UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE A QUALIDADE DO CRÉDITO NO MERCADO DE FINANCIAMENTO DE VEÍCULOS Por: Leonardo Corrêa Couto Orientador Prof. Mario Luiz Vitória - ES 2009 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE A QUALIDADE DO CRÉDITO NO MERCADO DE FINANCIAMENTO DE VEÍCULOS. Apresentação Candido de Mendes monografia como à requisito Universidade parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão Estratégica e Qualidade. Por: Leonardo Corrêa Couto 3 AGRADECIMENTOS A minha querida esposa Juliana Elisa Buttendorff que me apoiou de maneira significativa para concretização deste trabalho. 4 DEDICATÓRIA Dedica-se a todos os familiares e amigos que contribuíram de maneira direta ou indireta para minha formação profissional, educação e caráter. 5 RESUMO Este trabalho teve como foco, alertar e conscientizar a população e as instituições financeiras para a importância da Qualidade do crédito no mercado de financiamento de veículos. Enfatiza o mercado de veículos novos e usados no Brasil, procurando ressaltar suas tendências, tipos de financiamentos, CDC ou Leasing, suas vantagens e desvantagens. Passa pelo levantamento das questões que oneram diretamente o crédito para financiamento de veículos como as altas margens de ganho financeiro, utilizada pelas instituições financeiras no Brasil ou através fatores indiretos que compõem o preço desse crédito como o alto índice de inadimplência ou a carga tributária, por exemplo. Evidencia também a importância do controle da inadimplência por meio de um bom cadastro, uma boa análise e concessão de crédito responsável, ou seja, da qualidade do crédito para que os setores envolvidos cresçam de forma transparente, sustentável através de medidas ambientalmente corretas e economicamente viáveis. . socialmente justas, 6 METODOLOGIA O desenvolvimento do trabalho foi efetuado com base em revisão em bibliografia especializada. Avaliar a qualidade do crédito no mercado para financiamento de veículos requer uma pesquisa de legislação específica, literatura da área econômica, finanças e administração, material didático elaborado pelas Instituições financeiras, jornais e revistas com artigos contemporâneos e atualizados sobre o tema, bem como sites governamentais, empresas de cunho estatístico e empresas que compõe o setor em questão. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - Mercado de Veículos no Brasil 10 1.1 - Tendências 11 1.1.1 - Novos x Usados 12 1.1.2 - Modalidade de Pagamento 14 CAPÍTULO II - Formação do preço do Crédito 17 2.1 – Spread bancário 19 2.2 – Risco do Crédito 21 2.3 – Inadimplência 24 CÁPITULO III – Qualidade do Crédito 29 3.1 – Análise de Crédito 30 3.1.1 - Os “C’s” tradicionais do crédito 30 3.2 - Cadastro positivo 32 CONCLUSÃO 35 BIBLIOGRAFIA 36 FOLHA DE AVALIAÇÃO 38 8 INTRODUÇÃO O tema desta monografia é a Qualidade do crédito no mercado de Financiamento de Veículos, uma vez que esta oferta feita de maneira desenfreada pode causar altos riscos de inadimplência e afetar o custo do crédito, repassando ao consumidor final. A questão central desse trabalho são os altos “Spreads”, criados, não somente por altos níveis de margem de ganho financeiro utilizados pelas instituições financeiras no Brasil, mas também, por componentes determinantes nesta precificação do crédito para financiamento de veículos. Esta prática tem gerado dificuldade para o consumidor pagar suas prestações de modo que aumenta a inadimplência na carteira de financiamento de veículos que após determinado período são considerados como perda, que na forma de índice, é um item de peso e de caráter oneroso no cálculo para formação do “Spread” em uma agência de financiamento de veículos. O tema sugerido é de fundamental relevância, face à crise atual da econômica mundial, causada por um modelo capitalista míope e sem preocupação com gerações futuras. Atualmente ocorre um incentivo pela oferta de crédito para aquecer a economia do país, mas é utilizado de pouco critério na análise e concessão do mesmo aumentando o risco de crédito e sistêmico. Os prejuízos podem ser incalculáveis já que não afetam apenas, o ambiente corporativo ou o próprio Sistema Financeiro, corroem economias locais e internacionais com o advento da Globalização, afetando a vida de muitas pessoas. São, portanto, objetivos dessa pesquisa, identificar a importância da qualidade do crédito na oferta para financiamento de veículos e atentar para um planejamento estratégico socialmente justo e economicamente viável de modo a reavaliar a maneira de as instituições ligadas ao crédito, possam atuar em conjunto para mitigar o risco da operação e com isso desonerar o “Spread” bancário. 9 O presente trabalho está organizado do seguinte modo: No primeiro capítulo apresenta-se o mercado de veículos no Brasil, suas tendências em relação ao consumo de veículos novos x usados e as modalidades de pagamento utilizadas. O segundo capítulo discrimina a formação do preço do crédito, o que é spread bancário, risco do crédito, inadimplência e o que cada um deles representa na precificação. No terceiro e último capítulo, evidenciamos a importância da qualidade do crédito, descrevemos sobre a análise do crédito e apresentamos a ferramenta conhecida como Cadastro Positivo, como sugestão para redução dos problemas encontrados. 10 CAPÍTULO I MERCADO DE VEÍCULOS NO BRASIL O setor automobilístico tem uma fatia cada vez maior no PIB e vem cumprindo um papel fundamental para crescimento econômico do Brasil. “Desde o período do “milagre econômico”, na década de 50, época em que o Brasil incorporou definitivamente o processo de industrialização, o setor automotivo é extremamente importante na atividade industrial brasileira. Principalmente no período correspondente às décadas de 50 a 70, onde a indústria automobilística brasileira cresceu sob índices e resultados muito positivos, destacando-se pelo alto índice de novos empregos e a capacidade do setor em gerar atividades diretas e indiretas ao seu processo que ajudaram no desenvolvimento, devido a sua estrutura que envolve o estímulo nas atividades de produção de metal, plástico, tecidos, materiais elétricos e eletrônicos, bem como, movendo uma ampla cadeia de atividades comercias e de serviços.” (SILVA, 2006 p.39) Na década de oitenta o setor sofreu, junto com a economia mundial e brasileira, uma forte redução de sua atividade e uma total estagnação tecnológica em comparação com outros países. Essa recessão durou até o início da década de 90, onde as ações governamentais de expansão do comércio, os incentivos fiscais e a contenção da inflação foram decisivos para que o setor retomasse o crescimento e ampliasse a contribuição para a geração de riqueza do país. (SILVA, 2006 p.38) 11 De acordo com a ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das montadoras), a frota de automóveis está, hoje, concentrada principalmente nas regiões Sul e Sudeste. A idade média do segmento está em 13,3 anos. Fonte: ANEF, 2008 1.1 – Tendências A direção na qual, Pessoas físicas ou jurídicas seguem ou são seguidas pelas outras nas escolhas e tomada de decisão e são influenciadas. Traduzindo-se ainda numa vontade natural irrefletida no subconsciente, que se transforma em um comportamento com ou sem a devida consciência do indivíduo. Neste caso específico, influenciadas por um comportamento de consumo que pode ser levado pelas novas regras do mercado financeiro ou 12 descobertas de novas tecnologias do mercado automobilístico aceitas pela maior parte da sociedade. 1.1.1 Veículos novos x usados De acordo com ANEF 2008, o total de licenciamento nos últimos 12 meses obteve um incremento da ordem de 5%, sendo que o aumento de veículos novos foi de 14%, contra 2% dos usados. Quando um consumidor decide comprar um veículo, é prudente que ele faça uma pesquisa de mercado na qual levantará o modelo desejado, a cor, o ano de fabricação, e principalmente, o custo benefício desejado. Hoje, comparando as condições (taxa, prazo, prestação) oferecidas para financiar um veículo novo ou usado, percebe-se que na relação custo benefício é melhor para o consumidor adquirir um “carro zero”. Para o governo, as montadoras e concessionárias são fundamentais na cadeia de valor desse setor e aparecem como consideráveis contribuintes na geração de emprego e renda, aplica-se então subsídios de cunho fiscal 13 beneficiando-os e aquecendo sua venda em detrimento de outros que participam dessa cadeia como as revendas de veículos usados. Já para as instituições financeiras, a garantia de uma operação de financiamento de veículo é o próprio bem, portanto quanto mais novo é este bem, menor a depreciação, caso a instituição tenha que tomar o bem por falta de pagamento, diminuindo o risco e consequentemente o custo do crédito. Seguindo dados da ANEF, apura-se que a proporção de veículos usados para veículos novos negociados é, em média, de 2,7, inferior ao mesmo período de 2007, com 3,3 veículos usados para cada novos. Numa época em que a comercialização de veículos novos se encontra em franco aquecimento, existindo até filas de espera para a aquisição de carros zero-quilômetro, por causa da redução, por tempo limitado, da alíquota do IPI, determinada pelo governo federal. A redução/isenção da alíquota fez inclusive, com que os veículos usados apresentassem acentuada desvalorização. 14 1.1.2 - Modalidade de Pagamento Entre as modalidades de pagamento mais utilizadas estão o Leasing ou Arrendamento Mercantil e CDC – Crédito Direto ao Consumidor, cada qual com sua peculiaridade, suas vantagens e desvantagens, depende muito da finalidade ou desejo do consumidor. Leasing ou Arrendamento Mercantil – Efetivado a partir de um contrato de arrendamento mercantil, possibilita à utilização do veículo, segundo suas especificações, por um período e condições pré-definidos (mínimo 24 meses). Terminado o prazo do contrato, você pode optar pela compra do veículo por um valor previamente estabelecido. Cabe ao cliente escolher o bem, negociar com o fornecedor o preço e sua disponibilidade. Devemos ainda ressaltar que não há incidência de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) desonerando o CET (Custo Efetivo Total) resultando numa prestação menor, já que este tributo é acrescido ao valor financiado e diluído nas parcelas. CDC – Crédito Direto ao Consumidor – O financiamento possui incidência de IOF, o veículo é de propriedade do comprador e fica com gravame na base do DETRAN (Departamento Nacional de Trânsito), alienação fiduciária a favor da instituição financeira durante o prazo de pagamento que vai de 2 à 60, 72 ou até 84 meses. A modalidade é firmada através de Cédula de Crédito Bancário. O potencial de movimentação econômica e a forte previsão de crescimento evidenciam a importância do mercado de automóveis na atividade econômica e o quão fundamental e favorável ao consumo é a disponibilidade de recursos financeiros gerados através das operações de CDC. 15 É correto afirmar, com base nas estatísticas apresentadas junto ao setor, que o fator de maior peso no fomento das vendas de veículos é a renda. (SILVA, 2006, p.33) Conseqüentemente, o crescimento da renda elevará a capacidade de pagamento ao crédito e aquisição de empréstimos financeiros ao mercado, ampliando diretamente a possibilidade de consumo de automóveis. Nesse estágio é possível identificar a renda como mais um fator de influência na determinação dos juros junto ao sistema financeiro. “Ao ocorrer um aumento na capacidade de pagamento do consumidor através de uma ampliação da renda, afetará a demanda por crédito de forma positiva. Logo, ficando o mercado mais aquecido, os bancos tendem a reduzir suas taxas de juros com base na redução do risco e aumento das expectativas de ganho em escala.” (SILVA, 2006, p.53) O comportamento das instituições financeiras pode ser simplificado se uma operação de CDC for considerada como um produto vendido em uma loja, com o preço representando a taxa de juros. Com o aumento do consumo de CDC os bancos reduzirão suas taxas. Cabe ressaltar que essa não é uma regra automática, pois existem outros fatores ligados ao sistema financeiro que podem colaborar para o aumento das taxas, mesmo em um momento de alta demanda. (SILVA, 2006, p.35) 16 Fonte: ANEF, 2008 O gráfico da ANEF demonstra uma crescente oferta de Leasing ou Arrendamento Mercantil pelas instituições financeiras devido ao menor risco, já que o proprietário ou arrendador é a própria instituição, que através de contrato firmado, arrenda para o consumidor conhecido como arrendatário. Nas operações de arrendamento mercantil, a instituição arrendadora adquire um bem específico, previamente negociado entre empresa e fornecedor, para arrendá-lo por um prazo correspondente à maior parte da sua vida útil. A instituição arrendadora é a proprietária do bem, registrando-o em seu ativo e efetuando sua depreciação. O arrendatário, por sua vez, detém a posse e o uso do bem, é responsável pela manutenção, arca com os custos seguro e realiza pagamentos periódicos denominados contraprestações. 17 CAPÍTULO II FORMAÇÃO DO PREÇO DO CRÉDITO A formação do “Spread”, conhecida também como “precificação” é fundamental para competitividade do produto uma vez que a concorrência entre as empresas de oferta de crédito no mercado de financiamento de veículos no Brasil é muito acirrada e um detalhe que faça o diferencial é determinante. “As taxas de juros cobradas nas operações de crédito devem remunerar os custos de captação dos recursos utilizados para empréstimos, cobrir os custos do negócio e gerar um rendimento líquido para o banco. Em outras palavras, para garantir a rentabilidade da atividade de intermediação financeira, a margem bruta obtida deve ser superior aos custos, aí incluídas as despesas de diferentes espécies, os tributos e as provisões para cobertura de risco em caso de inadimplência do tomador do empréstimo.” (BARROS;FAGUNDES;CAVALCANTE, 2007 p.07) 18 Decomposição do spread bancário em cima do custo de captação conforme tabela da Associação Nacional das Empresas de Financiamento. Inadimplência (índice de perda) Despesas administrativas e operacionais Impostos Indiretos Impostos Diretos Margem de ganho Total 15,80 % 19,20 % 8,20 % 21,00 % 35,80 % 100,00 % Fonte: ANEF, 2008 2.1 - Spread O spread é obtido pela diferença entre as taxas de juros de aplicação e de captação, compreendendo o lucro e o risco relativos às operações de crédito, despesas operacionais e com tributos. “O spread, por conseguinte, é influenciado por uma série de variáveis, sobretudo qualidade de crédito do emissor, condições de mercado, volume e liquidez da emissão ou empréstimo, e prazo. Para cálculo do spread, a taxa interna de retorno dos fluxos é deduzida da taxa interna de retorno de um referencial. Representa a diferença entre as taxas de juros de aplicação e captação, compreendendo o lucro e o risco relativos às operações de crédito. O spread bancário pode ser considerado indicador de eficiência da própria intermediação bancária, dado que mede o custo desta.” (DEMIRGÜÇ-KUNT & HUIZINGA, 1999; BROCK & ROJAS-SUARES, 2000 p.21). 19 Assim, a magnitude do spread bancário – diferencial entre as taxas de captação e de aplicação de recursos – será determinada pelo comportamento dos diversos elementos que compõem o custo da atividade de intermediação e pela margem de lucro líquida praticada pelas instituições. (BARROS; FAGUNDES; CAVALCANTE, 2007 p.09) Geralmente, a amplitude do spread bancário é associada à lucratividade. Porém, releva-se que uma elevação no spread, por exemplo, não implica necessariamente maior lucro. O lucro é apenas um dos componentes do spread bancário (COSTA e NAKANE, 2005 p. 15). Fonte: ENAF 2007 Estudos executados sobre a evolução do spread mostram o alto “spread” bancário é um dos responsáveis pelo baixo nível de investimento na economia brasileira. Seus determinantes são de ordem microeconômica e seus principais componentes são os seguintes: a cunha fiscal (impostos e tributos cobrados 20 sobre as operações financeiras), o custo administrativo, a provisão para cobrir a inadimplência e o lucro da intermediação financeira. É importante compreender o que significam esses valores, pois no cômputo geral de todas as modalidades de empréstimos as perdas por inadimplência do sistema bancário representaram 15,8% da receita de juros efetivamente pagos acima da taxa SELIC. “O “spread” bancário continua alto – apesar das medidas adotadas pelo governo em relação aos depósitos compulsórios – resultando em taxas de juros elevadíssimas. Vários fatores concorrem para que os juros sejam tão altos: custos de captação, custos operacionais, cunha fiscal (carga tributária) e inadimplência.” (PROCON-SP, 2008) Na composição dos juros, a inadimplência tem peso considerável e sua influência obedece a uma dinâmica perversa: aumento da inadimplência contribui para taxas de juros mais altas; por outro lado, taxas de juros mais altas contribuem para o aumento da inadimplência. O consumidor, mesmo sem perceber, é diretamente atingido pelas oscilações microeconômicas descritas neste trabalho ou pelas situações macroeconômicas (inflação, atividade produtiva, taxa de câmbio, mercado internacional, etc.). Ao consumidor deve-se alertar para a necessidade de planejar seu orçamento com critério, recorrendo ao crédito somente em casos de real necessidade, fazendo comparações de custo-benefício e, finalmente, evitando a inadimplência. 21 2.2 – Risco do Crédito O risco se apresenta sob diferentes formas macro ou microeconômica, instabilidade de taxas de juros e de câmbio, oscilações de preços dos insumos e produtos, acirramento da competição empresarial e pode materializar-se em perdas efetivas de grande monta e de difícil recuperação. Dessa maneira a administração e a consideração do risco na formação da taxa de juro, devem ser vistas como premissas já que o risco sempre existirá, simplesmente porque o futuro é incerto. “O crédito é um elemento presente em praticamente todas as políticas Financeiras das empresas comerciais e industriais, como forma de fomentar as vendas ou suprir eventuais necessidades de capital de giro, realização de aquisições ou aumento da capacidade de produção. Portanto, a função dos bancos é praticar a intermediação financeira, ou seja, administrar recursos de terceiros e fornecer crédito ao comércio, à indústria, às empresas prestadoras de serviços e às pessoas físicas”. (OLIVEIRA, 2003, p.07) O risco de crédito pode ser conceituado como possível de perda em que se incorre quando há inadimplência de uma contraparte numa operação de crédito. Na maioria das análises, o risco do tomador está relacionado a fatores internos e externos, que podem prejudicar o pagamento do empréstimo contratado junto ao banco. (OLIVEIRA, 2003, p.10) 22 “A avaliação do risco é reflexo da multiplicidade, qualidade e origem das informações disponíveis para o analista. A análise e a administração do risco estão baseadas no processamento das informações sobre o proponente do crédito. Atualmente, as novas técnicas para mensuração desse risco, aliadas ao avanço dos recursos tecnológicos, são de suma importância para auxiliar tanto a análise quanto a tomada de decisões.” (OLIVEIRA, 2003, p.24) Embora as classificações dos diferentes tipos de risco a que se submete uma instituição financeira sejam diversas, poder-se-á agrupá-los da seguinte forma: risco de crédito; risco de mercado; risco de liquidez; risco operacional; risco legal. (OLIVEIRA, 2003, p.25) O risco de crédito representa a possibilidade da perda pelo nãopagamento de algum tipo de dívida que qualquer contraparte tenha assumido com a instituição financeira. Três são os diferentes tipos de riscos inerentes ao risco de crédito; • Risco de Inadimplência: é caracterizado como a possibilidade de perda decorrente da incapacidade de pagamento do devedor ou contraparte; • Risco de concentração: diz respeito à possibilidade de perda em decorrência de uma elevada exposição em um único devedor, grupo de devedores, região, segmento, etc; • Risco Soberano: está relacionado à possibilidade de perda pelo descumprimento das obrigações por parte dos 23 devedores, em função de restrições impostas pelo país sede da exposição. O risco de mercado origina-se de qualquer mudança de valor nos ativos e passivos pertencentes a instituição financeira, quer sejam os indexados à taxa de juros, à taxa de câmbio, ou os negociados nos mercados de renda variável ou no mercado imobiliário. O risco de liquidez surge da dificuldade de caixa, ou seja, quando identificada a necessidade de movimentar recursos financeiros através da comercialização de um determinado ativo, a instituição financeira não consiga obter compradores potenciais no momento e no preço desejado. O risco operacional é a possibilidade de perda causada por falhas na estrutura organizacional da instituição financeira, em nível de sistemas, procedimento, recurso humano ou recurso tecnológico. O risco legal ocorre pelo descumprimento ou quebra de regras contratuais ou pela incompetência da instituição financeira em cumprir determinações legais. “Além disso, as instituições financeiras como qualquer outro tipo de negócio, correm os riscos inerentes na organização de seu mercado; risco de mudanças significativas nas estruturas regulatórias e tributária da atividade; risco mercadológico da perda de preferência dos consumidores de seus produtos, risco da perda de competitividade seja de preços, de qualidade de serviços, de nível de tecnologia, de atendimento diferenciado ou de imagem, risco no ambiente global relacionado aos negócios bancários.” (OLIVEIRA, 2003, p.32) 24 2.3 – INADIMPLÊNCIA Inadimplência nada mais é do que o não pagamento até a data de vencimento de um compromisso financeiro com outrém, quando feita negociação de prazos entre as partes, para aquisição de bens ou serviços devidamente executados. “Na década de 80 os Estados Unidos sofreram inadimplência recorde nos empréstimos bancários. Um dos pontos que contribuiu para tal acontecimento foi o mau desempenho das carteiras de crédito, ou seja, não existia cultura de crédito naquele país. No Brasil, a cultura de crédito teve suas variações que estimularam seus administradores de risco a se interessarem cada vez mais por novas técnicas. Essa preocupação não o incentivou a criar e a desenvolver técnicas avançadas de avaliação. Este período assistiu ao nascimento de alguns modelos individuais, ao refinamento constante de algumas bases de dados relevantes de falências e a uma série de pesquisas por parte de empresas reguladoras e dos consultores sobre as técnicas.” (OLIVEIRA, 2003 p.26) Segundo Bryan, 1988, os bancos precisam repensar a cultura de crédito e traçar novas estratégias de empréstimos. 25 Segundo um levantamento efetuado no Banco Central feito pela ANEF, a inadimplência registrou em dezembro de 2008 uma sensível elevação comparativamente a dezembro de 2007, alcançando o pico de 4,3% sobre a carteira de financiamento de veículos (CDC). Fonte: ANEF, 2008 Por outro lado o atraso sobre o total da carteira de crédito para pessoas físicas, passou de 7% em dezembro de 2007 para 8,1% em dezembro de 2008. 2.3.1 - O Financiamento e a Inadimplência Segundo Rubens Sardenberg, 2009 economista-chefe da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), o que os bancos mais temiam era que a crise resultasse na alta da inadimplência. Para ele, a alta do “spread” que ocorreu desde o agravamento da crise, justifica-se por esse fator. A inadimplência, de acordo com estudos do BCB, passa a corresponder por cerca de 40% do “spread”. 26 O aumento da inadimplência é uma das coisas que atrapalham tanto a redução do “spread” como a concessão de empréstimos, diz Sardenberg. “Para o economista-chefe da Febraban, enquanto, de um lado, a queda da inflação e a baixa atividade da economia são fatores que poderiam fazer o “spread” cair mais rapidamente, de outro, a inadimplência e as grandes incógnitas que são o tamanho e a duração da crise atuam na direção oposta. O balanço dessas duas coisas pode fazer com que o “spread” bancário demore mais a cair.” (SARDENBERG, 2009). Ao longo da série de relatórios do BCB sobre a economia bancária e crédito, o risco embutido nas operações de crédito vem se destacando. No primeiro diagnóstico foi que os elevados “spreads” bancários eram explicados pela inadimplência e pelo reduzido nível de exposição da suas carteiras de crédito que limitavam a diluição dos custos administrativos e de capital. Observou-se, que, em função das elevadas inadimplências ocorridas, as instituições financeiras tinham receio de aumentar suas carteiras de empréstimos. Portanto, uma baixa exposição ou oferta de crédito ou maior era a forma legítima de os bancos se protegerem de uma conjuntura incerta. A ênfase foi dada ao grupo de regras mais severas de classificação e provisionamento de operações de crédito implantadas referente à regulamentação e ao controle de riscos das instituições financeiras. Nesse sentido, a medida mais importante adotada foi à obrigatoriedade de classificação das operações de crédito por faixas de risco, bem como o 27 provisionamento de todos os créditos a partir da segunda faixa de risco conforme a resolução 2.682, de 21 de dezembro de 1999. Seguia-se, assim, a tendência internacional, que dava prioridade aos riscos assumidos pelas instituições financeiras e à sua capacidade de gerenciá-los. Se, num primeiro momento, essas medidas sugeriam limitar as ações dos bancos, em outro buscavam gerar maior estabilidade, redução da inadimplência bancária e, a médio e longo prazo, redução de custos, “spreads” e taxas de juros finais. Conforme BCB, de 2001 a 2006, tanto pela decomposição contábil do spread quanto pela utilização de técnicas econométricas para estimação dos determinantes, o risco de crédito revelou-se como variável explicativa significante. Ambas as metodologias, ao longo do tempo, se beneficiaram de melhorias na quantidade e na qualidade dos dados disponíveis. Portanto, o risco de inadimplência é um dos principais aspectos pontuais diagnosticados pelo BCB (1999 a 2006) para redução da taxa de juros média cobrada nas operações de crédito. “A inadimplência no Brasil, além de seu componente conjuntural, está ligada também aos aspectos institucionais tais como falta de cultura de crédito (devido ao longo período de inflação), baixa qualidade das informações sobre a clientela, instrumentos de crédito inadequados e sistema judiciário que não dispõe de mecanismos legais necessários à cobrança dos empréstimos” (BCB, 2000). 28 Segundo a FEBRABAN, o risco de inadimplência responde por 37,60% do spread bancário, que é a diferença entre a taxa de captação dos bancos e a cobrada dos consumidores na concessão do crédito. Para induzir a baixa dos juros ao tomador final, muitas medidas poderiam ser adotadas, dentre as quais a redução das taxas básicas de juros e a redução da cunha fiscal, bem como as medidas tendentes a diminuir o risco de crédito e aumentar a eficiência e a alavancagem das instituições financeiras. Entretanto, para a redução do risco de crédito, faz-se necessário o entendimento de como este vem se relacionando com os fatores conjunturais. Como pode ser observado, o risco, eminentemente o de crédito, é de grande importância na estrutura e na determinação do spread bancário. 29 CAPÍTULO III QUALIDADE DO CRÉDITO O crédito assume fundamental importância no desenvolvimento de um país. Em qualquer de suas possibilidades, seja financiando o consumo de pessoas físicas, assistindo o capital de giro de empresas ou financiando investimentos, estará sempre ligado a desenvolvimento econômico e social. O PIB(Produto Interno Bruto) de um país é o resultado da soma de todos os bens, produtos e serviços produzidos pela sociedade. A poupança, no contexto econômico, representa a parcela não consumida (o excedente) da sociedade. Para poderem produzir e contribuir para o PIB do país, as empresas investem em infra-estrutura ou em bens de capital (equipamentos industriais, especialmente máquinas e equipamentos necessários à produção). Para tanto, busca recursos no excedente gerado pela sociedade (a poupança), através do crédito, por intermédio das instituições financeiras. O crédito assim, está ligado á produção, na medida em que disponibiliza recursos ociosos da economia à assistência creditícia de empresas produtoras de bens e serviços. Por isso, o volume de PIB e crédito estão intimamente ligados. Ao mesmo tempo o crédito assume fundamental importância para o desenvolvimento econômico em outras áreas quando, fornece recursos para o consumidor antecipar a aquisição de bens, o crédito está auxiliando o processo econômico na medida em que facilita o consumo, aquece a produção e mantém os níveis de emprego. Quando destinado ás famílias de baixa renda, via microcrédito ou programas governamentais, o crédito tem função social relevante na redução da exclusão social e na melhor distribuição de renda. Em qualquer de suas formas, o crédito sempre estará ligado ao desenvolvimento econômico e social de um país. Em função disto é necessário que se dê destaque especial á sua qualidade. 30 3.1 – Análise de Crédito Nem sempre um crédito de qualidade é um crédito burocrático ou restritivo. O crédito concedido deve ser aquele em consonância com a capacidade de pagamento do indivíduo. A tendência de queda das receitas com “Float” (remuneração oriunda de aplicação de um recurso financeiro por um banco entre 1 a 5 dias em que este dinheiro permanece em seu poder antes de disponibilizá-lo ao cliente), a atratividade para os bancos e a ampliação do risco de inadimplência pelos juros altos indicam que o crédito será a grande fonte de recursos para o mercado financeiro e automobilístico nos próximos anos, forçando os setores a aumentar sua participação e responsabilidade no fomento da economia. A análise de Crédito não se trata de um processo simples e objetivo, determinada análises transcendem as técnicas objetivas e se apresentam em decisões subjetivas, baseadas no conjunto de informações adquiridas, no bom senso e na experiência dos analistas. “A adequada análise de crédito é crucial para atividade bancária, ao possibilitar a redução do risco de crédito, após a identificação dos pontos fortes e fracos dos clientes prospectados e de clientes com relacionamento já existente em concessão de crédito. A identificação do risco do crédito é essencial para a tomada de decisão, classificação de risco e precificação do empréstimo.” (PIROK, apud, SANTOS, 2000, p.44). 3.1.1 - Os “C’s” tradicionais do crédito Para uma análise subjetiva da concessão de crédito é necessário o uso dos tradicionais “C’s do crédito”: Caráter; Capacidade; Condições; Capital; 31 Conglomerado; Colateral. (SANTOS, 2000, p.45) O “Caráter” representa a idoneidade do cliente, baseado no seu histórico nos pagamentos de dívidas. É auferido principalmente pela pesquisa aos órgãos de proteção ao crédito. Segundo BLATT (1999, p.42), “caráter refere-se ao risco moral, ou melhor, à intenção e à determinação do cliente de honrar ou não seus compromissos assumidos, sendo este o primeiro fator de seleção do cliente”. A “Capacidade” é a habilidade que a pessoa tem de gerir seu negócio ou suas finanças pessoais, ou seja, o potencial do cliente em pagar suas dívidas ou obrigações. Porém, na insuficiência de dados consistentes, deve-se indicar o preenchimento do relatório de visita ou, a verificação “in loco” das condições residenciais e/ou profissionais da pessoa. “Condições” ou cenário, diz respeito a condições de macro-ambiente em que a pessoa busca sua receita, é profissional liberal, autônomo ou empregado de empresa? Qual a situação da empresa ou o setor onde a mesma atua? O “C” Capital é avaliado pela situação econômico-financeira e patrimonial do cliente, è feita uma checagem financeira no sistema financeiro Nacional (BCB) e um levantamento do patrimônio. “Colateral” é utilizado quando da insuficiência de garantias na operação, exige-se garantias adicionais, sejam elas reais (Penhor, hipoteca, caução, alienação fiduciária do bem) ou pessoais (aval e fiança). “Conglomerado” é uma regra que busca analisar as pessoas ao redor daquela que é objeto principal de pesquisa, como por exemplo, empresas do grupo, sócios, cônjuges etc. 32 3.2 – Cadastro positivo Atualmente, ao procurar crédito, o bom pagador paga pelo mau, pois o risco de inadimplência é repassado de forma igual, por isso procura-se uma maneira de extinguir esta injustiça através do Cadastro Positivo. “O cadastro positivo é uma metodologia moderna de conceder crédito, no qual o comportamento financeiro de seu pretendente (ao crédito) é analisado a partir de informações compartilhadas entre os diversos setores da economia (mercado financeiro, comércio, indústria e serviços). Assim, o que se considera é o relacionamento financeiro dos consumidores, no qual são valorizados os fatos positivos, ou seja, os pagamentos honrados, e não os eventuais fatos negativos, que são os pagamentos não honrados, e que hoje no Brasil são superdimensionados.” (LUCCA, 2009) O mercado financeiro necessita de um instrumento mais completo e eficaz para liberar crédito para as pessoas físicas. Nesse ano, após intensas pesquisas e desenvolvimentos, o Cadastro Comportamental foi criado pela SERASA com o objetivo de permitir que os bons pagadores, a grande maioria dos brasileiros, pudessem ter tratamento diferenciado e maior acesso ao crédito com juros mais baixos. Em economias mais adiantadas como dos Estados Unidos e da Europa, o consumidor não tem acesso a qualquer modalidade de crédito se 33 não estiver cadastrado em um serviço de proteção ao crédito. Assim como existe nesses países, o “Credit Bureau” é um cadastro de informações autorizadas pelo próprio consumidor e referentes ao seu comportamento no pagamento de compromissos financeiros, assumidos na contratação de crédito. O cadastro positivo tem sido evidenciado, pelas autoridades econômicas e monetárias, como uma importante forma para a redução das taxas de juros. Isso é comprovado não só no Brasil, mas também em várias partes do mundo. Esse instrumento é muito utilizado nos países reconhecidos como excelência em crédito, como Estados Unidos e Inglaterra, nos quais as taxas de juros são referências. Vários países emergentes, como a Austrália, a Nova Zelândia e a África do Sul, estão implantando o cadastro positivo, visando o crescimento sustentado de suas economias. De acordo com LUCCA, 2009, o crédito na China representa 102% do PIB e nos EUA 86%, entre tantos outros exemplos. No Brasil, o crédito é 32,6% do PIB. Estudo de John Barron (professor da Purdue University, EUA) e Michael Staten (professor da Georgetown University, EUA) mostra que a inadimplência em 50 países que adotaram o cadastro positivo chega a ser 43% menor do que naqueles que utilizam só informações negativas. Além disso, com a cultura e a prática das informações positivas, há um aumento de 90% no número de pessoas que solicitam crédito e são atendidas. Esse cadastramento só favorece o consumidor no acesso ao crédito, que passa a ser ágil, sem burocracia e com custos menores. O processo de crediário fica simplificado, dispensando o preenchimento de extensos formulários cada vez que se faz um financiamento, ou compra à prazo melhorando o atendimento e poupando tempo do solicitante. 34 A legislação brasileira no Código de Defesa do Consumidor dispensa a necessidade de autorização do consumidor no tocante ao cadastramento dos inadimplementos do banco de dados de proteção ao crédito. As informações positivas exigem autorização do consumidor para compor os bancos de dados, ao contrário do que acontece em muitos países, onde a legislação, além de garantir os direitos individuais dos cidadãos, permite que estes, na condição de consumidores, tenham acesso facilitado à aquisição de bens e serviços, a partir da valorização de seu comportamento de bom pagador. “Muito se fala sobre o aumento da inadimplência e do endividamento da população. A evolução do crédito para pessoa física, muitas vezes rotulado como crédito fácil, e as elevadas taxas de juros são freqüentemente apontadas como justificativas para o fenômeno da inadimplência. Em parte, são. Resta saber quais são os outros fatores de impacto, além da SELIC. É necessário ver também a metodologia para concessão de crédito, pois as partes envolvidas são duas: o consumidor e o concedente.” (LUCCA , 2009) Ainda segundo LUCCA, 2009 o crédito é o grande financiador da atividade econômica em qualquer economia forte, ela financia desde a produção, comercialização até o consumo, gerando emprego e renda. 35 CONCLUSÃO Este trabalho dedicou-se a um problema enfrentado por economias do mundo todo, o modelo de oferta de crédito com pouco critério que resultou recentemente numa das maiores crises econômicas em nível internacional. O mercado de veículos no Brasil é um setor muito dinâmico e de grande representatividade na economia do País, que sofre as conseqüências desta crise. O intuito de apresentar, situar as pessoas para o assunto, mostrar de forma sucinta, o Cenário, suas tendências, os agentes participantes, a formação do preço ou o custo final do crédito, o que representa o Risco neste negócio e o impacto da inadimplência na formação do preço é fundamental para um consumo consciente. O consumo não existiria sem oferta, eles são complementares na lei de mercado, por isso que se a oferta for responsável e o consumo consciente, teríamos grande chance de se chegar ao equilíbrio econômico-social evitando desperdícios. A abordagem do tema central chama a atenção para a importância da Qualidade do Crédito nesse mercado como forma de desonerar essas operações gerando, não só, maior numero de negócios, mas também como uma iniciativa de se obter um mercado sustentável, ou seja, socialmente responsável, ambientalmente correto e economicamente viável, sempre preocupados, não só com os resultados, mas também com as gerações futuras. Apresentamos como sugestão de gestão estratégica e qualidade para o crédito, o cadastro positivo, modelo já existente em vários países com bastante sucesso e que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, restando apenas alguns ajustes de ordem burocrática. 36 BIBLIOGRAFIA - AFANASIEFF, T. S.; LHACER, P.M.; NAKANE, M. I. The Determinants of Bank Interest spread in Brazil. In: XXIX Encontro Nacional de Economia – ANPEC, Salvador, BA. Anais do XXIX Encontro Nacional de Economia, 2001. – ANEF: Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras. Disponível em <http://www.anef.com.br/imprensa/balanco-ano2006.doc> Acesso em junho de 2009. - BANCO CENTRAL DO BRASIL. Juros e spread bancário no Brasil. Departamento de Estudos e Pesquisas - DEPEP, outubro de 1999. Disponível em: www.bcb.gov.br/ftp/jurosspread1.pdf. Acesso em: 10 mar. 2009 - BARROS, J.P.O.; FAGUNDES, M.E.M.; CAVALCANTE, L.R. Spread bancário em operações de crédito. 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