GESTÃO DE CUSTOS QUEM NÃO MEDE NÃO CONTROLA QUEM NÃO CONTROLA NÃO GERENCIA A implantação do Sistema de Gerenciamento de Custos Hospitalares surgiu da necessidade de resposta a perguntas comuns : • Quanto custa a assistência praticada nas Unidades Assistenciais • Quanto custa o paciente internado? • Quanto custa uma diária de UTI? E aquela cirurgia? E aquele exame? • Quanto custa a manutenção de um tomógrafo? De um aparelho de raio-X? De um respirador? Do mobiliário? Da energia elétrica? Devemos comprar ou fazer aqui dentro? Devemos fazer nós mesmos ou terceirizar? • Podemos fazer mais e melhor com os recursos que dispomos • A palavra Custo é muito utilizada de forma inapropriada. • Um exemplo claro desta afirmação é a forma que a utilizamos para saber o preço de alguma coisa. Nossa pergunta mais convencional é: quanto custa? Todos nós sabemos, preço e custo são coisas diferentes. Salvo raras exceções, o preço tem que ser maior do que o custo ou não há como continuar entregando o produto ou serviço. • No setor privado, grosso modo, o preço envolve o custo, assim como outros gastos, mais as margens de lucros. Por outro lado, o termo custo também é usado de forma qualitativa. Quando a usamos para indicar grau de dificuldade: por exemplo, custa muito para chegar até lá. Gasto x investimento • Gasto é a palavra usada para representar genericamente os • investimentos, as despesas e as perdas, além dos custos. O desembolso e o recebimento são palavras reservadas para, como o próprio nome diz, saída e entrada de dinheiro na organização. • Investimento – o investimento é toda aquisição de equipamentos, materiais (insumos) utilizados na prestação de serviços ou na produção de um bem (produto), aquisição e/ou adequação de infra-estrutura (predial, tecnológica), dentre outros, buscando um ganho maior de resultados. • Como exemplo de investimento podemos citar, também, a aquisição de um tomógrafo ou de instrumental cirúrgico resultando em benefício maior para a Assistência. Ainda, a adequação de uma UTI às normas técnico-sanitárias é um investimento em direção ao bem-estar do paciente, a qualidade da assistência e ao atendimento das exigências legais FUNÇÕES DA ATIVIDADE CUSTOS 1) Formação de preços 2) Gerenciamento de resultados 3) Planejamento das atividades 4) Função contábil Fatores Críticos de Sucesso de um Sistema de Custos Estruturação do hospital em Centros de Custos, para um adequado acompanhamento dos custos, com enfoque gerencial. Fluxo de Informações com dados financeiros, com despesas com pessoal, material de consumo, etc; e dados estatísticos. Organização dos dados de produção, relativos a cada Centro de Custo Supervisão permanente, análise dos resultados Metodologia de custeio por absorção, onde o cálculo de custo de produção dos serviços, sob esta conceituação, compreende o custeio de todos os insumos utilizados em toda a extensão do hospital, independente da origem dos custos - operacional ou administrativa • • • • • • • • • COMO UTILIZAR A INFORMAÇÃO DE CUSTOS Um sistema de custos bem estruturado pode responder a algumas questões que normalmente acontecem nos hospitais : O que é mais vantajoso, reesterilizar ou adquirir descartáveis? E estes equipamentos antiquados, que sempre precisam de manutenção, será que com o custo da manutenção não daria para adquirir equipamentos novos? O custo que o Centro Cirúrgico está recebendo da Lavanderia esta adequado? As variações de custos ocorridas com os materiais está consistente? Como elaborar um bom orçamento setorial sem conhecer os custos? Como reivindicar investimentos sem mostrar controles? Quais as áreas / especialidades (produtos) e clientes mais produtivos? Quais os indicadores de desempenho para medir eficiência e eficácia? Centros de Custos Centro de Custo é uma conta destinada a agrupar todas as parcelas dos elementos de custo, que incorrem em cada período nas unidades (deptos, serviços, seções) da organização. Para se definir um centro de custo é necessário ter custos claramente identificáveis e atividades quantificáveis, através de uma unidade de mensuração. Centros de Custos produtivos ou finais • Correspondem aos centros geradores de serviços finais ao paciente • São: ambulatórios, enfermarias, pronto socorro, laboratórios e serviços de • diagnósticos Centros de Custos auxiliares • Correspondem aos serviços de apoio do hospital, são geradores de • custos com objetivo de fornecer suporte aos centros produtivos. • São: nutrição e dietética, lavanderia, limpeza, manutenção, same,etc Centros de Custos administrativos • Correspondem às unidades de natureza administrativa, os custos gerados • por estes centros de custos envolvem a administração ( normalmente • burocrática) das atividades do hospital. • São: administração geral, finanças, recursos humanos,etc CONTABILIADE GERENCIAL DE CUSTOS SISTEMA DE CUSTOS Conjunto de registros destinados a acumular os valores econômicos representados pelos fatores de produção (MP, energia, MO, etc...), calcular os custos dos produtos e a economicidade das operações de produção e a contribuição dos produtos para o lucro. IDÉIA BÁSICA DO SISTEMA DE CUSTOS Os dados de custos devem ser compilados, organizados, estruturados, determinados diferentemente, tendo em vista proporcionar informações relevantes aos diferentes públicos que delas necessitam para suas decisões. O sucesso de um sistema de informações depende do pessoal que o alimenta e faz funcionar CONTABILIADE GERENCIAL DE CUSTOS Detalhamento (nível de agregação) adequado na definição de um sistema de custos $ Custo das informações Benefício das informações Quantidade de informações EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PREÇOS ONTEM Preço = Custo + Lucro Contabilidade HOJE Lucro = Preço - Custo Controle AMANHÃ Custo = Preço - Lucro Gerenciamento É necessário separar o processo de formação de custos do processo de formação de preços. CONCEITOS E TERMINOLOGIAS UTILIZADAS GASTOS: Compromisso assumido ou consumo de recursos que a empresa faz para obtenção de um ativo, produto, ou qualquer serviço.Ex.: Gastos com aquisição de Imobilizado, aquisição de Matéria-Prima, com Embalagens, com Mão-de-Obra, com Honorários, com Pesquisa e Desenvolvimento, com Seguros, com Ações, etc. INVESTIMENTO: Representa a aplicação de recursos em todos os bens e direitos registrados no "Ativo" da empresa, que serão baixados pela Venda, Consumo e Amortização em futuro(s) período(s).A natureza de contas Circulante e de Permanente deve ser observada e identificada.Ex.: Estoques em Geral, Direitos a Receber, Bens Imobilizado,Investimentos, Gastos Pré-Operacional, etc. RECEITAS: Acréscimos Brutos de Ativos sem ampliação de Obrigações ou Capita Social. Resulta da Venda de Mercadorias, Produtos, Bens e Serviços em Geral com acréscimos em Disponibilidades ou Direitos a Receber.Ex.: Receita de Vendas de Mercadorias, Produtos e de Prestação de Serviços. CUSTOS É o valor de aquisição de um Bem.Gastos com o consumo de um fator de produção, medido em termos monetários para obtenção de um produto, de um serviço, ou de uma atividade que deverá gerar receitas. CUSTOS FIXOS Consumo de recursos que dentro de determinada capacidade de produção da empresa, tendem a permanecer constantes em seu total apesar das variação do volume de produção e ou vendas. Características:1. São quantias fixas dentro de certos limites de produção, ou até a capacidade máxima 2. São fixos em seu total, mas diminuem proporcionalmente ao número de unidades à medida que a produção aumente. O controle de sua ocorrência depende da alta administração e não dos supervisores dos departamentos.Ex.: Salários Gerência Industrial, Manutenção, Salários Supervisão Industrial, Aluguéis, Depreciação de Máquinas e Equipamentos. CUSTOS VARIÁVEIS Consumo de recurso que tendem a variar em seu total, conforme flutuem as atividades produtivas da empresa. Características :1. variam no total em proporção direta ao volume de atividades 2. permanecem relativamente constantes do ponto de vista unitário, ainda que varie o volume de atividades 3. podem ser facilmente apropriados, com certa precisão, aos departamentos 4. o controle de sua possível ocorrência e consumo é de responsabilidade dos supervisores dos departamentos Ex.: Mão-de-Obra Direta, Matéria-Prima, Embalagens, etc. CUSTOS SEMI-VARIÁVEIS Também chamados de semi-fixos, são aqueles que contém tanto elementos fixos como variáveis DESPESAS: Gastos com consumo de recursos com Bens ou Serviços Consumidos ou utilizados "direta" ou "indiretamente" para a obtenção de receitas. DESPESAS FIXAS: Gastos com consumo de recursos que não variam diretamente e proporcional com a Receita Operacional.Representam os gastos da estrutura fixa da empresa.Ex.: Despesas Administrativas em Geral, Despesas Comerciais em Geral . DESPESAS VARIÁVEIS: Gastos com consumo de recursos diretamente relacionados ao objetivo principal, a obtenção da Receita Operacional.Ex.: Comissões de Vendedores, Fretes e transportes sobre venda. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS CUSTOS VARIÁVEIS CUSTOS DIRETOS CUSTOS FIXOS CUSTOS INDIRETOS Princípios de Custeio a. Custeio por Absorção Total b. Custeio por Absorção Ideal c. Custeio Variável Métodos de Custeio a. Custo-Padrão b. Centros de Custos c. ABC d. UEPs PRINCÍPIOS + MÉTODOS = SISTEMA DE CUSTEIO CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS CUSTOS VARIÁVEIS São os custos que estão relacionados com os volumes de produção ou de vendas, sendo diretamente proporcionais a suas variações. Quanto maior o volume de produção, maior será o custo variável e quanto menor o volume de produção menos será o custo variável. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS CUSTOS VARIÁVEIS CUSTOS MISTO Semi-variável e Semi-fixo CUSTOS FIXOS Custo que apresenta elementos de custo fixo e custo variável. Exemplo: energia elétrica, em que uma parte é fixa (valor mínimo de consumo) e a outra variável. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS São os custos que num determinado período de tempo e numa certa capacidade instalada não variam, qualquer que seja o volume de atividades da empresa, ou seja, não possuem dependência com os volumes de produção ou de venda. CUSTOS FIXOS CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS CUSTOS DIRETOS São aqueles que podem ser adequadamente identificados e diretamente incluídos no cálculo dos produtos e serviços (mensuráveis de maneira objetiva). Exemplo: matéria prima, mão de obra direta... CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS CUSTOS INDIRETOS São os custos incorridos em todo o processo de fabricação de bens ou de serviços, os quais não são identificáveis de maneira exata, precisando de um critério de rateio para poderem ser identificadas e alocadas a um determinado produto ou serviço. Exemplo: depreciação, alugueis, mão de obra indireta (supervisão, encarregados, manutenção...), materiais indiretos (cola e verniz consumidos na fabricação de imóveis, linha e rebites utilizados na confecção de roupas, etc... CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO (CT) Custos incorridos para transformar materia prima em produtos acabados. Corresponde ao valor agregado (mais-valia) de produção. Conceito de extrema importância, pois reflete os “verdadeiros” custos de uma empresa industrial. Isto porque uma empresa vende seu trabalho, isto é, o valor agregado as matérias primas utilizadas, que deveriam ser apenas objetos de trabalho. CT = MOD + CIF CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS CUSTOS DE PRODUÇÃO (CP) Valor de todos os bens e/ou serviços consumidos no processo produtivo num determinado período. Elementos básicos: Matéria prima (MP): Materiais integrantes do produto acabado Mão de obra (MOD): Mão de obra fácil e diretamente consignável a um determinado produto e/ou serviço. Custos indireto de fabricação (CIF): Todos os custos de produção, exceto MP e MOD CP = MP + MOD + CIF MÉTODO DE CUSTEIO Os métodos de custeio tratam do procedimento de apropriação dos custos aos produtos ou aos objetos de custo, descrevendo como os recursos são alocados (custos e despesas: fixos e/ou variáveis). 1. CUSTEIO POR ABSORÇÃO TOTAL (INTEGRAL) Todos os custos fixos são distribuídos à produção. Governo aceita 2. CUSTEIO POR ABSORÇÃO PARCIAL (IDEAL) Somente uma parcela ideal (normal) dos custos fixos é distribuída à produção. Governo não aceita 3. CUSTEIO DIRETO (VARIÁVEL) Os custos fixos não são distribuídos à produção. Governo não aceita Decisão gerencial de curto prazo. MÉTODO DE CUSTEIO - CÁLCULO DOS CUSTOS 1. CUSTEIO POR ABSORÇÃO TOTAL (INTEGRAL) Custeio por Absorção Total = CV + Custo Fixo Produção Boa 2. CUSTEIO POR ABSORÇÃO PARCIAL (IDEAL) Custeio por Absorção Ideal = CV + Custo Fixo Capacidade Instalada 3. CUSTEIO DIRETO (VARIÁVEL) Custo Direto = CV + Custo Fixo MODELO DE DIVISÃO DE CUSTOS Custeio Integral Apoio Centros de apoio 01 02 03 Produtivos Centros de atividade-fim 10 11 12 Centros de atividade-fim 10 11 12 Serviços/procedimentos Administrativos Centros administrativos 20 21 22 Informações e fontes Grupos de informação Fontes usuais de obtenção Materiais Sistema de controle de materiais Pessoal Folha de pagamento Depreciações Controle Patrimonial Custos gerais (serviços e utilidades Contabilidade Custos de comercialização Contratos e incidências legais Controle e apuração dos custos de materiais • Etapas e operações de processamento: – 1) Cadastro de materiais e sua codificação - medicamentos, materiais de enfermagem, materiais medico-hospitalares, generos alimentícios etc... – 2) Controle de estoques - agenda de cirurgias, prescrição médica, etc... – 3) Processamento de avaliação dos materiais - Contábil ( custo médio) - Gerencial ( valores atualizado na avaliação) – 4) Apropriação de materiais - Um centro de custos utilizador ou beneficiado pelo uso do material - Um processo ou atividade usuária de materiais específicos - Cada paciente Controle e apuração de custos com pessoal • A) Lotação de pessoal – * o pessoal deve ser lotado em cada centro de custos no sistema de pessoal ( se houver transferências, as mesmas deverão ser notificadas para alterações necessárias • B) Apropriação de encargos sociais – Podem ser coletados diretamente na folha de pagamento • C) Apropriação dos custos com benefícios – Deveria ser calculado por cada centro de custos