N° 13 ‐ Agosto/Setembro 2013 Banco de Imagens: Depositphots Certificado Acreditação em Saúde Filantrópicos e Santas Casas de MG investem em gestão certificável ToLife e Federassantas celebram parceria pág. 2 Certificação Hospital Santa Rosalia pág. 6 Transparência - Veja o Balanço 2012 Federassantas pág. 7 Foto: Arquivo Federassantas Expansão e transparência Criadas há séculos como entidades voltadas para a caridade, hoje, as entidades sem fins lucrativos atendem a um sem‐número de demandas sociais. Mas são reconhecidas em todo o mundo, sobretudo, como parceiras importantes na formulação e implementação de políticas sociais. E na saúde, nós filantrópicos, respondemos por uma parcela considerável dos atendimentos, ousando a dizer que de fato, sustentamos os atendimentos hospitalares em Minas Gerais e no Brasil. Contudo, entidades têm sido alvo de fortes denúncias de corrupção, especialmente pela falta de transparência ao não divulgar suas operações, principalmente financeiras. Há legislação sobre o assunto, obrigando as entidades a divulgarem informações, estabelecendo que se dê publicidade por qualquer meio eficaz, no encerramento do exercício fiscal, incluindo‐se as certidões negativas de débitos junto ao INSS e ao FGTS, colocando‐os à disposição para exame. Buscando a transparência de suas ações, a Federassantas publica nesta edição, o seu Balanço Gustavo Henrique Penno Macena Superintendente da Federassantas referente ao exercício de 2012, já no formato da resolução CFC nº 1409/12. Disponibiliza também em seu site, juntamente com os pareceres do seu Conselho Fiscal e auditoria externa. Na federação encontram‐se também as certidões negativas de INSS, FGTS, Receita Federal e PBH, disponíveis para consulta. Ciente dos desafios que o setor filantrópico lhe impõe, a Federassantas vem se estruturando e criando as bases necessárias para um crescimento sustentado. Frente às dificuldades e oportunidades que são muitas, temos a convicção de que a busca pelas melhores práticas, pela eficiência e pela representatividade serão as rotas perseguidas com máximo vigor. Assim, para o futuro, a Federassantas certamente integrará seus melhores esforços para expandir cada vez mais o potencial de geração de valor para seus filiados e para a sociedade. Para isso, é fundamental que haja transparência nesta casa, assim como em outras organizações e seus filiados, cuja atuação tem impacto na sociedade, a que devem prestar contas. ToLife e Federassantas celebram parceria Empresa oferece solução exclusiva para reduzir o tempo de pacientes nos prontos‐socorros e organizar o atendimento. A empresa mineira ToLife ‐ especializada no desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras para a área de saúde – celebrou no mês de agosto uma parceria com a Federassantas para auxiliar as instituições afiliadas na implantação da classificação de risco clínico e organização dos fluxos dos pacientes, com o objetivo, agilizar e priorizar os serviços de atendimento nas urgências e emergências. Todo processo é sistematizado no Protocolo de Manchester, que possibilita discernir casos mais graves – que devem ser atendidos imediatamente – daqueles que têm condições de aguardar, com segurança, pela primeira avaliação médica. A metodologia é baseada no ToLife Service Center, uma plataforma de gestão composta por quatro pilares que garantem o sucesso da implantação: hardware; software; serviços especializados e insumos ou consumíveis necessários. A solução implantada nas unidades de saúde é composta pelo posto de triagem TRIUS®, um equipamento desenvolvido pela ToLife e de produção nacional, que reúne toda tecnologia necessária para que o médico ou enfermeiro assegure, com agilidade e precisão, a classificação do risco clínico dos pacientes e pelo software embarcado EMERGES®, que permite a execução do processo em até 1min e 30s. A solução ToLife está presente em mais de cinco mil unidades de saúde, em nove estados do Brasil, com iniciativas também no mercado externo, como México. Saiba mais sobre a parceria em: www.tolife.com.br/parceria senha: federassantas . Fonte: CMB Evento debate nova política de atenção hospitalar De seis a oito de agosto aconteceu, em Brasília, o 23º Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos. O evento, que reuniu 600 entidades de todo o país, teve como tema central a 'Transição: entendendo e discutindo a nova política de atenção hospitalar e a contratualização no SUS'. Nos três dias de evento, provedores, administradores e superintendentes de hospitais filantrópicos, dentre eles 80 representantes de instituições mineiras, além de membros das federações estaduais, debateram sobre a nova política nacional de atenção hospitalar. A Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais (Federassantas) marcou presença através do seu presidente, Saulo Converso Lara, pelo superintendente, Gustavo Macena, e pela gestora de negócios, Lourdes Paiva. De acordo com a superintendente da Santa Casa de Patrocínio, Ana Lúcia de Castro, que participou do Congresso, o evento foi bastante significativo para os hospitais, principalmente para os que se localizam no interior do estado. “É a oportunidade de conhecermos melhor as políticas de saúde, através dos técnicos do Ministério da Saúde, o que nos dá uma visão de futuro e nos orienta sobre como devemos nos comportar diante do que será estabelecido”, afirma. Para Castro, o contato com as realidades de outros estados brasileiros e a troca de experiências também é muito importante. “A organização do evento este ano foi especial. Esta edição está entre as melhores: local apropriado, palestras com ótimos conteúdos, conferencistas capacitados e horários cumpridos”, complementa. Já o provedor do hospital Margarida, Mauro Lúcio Pedrosa, ressaltou que o Congresso é um momento de oportunidades para discussão das dificuldades e apresentação de resoluções para os problemas comuns entre os hospitais. “O encontro possibilitou atualizar as informações dos diversos projetos governamentais. Também pudemos perceber o posicionamento do Governo e suas perspectivas perante as instituições de saúde. As palestras e discussões foram importantes e enriquecedoras, com esclarecimento de questões específicas”, considera Pedrosa. O provedor ponderou, apenas, sobre a ausência de uma palestra que expusesse, mais claramente, a demanda e a realidade de Minas Gerais. Palestras, fotos e áudios do Congresso podem ser acessados no site: www.eventos.cmb.org.br Após o 23º Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) divulgou uma carta contendo o posicionamento do setor: 1. Reiterar a profunda crise de sustentabilidade das 2.100 instituições brasileiras, responsáveis por mais de 51% dos atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS), representada pelo déficit anual de R$ 5,1 bilhões entre receita e custos pela assistência que prestam ao sistema, e um endividamento já superior a R$ 15 bilhões, motivos determinantes da mobilização nacional em curso, de público e notório conhecimento; 2. Reconhecer do Governo Federal, através de compromissos assumidos pelo Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde, Dr. Alexandre Padilha, avanços nas negociações, porém, ainda, distantes das necessidades apresentadas pelo setor, especialmente no reajuste de 100% da tabela de contraprestação do SUS. O Incentivo à Contratualização (IAC) na assistência de média complexidade, concedido em portaria assinada durante o Congresso, representa uma primeira etapa de atenção ao pleito das instituições, bem como o Projeto de Lei que trata das dívidas tributárias e das iniciativas de adequações na Lei da Filantropia; 3. Expressar que a execução de tais medidas impõem ao segmento, ao Governo e ao Congresso Nacional medidas céleres de efetividade, ensejando, também, garantias e encaminhamento de soluções sequênciais para as demais etapas necessárias à sobrevivência das instituições, notadamente à integralização do reajuste solicitado e o endividamento com o sistema financeiro; 4. Declarar o estado permanente de assembleia geral do segmento, esperando que o setor Saúde efetivamente receba das instâncias governamentais a atenção prioritária que a população brasileira está a exigir; 5. Ao final, o segmento tem a lamentar a situação da Santa Casa do Rio de Janeiro, entidade desligada do sistema associativo e confederativo, há mais de uma década, por proceder em desconformidade com os princípios e valores que norteiam a missão de 500 anos das Santas Casas brasileiras. Acreditação em Saúde Mesmo considerando as diferenças regionais, a busca por acreditação e certificações compreende o cenário de muitos hospitais do país. O fato de ter uma avaliação formal e periódica, realizada por um órgão externo, confere às instituições mais credibilidade e transparência. Segundo o presidente da Federassantas, Saulo Converso Lara, a maioria das entidades filantrópicas encontra‐se em pequenos municípios, grande parte com um único hospital existente, o que torna imprescindível uma boa administração para sua sustentabilidade econômica e excelência no atendimento. Para a diretora do IAG Saúde, Tânia Grillo, as organizações filantrópicas podem ser consideradas o alicerce do sistema de saúde, o que exige a entrega de uma assistência com qualidade, embora possuam recursos escassos. “Só existe um caminho para conciliar resultados assistenciais com baixo custo: a excelência gerencial. Os sistemas de gestão certificáveis são soluções técnicas adequadas e introduzem transparência na relação com a sociedade. Estar acreditado é dizer de maneira objetiva, por uma auditoria externa independente, que a organização usa bem os recursos que a sociedade investiu”, esclarece Grillo. O processo de acreditação teve início em 1920, nos Estados Unidos, sendo a primeira organização fundada com direcionamento aos hospitais, a Joint Commission, em 1951. No Brasil, as atividades tiveram início em 1998, com o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA). Em 1999 nascia a Organização Nacional de Acreditação (ONA), respaldada em normas brasileiras. Dados da ONA revelam que as principais dificuldades das instituições de saúde estão relacionadas à implantação da gestão de risco e a realização de notificações para seu gerenciamento. Na mesma ponta aparecem: ausência de uma cultura de gestão, falta de integração entre as equipes, instalações e equipamentos inadequados e dificuldade de seguir padrões estabelecidos. Para ajudar as organizações, consultorias especializadas muito contribuem para estabelecer uma cultura de segurança dentro dos hospitais. O IAG Saúde, por exemplo, desenvolveu uma metodologia chamada 'Oito Passos para a Acreditação e/ou Certificação' (ver quadro). Trata‐se de um projeto de oito etapas que permite a certificação integrada de normas de gestão e a reestruturação gerencial com foco em resultados econômicos e assistenciais de hospitais, serviços especializados e operadoras da saúde suplementar. Banco de Imagens: Depositphots Filantrópicos e Santas Casas de MG investem em gestão certificável Apesar das atividades serem recentes e considerando as dificuldades encontradas, principalmente nos municípios menores, Minas Gerais tem avançado e diversas instituições filantrópicas já receberam certificações ou acreditações em gestão e qualidade. São elas: Instituto Mário Penna (Hospital Luxemburgo e Hospital Mário Penna) ‐ Belo Horizonte (MG) Acreditado ONA nível 3; Certificado ISO 9001 e ISO 14001 Hospital do Câncer de Muriaé ‐ Muriaé (MG) Acreditado Pleno Hospital Felício Rocho ‐ Belo Horizonte (MG) Acreditado ONA nível 3 e NIAHO; Certificado ISO 9001 e ISO 31000 Hospital Márcio Cunha‐ Ipatinga (MG) Acreditado com Excelência IPMMI‐ Hospital Madre Tereza ‐ Belo Horizonte (MG) Acreditado com Excelência Santa Casa de Misericórdia de Passos‐ Passos (MG) Acreditado Pleno Santa Casa de Montes Claros‐ Montes Claros (MG) Acreditado Pleno Hospital Irmandade Nossa Senhora das Dores – Itabira (MG) Certificado ISO 9001 Hospital Santa Rosália ‐ Teófilo Otoni (MG) Certificado ISO 9001 Santa Casa de Ouro Preto – (MG) Certificada ISO 9001 Certificado Recentemente, o IAG Saúde firmou contrato com o Grupo Santa Casa de Belo Horizonte, incluindo o Hospital São Lucas e a Funerária, e lançaram em parceria o Projeto de Acreditação – consultoria para certificação integrada nas normas ISO 9001 e ONA. Para o provedor da Outras Santas Casas e hospitais filantrópicos estão em preparação para certificação em normas de gestão, dentre eles: Banco de Imagens: Depositphots Grupo Santa Casa de Belo Horizonte – (MG) Santa Casa de Caridade de Diamantina – (MG) Santa Casa de Juiz de Fora – (MG) Santa Casa BH, Saulo Levindo Coelho, Hospital Arnaldo Gavazza – Ponte Nova (MG) o Projeto de Acreditação é relevante Hospital de São Lourenço – São Lourenço (MG) tanto para a organização e seus funcionários quanto para a sociedade como um todo. Em números, só a Santa Casa de Belo Horizonte responde por 41 especialidades médicas e mais de 3.500.000 atendimentos/ano, maior núcleo de prestação de serviços assistenciais de saúde em Minas Gerais. De acordo com o diretor do IAG Saúde, Renato Couto, a gestão conduzida pela atual diretoria e o projeto de Acreditação vem dar acabamento a uma construção gerencial de muitos anos. “Temos certeza do sucesso do projeto pela qualidade, em função do envolvimento e dedicação que temos encontrado no corpo de funcionários da casa e em sua direção.” conclui. Hospital Manoel Gonçalves – Itaúna ( MG) Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus‐ Juiz de Fora (MG) OITO PASSOS PARA A ACREDITAÇÃO E/OU CERTIFICAÇÃO 1 2 3 4 5 Planejando a implantação e aprendendo a construir os processos; Implantando os processos e requisitos de produto e aprendendo a construir indicadores; Implantando ferramenta de conformidade de requisitos de produtos e aprendendo a construir rotinas; Implantando os indicadores e aprendendo a análise crítica do desempenho com planejamento de ações de melhoria; Implantando a análise crítica do desempenho e as rotinas; 6 Implantando a gestão de risco e construindo o sistema de auditoria; 7 Desdobrando o Planejamento Estratégico usando o BSC; 8 Preparando para a auditoria de certificação. Fonte: IAG Saúde Encontro propõe soluções para pequenos hospitais O presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais (Federassantas), Saulo Converso Lara, ministrou a palestra 'Função e Perspectivas dos Hospitais nos Pequenos Municípios', dia 14 de junho, durante o Fórum Municipal de Saúde realizado na cidade de Cláudio. O evento, promovido pela prefeitura local em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES MG) e o Ministério Público Estadual, teve como tema central as ' Pe r s p e c t i v a s p a r a o a t e n d i m e n t o hospitalar'. Participaram representantes da Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis, Conselho Microrregional de Saúde, secretários municipais de saúde da Região Centro‐Oeste, prefeitos, deputados e população. De acordo com o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Antônio Jorge de Souza Marques, que apresentou a 'Política estadual para os hospitais de referência nas regiões do estado', os investimentos buscam organizar a rede por meio do Plano Diretor de Regionalização(P D R) para que as decisões planejadas e organizadas possam oferecer uma assistência de qualidade à população. Ele também informou que o Governo de Minas, por meio do Programa de Melhoria e Qualidade dos Hospitais (Pro‐ Hosp) da SES/MG, investirá mais de R$735 milhões de reais. Após as palestras, as autoridades puderam debater sobre possíveis soluções para as demandas dos hospitais com menos de 100 leitos. Dentre elas, a possibilidade de se tornarem referência em determinadas especialidades médicas. A SES MG divulgou que a Região Centro‐ Oeste de Minas conta 34 hospitais, sendo oito hospitais polos que recebem recursos do Pro‐ Hosp. Juntos oferecem 2476 leitos. Só leitos SUS são 1863. Destes, 701 estão nos hospitais do Pro‐Hosp. Apesar do número, a macro região que conta 55 municípios e 1,190 milhão de habitantes tem uma das taxas de ocupação mais baixas do estado, ou seja 47% de resolutividade. Os 53% da população que necessitam de atendimento são encaminhados para uma das outras 12 regiões de saúde. O Centro‐Oeste tem apenas dois hospitais com mais de 100 leitos, o Hospital São João de Deus, em Divinópolis, e o da FHEMIG, em Bambuí. A Região de Saúde Centro‐Oste é resolutiva apenas nos serviços de cardiologia hospitalar, hemodialise ambulatorial, oncologia ambulatorial. HSR AGORA É ISO 9001:2008 contribuíram para a efetivação de nossa política de qualidade e do compromisso em não só atender a demanda da nossa região, mas em proporcionar à população um atendimento moderno, diferenciado e principalmente de qualidade, finalizou o provedor”. O Diretor Técnico Ilter Volmer Martins destacou que o Hospital passou por grandes transformações nos últimos anos e que este é o primeiro passo para os grandes avanços que ainda virão não só para o hospital, mas também para a saúde da região. “Isso nos honra e nos deixa muito orgulhosos, foi um trabalho árduo para adequar o hospital as normas que são exigidas pela ISO, e isso nos dá muita tranquilidade para falar que foi uma conquista dos médicos, diretores, provedores, colaboradores, mas principalmente uma conquista do povo de Teófilo Otoni”, afirmou Martins. Dr. Eduardo Bamberg (Provedor do Hospital Santa Rosália) comemorando recebimento do certificado. No dia quatro de julho, o Hospital Santa Rosália recebeu o certificado I S O 9001:2008, concedido pelo DNV – DetNorskeVeritas (empresa de certificação de origem Norueguesa, com 144 anos de existência e com sede no Brasil). A cerimônia foi realizada no auditório do SEST/SENAT e contou com a presença de autoridades, representantes de entidades sociais e instituições comerciais ligadas a área da saúde, além de diretoria, médicos, enfermeiros e colaboradores do hospital. Um dos requisitos gerais da norma ABNT NBR ISO 9001:2008 é que a organização deve estabelecer, documentar, implementar e manter um sistema de gestão da qualidade, além de melhorar continuamente a sua eficácia. A implementação do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ)no Hospital Santa Rosália iniciou‐se em 2003, mas foi intensificado em 2010 após parceria com a empresa de consultoria IAG SAÚDE. Desde então, vem realizando incessantes esforços na busca pela qualificação de seus serviços, o que levou a obtenção da Certificação ISO 9001:2008, beneficiando pacientes, colaboradores, prestadores de serviços e a comunidade em geral. Segundo Ana Paula Viana, gerente do setor de Qualidade e Planejamento e responsável pela implementação do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) no hospital,“a certificação requer mudança de cultura das organizações. Se tratando da área da saúde é ainda mais desafiador; demanda muito esforço e empenho de todos. Esta vitória representa o primeiro passo de grandes melhorias já implementadas, mas também de muitos desafios”. Segundo o superintendente João Carlos Corrêa este foi um passo importante, uma conquista muito grande para o hospital, um sentimento de dever cumprido. Nós não podemos imaginar que nossa missão acabou aqui, estamos apenas começando, vamos aprender daqui para frente a cultivar essa cultura da qualidade, para que no futuro mais próximo a gente possa conseguir a acreditação da Norma da Organização Nacional de Acreditação‐ ONA”. Para o provedor Eduardo Bamberg, o resultado alcançado no processo de certificação foi sem dúvida um dos pontos de maior expressão nestes 117 anos de existência do Hospital. “Esta certificação tem a marca de mais de mil profissionais, que O presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais – Federassantas , Saulo Converso Lara, se alegrou ao ver a transformação que o Hospital sofreu durante esses anos e disse que somente através de dedicação e boa gestão é que os hospitais têm condições de sobreviver”, terminou sua fala parabenizando a toda equipe do HSR. O coordenador técnico das Atividades de Saúde, Luiz Carlos Marzano, se emocionou ao afirmar: “Estamos aqui, com muita honra, participando da solenidade de entrega da certificação ISO 9001:2008 do Hospital Santa Rosália. Nosso entendimento, é um hospital que está quebrando paradigmas por ser do interior mineiro e filantrópico. Ele está dando um exemplo de que o sistema de gestão da qualidade não é só para hospitais particulares, ela se aplica, e com muita procedência, a todo e qualquer segmento da saúde. Este certificado simboliza muito trabalho pela frente. Na realidade ele é o primeiro passo para enfrentar os desafios que virão na área da saúde”. Autoridades, Provedoria, Diretoria e Colaboradores do Hospital Santa Rosália. Equipe de Gerentes do Hospital Santa Rosália, Luiz Carlos Marzano (Auditore Coordenador Técnico da Área da Saúde do DNV); Dr. Saulo Converso Lara (Presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais);Dr. IlterVolmer Martins (DiretorTécnico do Hospital Santa Rosália e Vice Prefeito deTeófilo Otoni). A Gestão da Saúde: os atores em pleno conito A classe médica está insatisfeita com os baixos valores de remuneração, acrescidos da falta de estrutura e equipamentos adequados nas instalações em que trabalham e, agora, com o Programa 'Mais Médicos'. Ela se manifesta em todo o Brasil, tamanho o descontentamento junto ao governo federal e com os compradores de serviços, estes, por sinal, descontentes com a dificuldade em conseguir médicos para atender os pacientes dos seus serviços. Na ponta desta linha estão os clientes, também insatisfeitos com a grande demora da assistência, seja ela dada por planos de saúde ou pelo próprio Sistema Único de Saúde (SUS). O que tenho observado é que a questão perpassa diretamente pela falta de gestão em nossos serviços. Em recente pesquisa realizada em hospitais certificados, observei que os hospitais não estão valorizando o seu ator mais importante: o médico. Percebi que 90% dos clientes responderam que procuraram determinada instituição de saúde em função da indicação médica. E por que não valorizar este profissional que traz o cliente sem investimento maciço em marketing, ou seja, sem efetivamente gastarmos um centavo com propagandas e outros meios para a obtenção deste cliente? Isto talvez possa ser explicado pela falta de conhecimento efetivo de qual meio de marketing é mais eficiente para fidelizar o cliente em serviços de saúde. A maioria dos clientes que participaram da pesquisa comentou que não observa as características e nomes dos hospitais para onde são encaminhados, mas sim quem os encaminhou. Esta informação mudou o meu olhar como gestor hospitalar. Entendia o médico apenas como um dos envolvidos no processo da assistência à saúde e hoje percebo que devo investir em “Programa de Incentivos” para captar e reter médicos que, consequentemente, direcionarão novos pacientes ao hospital. Se partirmos deste princípio, estaremos não só oferecendo aos médicos uma remuneração diferenciada, mas também impulsionando os hospitais com aumento do volume de clientes sem o investimento pesado em marketing, o que é muito comum. E o governo federal e os gestores de planos de saúde como poderão desenvolver ações desta natureza, já que eles elevam o custo assistencial? A sugestão é entender que remunerar melhor trará maior satisfação e interesse entre os prestadores de serviços médicos que atenderão com maior presteza e resolubilidade seus pacientes, fazendo com que custos desnecessários ou custos da não assistência imediata sejam economizados na obtenção da cura deste paciente. Esta matemática é de difícil solução, mas em um futuro próximo, quando percebermos que deveríamos ter calculado este custo em prol da eficiência da assistência à saúde, entenderemos como é difícil o papel do médico que está na linha de frente da atenção ao paciente em seu dia a dia, passando a incentivá‐los com os referidos programas. O cliente, no final desta linha, sabendo que poderá contar com profissionais bem preparados e remunerados, sentirá muito mais confiança na assistência e com isto maior satisfação com seu prestador de serviços, seja ele público ou privado. Longe dizer que estou incentivando uma atenção pautada apenas na remuneração, mas reforço que ao melhorá‐la haverá uma despreocupação com o volume de assistência, refletindo em um atendimento mais qualitativo e uma resolutividade maior. Em minhas próprias experiências, e ouvindo alguns amigos médicos, pude perceber que sempre que atuam em serviços privados, precisam atender um grande volume para conseguir manter um padrão de remuneração interessante, enquanto nos serviços públicos, em função da baixa remuneração, atendem um volume menor, dedicando menos tempo nestes serviços. Não seria o momento de mudar o modelo de remuneração dos serviços de saúde, sejam em todas as esferas públicas e privadas? Deixo esta pergunta em aberto para reflexão dos leitores, já que pelo meu entendimento, caso isto ocorra, todos os atores estarão sendo envolvidos e o eterno conflito da saúde será mitigado. Tarcísio Dayrell Neiva Mestre em administração, consultor e gestor hospitalar do Hospital Arnaldo Gavazza de Ponte Nova/MG * o conteúdo dos artigos publicados no Jornal Federassantas são de total responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da instituição. Balanço FEDERAÇÃO DAS SANTAS CASAS E HOSPITAIS FILANTRÓPICOS Exercício de 2012 CNPJ: 21.943.733/0001-30 Anselmo Malta Costa Contador CRC 104.292 PASSIVO ATIVO DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 Circulante 670.590,18 Circulante Caixa e Equivalentes de Caixa 425.476,18 Fornecedores de Bens e Serviços 398.671,81 RECEITAS OPERACIONAIS Sem Restrição Caixa 1.427,78 Banco C/Movimento -sem restrição 1.852,60 Aplicações Financeiras-Recursos sem Restrição 221.808,30 - Obrigações com Empregados 17.324,96 Obrigações Tributárias 25.646,85 Receitas de Serviços Prestados Contribuições e Doações Voluntárias Recursos de Convenios em Execução 355.700,00 Rendimentos Financeiros Outros Recursos Recebidos Patrimonio Líquido Total das Receitas Operacionais 363008,96 618.552,66 29.945,72 25,882,68 Aplicações Financeiras-Recursos com Restrição 200.387,50 403.374,44 245.114,00 Outras Reservas 77.214,00 167.900,00 Superávit ou Déficit Acumulado Não Circulante 131.456,07 Imobilizado 131.456,07 Bens sem restrição ( - ) Depreciação Acumulada 351.146,40 - 219.690,33 - 146.902,89 Extra Patrimoniais 476.500,00 Valores em compensação 476.500,00 Valores de Bens Segurados TOTAL DO PASSIVO 1.278.546,25 476.500,00 DESPESAS OPERACIONAIS ( - ) Despesas c/Pessoal ( - ) Despesas Serviços de Terceiros ( - ) Despesas Administra vas Gerais ( - ) Despesas Tributárias ( - ) Despesas Financeiras ( - ) Despesas C.E.C. TOTAL DAS DESPESAS OPERACIONAIS Extra Patrimoniais Valores em compensação 476.500,00 476.500,00 Valores de Bens Segurados 476.500,00 TOTAL DO ATIVO 1.278.546,25 SUPERÁVIT / DÉFICIT DO PERÍODO - 217.120,43 - 312.328,73 - 353.784,22 - 11.654,04 - 17.755,68 - 217.925,76 - 1.130.568,86 (93.178,84) Banco de Imagens: Depositphots Créditos a Receber Mensalidades de Terceiros Recursos de Parcerias em Projetos 1.037.390,02 7 Setembro / 2013 03/09 Atualização em farmácia hospitalar 08 h R$ 200,00 R$ 260,00 05 E 06/09 Classificação de risco com protocolo de Manchester 12 h R$ 500,00 R$ 500,00 6/09 Tabwin e CIHA 08 h R$ 250,00 R$ 320,00 10/09 Gestão de arquivo médico/prontuários 08 h R$ 200,00 R$ 260,00 12 E 13/09 Classificação de risco com protocolo de Manchester 12 h R$ 500,00 R$ 500,00 17/09 Gestão de relacionamento com o cliente 08 h R$ 200,00 R$ 260,00 19/09 Processo operacional para execução de convênios (SICONV) - 08 h R$ 250,00 R$ 320,00 novas normas de convênios e contratos de repasse 20/09 Palestra: Qual norma de certificação escolher? Como e Por quê? 20/09 Convênios e contratos de repasse operados por OBTV no SINCONV 08 h R$ 250,00 R$ 320,00 20/09 Curso de ouvidoria hospitalar 08 h R$ 200,00 R$ 260,00 23/09 Protocolo de Manchester – para não aprovados 06 h R$ 250,00 R$ 250,00 23 e 24/09 Classificação de Risco com Protocolo de Manchester 12 h R$ 500,00 R$ 500,00 26/09 II módulo do Programa de Desenvolvimento Gerencial - gestão de governança clínica 08 h R$ 500,00 R$ 650,00 27/09 Gestão de custos hospitalares 08 h R$ 200,00 R$ 260,00 27/09 Curso: Gestão de Leitos e Desospitalização 08 h R$ 400,00 R$ 550,00 30/09 Gerenciamento de resíduos de seviços de saúde 08 h R$ 200,00 R$ 260,00 Gratuita Outubro / 2013 03/10 04/10 Contratos com operadoras de saúde Curso: Gestão de Riscos Assistenciais e Eventos Adversos 02/10 Faturamento do SUS e convênios 07 e 08/10 Classificação de risco com protocolo de Manchester 09/10 Gestão de recursos humanos 10/10 Curso de interpretação e implementação da Norma OHSAS 18001:2007- sistema de saúde e segurança do trabalho 11/10 Curso de interpretação e implementação da Norma OHSAS 18001:2007- sistema de saúde e segurança do trabalho 11/10 Curso: Gestão de Governança Clínica 14/10 Prestação de contas - renovação do CEBAS Saúde 16/10 Gestão farmacêutica em órtese, prótese e materiais especiais - OPME 17/10 Como reduzir custos eliminando desperdícios 18/10 O direito da saúde 18/10 Curso: Gestão de Custos Hospitalares por Produto 21 e 22/10 Classificação de risco com protocolo de Manchester 23/10 Gestão de enxoval e higienização de superfícies 24/10 Gerenciamento de internação 28/10 Protocolo de Manchester – para não aprovados 28 e 29/10 Classificação de risco com protocolo de Manchester 30 e 31/10 Capacitação de pregoeiros 08/11 Workshop de Encerramento – apresentação e premiação das melhores práticas