Rio Grande do Sul e o fogo olímpico A um ano da Olimpíada e Paraolimpíada temos pressa para preparar as peças do imenso mosaico que vai formar a imagem da nossa nação quando o mundo olhar mais uma vez para o país. Enganam-se aqueles que pensam que esse é um assunto exclusivo do Rio de Janeiro. Trata-se de uma oportunidade para a capital Brasília e os outros 26 estados. Na Copa do Mundo, quase 500 municípios foram visitados. Os mais céticos argumentarão que o mundial de futebol foi pulverizado por 12 cidades-sede, enquanto os jogos olímpicos serão concentrados no Rio de Janeiro e outras cinco cidades onde ocorrerão as partidas de futebol – Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Manaus e Salvador. No maior evento esportivo do mundo, no entanto, teremos o tour da tocha, uma chance de ouro para distribuirmos os ganhos para todo o país. Temos atualmente as melhores condições de disputar em nível global o viajante internacional. O estudo bienal focado no turismo do Fórum Econômico Mundial revela que somos o país mais competitivo do setor na América Latina. Porém, essa vantagem de nada adiantará se não soubermos aproveitar as oportunidades que conquistamos para aumentarmos o interesse do estrangeiro e do brasileiro por conhecer o próprio país. Das lições aprendidas nos últimos eventos, destaca-se a importância do planejamento. O Ministério do Turismo vai reunir no início de setembro em Brasília, governadores, prefeitos, secretários de turismo e representantes da iniciativa privada para sensibilizá-los da importância da Olimpíada para o turismo. Também, sob o comando da presidenta Dilma Rousseff, vamos circular por todos os estados para, em reuniões técnicas, preparar o tour da tocha. Definir metro a metro o roteiro de 20 mil quilômetros a ser percorrido pela tocha. No Rio Grande do Sul, a tocha vai pernoitar em Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre e Santa Maria. O engajamento de todos é fundamental para transmitirmos ao mundo a mensagem que queremos. Os elementos nós temos. O desafio é juntar as peças, construir a narrativa e criar o sonho tão essencial para o turismo. Henrique Eduardo Alves, ministro do Turismo