Mecânica e Ondas fascı́culo 23 May 27, 2008 Contents 23.1 23.2 23.3 23.4 23.5 Oscilações acopladas . . . . . Conceito de onda . . . . . . . Equação das cordas vibrantes Intensidade de uma onda . . Modos normais de vibração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Mario J. Pinheiro Departamento de Fı́sica e Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear Instituto Superior Técnico email: [email protected] 413 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 414 420 421 422 423 “O homem vulgar, por mais dura que lhe seja a vida, tem ao menos a felicidade de a não pensar. Viver a vida decorrentemente, exteriormente, como um gato ou um cão - assim fazem os homens gerais, e assim se deve viver a vida para que possa contar a satisfação do gato e do cão. Pensar é destruir. O próprio processo do pensamento o indica para o mesmo pensamento, porque pensar é decompor. Se os homens soubessem meditar no mistério da vida, se soubessem sentir as mil complexidades que espiam a alma em cada pormenor da acção, não agiriam nunca, não viveriam até. Matar-se-iam assustados, como os que se suicidam para não ser guilhotinados no dia seguinte.” - Fernando Pessoa, in “O Livro do Desassossego” 23.1 Oscilações acopladas Consideremos um sistema de dois pêndulos acoplados com o mesmo comprimento l e massa m, ligados por uma mola de constante elástica k e sujeitos a oscilar no plano vertical definido pelas suas posições de equilı́brio (Fig. 1). O sistema tem dois graus de liberdade. Sejam x1 e x2 os deslocamentos das duas partı́culas suspensas em relação à posição de equilı́brio e que por hipótese sejam suficientemente pequenos para que se possam confundir os arcos com as cordas, x1 ≈ lθ1 e x2 ≈ lθ2 . A mola deforma-se com o alongamento x2 − x1 , supostamente positiva, tal como se apresenta na Fig. 1 e donde se pode concluir que terá que resultar a força k(x2 − x1 ) para a direita agindo sobre a partı́cula 1 e −k(x2 − x1 ) (para a esquerda) agindo sobre a partı́cula 2. As duas massas encontram-ser igualmente sujeitas às forças gravı́ticas com as componentes tangenciais respectivas: x1 x2 = −ωo2 x1 −mg sin θ2 ≈ −mgθ2 = −mg = −ωo2 x2 l l (23.1) p onde ωo = gl . Desprezando qualquer tipo de amortecimento, temos −mg sin θ1 ≈ −mgθ1 = −mg mẍ1 = −mωo2 x1 + k(x2 − x1 ) mẍ2 = −mωo2 x2 − k(x2 − x1 ) Pondo K= k m (23.2) (23.3) e dividindo as Eqs. 23.2 por m, obtemos ẍ1 + ωo2 x1 = K(x2 − x1 ) ẍ2 + ωo2 x2 = K(x2 − x1 ) 414 (23.4) Neste caso podemos desacoplar as duas equações. Somando membro a membro, obtemos primeiro (ẍ1 + ẍ2 ) + ωo2 (x1 + x2 ) = 0 (23.5) Subtraindo as mesmas Eqs. 23.4, obtemos (ẍ1 − ẍ2 ) + ωo2 (x1 − x2 ) = 2K(x1 − x2 ) (23.6) Se escolhermos um novo tipo de variáveis, tais como, q1 = 12 (x1 + x2 ) q2 = 12 (x1 − x2 ) (23.7) q̈1 + ωo2 q1 = 0 q̈2 + ω22 q2 = 0 (23.8) As Eqs. 23.4 ficam na forma onde ω2 = p ωo2 + 2K (23.9) e cujas soluções são q1 (t) = A1 cos(ωo t + δ1 ) q2 (t) = A2 cos(ω2 t + δ2 ) (23.10) É fácil confirmar que x1 e x2 são dados em função deste q’s: x1 (t) = q1 (t) + q2 (t) x2 (t) = q1 (t) − q2 (t). (23.11) As coordenadas q1 e q2 , como verificámos, oscilam harmonicamente e chamamos coordenadas normais. Com elas o sistema fica desacoplado e podemos ver sem dificuldade que q1 corresponde ao deslocamento do centro de massa, enquanto que 2q2 = x1 − x2 corresponde ao deslocamento relativo entre as duas partı́culas. Se escolhermos apropriadamente as condições iniciais, tais como: A2 = 0 Corresponde a q1 (t) = A1 cos(ωo t+δ1 ) = x1 (t) = x2 (t). O deslocamento dos dois pêndulos são iguais, é o chamado modo simétrico e como a mola não é deformada, tudo se passa como se ela não existisse e cada pêndulo oscila com a sua frequência livre ωo (Fig. 1-(b)). A1 = 0 Corresponde a q2 (t) = x1 (t) = A2 cos(ω2 t + δ2 ) = −x2 (t). O deslocamento dos dois pêndulos são iguais e contrários sendo chamado de modo assimétrico. Como a força restauradora da mola aparece, a frequência de oscilação é mais elevada, ω2 > ωo (Fig. 1-(c)). 415 Figure 1: (a) Sistema de dois pêndulos acoplados; (b) modo simétrico; (c) modo antissimétrico. 416 As condições iniciais para o modo simétrico correspondem ao mesmo deslocamento inicial e à mesma celocidade inicial: x10 = x20 ẋ10 = ẋ20 (23.12) No modo antisimétrico temos deslocamentos e velocidades iniciais contrárias: x10 = −x20 ẋ10 = −ẋ20 (23.13) Em particular podemos analisar o que se passa se deslocarmos apenas um dos pêndulos da posição de equilı́brio, deixando o outro no repouso: x10 = a; x20 = 0; ẋ10 = ẋ20 = 0. (23.14) As condições iniciais para as coordenadas normais são: q10 = q20 = a ; q̇10 = q̇20 = 0 2 (23.15) Como se pode ver rapidamente, as soluções gerais dão δ1 = δ2 = 0; A1 = A2 = a2 . (23.16) ou seja, obtemos como solução duas superposições de mesma amplitude e frequência diferentes: x1 (t) = a2 [cos(ωo t) + cos(ω2 t)] x2 (t) = a2 [cos(ωo t) − cos(ω2 t)] (23.17) Se definirmos uma frequência angular média: ω≡ 1 (ωo + ω2 ) 2 (23.18) e as diferenças de frequências ∆ω ≡ ωo − ω2 (23.19) podemos reescrever as Eqs. 23.17 na forma x1 (t) = a cos( ∆ω 2 t) cos(ωt) x2 (t) = a sin( ∆ω 2 t) sin(ωt) (23.20) No caso limite do acoplamento fraco, quando a força restauradora é pequena, verifica-se K ¿ ωo2 ; ∆ω ¿ ω. (23.21) As soluções correspondem ao fenómeno de batimentos, onde x1 é modulado ∆ω por cos ∆ω 2 t e X2 é modulado por sin( 2 t) (Fig. 2). 417 Figure 2: Fenómeno de batimentos. Figure 3: Duas massas unidas por três molas elásticas a duas paredes fixas. Exemplo 1: Osciladores acoplados longitudinais: Duas massas iguais estão ligadas por meio de molas entre si e a duas extremidades fixas, segundo a mesma direcção (como mostra a Fig. 3). As molas que ligam as massas às extremidades têm constante de restituição k e a mola que liga as duas massas tem constante k0 . a) Escreva o lagrangeano do sistema: [Sugestão: escolha como coordenadas generalizadas os deslocamentos das massas em relação às suas posições de equilı́brio.] L=K −U = K = 21 m1 ẋ21 + 12 m2 ẋ22 1 U = 2 kx21 + 12 k 0 (x1 − x2 )2 + 21 kx22 1 1 1 1 0 2 2 2 2 m1 ẋ1 + 2 m2 ẋ2 − 2 kx1 − 2 k (x1 − b) Determine as equações do movimento. QuadroNegro 1 418 (23.22) x2 )2 − 12 kx22 Exemplo 2: Um corpo de 2 kg oscila preso a certa mola com a constante de força k = 400 N/m. A constante de amortecimento tem o valor b = 2.00 kg/s. O sistema é excitado por uma força sinusoidal cujo valor máximo é de 10 N e a frequência angular ω = 10 rad/s. (a) Qual a amplitude da oscilação? (b) Se a frequência de excitação variar, em que frequência ocorrerá a ressonância? (c) Qual a amplitude das oscilações Os dados numéricos são os seguintes: m = 2kg k = 400N/m b = 2.00kg/s Fo = 10N ω = 10rad/s (23.23) A equação do movimento é a seguinte: P 2 Fx = max = m ddt2x = −kx − bv + Fo cos ωt 2 2 ∴ m ddt2x + b dx dt + mωo x = Fo cos ωt (23.24) A solução é do tipo: x = xtrans + xperm xperm = A cos(ωt − δ) A = √ 2 2 Fo 2 2 2 m (ωo −ω )+b ω tan δ = m(ωbω 2 2 o −ω ) QuadroNegro 2 419 (23.25) 23.2 Conceito de onda Uma onda é qualquer sinal que se tranmite de um ponto a outro de um meio com velocidade definida. As ondas podem ser transversais (ex: onda electromagnéticas) ou longitudinais (ex: ondas sonoras). Vamos abordar o caso mais simples da propagação de uma onda a 1 dimensão, por exemplo, ondas transversais numa corda com amplitude y(x, t). A forma geral de uma onda progressiva que se desloca nos dois sentidos do eixo Ox (onda a uma dimensão) com velocidade constante v é do tipo: y(x, t) = f (x − vt) + g(x + vt), (23.26) onde f e g representam funções arbitrárias de x e t. Uma onda harmónica tem a forma f (x0 ) = A cos(kx0 + δ) (23.27) onde f (x0 ) representa uma perturbação num ponto x0 , que corresponde a um referencial que acompanha a onda. Se quisermos passar para um referencial que está fixo no espaço, teremos que aplicar as transformações de Galileu, para uma onda progressiva que se desloca para a direita será x0 = x − vt, e a amplitude da onda neste referencial fixo passará a ser y(x, t) = A cos[k(x − vt) + δ]. Mas havendo a relação ω = kv = 2πν = 2π τ (23.28) (23.29) e substituindo na Eq. 23.28, temos y(x, t) = A cos(kx − ωt + δ). (23.30) O argumento do coseno é a fase da onda: ϕ(x, t) = kx − ωt + δ (23.31) e δ a constante de fase. Se acompanharmos o deslocamento da onda com o tempo de modo a que a fase ϕ se mantenha constante, obtemos dϕ dx =k − ω = 0, dt dt (23.32) obtendo-se finalmente a velocidade de fase, v: ω dx = = v = νλ. dt k (23.33) A frequência ν = 1/τ dá o número de oscilações por unidade de tempo, e σ = 1/λ dá o número de comprimentos de onda por unidade de comprimento, chamando-se número de onda. 420 A equação de ondas unidimensional é uma das equações mais fundamentais da fı́sica e tem a forma: 1 ∂2y ∂2y − = 0. (23.34) 2 v ∂t ∂x2 É uma equação a derivadas parciais linear de segunda ordem. 23.3 Equação das cordas vibrantes Seja µ a densidade linear de massa da corda. Um elemento infinitesimal de comprimento ∆x tem a massa ∆m = µ∆x. Vamos considerar um deslocamento transversal de pequena magnitude de um ponto x da corda da sua posição de equilı́brio e designar a sua nova posição por y(x, t). Nesta aproximação vamos considerar praticamente constante o comprimento da corda assim como as tensões exercidas sobre ela em dois pontos x e x + ∆x. As forças exercidas serão assim devidas unicamente à variação da direcção da tensão, introduzindo uma força restauradora ao longo de Oy. Vê-se na Fig. ?? que no ponto x + ∆x a componente em y da tensão é T sin θ ≈ T tan θ = T ∂y . ∂x (23.35) O ângulo θ é o ângulo entre a tangente à corda e o eixo Ox e usámos a aproximação sin θ ≈ tan θ válida para pequenos ângulos θ ¿ 1. Recordamos que tan θ = ∂y/∂x. A força vertical resultante que actua sobre o elemento ∆x da corda é dada por ∂y T (x + ∆x, t) − ∂y ∂y (x + ∆x, t) − T (x, t) = T ∆x[ ∂x ∂x ∂x ∆x ∂y ∂x (x, t) ]. (23.36) Podemos agora usar uma expansão em série de Taylor: ∂f 1 ∂2f 1 ∂nf )o + (x − xo )2 ( 2 )o + ... + (x − xo )n ( 2 )o + ... ∂x 2! ∂x n! ∂x (23.37) que, neste caso, se ∆x ¿ 1, podemos escrever (tente fazer) f (x) = f (xo ) + (x − xo )( ∂y ∂2y ∂y (x + ∆x) ≈ ( )(x, t) + ∆x( 2 ) ∂x ∂x ∂x Substituindo a Eq. 23.38 na Eq. 23.36, obtemos QuadroNegro 3 421 (23.38) Chegamos finalmente à equação das cordas vibrantes unidimensional µ ∂2y ∂2y =T 2 2 ∂t ∂x onde a velocidade de propagação da onda transversal é s T . v= µ 23.4 (23.39) (23.40) Intensidade de uma onda Uma onda progressiva transporta energia, podendo em particular ser transmitida a uma partı́cula colocada na extremidade da corda. A força transversal actuando sobre um elemento da corda no ponto x é dada por Fy = −T ∂y (x, t). ∂x (23.41) O trabalho realizado sobre o elemento da corda por unidade de tempo é dado pelo produto da força pela velocidade: P (x, t) = Fy ∂y ∂y ∂y = −T . ∂t ∂x ∂t (23.42) Para uma onda harmónica temos ∂y ∂x = −kA sin ϕ ∂y ∂t = ωA sin ϕ (23.43) P (x, t) = ωkT A2 sin2 (kx − ωt + δ). (23.44) A potência é dada por À média sobre um perı́odo chamamos intensidade I da onda. Ela é facilmente obtida fazendo a média temporal do temos sinusoidal ao quadrado, que já vimos em fascı́culo anterior que vale 1/2: I =< P >= P = 1 ωkT A2 . 2 (23.45) Como já vimos, T = µv 2 e ω = kv, e a intensidade da onda também se pode escrever 1 I = P = µνω 2 A2 . (23.46) 2 A intensidade da onda é proporcional ao quadrado da amplitude, à velocidade da onda e ao quadrado da frequência. 422 23.5 Modos normais de vibração Consideremos agora uma corda vibrante de comprimento finito l com as extremidades presas. Vamos procurar os modos normais de vibração da corda, isto é, o modo de oscilação em que todos os elementos da corda oscilam com a mesma frequência ω e a mesma constante de fase δ, embora cada ponto x possa naturalmente deslocar-se com amplitude A(x) diferente de ponto para ponto. Isto é, consideremos uma onda estacionária: (23.47) y(x, t) = A(x) cos(ωt + δ) Verifica-se rapidamente que 2 1 ∂ y ω2 v 2 ∂t22 = − v 2 A(x) cos(ωt + ∂ y d2 A ∂t2 = dx2 cos(ωt + δ) ou seja δ) (23.48) d2 A + k 2 A(x) = 0 dx2 (23.49) A(x) = a cos(kx) + b sin(kx) (23.50) cuja solução geral é da forma A condição de que as duas extremidades permaneçam fixas é dada pela condição de contorno: y(0, t) = y(l, t) = 0, ∀t. (23.51) Esta relação implica que temos que ter também A(0) = a = 0 A(l) = b sin(kl) = 0 (23.52) Atendendo a que b 6= 0 forçosamente (de outro modo seria tudo nulo), concluı́mos que esta condição só pode ser satisfeita para valores discretos da variaável k: nπ kn = (23.53) l onde n = 1, 2, 3, .... As frequências dos modos normais de vibração são ωn = kn v = nπ v l (23.54) e a expressão dos modos normais de vibração é dada por yn (x, t) = bn sin(kn x) cos(ωn t + δn ). (23.55) O comprimento de onda associado λn associado ao modo n é λn = 2π 2l = . kn n 423 (23.56) Figure 4: (a) Modos de vibração de uma corda vibrante. (b) Escala harmónica em notação musical. A frequência νn do modo n é νn = ωn v = n = nν1 2π 2l (23.57) q v 1 T onde ν1 = 2l = 2l µ é a frequência do modo fundamental. As frequências da corda vibrante são múltiplos inteiros da frequência ν1 do modo fundamental. Exemplo 3: Duas ondas transversais de mesma frequência ν = 100 s−1 são produzidas num fio de aço de 1 mm de diâmetro e densidade ρ = 8 g/cm3 , submetido a uma tensão T = 500 N. As ondas são dadas por y1 = A cos(kx − ωt + π6 ) y2 = 2A sin(ωt − kx). onde A = 2 mm. (a) Escreva a expressão da onda harmónica progressiva resultante da superposição das duas ondas. (b) Calcule a intensidade da resultante. (c) Se fizermos variar a diferença de fase entre as duas ondas, qual é a razão entre os valores máximo e mı́nimo possı́veis da intensidade da resultante? 424 Os dados que temos permitem obter: ν = 100s−1 s = 100Hz. ω = 2πν = 628rad/s. 2 µ = ρA = ρπ( D 2) −3 kg/m q q µ = 2π10 ∴v= T µ ⇒k= = ω v = 500 2π10−3 628 282.1 = = 282.1m/s 2.23m−1 . É conveniente usarmos números complexos z = Aei(ωt+δ) . A parte real do número complexo é dada por y(t) = <z(t) = <[Aei(ωt−kx+δ) ] = A cos(ωt − kx + δ) (23.58) A superposição dos dois movimentos consiste no seu somatório. Iremos somar as quantidades complexas respectivas: y = y1 + y2 π ⇒ z = z1 + z2 = Aei(kx−ωt+ 6 ) + 2Aei(ωt−kx) (23.59) Podemos verificar em tabelas trigonométricas os eguintes resultados: sin θ = cos(θ√+ π2 ) cos π6 = 23 sin π6 = 12 iφ e = cos φ + i sin φ (23.60) Um número complexo pode-se colocar na forma z = x + iy = r(cos φ + i sin φ) = reiφ − f ormap − trigonometrica − do − numero − complexo r =| z |= x2 + y 2 φ = Argz = arctan( xy ) (23.61) Com estes dados podemos reescrever as duas Eqs. 23.60 na forma mais conveniente y = A cos(kx − ωt + π6 ) + 2A sin[−(kx − ωt)] y = A cos(kx − ωt + π6 ) + 2A cos(kx − ωt + π2 ) π π z = Aei(kx−ωt+ 6 ) + 2Aei(kx−ωt+ 2 ) π π (23.62) z = Aei(kx−ωt) [e√i 6 + 2ei( 2 ) ] z = Aei(kx−ωt) [√23 + i 12 + 2i] z = Aeiφ [ 23 + 52 i] onde φ = kx − ωt. Podemos escrever a última expressão dentro do parentesis recto na forma √ 3 5 + i] = reiδ zc = [ (23.63) 2 2 O seu módulo é √ | zc |= r = A 7 (23.64) 425 enquanto que o argumento de zc calcula-se através da fórmula y = arctan x 5 √2 3 2 5 = arctan √ = 1.237rad = 70.89o . 3 (23.65) Finalmente, podemos escrever a resultante das duas vibrações: δ = Argzc = arctan y = <z = Arei(φ+δ) y = 5.20 × 10−3 cos(kx − ωt + 1.237). (23.66) b) A intensidade resultante é dada por I = 12 6.28 × 10−3 I = (y1 + y2 )2 1 2 2 qI = 2 µνω A 500 2 6.28×10−3 (2π100) (5.29 × 10−3 )2 (23.67) I = 9.79W c) Intensidade resultante é calculada usando o seguinte resultado (aqui dado sem demonstração). Se duas vibrações têm a mesma frequência angular, tal que x1 (t) = A1 cos(ωt + φ1 ) x2 (t) = A2 cos(ωt + φ2 ) (23.68) então a magnitude A da resultante é dada pela expressão: A2 = A21 + A22 + 2A1 A2 cos(φ2 − φ1 ) (23.69) Verificamos de imediato que os máximos da intensidade (que é proporcional ao quadrado da amplitude) correspondem a δ12 ≡ φ2 − φ1 = 2nπ(n = 0, ±1, ±2, ...) ∴ Imax ∝ (A1 + A2 )2 (23.70) enquanto que os seus mı́nimos correspondem a δ12 = (2n + 1)π ∴ Imin ∝ (A1 − A2 )2 (23.71) O seu rácio é: R= Imax (A1 + A2 )2 (A + 2A) (3A)2 = = = = 9. Imin (A1 − A2 )2 A − 2A A2 426 (23.72)