado, com 21 km de vias exclusivas (PBH, 2011ª, PBH, 2011b). Esses corredores atendem o vetor norte. É nesse vetor que o município possui a sua maior dimensão territorial contínua e junto com o vetor Sudoeste possuem a maior demanda de viagens. Esta Região caracteriza por enormes transformações nas últimas décadas, tornando-se num dos vetores de maior expansão urbana (UFMG, 2011). Nela estão localizados bairros bastante populosos da RMBH, bem como importantes equipamentos urbanos: o Campus da UFMG, o Centro Político Administrativo do Estado de Minas Gerais, a Lagoa da Pampulha, o Aeroporto da Pampulha, o Aeroporto de Confins e o Estádio do Mineirão (PBH, 2011ª, PBH, 2011b). Além da importante função nos deslocamentos municipais, os dois eixos viários são utilizados como rota das viagens intermunicipais aos municípios do Vetor Norte conurbados com Belo Horizonte (Ribeirão das Neves, Santa Luzia e Vespasiano). Estes municípios apresentam crescimento acima da média da RMBH, principalmente nas camadas de rendas mais baixas, dependentes do transporte coletivo. A construção desses eixos estruturais é diretamente ligada ao processo de qualificação dos fluxos e desenvolvimento dos serviços do sistema de transporte metropolitano. Da mesma forma que os projetos metroviários a interface entre estes e os BRTs acontece a partir da alimentação e da distribuição das viagens em Belo Horizonte. A compreensão da divisão do espaço viário demonstra a configuração de um sistema de eixos estruturais. Sendo que nas regiões da Pampulha e Venda Nova não está previsto linhas do sistema TREM e nem futuras expansões do metrô. O acesso a estas regiões se dará através do sistema BRT ou da linha existente de metrô. Neste modelo os serviços de trens metropolitanos, metrô e BRT e ônibus convencionais urbanos se distribuem para atender a demanda de cada região reduzindo o espaço para a concorrência intermodal. 5.3. Projetos de infraestrutura viária O Viurbs - Programa de Estruturação Viária de Belo Horizonte foi elaborado, pela Prefeitura de Belo Horizonte, em 2008, com o propósito de priorizar a implantação de novas conexões viárias. Para este artigo destacam-se os investimentos de integração rodoviária com os municípios atendidos pelo projeto TREM. As interferências propostas podem ser distribuídas em dois grupos: descentralização do sistema rádio-concêntrico; e ampliação e priorização do estrutural de transporte coletivo. Entre as diferentes intervenções propostas duas obras viárias merecem destaque devido a sua relação com o projeto TREM, a revitalização do Anel Rodoviário e a construção do Anel Sul na região do Barreiro (PBH, 2008). O projeto do Anel Rodoviário é uma proposta de requalificação do eixo rodoviário para uma via estruturadora urbana atendendo, no sentido horizontal, as regiões a noroeste norte e leste; e na vertical, as regiões oeste e o Barreiro. Este Eixo viário é uma importante via de acesso aos municípios do vetor oeste e leste, complementando a rede auxiliar do projeto TREM, em especial, nas integrações com a linha Belo Horizonte – Divinópolis. O Anel Sul, é o prolongamento do Anel Rodoviário para a franja da Sul da RMBH conectando-o as vias de acesso aos municípios de Ibirité, Sarzedo e Brumadinho. Esse trajeto constrói uma situação de sobreposição com os serviços da linha Belo Horizonte Brumadinho. Neste caso, diferente da situação observada no sistema de metrô, o desenvolvimento de um sistema viário não se caracteriza como um processo de integração e distribuição dos fluxos. O modo individual motorizado pode ser tratado como um competidor real para a formação da demanda dos trens metropolitanos. Outras intervenções propostas também possuem relação em menor grau com o programa TREM. As medidas de incentivo ao uso do transporte público e as restrições físicas de acesso ao hipercentro de Belo Horizonte são mecanismos que incentivam o uso de transporte coletivo. No âmbito metropolitano o TREM contribui para uma nova distribuição e incentivo ao uso de modos de transporte coletivo e complementa esta ação propostas no Viurbs. 6. A REGIÃO METROPOLITANA O PDDI, de 2011, contempla propostas de políticas setoriais e de projetos de investimento prioritários para a região. O plano foi encomendado pelo governo de Minas Gerais para identificar os principais problemas e direcionar os investimentos. Dentre as várias temáticas abordadas o sistema de transporte ocupa um papel de proeminência, com proposições numa perspectiva de integração regional e desenvolvimento da rede metropolitana (UFMG, 2011). Segundo o PDDI a RMBH representa um campo de forças de polarização entre os sistemas produtivos municipais. Dentro deste espaço percebe-se a formação de núcleos mais dinâmicos de produção e relações hierárquicas entre as diferentes cidades. Historicamente, BH ocupa uma posição central responsabilizando-se pelo desenvolvimento dos sistemas econômicos das demais cidades. Entretanto, a conformação monocêntrica já se mostra insustentável. Por tal motivo, o PDDI estabeleceu como base o incentivo à formação de uma estrutura policêntrica com o desenvolvimento de novas centralidades urbanas (UFMG, 2011). Figura 2: Diagrama das Centralidades da Rede da RMBH Fonte: UFMG (2011) Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da RMBH Entendendo o sistema de transporte como ferramenta importante para o desenvolvimento desses polos o PDDI identificou os principais centros urbanos e estabeleceu uma hierarquia de conexões entre eles (Figura 2). Ao comparar as Figura 1 e Figura 2 observa-se que o projeto TREM integra as principais centralidades e se estende para além do atendimento da demanda presente, incentivando a ocupação de áreas menos urbanizadas ao promover o acesso às regiões centrais, atingindo assim uma dimensão de integração e desenvolvimento ainda maior. Neste sentido, o programa de trens metropolitanos pode ser entendido em dois sentidos. No espaço macro ao integrar centralidades importantes, em um contexto mais dinâmico, dentro da economia da RMBH e da região central do Estado. Sob uma perspectiva micro, através do incentivo ao desenvolvimento do fluxo de pessoas, mercadorias e serviços para as cidades de importância local, dinamizando o acesso aos serviços ofertados nas centralidades com desdobramentos na economia local e o desenvolvimento desses aglomerados menores. 6.1. O Sistema Rodoviário O PDDI estabelece a infraestrutura com a função de estruturar uma nova divisão territorial, que permita um desenvolvimento mais homogêneo da região, ao contrário do sistema atual, hierárquico e fragmentado (UFMG, 2011). Para tanto os esforços analíticos se desenvolvem em dois projetos. • A Implantação do sistema metropolitano em rede o qual estabelece que os sistema de transporte devem ser disponibilizados de forma compatível com os parâmetros de uso do solo almejado. Desta forma, deve-se estabelecer tecnicamente a oferta de infraestrutura e serviços para cada tipo de deslocamento, criando uma estrutura • interligada em formato de rede multipolar (UFMG, 2011); A Expansão e implantação da malha rodoviária metropolitana constitui-se no planejamento da infraestrutura rodoviária de forma complementar a malha ferroviária e direcionando os fluxos entre as centralidades mais importantes da região metropolitana para os sistemas de transporte ferroviários (UFMG, 2011). O sistema rodoviário privilegiará os deslocamentos perimetrais, com duas obras de expansão: o Anel de Integração Metropolitana e o Anel do Entorno Metropolitano. As duas iniciativas criam novas ligações viárias, bem como reaproveitam e readéquam as existentes para criar contornos no nível meso e macro (UFMG, 2011). O objetivo destas obras é reduzir a necessidade do tráfego de passagem no centro da região metropolitana e para isto os dois anéis conectam centralidades importantes. Mas, a iniciativa de integração territorial avança sobre outras centralidades importantes e, em conjunto com o projeto TREM, o modelo constrói uma rede de acessos que supera os próprios limites da RMBH. O programa de expansão também propõe ações com o objetivo de promover a requalificação da malha rodoviária de menor porte. O modelo segue uma estrutura análoga ao Viurbs e prevê melhorias que garantam a melhoria das conexões perimetrais entre os municípios. A lógica desse programa parte do princípio no qual é serviço dos anéis reorientar o tráfego de passagem, enquanto as pequenas e médias ligações rodoviárias devem garantir a conectividade entre subcentros. Conclui-se que a proposta do programa TREM é constantemente afirmada no PDDI. A concepção de um modelo com conexões perimetrais onde os sistemas rodoviários e ferroviários estabelecem uma interface na qual o segundo ocupa uma posição estrutural está presente nos dois projetos e demonstram a interação entre eles. 6.2. O Sistema Ferroviário Metropolitano A presente seção busca revisar os demais projetos envolvendo os modos de transporte por trilhos da RMBH. Antes da proposição do projeto TREM a revitalização da malha ferroviária da RMBH já havia sido discutida. O PDDI já tinha como proposta a implantação contínua, com um horizonte de longo prazo, de um sistema de transporte ferroviário de passageiros para a RMBH, composto de duas redes: uma rede de metrô, atendendo a aglomeração urbana central e uma rede de trem metropolitano interligando os demais municípios. 6.2.1. Plano de Expansão Metropolitana do Metrô O sistema metroviário é quase todo em Belo Horizonte, apenas a estação do Eldorado se encontra em outro município. O projeto de expansão da malha metroviária metropolitana propõe o prolongamento da linha atual e a construção de novas linhas para possibilitar o acesso das cidades próximas a Belo Horizonte, conferindo um aspecto metropolitano ao serviço (UFMG, 2011). As novas ligações propostas pelo PDDI não estão em total acordo com aquelas presentes no projeto do metrô, apesar de ambas proporem a expansão em função dos vetores de crescimento da cidade. O PDDI estabelece algumas conexões no formato radial e o prolongamento de outras. Parte-se do entendimento de que entre as cidades mais próximas da capital existe um padrão de viagem dinâmico, capaz de sustentar a demanda de um sistema de transporte em alta capacidade. Especificamente, propõem o prolongamento da linha de metrô até Betim, atendendo melhor Contagem e Betim que já formam com Belo Horizonte uma única mancha urbana. Bem como, a construção da linha ligando o Centro de Belo Horizonte ao Aeroporto de Confins, consolidando o desenvolvimento desta região que vem recebendo constantes investimentos em infraestrutura. As divergências encontradas entre as proposta do PDDI, o Edital de concessão do metrô e o projeto TREM é que, num plano mais otimista que o previsto no Edital de concessão do metrô, o sistema de trens metropolitanos pode estar atendendo deslocamentos que não são ideais para o serviço de trens metropolitanos. A implantação da linha de trem metropolitano Betim - Contagem - BH é um exemplo desse desajuste, apesar desta linha ir até o município de Divinópolis. Análise similar pode ser feita com as ligações aos municípios de Sabará e Ibirité. Como fatores de amenização pode ser implementadas adequações operacionais para diferenciar os serviços. No entanto, este caso serve como alerta para uma melhor compreensão da dinâmica dos deslocamentos entre as cidades conturbadas e para um melhor entendimento das características de cada serviço a ser ofertado. 6.2.2. Plano de Expansão Viária do Sistema de Trens Metropolitanos O projeto TREM compreende uma parcela das proposições do PDDI, o qual estabelece a reativação da malha ferroviária existente na RMBH para o transporte regional de passageiros. Por outro lado, o projeto TREM vai além ao propor a organização do próprio sistema em formato de rede contemplando algumas ligações perimetrais. O PDDI, para o sistema de trens metropolitanos, propõe em médio prazo (até 2023) a implantação do Arco Noroeste e a duplicação dos trechos prioritários da malha. Enquanto no longo prazo é proposto a implantação das ligações Nova Lima e Sudoeste, consolidação da rede regional ferroviária de passageiros e implantação do contorno ferroviário de carga (UFMG, 2011). Os quatro projetos estruturam o sistema de transporte ferroviário da RMBH. Pois, a implantação dos dois arcos e a duplicação são importantes para dinamização do sistema central, consolidando trajetos perimetrais que desafogam o tráfego de outros ramais e abastecendo os ramais estruturadores com uma nova demanda. A proposta do PDDI de implantação do contorno ferroviário de carga também segue essa tendência de desafogamento dos eixos prioritário. O projeto TREM prevê o compartilhamento de vias com o sistema de transporte de cargas. No cenário atual, estas cargas não têm como destino a capital. Mas, o formato rádio-concêntrico da rede obriga que as composições a utilizarem os ramais centrais (UFMG, 2011). Em maior parte do tempo, não existirá conflito entre os dois sistemas, mas com o desenvolvimento da demanda e a dinamização do serviço esse problema tende a surgir. O plano de implantação de uma rede de contorno para cargas permitirá a transposição dessas composições para ramais menos intensos e, consequentemente, reduzindo os conflitos entre os dois sistemas. 6.2.3. Transporte sobre trilhos no vetor norte Em 2011, foi conduzido um estudo estratégico de transporte sobre trilhos para o vetor norte de BH. Esse estudo objetivou a formulação de uma proposta para a implantação de um sistema de veículo leve sobre trilhos conectando o Aeroporto Internacional de Confins ao centro de Belo Horizonte. Como descrito anteriormente, o vetor norte vem representando nos últimos anos uma alternativa interessante para o investimento, público ou privado (IBERINSA e TECTRAN, 2011). O VLT atenderia uma região não atendida diretamente pelo sistema de trens metropolitanos e similar aos sistemas de BRT atuaria no segmento de alimentação e distribuição dos fluxos dos trens metropolitanos. Foram propostos dois trajetos para o VLT. A primeira opção utilizaria o traçado da MG-424, passando pelos municípios de Vespasiano, São José da Lapa, Pedro Leopoldo e Confins. O segundo segue o atual traçado da Linha Verde passando por outras regiões de Vespasiano e Confins (IBERINSA e TECTRAN, 2011). Ao ser confrontado com o projeto do TREM, o trecho entre Belo Horizonte e Sete Lagoas é o mais afetado por esse projeto. Apesar do VLT operar com uma frequência maior que os trens suburbanos e com características mais apropriadas aos deslocamentos urbanos os dois sistemas concorrerão pela demanda para o Aeroporto Internacional de Confins. Destaca-se também que a integração entre as duas linhas pouco existiria. Estes aspectos podem inviabilizar economicamente a implantação de um dos dois serviços propostos. 6.3. O sistema de ônibus intermunicipais O sistema de transporte coletivo metropolitano apresenta projetos estruturadores para o sistema de ônibus intermunicipais, com a construção de 13 terminais metropolitanos de integração. O modelo proposto prevê a organização dos fluxos de acesso ao hipercentro, usando da infraestrutura física para condensar os deslocamentos com origens distintas e os agrupando conforme os destinos. O plano busca proporcionar aos usuários um maior número de alternativas de itinerários, menor tempo de espera para as partidas, maior conforto e atendimentos diferenciados ao longo do dia. O sistema também propõe uma requalificação da atuação das linhas de ônibus metropolitano dentro da cidade de Belo Horizonte, com a implantação do BRT metropolitano. Este projeto apresenta uma interface direta com o projeto TREM possibilitando a integração dos dois sistemas nos terminais metropolitanos, com exceção dos Terminais de Ribeirão das Neves que não tem acesso direto ao sistema de trens metropolitanos. Embora, a proposta atual do programa de terminais seja estruturar os fluxos das linhas de ônibus interurbano em formato tronco alimentado, ou seja, atendendo a mesma demanda que o sistema de trens metropolitanos, futuramente os serviços prestados pelos terminais afetados podem complementar a atividade dos trens. O sistema de BRT metropolitano utilizará em Belo Horizonte a mesma infraestrutura viária do BRT municipal. O modelo proposto visa à articulação entre as linhas intermunicipais de baixa qualidade e o abastecimento do sistema de BRT nos Terminais metropolitanos. Para tanto, é previsto o acesso ao BRT a diversos terminais de integração metropolitanos. Uma vez que o serviço oferecido pelo sistema de trens metropolitano estará disponível aos usuários nos Terminais metropolitanos é possível existir uma competição entre os dois sistemas deve ser pensado durante a implantação uma nova articulação para as linhas de ônibus intermunicipal para melhor articular os fluxos de passageiro, principalmente dos municípios a noroeste de Belo Horizonte, como Ribeirão das Neves. 7. OS DEMAIS MUNICÍPIOS DA RMBH A malha ferroviária proposta pelo Plano de Adequação visa atender 21 municípios da região metropolitana e outros municípios de destaque da região central de Minas Gerais. Desde 2001, todos estes municípios que serão atendidos pelo projeto TREM são obrigados a desenvolver um plano diretor de desenvolvimento urbano, como instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana (Brasil, 2001). Não existe um formato específico para elaboração do plano, mas de maneira geral, os planos seguem uma estrutura guiada pelos principais eixos socioeconômicos, onde está incluído o tema mobilidade. Tal característica surge como uma oportunidade para a avaliação da interface entre o presente projeto e os aspectos do Plano relacionados à mobilidade. A força marcante de polarização imposta por Belo Horizonte é fator determinante em todos os planos das cidades da RMBH e regiões próximas. A premissa de estabelecer laços estruturais com a capital do Estado é tratada em destaque. Pelas vantagens econômicas da integração regional multipolar, esse movimento deve ser considerado natural e cabe à infraestrutura incentiva-lo. Com algumas ressalvas, esse movimento é claramente percebido nos planos diretores municipais. A proposta de integração regional é exaustivamente discutida como forma de desenvolvimento dos municípios. A compreensão de uma relação bipolar com o centro da região metropolitana agrava à formação de uma estrutura de rede monocêntrica. Os planos diretores que abordam o sistema ferroviário reafirmam ainda mais essa situação de dependência. Pois, as propostas existentes fazem referência às vantagens da conexão com a capital. Contrário a isto o projeto TREM foi concebido com o objetivo de formar uma rede multipolar de viagens. Tal fato pode ser resultado da diferença temporal entre as publicações do PDDI e dos Planos Municipais. Acredita-se que as próximas revisões nesses documentos devem contemplar estes aspectos para guiar o município no sentido de ocupar o oficio determinado dentro do espaço regional e não mais a submissão à polarização da capital. 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS Efeitos de integração e concorrência são, respectivamente em suas mais variadas faces, vitais e prejudiciais ao desenvolvimento de qualquer plano de transporte de grande escala. Historicamente a discussão teórica da formação de mercados contestáveis e monopólios naturais se equilibram nas vantagens oferecidas por esses dois efeitos para oferecer os mais variados desenhos de rede de transporte. No entanto, em termos de projetos estruturadores esse embate tende a pesar para as faculdades dos efeitos de rede. Nesses casos, há de se considerar que o desenvolvimento de tais projetos depende de riscos de investimento associados a elementos de sobreposição de oferta e competição pela demanda. A aplicação do modelo de monopólio natural busca reduzir essas incertezas. Segundo essa premissa, a concentração do mercado promoveria a redução dos custos de operação, através do compartilhamento de custos fixos e racionalização dos ativos. (Orrico Filho et al, 1996; Shy, 2001). No entanto, a pesquisa observa que, no contexto metropolitano de BH, está permeado o risco sobre a responsabilidade de fomentar o desenvolvimento do monopólio natural. Em meio a um território continuo são identificados vários órgãos de decisão com seus respectivos horizontes e planos. Além disso, a estrutura de poder da RMBH não possibilita a gestão integrada o sistema de transporte ou qualquer outro sistema de características metropolitanas. O PDDI (UFMG, 2011) observa essa deficiência e chega a propor o desenvolvimento de uma agencia de gestão e tarifação integrada para a RMBH. Os rumos dos planos de mobilidade em Minas Gerais e no Brasil chamam a atenção para uma atuação mais ativa do capital privado. O desenvolvimento do regime de PPP – Parcerias Público Privada – se mostra como uma das diretrizes dos grandes investimentos. Tal modelo, naturalmente busca a atribuição de mais responsabilidades e riscos ao capital privado, novas formas de concessão associam às responsabilidades do operador os riscos de construção e design. Ao elevar essa premissa à complexidade de um sistema de mobilidade metropolitana, se faz necessário também o desenvolvimento de instituições capazes de conciliar mais essa gama de interesses. Entre os planos observados, o projeto do TREM, os sistemas de transporte público rodoviário de várias cidades e o plano de expansão e operação do metrô de Belo Horizonte já certamente são ou serão operados pela iniciativa privadas. A construção e gestão desses acordos devem considerar as interfaces colaborativas e competitivas a sua volta, pois dependem desse equilíbrio para o desenvolvimento de suas capacidades. As responsabilidades sobre essa gestão devem ser criadas paralelamente à referida estrutura de gestão e tarifação integrada para a melhor compatibilização de tais interesses e mitigação de maiores riscos. Em suma, o artigo buscou ilustrar nos exemplos da região metropolitana de Belo Horizonte alguns efeitos desse planejamento regional fragmentado. Provavelmente a maioria dos planos aqui estudados não serão realizados, no entanto, cabe aqui frisar como um último ponto que até mesmo o processo de escolha dessa carteira de projetos a serem realizados tem significantes impactos sobre os efeitos descritos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Alves, A.C. (2001) Formulação e implementação de políticas públicas intergovernamentais. Cadernos FUNDAP no. 22. P. 117-131. ARMBH (2012) Apresentação sobre o “TREM – Transporte Sobre Trilhos Metropolitano”. Brasília: Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte.. ARMBH (2013) Apresentação sobre o “Transporte sobre trilhos na região metropolitana de belo horizonte”. Belo Horizonte: Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte. CBTU (2014) Características Gerais do Sistema de Metrô de Belo Horizonte. Disponível em: <http://www.cbtu.gov.br/sistemas/bh/bhsist.htm> acesso 16/04/2014. 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