Notícia anterior Próxima notícia Classificação do artigo 11 mai 2015 O Globo WHATSAPP O GLOBO (21) 999999110 ANA BEATRIZ MARIN ana. marin@ oglobo.com. br Crise no estado afeta o Hospital Rocha Faria, e lixo se acumula Situação se deve a atraso no repasse de verba para empresa de limpeza Os atrasos no repasse de verbas do governo do estado prejudicam o atendimento em mais uma instituição. Desta vez, foi o Hospital estadual Rocha Faria, em Campo Grande, que amanheceu com uma grande quantidade de lixo nos corredores. Fotos tiradas ontem e enviadas pelo WhatsApp do GLOBO (999999110) mostram caixas de papelão, sacos plásticos e papéis jogados no chão. Numa das imagens, aparece até sangue. O problema é consequência da falta de pagamento do salário de profissionais da limpeza, que, segundo relatos de uma funcionária que pediu anonimato, ocorre há cerca de um mês. — É uma situação temerosa, pois propicia o surgimento de baratas, ratos e insetos. Não estamos falando de lixo comum — afirma o infectologista Edimilson Migowski, alertando para o perigo de infecções nos pacientes devido ao acúmulo de lixo hospitalar na unidade. — As pessoas em contato com essa sujeira já estão doentes e, muitas vezes, com baixa imunidade. O risco, então, é muito maior. FALTA DE MEDICAMENTOS A Secretaria estadual de Saúde reconhece o atraso nos repasses. Mas diz que está trabalhando para regularizálos. Em nota, o órgão afirma que a situação estará resolvida nos próximos dias. Enquanto isso, informou, profissionais da limpeza de outras unidades hospitalares teriam sido deslocados para o Rocha Faria para fazer a manutenção. Funcionários do hospital denunciam ainda que faltam medicamentos importantes para pacientes em estado grave, como antibióticos e remédios para pressão arterial. Um deles é o noradrenalina. A direção do hospital nega essa informação. Antes do Rocha Faria, a crise econômica no estado já tinha afetado outras instituições, como o Colégio de Aplicação da Uerj ( CAp Uerj). Em entrevista ao GLOBO, em abril, os secretários de Fazenda, Júlio Bueno, e de Planejamento, Cláudia Uchôa, chegaram a admitir que estavam em atraso os pagamentos a fornecedores, prestadores de serviço — incluindo os de limpeza — e Organizações Sociais ( OS), mas que um plano estava sendo traçado para ajustar as contas. Na época, Bueno estimou em R$ 1 bilhão o valor devido pelo estado em atrasados. Mas o Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios (Siafem), acessado pela liderança do PSDB na Alerj, revelava que essa dívida chegava a R$ 3,1 bilhões. Impresso e distribuído por NewpaperDirect | www.newspaperdirect.com, EUA/Can: 1.877.980.4040, Intern: 800.6364.6364 | Copyright protegido pelas leis vigentes. Notícia anterior Próxima notícia