ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 5880 DE 12 DE MARÇO DE 2014 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE Gestão de FROTAS Carros eléctricos não serão atingidos Gianluca Colla/Bloomberg pela nova tributação autónoma. Empresas apostam em carros de menor valor Nova tributação prejudica veículos com valor de mercado superior a 35 mil euros. As mudanças fiscais em 2014 10% sobre os encargos suportados com veículos ligeiros de passageiros ou mistos com valor de aquisição inferior a 25.000€ 27,5% para veículos entre 25.000€ e 35.000€ IRINA MARCELINO E RAQUEL CARVALHO [email protected] 35% para veículos a partir de 35.000€ Os impostos e taxas pesam, em média, 30% na estrutura de custos de uma frota de veículos de passageiros ao serviço de uma empresa, sendo os principais contribuidores o IVA e a Tributação Autónoma. Um peso que tem sido agravado progressivamente ao longo dos anos. Este ano foi a vez do regime de Tributação Autónoma, que incide sobre todos os encargos com veículos ligeiros de passageiros ou mistos de empresas. Com a mudança, os carros com um valor de mercado superior a 35 mil euros são taxados a 35%. Para os carros com valores até 25 mil euros, a taxa vai manter-se nos 10%. Além disso, são tributados autonomamente a 27,5% os encargos relacionados com viaturas PUB com um custo de aquisição igual ou superior a 25 mil euros e inferior a 35 mil euros. O agravamento da tributação abrange todas as viaturas ligeiras de passageiros, usadas diariamente em inúmeros sectores, à excepção das que são movidas a energia eléctrica. A medida do executivo visa pressionar as empresas a negociar com os trabalhadores que recebem um automóvel como benefício, a tributarem a viatura no seu rendimento. Ao assumirem o automóvel como parte do salário, os trabalhadores verão o seu IRS agravado e as empresas deixam de pagar tributação autónoma sobre as depreciações que registam anualmente sobre os carros. Contudo, os encargos com gasolina, seguros ou manutenção continuam a ser taxados em sede de IRC. Grande parte dos quadros superiores (86%) usam automóvel da empresa, mas a medida abrange toda a frota usada pelas organizações no seu dia-a-dia. Um estudo do Hay Group calcula ainda que mais de 70% das viaturas das empresas tenham um valor de mercado abaixo dos 25 mil euros. Um estudo da LeasePlan, com apoio técnico da KPMG, aconselha o ‘donwgrade’ de viaturas das frotas que valham mais de 25 mil euros (ver página II). A medida, refere o estudo, “é a mais equilibrada” pois permite “à empresa manter o custo sem aumentar obrigações e ao colaborador continuar a utilizar um veículo sem perda de rendimento líquido”. ■ >> Taxa agravada em 10 pontos percentuais, caso o sujeito passivo apure prejuízos fiscais no exercício >> As novas taxas aplicam-se ao parque circulante e não apenas às novas compras >> Não é devida Tributação Autónoma sobre todos os encargos suportados com veículos atribuidos como rendimento em espécie PUB II Diário Económico Quarta-feira 12 Março 2014 G E S T Ã O D E F R O TA S Qual é a melhor opção para não sentir tanto o aumento de impostos Carros topo de gama são os que mais sofrem com a nova taxação. Leaseplan e KPMG criaram cinco cenários possíveis e dizem qual é a melhor opção. Contrato O estudo levou em conta o custo de um contrato de ‘renting’ com as seguintes condições contratuais: >> 48 meses de aluguer >> 120.000 kms >> Manutenção preventiva (revisões) e correctiva (avarias) >> Substituição de pneus em número ilimitado >> Veículo de substituição em caso de imobilização (revisões, avaria, sinistro e furto ou roubo) >> Imposto Único de Circulação (IUC) >> Seguro com cobertura de danos próprios (franquia 2%) >> Custos líquidos de impostos, quando suportados pela empresa >> 26,5% (25% de IRC + 1,5% de derrama municipal) para o exercício de 2013 >> 24,5% (23% de IRC + 1,5% de derrama municipal) para o exercício de 2014 >> A Tributação Autónoma, pela sua natureza, não é aceite como gasto fiscal Chris Ratcliffe/Bloomberg A Leaseplan, em parceria com a KPMG, lançou no início do ano um estudo sobre os impostos sobre veículos empresariais. O estudo avalia o custo gerado por uma frota automóvel e formas de o reduzir e tem em consideração o impacto que cada alternativa analisada tem no colaborador que utiliza os veículos. Definindo cinco cenários possíveis, a análise conclui que as empresas devem trocar os carros mais caros dos seus colaboradores (acima dos 25 mil euros) por versões com menos extras e, por isso, mais baratas. A solução tem, no entanto, a limitação de ser aplicável no momento da renovação do contrato. Nesse caso, a Leaseplan aconselha a redução do prazo dos contratos, especialmente no caso dos contratos cuja data de fim esteja próxima (menos de um ano). Para “suavizar o ‘downgrade’”, as empresas devem concentrar as suas compras, de forma a que o ganho de volume “permita aumentar o poder negocial”. Os descontos daí decorrentes poderão aliás “absorver todo ou parte do agravamento fiscal”, minimizando ou mesmo evitando o ‘downgrade’. Os outros cenários apresentados pela Leaseplan eram a de um caso em que a empresa suporta o agravamento de custo resultante do aumento das taxas de Tributação Autónoma, sofrendo um aumento de custos até 18%, dependendo da distribuição da frota por seg- mento. Já o colaborador manteria a situação actual. No caso da empresa acordar com o colaborador a atribuição de veículo como rendimento em espécie, apenas a empresa reduziria o custo face a 2013 entre 3% e 12% ou entre 10% a 19% caso não se verifiquem as condições que determinam a atribuição de veículo como tributável em sede de Segurança Social. Contudo, neste cenário, o colaborador perde entre 1% a 2% do rendimento líquido decorrente do aumento de tributação em sede de IRS e Segurança Social mas aumenta o seu opacote salarial. O último cenário coloca a hipótese de empresa e colaborador acordarem substituição da disponibilização de veículo por incremento de salário. “A partir de taxas de Tributação Autónoma superiores a 23,75%, a operação de substituir o veículo por dinheiro é interessante para a empresa”, refere o estudo. Contudo, aquilo que parece uma oportunidade para a empresa, poderá não o ser para o colaborador. Isto porque, sobre o aumento de salário que a empresa lhe confere, terá de suportar a taxa de IRS correspondente ao seu rendimento bem como a sua taxa de Segurança Social (11%). ■ I.M. 5 perguntas e 5 respostas sobre a tributação autómoma 1 2 3 DIFERENÇAS ENTRE MÉTODOS DE GESTÃO ‘RENT-A-CAR’ TRIBUTADOS PAGAMENTO AO QUILÓMETRO Não existem diferenças nas taxas de Tributação Autónoma entre os vários métodos de aquisição/gestão de veículos. Contudo, apesar das taxas serem iguais, se a base de incidência da taxa for menor, os custos com Tributação Autónoma também serão. O ‘renting’, pelo facto de gerar menos encargos com depreciações, apresenta uma base de incidência menor, logo menos custos com Tributação Autónoma. A Tributação Autónoma aplica-se sobre veículos alugados em regime de ‘rent-a-car’. Para alugueres superiores a três meses ou inferiores a três meses mas renováveis, aplicam-se as mesmas regras de tributação do que para ‘renting’, ‘leasing’ e aquisição própria. Para alugueres por um período de duração inferior a três meses e não renováveis, poderá equacionar-se que, para 2014, a taxa a aplicar seja de 10%. Os encargos dedutíveis relativos à compensação pela deslocação em veículo próprio do trabalhador ao serviço da entidade patronal, não facturados a clientes são tributados autonomamente à taxa de 5% ou 15% (prejuízos fiscais). São ainda tributados sempre que tais encargos não se encontrem devidamente suportados através de mapa e o sujeito passivo apresente prejuízo fiscal no período de tributação a que respeitam. 4 ENTRADA E CARRO USADO Se houver uma entrada inicial que faça baixar o capital a financiar, o valor de aquisição que deve ser considerado para efeitos de determinação da taxa de Tributação Autónoma será o valor de aquisição ou contrato, adicionado do valor da referida entrada. Caso uma empresa celebre um contrato para um veículo usado, o valor de aquisição a considerar para efeitos de determinação da taxa será o valor pelo qual foi adquirido/alugado o veículo usado. 5 VEÍCULOS N1 NÃO ESTÃO NA BASE DE INCIDÊNCIA Os veículos com homologação N1 (e.g. veículos de cinco lugares em que é removido o cinto central traseiro) correspondem a veículos de mercadorias e, como tal, não se encontram incluídos na base de incidência da Tributação Autónoma, refere o estudo da Leaseplan. O IVA incorrido na aquisição/aluguer de veículos de turismo não é dedutível. PUB IV Diário Económico Quarta-feira 12 Março 2014 G E S T Ã O D E F R O TA S Krisztian Bocsi/Bloomberg Empresas repensam política automóvel O financiamento de veículos pesados través do ‘leasing’ cresceu 55,2% em 2013 ‘Leasing’ e ‘renting’ cresceram em 2013 Valores de janeiro revelam que tendência de crescimento se mantêm em 2014. O ‘leasing’ de viaturas pesadas e o ‘renting’ de carros comerciais parecem ter passado ao lado da crise. Os dados da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF), dão conta que em 2013, o ‘leasing’ de pesados cresceu 55,2% em relação a 2012 e que o ‘renting’ de viaturas comerciais subiu 23,2%. Em termos gerais, o ‘leasing’ aumentou 4,1%. De acordo com Beja Amaro, presidente da ALF, “o ‘leasing’ financiou 19.284 viaturas ligeiras e registou um valor ligeiramente superior a 386 milhões de euros. Já nas viaturas pesadas, fecharam-se 2.041 contratos de ‘leasing’, num valor de produção de 158,5 milhões de euros”. No total, foram financiadas 21.325 viaturas, das quais, “13.652 foram adquiridas por empresas”, informa. O ano passado foi igualmente positivo para o ‘renting’, que “inverteu, mesmo, a tendência negativa”, destaca. Foram adquiridas 19.554 viaturas novas, mais 5,3% do que em 2012 e com uma produção total de 366,1 milhões de euros, um crescimento de 3,2%. O ‘renting’ de viaturas comerciais subiu, em 2013, 23,2%, “o que se traduziu na aquisição de 4.660 viaturas, no valor de 64,5 milhões de euros, mais 15 milhões do que em 2012”, revela Beja Amaro, frisando que 26% das viaturas comerciais ligeiras novas vendidas em Portugal durante 2013 “foram adquiridas pelas empresas de ‘renting’”. No total, ambas O que é ‘leasing’ e ‘renting’ O ‘leasing’ é uma modalidade de aluguer de longa duração, através da celebração de um contrato com uma locadora, que será a proprietária do bem. O cliente paga mensalmente uma prestação fixa, podendo, no final do contrato, optar pela aquisição efectiva do bem. Na modalidade de ‘renting’, o cliente faz um contrato até cinco anos, ou por quilometragem. Paga por mês não só o uso do bem, como todos os serviços de manutenção e gestão do bem, que estarão sempre a cargo da empresa locatora. No final do contrato, o cliente pode adquirir o bem, mediante o pagamento do valor residual. foram responsáveis por cerca de 32% das viaturas novas vendidas em Portugal em 2013, o ‘leasing’ por 16,8% e o ‘renting’ por 15,4%. Joaquim Robalo de Almeida, secretário-geral da Associação de Industriais de Aluguer de Automóveis Sem Condutor (ARAC), confirma que o ‘renting’ registou um “ligeiro crescimento dos contratos celebrados”, mas adverte que os valores das viaturas baixaram. “O valor financiado é francamente menor, o que revela de forma clara os efeitos da crise e da necessidade das empresas adaptarem os seus padrões de utilização de viaturas aos tempos de austeridade em que vivemos”. Para 2014, acredita que se manterá a tendência de crescimento, o que já parece estar a acontecer, pelo menos, de acordo com os últimos números conhecidos, uma vez que em Janeiro, o mercado de ‘renting’ cresceu 17%, ao financiar 1.529 viaturas, num total de 30 milhões de euros. Já o ‘leasing’ cresceu 21%, financiando nesse mês 1.822 viaturas, num total de 50 milhões de euros. Beja Amaro, presidente da ALF, explica ainda que “tanto o ‘leasing’ como o ‘renting’ são produtos com especificidades próprias, que acompanham de perto as realidades vividas pela economia nacional. Independentemente do desempenho, ambos os produtos estão em condições de continuar a apoiar as empresas, de acordo com as necessidades destas”, diz. ■ O Orçamento de Estado para 2014 agravou a carga de IRC nas viaturas de serviço, o que parecia antever uma quebra nos níveis de crescimento do leasing e do renting. Beja Amaro, presidente da ALF diz ser “uma tarefa ingrata fazer previsões de como será o ano”, mas destaca que 2014 começou “com taxas de crescimento homólogas”. Porém Joaquim Robalo de Almeida, secretário-geral das ARAC, frisa que este agravamento “tem levado muitas empresas a repensar a sua política automóvel e a procurar as melhores soluções”. E lembra que esta tributação “pode ser transferida para a esfera do trabalhador no caso das viaturas de serviço”. O responsável diz acreditar que este mercado “irá ajustar-se à situação das empresas nacionais, assistindo-se a uma redução do valor das viaturas financiadas e objecto de contratos JOAQUIM ROBALO de renting, sobretudo DE ALMEIDA por razões de natureza Presidenrte da ARAC económica, de transparência e de rigor da gestão das empresas e de índole fiscal”. Lembra que actualmente as empresas “racionalizam e cortam em todos os custos em que é possível, BEJA AMARO que no sector auto- Presidente da ALF móvel se tem traduzido numa diminuição da dimensão das frotas e adiamento da troca de veículos”. A tendência, acredita, será mantida, bem como “o recurso cada vez maior a contratos de curta e média duração”. Além disso, garante que “a racionalização de custos de frota tem passado pelo cada vez maior recurso por parte das empresas à utilização de veículos apenas pelos períodos que são necessários, o que tem levado a uma diminuição dos custos com frota automóvel”. Robalo de Almeida frisa que em 2013 “já se assistiu a um ‘downgrade’ das frotas, situação que continuará a verificar-se em 2014 através da utilização de veículos de menor valor, apresentando também as marcas políticas promocionais e de descontos e modelos adaptados à fiscalidade nacional”. Acredita ainda que vão aparecer no mercado produtos mais flexíveis. ■ PUB VI Diário Económico Quarta-feira 12 Março 2014 G E S T Ã O D E F R O TA S ALD Move evita duplicação de custos OPINIÃO FERNANDO FAGULHA DIRECTOR DE VENDAS & MARKETING DA EUROPCAR ALD Automotive fechou 2013 com um crescimento de 60,8% nas vendas. Chris Ratcliffe/Bloomberg A ALD Automotive acaba de lançar o ALD move, “um produto flexível, transparente e vantajoso, que elimina o custo da renda quando precisa de dias de viatura de substituição extra-contrato, no caso da imobilização prolongada, evitando desta forma a duplicação de custos”, afirma Guillaume de Leobardy, director-geral. O produto está disponível tanto para novos como antigos contratos. Sempre atenta às necessidades do mercado, a empresa tem vindo a apresentar novos produtos ao longo dos últimos tempos. No segundo semestre de 2013 lançou o ALD mobile, uma aplicação que permite a localização da Rede de Parceiros através de um Smartphone - o ALD mobile, cujo principal objectivo “é permitir a qualquer condutor ALD Automotive a pesquisa imediata do parceiro mais próximo da sua localização, dentro da rede preferencial ALD Automotive, e por diferente tipo de serviço”, informa o responsável. Para que o condutor conseguir “identificar e localizar os pontos de assistência em caso de manutenção, pneus, sinistros, IPO ou quebra de vidros” apenas é necessário um Smartphone. Esta oferta alargada e inovadora explica a boa performance da empresa que, a nível internacional teve em 2013, “um ano histórico”, uma vez que a ALD Automotive “alcançou a marca simbólica de um milhão de viaturas a circular, com uma frota de 1.008.840 a 31 de Dezembro de 2013, e um crescimento anual de 5.6%”, sublinha. Localmente, Guillaume de Leobardy faz “um balanço francamente positivo” do último ano de actividade, frisando “um crescimento sustentado e bastante acima da performance do mercado”, com a ALD Automotive a fechar o ano, com uma taxa de crescimento de 60,8% nas suas vendas, o que lhe confere uma quota de mercado de 14,7%. Importante referir que as principais clientes são médias e grandes empresas. ■ R.C. Serviços que ajudam a gerir frotas através de ‘smartphones’ são cada vez mais comuns. Locarent quer lançar novo serviço de reacondicionamento de viaturas este ano Empresa atingiu quota de 23% em Janeiro e tem nas PME as principais clientes. Em 2014, a Locarent conta apresentar novidades ao mercado no âmbito dos serviços de reacondicionamento das viaturas em finais de contrato. A novidade foi dada por Maurício Marques e Martim Gomes, da direcção de marketing da empresa de ‘renting’. Em Janeiro deste ano, a empresa tinha uma quota de mercado de 23% “e uma variação de mais de 100% em relação a período homólogo de 2012”, revelam. O início de 2014 está a manter a tendência de 2013, ano em que a empresa se manteve como segundo ‘player’ do mercado, com uma quota de 17%. Os responsáveis admitem que a procura em 2013 diminuiu, com os bons resultados a deverem-se “à afirmação junto de segmentos de clientes com maior rentabilidade”. A Locarent tem uma oferta vocacionada para todo o tipo de empresas. Porém, são as PME a esmagadora maioria das clientes e que se assumem “como um segmento cada vez mais relevante na nossa carteira de clientes”, diz. Maurício Marques e Martim Gomes sublinham o facto da Locarent privilegiar as parcerias, que lhe permitem “corresponder às necessidades que o mercado tem vindo a apresentar”, e explicam que as empresas “estão cada vez mais exigentes, procurando parceiros competentes, próximos e flexíveis em face das necessidades prementes”. Posto isto, a Locarent tem como vantagem competitiva as redes bancárias dos dois bancos accionistas (BES e CGD), que permite ao cliente ter “um gestor de frota dedicado que o acompanha ao longo dos vários períodos do contrato”. ■ R.C. Quando a optimização dita as regras A actividade empresarial norteia-se actualmente pelo imperativo da optimização. Válido tanto para os resultados como para os recursos, dita este princípio que as empresas se reinventem continuamente, em termos de estrutura e oferta, adaptando-se às necessidades do mercado, em constante mutação e crescente exigência. Como forma de responder a esta realidade, cada vez mais marcada pela incerteza e pela variabilidade, a Europcar criou especialmente para os clientes ‘corporate’ a solução Fit Rent, que permite às empresas ver respondidas as suas necessidades de mobilidade, sem a obrigatoriedade de assumir compromissos de custos fixos com frotas a prazos alargados (como os habituais períodos de três, quatro ou mais anos). A flexibilidade de prazos de aluguer assume-se como a principal bandeira do Fit Rent - com este serviço a Europcar dá às empresas a possibilidade de contratualizarem períodos mínimos de apenas 30 dias -, merecendo igualmente destaque um conjunto de vantagens adicionais, tais como baixo preço para os quilómetros extra e controlo de quilometragem frequente, de modo a evitar surpresas e a ajudar a empresa a controlar consumos e despesas. Também ao nível da frota disponibilizada é possível identificar as mais-valias do Fit Rent: as viaturas disponibilizadas para aluguer muito recentes e renovadas continuamente, permitindo evitar os problemas inerentes ao desgaste natural das viaturas. Na contratação desta solução, a Europcar garante adicionalmente a troca de viatura sempre que necessária e sem qualquer custo adicional, tal como a inclusão no valor contratado de todos os serviços de manutenção, preventivos e programados. É ainda disponibilizada assistência 24 horas e viatura de substituição, nas situações em que tal necessidade se verifique. A Europcar acredita ver concretizada neste serviço a sua assinatura e compromisso “moving you way”, dando provas concretas do seu empenhamento em antecipar e responder da forma mais vantajosa às necessidades dos seus clientes, honrando a liderança que estes lhe permitem orgulhosamente manter há aproximadamente 20 anos. ■ PUB VIII Diário Económico Quarta-feira 12 Março 2014 G E S T Ã O D E F R O TA S Arval tem novo serviço e prevê lançar mais dois produtos OPINIÃO PEDRO PESSOA DIRECTOR COMERCIAL DA LEASEPLAN Aluguer de frota com todos os serviços incluídos prevê uma só factura. vez mais simplificadas, porque os principais motivos para as empresas desenvolverem o ‘renting’ são o custo mensal fixo, com a inclusão de serviços, controlo orçamental e redução de tarefas administrativas”, diz, afirmando estar ainda na calha o lançamento de mais dois novos serviços. A Arval tem conseguido manter uma boa performance e tem nas médias e grandes empresas as suas maiores clientes, por serem empresas “com uma gestão mais madura”. Essa capacidade de gestão permite “uma maior percepção sobre as vantagens no uso dos seus recursos de uma forma mais eficiente, e com isso optarem mais pelo ‘outsourcing’ da frota para que possam investir os seus recursos na sua atividade”. José Manuel Rodrigues assegura que qualquer que seja o segmento e modelo de negócio, a Arval oferece “capacidade técnica e soluções customizadas e completas de gestão de frota”. A gestão de frota e o aconselhamento especializado as “características diferenciadoras do serviço da Arval”. ■ R.C. Nova solução Banif Renting Reta compra semirreboques SAG compra BestFleet O Banif Renting é a nova solução de renting que o Banif vai disponibilizar este ano, e que vem complementar as actuais ofertas de crédito automóvel e leasing já fornecidas pelo banco. A ALD será a responsável pelo fornecimento e gestão dos serviços, sendo o front-office e o apoio directo a clientes assegurado pela rede de agências e centros de empresas do banco. Esta parceria, que dura desde 2012, quando a gestora passou a gerir a frota do Banif Rent, permite ao banco ter uma oferta completa e é um marco para a ALD no desenvolvimento desta área de negócio, já com um peso de 30%. ■ R.C. A Reta adquiriu 20 novos semirreboques frigoríficos para dar resposta à crescente procura registada no último ano no segmento de aluguer e venda, revela a empresa em comunicado. O serviço de aluguer de semirreboques e tractores oferece às empresas um conjunto de vantagens flexíveis, como a optimização do fluxo de trabalho e, consequentemente, aumento da produtividade e garantia de custos controlados. A solução inclui manutenção preventiva, seguro de responsabilidade civil, seguro de danos próprios com franquia, inspecção periódica, entre outros. ■ I.M. A Unidas, unidade brasileira da portuguesa SAG Gestão – Soluções Automóveis Globais, celebrou um contrato para a compra de 100% da Best Fleet, uma empresa também brasileira na área do renting automóvel. O negócio implica um investimento por parte da empresa detida por Pereira Coutinho, de 69,4 milhões de euros. A Best Fleet conta com uma frota maioritariamente composta por viaturas de gamas superiores”. A SAG detém 52,72% do capital social da Unidas, partilhando a estrutura accionista da participada com fundos de investimento desde 2011. ■ R.C. David Paul Morris/Bloomberg A empresa especializada em gestão de frotas Arval tem um novo produto no mercado. Trata-se da “Provisão de Combustível”, que perme ao cliente “um aluguer da sua frota com todos os serviços incluídos, desde a manutenção, ao seguro, aos pneus ilimitados, à viatura de substituição ilimitada e ao combustível utilizado. Tudo numa única factura e com um único valor”, explica José Manuel Rodrigues, director comercial. O lançamento veio dar resposta à necessidade sentida por soluções “cada Prever o risco para fazer mais A capacidade de prever e gerir as variáveis mais voláteis do mercado é, na actual conjuntura económica, algo que se tem revelado fundamental para que as promessas de sucesso se transformem em verdadeiras soluções de valor acrescentado. Reduzir custos é, hoje mais do que nunca, uma prioridade para os clientes de ‘renting’ à qual os operadores do sector têm de dar resposta adequada. Esta realidade evidencia a importância de uma oferta direccionada para a minimização do impacto da crise junto dos clientes, cuja actividade depende directa ou indirectamente da forma como são geridas as suas frotas. A criação de soluções personalizadas e sustentáveis aliada a uma forte componente de consultoria, permitirá às empresas optimizar as suas escolhas em matéria de política de frota, reduzindo custos e identificando novas oportunidades. Com a aprovação do Orçamento de Estado para 2014 e o decorrente agravamento da carga fiscal na estrututura de custos das frotas automóveis, foram introduzidas novas taxas e escalões de Tributação Autónoma, aplicáveis a todo o parque circulante — e não apenas aos novos veículos, como antes. Neste contexto, foi necessário reagir. Foi necessário prever cenários e analisar as hipóteses de redução ou anulação dos efeitos decorrentes do aumento da carga fiscal, prestando aconselhamento sobre como minimizar ou eliminar o impacto negativo das medidas adoptadas. Assim o fizemos. Este foi o mote do estudo “Orçamento de Estado para 2014 e os impostos sobre veículos empresariais”, realizado pela LeasePlan. Desde a hipótese em que a empresa suporta o agravamento de custo resultante do aumento das taxas de Tributação Autónoma, até à hipótese em que empresa e o colaborador acordam a troca da disponibilização de veículo por um incremento do salário, o estudo avalia o impacto das novas medidas na empresa e no colaborador em cinco cenários diferentes, contemplando ainda a reformulação da política de frota da empresa por via do ‘downgrade’ de versão e/ou motorização ou segmento de veículo. A adequação dos esforços das gestoras de frotas às diferentes dificuldades que o mercado coloca na rota das empresas é o elemento diferenciador de parcerias de sucesso. Mais do que celebrar contratos, o nosso objectivo é cumprir a promessa de marca pela qual nos guiamos diariamente – “it’s easier to leasePlan”. A experiência de 20 anos de actividade em Portugal valeu à LeasePlan a conquista da liderança do mercado. Esta responsabilidade exige-nos sempre fazer mais e melhor, contribuindo activamente para a viabilidade dos nossos clientes e parceiros. É neste sentido que disponibilizamos uma gama diversificada de serviços. Além daqueles que integram normalmente a natureza do próprio ‘renting’, dispomos no quadro de uma política de risco zero para os clientes, soluções que lhes garantem uma transferência integral de riscos operacionais sobre a frota para a LeasePlan. Através de instrumentos próprios de consultoria como o Savings Accelerator ou o Fleet Balance, a LeasePlan identifica também oportunidades de redução de custos nas frotas e propõe medidas para as atingir. Prever o risco, adequar soluções e optimizar a rentabilidade - esta é a premissa subjacente à actividade de uma gestora de frotas responsável. É também a razão pela qual a LeasePlan tem sido capaz de manter a liderança inequívoca neste sector, no âmbito de um contexto economicamente desafiante. ■ PUB X Diário Económico Quarta-feira 12 Março 2014 Kevin Bartram / Reuters G E S T Ã O D E F R O TA S Um percurso adaptado às necessidades das empresas pode ajudar a importantes poupanças de tempo e dinheiro. Frotcom permite poupanças de 20% Sistema monitoriza veículos e permite controlar consumos e circulação. O sistema de gestão de frotas Frotcom pode levar a poupanças de cerca de 20% na factura de combustível, além de outros custos directos da viatura. Criado e desenhado pela Frotcom International, empresa que se dedica ao desenvolvimento de sistemas de localização de veículos, este sistema permite monitorizar veículos e fazer “uma gestão de custos efectiva, o controlo e planeamento de rotas, uma análise da qualidade de condução e mobilidade integrada”, frisa Manuel Gomes Mota, director-geral da Frotcom Lusitania, distribuidora exclusiva da Frotcom International para Portugal. A interface da aplicação é “muito fácil de uti- lizar”, assegura, explicando que os clientes “conseguem rapidamente trabalhar com este sistema sem grandes complexidades na sua estrutura”. As poupanças estão garantidas e podem ser divididas em duas categorias. A diminuição de quilómetros é possível através dos módulos de planeamento e controlo de rotas, o controlo de utilização das viaturas fora do horário de serviço, o controlo de circulação em determinadas zonas. Já a poupança por cada quilómetro percorrido é possível com o módulo de Eco-driving “que permite avaliar e controlar o estilo de condução dos condutores, através da análise de um conjunto de oito parâmetros”, explica. De frisar o controlo automatizado de combustíveis e abastecimentos através do cruzamento das facturas de combustível com os dados de consumo da viatura, “que detecta abastecimentos irregulares e eventuais roubos de combustível”, destaca Manuel Gomes Mota, que frisa a distribuição do frotcom em mais de 30 países através de uma rede de Frotcom Certified Partners. A empresa nasceu em 1996, a partir de um produto de localização de viaturas criado pela Quadriga. Autonomizou-se em 2008 através de um ‘spin-off’ criado para o seu desenvolvimento e distribuição, a Frotcom International. ■ R.C. Uma solução que ajuda a planear as rotas Factores como o percurso, o tipo de carga e o estado da estrada são tidos em conta. Existem hoje várias tecnologias que ajudam a optimizar os gastos das empresas. O Route Planner é um deles. Aplicação desenvolvida pela empresa de sistemas de informação geográfica Esri, serve para planear e optimizar rotas de vários veículos e pode ser acedida através do computador, de um ‘smartphone’ ou de um ‘tablet’. A Esri Portugal tem várias soluções que permitem analisar circuitos e optimizar rotas, ajudando a reduzir os custos de operação. “As nossas soluções SIG reúnem, num mesmo ambiente de base geográfica (assente num mapa), um conjunto de variáveis – a localização dos pontos de visita, eventuais restrições horárias e de acesso, informação sobre a rede viária –, bem como toda uma série de regras, como o número máximo de horas diárias de condução ou as pausas dos trabalhadores - , associando ainda a compatibilidade entre a tipologia do veículo e a opera- ção”, explica fonte da empresa, garantindo que “assim, torna-se possível identificar o conjunto de rotas que minimizam os custos operacionais”. A VASP – Distribuição é um dos clientes da Esri. Para a área de actuação desta empresa, que se dedica distribuição de jornais, o planeamento diário é fundamental. Isto porque o trabalho muda todos os dias consoante a periodicidade das diferentes publicações. “A VASP sai todos os dias para a rua com rotas definidas com base na tecnologia Esri, tendo recuperado o investimento inicial em menos de três meses”,conta Nuno Leite, director de Marketing e de Negócios da Esri Portugal, que adianta que outra das áreas que mais ptrocura este tipo de soluções é a da gestão de resíduos. “Os gestores de resíduos, antes de concorrerem a uma nova concessão, usam a nossa tecnologia para quantificar os custos de operação e definirem o valor a oferecer pela concessão”, afirma. Uma vez em operação, utilizam o ArcGIS para, “de uma forma detalhada e precisa, definirem as variáveis de operação e minimizar os custos operacionais”, acrescenta. A tecnologia da Esri ajuda ainda os operadores de resíduos a optimizar as rotas de recolha. “O Network Analyst ajuda a realizar análises espaciais com base em redes”, sendo por exemplo possível atribuir pesos - “associando as variáveis tempo e dinheiro” - aos percursos, assim como cargas, tendo em conta as condições da infra-estrutura rodoviária para definir a melhor rota para cada veículo, assim como a sua tipologia. A optimização pode ser ainda mais “refinada”: através da monitorização do nível de enchimento dos contentores, podem traçar-se rotas que abranjam apenas contentores com um nível mínimo de enchimento. ■ I.M. Como ser eficiente O planeamento dos percursos através de gps ou outros dispositivos é uma das formas que as empresas têm de poupar no combustível, fazendo parte da chamada eco condução. Saiba que outras formas têm as empresas de conduzir, poupando: 1 Veículos mais eficientes A eco condução inclui a aquisição de veículos mais eficientes a nível energético. O site www.topten.pt, promovido pela Quercus, está sempre a actualizar os modelos mais eficientes por categoria. 2 Soluções para reduzir consumos Existem soluções tecnológicas que ajudam a reduzir consumos contribuindo, por exemplo, para uma maior aerodinâmica. 3 Combustíveis alternativos O biofuel ou a electricidade são alguns dos combustíveis alternativos que podem ajudar na eficiência energética. Nos CTT, por exemplo, 8% da sua nova frota é movida a electricidade ou electricamente assistida. A empresa, que percorre 66 milhões de quilómetros todos os anos, prevê poupar 426 mil litros de combustíveis fósseis ao longo da vida útil sua frota. PUB XII Diário Económico Quarta-feira 12 Março 2014 G E S T Ã O D E F R O TA S Mario Proenca/Bloomberg Cartões de frotas oferecem descontos mas não só. São também uma forma de controlar os gastos que a frota uma empresa faz. Galp lança cartão Frota Business Agrícola e alarga oferta na área BP e REPSOL também têm oferta de cartões de frota alargada. Conheça-a. A Galp lançou na passada segunda-feira o novo Cartão Frota Business Agrícola, alargando a sua oferta nesta área. Especialmente pensado para as empresas agrícolas com frotas de pequena e média dimensão, este cartão permite que acedam a descontos adicionais na aquisição de combustíveis, atribuindo descontos entre os quatro e os seis cêntimos por litro no gasóleo agrícola e até sete cêntimos por litro, nos combustíveis rodoviários. O Galp Frota Business Agrícola não tem qualquer custo de adesão e vem alargar a família de cartões Galp Frota Business, indicados para empresas com uma frota de pequena ou média dimensão. Até Fevereiro, já tinham sido emitidos 394 mil cartões e vendidos mais de 130 milhões de litros de combustíveis com descontos através destes cartões. O número de clientes total era, no final de Fevereiro, de 22.784. De salientar que este cartão é aceite numa rede de cerca de 700 postos no país. Já no que se refere ao Galp Frota Corporate, pensado para empresas com consumos supe- Informações a reter >> BP A BP permite às empresas redzir custos operacionais e administrativos através da emissão de uma única factura periódica e detalhada. >> Repsol Através d site Solred Directo é possível consultar as transacções e gastos por cartão, pedir novos cartões, alterar ou cancelar cartões, e extrair informação de facturação. riores a nove mil litros por ano, as vantagens expandem-se a 1.400 postos de combustíveis da Penísula Ibérica. Em Fevereiro, eram já 6.939 os clientes, tendo sido emitidos 290 mil cartões. Além deste, a empresa disponibiliza ainda o Galp Frota Profissional, dirigido a empresas de transporte de mercadorias ou passageiros. Além da Galp, também as outras gasolineiras têm cartões que contribuem para poupanças e outras vantagens. São 342 os postos de abastecimento em Portugal e 18 mil em toda a Europa que aceitam o cartão BP Plus, que tem já 4500 clientes. Jorge Gonçalves, responsável pelo negócio das frotas da BP, sublinha “o aumento de clientes novos de cerca de 9% ao ano”. Como novidades para 2014, frisa o lançamento de novos serviços de gestão de frotas que vão “aumentar a sustentabilidade e reduzirem custos operacionais”. O lançamento de um novo serviço de recuperação de IVA nos abastecimentos internacionais VAT refund. O reforço da oferta de pagamento de portagens em Portugal e no estrangeiro com novos serviços e funcionalidades. Destaca ainda o lançamento do novo serviço de gestão de frotas, o BP FleetMove, “que trabalha no campo da telemetria e vai permitir que as empresas de transporte possam aceder a um conjunto de informação fundamental para uma gestão operacional fortemente eficiente”, explica. Quanto à Repsol, disponibiliza o cartão Solred, aceite em Portugal, Espanha e Andorra e o Solred DKV, aceite em 42 países europeus e no Norte de África, nos mais de 54 mil pontos de venda. A empresa tem ainda como novidade este ano o Solred Telemat, um sistema de segurança no abastecimento que assegura que todo o combustível facturado foi efectivamente colocado no depósito. De salientar que independentemente da empresa que os comercializa, estes cartões permitem aceder a combustíveis a preços competitivos, pagar portagens, túneis e ‘ferries’, pagar reparações do veículo em viagens ou ser utilizados como cartões de crédito em caso de urgência. ■